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Dietas Terapêuticas Marlise Torres Pereira
Dietas sem sal
Indicação:
Pacientes hipertensos e/ou com edema, por problemas cardíacos e renais.
Características:
Seguem os padrões das dietas de rotina e modificadas, sem acréscimo de cloreto de sódio (sal de cozinha).
Dieta Hipossódica
Indicação:
Edemas cardíaco e renal, hipertensão arterial, cirrose hepática com ascite, toxemia gravídica, hipertensão portal, administração prolongada de cortisona.
Características:
Até 500mg – restrição severa de Na. De 700 a 1500mg – restrição moderada de Na. De 1500 a 2500mg – restrição leve de Na
NOTA: 1g de sal tem aproximadamente 400mg de Na
Dietas para moléstias renais
Indicação: Controle de proteínas, sódio, potássio e água. Varia de acordo com o grau em que se encontram as lesões renais.
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- Dieta hipoprotéica 2 - Dieta de Giovanetti (modificada) 3 - Dieta de arroz
1 - Dieta hipoprotéica
Dieta baixa em proteínas, variando de 30 a 50 gramas, para facilitar a função renal e evitar progressão das lesões renais. Indicação:
Pré-diálise (tratamento conservador)
Alimentos evitados: bolacha água e sal, pão salgado, salgadinhos industrializados, hortaliças enlatadas, embutidos, bacalhau, carne de sol, sopas e caldos industrializados, temperos comerciais, sal.
2 – Dieta de Giovanetti (modificada)
Dieta de aproximadamente 20 gramas de proteínas, das quais são permitidas até 12 gramas de origem animal.
Dessa forma, o organismo utiliza uréia para formação de aminoácidos não essenciais e conseqüentemente baixa a taxa de uréia no sangue.
3 – Dieta de arroz
Dieta com aproximadamente 24 gramas de proteínas somente de origem vegetal, com elevada taxa de carboidratos.
Não é mais recomendada. Entrou em desuso.
Dieta para Hemodiálise e Diálise Peritoneal Intermitente
Características:
Hiperprotéica Restrita em sódio Restrita em potássio Restrita em líquidos Alimentos evitados: de acordo com o conteúdo de potássio (evitar os alimentos com alto teor e moderar o consumo daqueles com teor médio de potássio. Dar preferência aos de baixo teor de potássio)
Alimentos com alto teor de potássio
VEGETAIS: Serralha, taioba, acelga, espinafre, rabanete, palmito, chicória, beterraba, mandioca, batata baroa, batata inglesa, batata-doce, cará
FRUTAS e OLEAGINOSAS: Maracujá, melão, ameixa seca, banana prata, banana nanica, abacate, amêndoa, amendoim, castanhas
Alimentos com médio teor de potássio
VEGETAIS: Agrião, abobrinha, abóbora d’água, brócolis, couve, couve-flor, jiló, tomate, escarola, nabo, cenoura.
FRUTAS: Laranja pêra, goiaba, morango, acerola, kiwi, ameixa fresca, figo, mamão, nectarina, uva
Alimentos com baixo teor de potássio
VEGETAIS: Alface, repolho, cebola, pepino, pimentão, beringela, cebolinha, salsa, mostarda, chuchu, quiabo, vagem, inhame.
FRUTAS: limão, abacaxi, melancia, laranja lima, tangerina, jabuticaba, caju, pêssego, romã, maçã, manga, caqui, banana maçã, banana ouro, pêra
Dieta para Diálise Peritoneal Contínua
Características: Hiperprotéica Controle calórico Restrita em carboidratos e sódio Normal ou rica em potássio Sem restrição hídrica, porém evita-se excesso
Dieta baixa em Purinas
Indicação: Pacientes com Hiperuricemia, Gota A gota é uma enfermidade que se origina de uma degeneração do metabolismo das purinas, caracterizando pelo aumento exagerado do ácido úrico no sangue.
Dieta baixa em Purinas
Características: Dieta normal em calorias e proteínas, rica em glicídios, pobre em lipídios e purinas. Alimentos evitados: grãos e produtos integrais, farelo de trigo, cogumelos, espinafre, aspargo, couve-flor, ervilhaverde, feijão, abacate, excesso de peixes frescos e marinhos, gado, porco, aves domésticas, molhos de carne, levedo de cerveja.
Dieta sem Glúten Em fase não diarréia: Indicação:
Doença celíaca
Características:
Exclusão de todos os alimentos ricos em glúten:
Trigo Centeio Aveia Cevada E seus derivados
Dieta Hipogordurosa
Indicação:
Tratamento de doenças hepáticas, pancreáticas e da vesícula biliar Síndromes disabsortivas com prejuízo na absorção, utilização e transporte da gordura dietética (AIDS, Pancreatite crônica, ressecções intestinais e Doença de Crohn com máabsorção de gordura)
Características:
Baixa em lipídios, completando o valor calórico com proteínas e glicídios
Dieta Hipocalórica
Indicação:
Obesidade
Características:
Baixa em calorias Adaptada ao hábito alimentar para proteger o paciente da sensação de fome. Alimentos evitados: pães e cereais preparados com muita gordura, frituras, amanteigados, queijos gordos, leite integral, salsichas, embutidos, doces, margarinas, biscoitos recheados.
Dieta para Diabetes
Indicação: Diabetes Deficiência na produção de insulina
Características: Calorias suficientes para alcançar e manter o peso corporal ideal Inicialmente hipocalórica para adultos com excesso de peso Hiperprotéica com redução moderada de glicídios.
Dieta para Úlcera Gastro-duodenal
Indicação:
Úlcera no aparelho digestivo
Características:
Evita a irritação mecânica, física e térmica da lesão Objetivo de diminuir a secreção e motilidade gástrica Alimentos evitados: pimenta, chocolate, álcool, menta, bebidas carbonatadas, café, frituras, amanteigados, conservas, leite, produtos do tomate, embutidos, margarinas, bacon, doces.
Dieta Hiperprotéica
Indicações:
Pacientes com necessidades protéicas aumentadas e com a função renal normal. Recuperação de desnutrição. Cicatrização de feridas.
Características:
Normocalórica Hiperprotéica Alimentos evitados: ricos em gordura e açúcar
Dietas com restrição de fibras e resíduos
Indicação: Progressão de dietas líquidas restritas Diarréias agudas e crônicas Fase aguda das doenças inflamatórias intestinais (colite ulcerativa, doença de Crohn, diverticulite) No tratamento de obstrução intestinal ou esofageana parcial Fístulas do TGI Pré e pós operatório de intestino grosso
Dietas com restrição de fibras e resíduos
Características: Pobre em fibras e resíduos Pobre em sacarose e lactose Fracionada em 6 refeições e de pequenos volumes Composta de alimentos de fácil digestão São evitados alimentos flatulentos Pobre em fibras insolúveis Evitados alimentos flatulentos
Dieta Rica em Fibras
Indicação:
Obstipação intestinal Evacuações dolorosas e difíceis Doença diverticular Treinamento intestinal para pacientes que sofreram trauma da coluna vertebral
Características:
Acrescida de suplemento de fibra em pó industrializado Preferência por vegetais e frutas crus e com a casca Rica em líquidos Alimentos evitados: cereais refinados, pão branco, enlatados.
Dieta isenta de lactose
Indicação: Deficiências genéticas de lactose Danos na mucosa intestinal resultantes de desnutrição Síndrome do cólon irritável Enterite regional Colite ulcerativa Gastroenterite Ressecção do intestino delgado Doença celíaca
Dieta isenta de lactose
Características: Alimentos sólidos e líquidos isentos de lactose Pode não conter quantidades suficientes de proteína, cálcio e riboflavina Deve-se evitar todo e qualquer alimento preparado com leite em sua receita.
Dieta para fenilcetonúria
Características:
Restrita, porém não isenta de fenilalanina. Restrição rígida ou eliminação completa de proteínas naturais contidas em carnes, peixes, aves, ovos, leguminosas, nozes e outras oleaginosas. São utilizadas fórmulas semi-sintéticas isentas de fenilalanina para fornecer proteínas e tirosina. Evitadas as massas com fermento biológico, coco, banana seca, leites e derivados não específicos para fenilcetonúricos.
Dieta Cetogênica
Indicação:
Controle de convulsões em diagnósticos de epilepsia Em casos de alternativas limitadas no tratamento da epilepsia
Características:
Nutricionalmente inadequada, muito rica em lipídios (70 a 90% das calorias totais) Muito pobre em carboidratos (3 a 15% das calorias totais) Insuficiente em vitaminas e minerais