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Aula Como Forma De Organização Do Processo De Ensino E Aprendizagem

Aula como forma de Organização do Processo de Ensino e Aprendizagem

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4 Suamith Herminio Luís Leveque Aula como forma de Organização do Processo de Ensino e Aprendizagem Licenciatura em Agropecuária com Habilitações em Ensino de Agropecuária Universidade Pedagógica Lichinga 2015 Suamith Herminio Luís Leveque Aula como forma de Organização do Processo de Ensino e Aprendizagem Trabalho Científico a ser apresentado no Departamento de Ciências Naturais e Matemática, curso de Licenciatura em Agropecuária com Habilitações em Ensino de Agropecuária Delegação de Niassa para fins avaliativos na cadeira de Didáctica Geral sob orientação do docente da cadeira Universidade Pedagógica Lichinga 2015 Índice 1. Introdução 3 1.1. Objectivos 3 1.1.1. Geral 3 1.1.2. Específicos 3 1.2. Metodologia 3 2. A aula como forma de organização do Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) 4 2.1. Aula 6 2.2. Classificação ou estrutura de uma aula 7 2.3. Fases da aula e sua dialéctica 9 2.4. Tipos de aulas 11 3. Conclusão 12 4. Bibliografia 13 Introdução Neste preciso trabalho, irá se abordar sobre Aula como forma de Organização do Processo de Ensino e Aprendizagem, que por sinal é o tema do trabalho. Indo mais adiante, ira inteirar-se sobre a aula muito concretamente o seu conceito, estrutura e características assim como as fases ou etapas da aula e sua respetiva dialéctica. Objectivos Geral Compreender ate que ponto a aula é a forma de organização do processo de ensino e aprendizagem. Específicos Conceitualizar a aula sob ponto de vista de alguns autores-pedagogos; Caracterizar a aula num processo didáctico; Fazer o levantamento das fazes ou etapas de aula e sua dialéctica. Metodologia Para a materialização deste trabalho, baseou-se no método dedutivo, saindo-se das perspectivas gerais para particular, consulta bibliográfica em livros físicos e formato electrónicos. A aula como forma de organização do Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) Antes de começar a debruçar sobre o processo de ensino e aprendizagem, é imprescindível saber o que é processo de ensino e aprendizagem, didáctica sob ponto de vista de alguns autores visto que este tripleto (PEA) e didáctica, não são termos novo no nosso seio sobretudo para os que estão abraçados na carreira docente. Portanto, sendo o processo de ensino e aprendizagem um foco da didáctica podemos começar a definir a didáctica de seguinte modo: na perispectiva de TAVARES (2011), didática é uma disciplina do campo da Pedagogia que tem como objeto central de estudos, e de práticas, as relações entre as formas de ensino e aprendizagem e os desafios da docência na sociedade. Para PILETTE (2004), didáctica, estuda a técnica de ensino em todos os seus aspectos práticos e operacionais. E vai mais em frente dizendo que ela está dividida em didáctica geral e especial. A palavra Didáctica deriva-se da palavra grega didactos, que significa "instrução". Quer dizer, visto deste modo, a didáctica desenvolveu-se como a teoria de instrução. Em sua Didáctica Magna, Coménio qualifica Didáctica como a "arte de instruir" (NIVAGARA, s/d). LIBANEO (1994: 25/6 apud NIVAGARA) diz que a Didáctica investiga os fundamentos, condições e modos de realização da instrução e do ensino. Como se pode ver, os conceitos são convergentes, todos desaguam nos termos de ensino, aprendizagem, instrução. Com isso, concluímos que a didáctica pode ser entendida sendo como uma ciência de educação que surge para fundamentar os objectivos do processo de ensino e aprendizagem. Processo de ensino e aprendizagem, para a compreensão do que pode ser o PEA, é necessário que saibamos o que é ensino assim como aprendizagem. Ensino, foi definido de modo tradicional que consistia na transmissão de conhecimento baseado em aulas expositivas e explicativas. Depois seguiu-se a definição de acordo com a Escola Nova, em que o eixo da questão pedagógica passa do intelecto (ensino tradicional) para o sentimento; do aspecto lógico para o psicológico; dos conteúdos cognitivos para os métodos ou processos pedagógicos; do professor para o aluno; do esforço para o interesse; da disciplina para a espontaneidade; do directivismo para o não directivismo; da quantidade para a qualidade; de uma pedagogia da inspiração filosófica centrada na ciência da logica para uma pedagogia de inspiração experimental baseada principalmente nas contribuições da biologia e da psicologia (PILETTE, 2004). Em suma trata-se de uma teoria pedagógica que considera que o importante não é aprender, mas sim aprender a aprender. De acordo com o referencial acima, com os princípios da Escola Nova, o ensino teria que passar por uma sensível reformulação "o professor agiria como um estimulador e orientador da aprendizagem cuja iniciativa principal caberia aos próprios alunos" (LIBÂNEO, 2006). Mas nesse contexto, é importante salienta que não é só na sala de aulas que se aprende ou que se ensina. Em qualquer lugar ou ambiente e situações podemos aprender e ensinar. Cada situação pode ser uma situação de ensino e aprendizagem, basta ter atitude de constante abertura. Aprendizagem. O ensino, visa a aprendizagem, a aprendizagem é um fenómeno, um processo bastante complexo. Para (LIBÂNEO, 2006) aprendizagem, é um processo de aquisição e assimilação, mais ou menos consciente, de novos padrões e novas formas de perceber, ser, pensar e agir. Outros definem aprendizagem como sendo a aquisição de novos comportamentos. Mas como o comportamento geralmente é reduzido a algo exterior e observável ai está o problema, pois limitando-se no observável excluímos a consciência, a formação de novos valores entre outros aspectos não observáveis (LIBÂNEO, 2006). Mas é importante salientar que aprendizagem não é apenas um processo de aquisição de conhecimentos, conteúdos ou informações. As informações são importantes, mas precisam passar por um processamento muito complexo, a fim de se tornarem significativas para a vida das pessoas. Até este ponto, somos capazes de definir o processo de ensino e aprendizagem, como sendo uma acção conjunta do professor e dos alunos, na qual o professor estimula e dirige actividades em função da aprendizagem dos alunos. Aula Do lat. aula, gr. aulé, palácio, sala onde se recebem lições, classe, lição. Antigamente, seriam os locais para onde os discípulos eram conduzidos para que recebessem o conhecimento. Popularmente a palavra '''aula''' pode ser usada para referir diversos objetos: o local que contém os meios (livros, mesas, quadro-de-giz, e outros) e pessoas (alunos e professores) necessários à realização da aula; o período estabelecido em que aluno e professor dedicam-se ao processo ensino-aprendizagem na escola; o momento em que dedica-se à aquisição de algum conhecimento, ou simplesmente a execução de alguma tarefa coordenada (Ex: uma aula de ginástica aeróbica em uma academia): http://www.cpt.com.br/cursos-metodologia-de-ensino/artigos/tipos-de-aula-e-seus-respectivos-conceitos#ixzz3jLUhfKUM. Processo de ensino e aprendizagem, é uma acção conjunta do professor e dos alunos, na qual o professor estimula e dirige actividades em função da aprendizagem dos alunos, podemos dizer que a aula é uma situação didáctica básica de organização do processo de ensino, em que cada aula é uma situação específica, na qual objectivos e conteúdos se combinam com métodos e formas didáctica, visando fundamentalmente propiciar a assimilação activa de conhecimentos e habilidades pelos alunos (LIBÂNEO, 2006, p. 178). De acordo com esse entendimento, o termo aula não se aplica somente à aula expositiva, mas a todas as formas didácticas organizadas e dirigidas directa ou indirectamente pelo professor, tendo em vista realizar o ensino e aprendizagem (2006, p. 178). Para LIBÂNEO (2006, p. 178), aula é toda situação didáctica na qual se poem objectivos, conhecimentos e habilidades pelos alunos. A aula é o horário de estudo de uma turma na escola, em que se pretende um processo de aprendizagem. Também pode ocorrer fora de escolas, como em aulas de ginástica, música, culinária, tele-aulas, aulas não presenciais, aulas particulares, entre outras (SCARPELINI, 2007) Chama-se aula o conjunto dos meios e condições pelos quais o professor dirige e estimula o processo de ensino em função da actividade própria do aluno no processo da aprendizagem escolar, ou seja, a assimilação consciente e activa dos conteúdos (LIBANEO apud SCARPELINI, 2007). É importante ressaltar que a realização de uma aula ou conjunto de aulas precisa que haja uma estruturação didáctica, que consiste em etapas ou passos mais ou menos constantes que estabelecem a sequência do ensino de acordo com a matéria ensinada, características do grupo de alunos e de cada aluno e situação didácticas específicas (LIBANEO apud SCARPELINI, 2007). Em uma aula tradicional sempre foi considerado necessário a existência de ao menos duas personagens: o professor, indivíduo sábio, dotado do conhecimento, dono da verdade, representando o ensino, e o aluno, representando o aprendizado. Contudo, modernamente, com o desenvolvimento da tecnologia, constata-se que uma aula pode ocorrer sem a presença de um professor, utilizando-se novas formas e instrumentos para se adquirir conhecimento de forma sistemática, como as tele-aulas, os cursos por correspondência ou online, cursos em apostilas, entre outros, possibilitando a um aluno auto-didata escolher um horário personalizado para a sua aula, realizando-a no seu ritmo pessoal de assimilação, e conforme o seu interesse particular por um assunto (SCARPELINI, 2007) Classificação ou estrutura de uma aula O trabalho docente, sendo uma actividade intencional e planejada, requer estruturação e organização, a fim de que sejam atingidos os objectivos do ensino. A indicação de etapas do desenvolvimento da aula não significa que todas as aulas devam seguir um esquema rígido. A opção por qual etapa ou passo didáctico é mais adequado para iniciar a aula ou conjugação de vários passos numa mesma aula ou conjunto de aulas depende dos objectivos e conteúdos da matéria, das características do grupo de alunos, dos recursos didácticos disponíveis, das informações obtidas na avaliação diagnostica, etc. por causa disso, ao estudarmos os passos didácticos, é importante assinalar que a estruturação da aula é um processo que implica criactividade e flexibilidade do professor, isto é, a perspicácia de saber o que fazer frente a situações didacticas especificas, cujo rumo nem sempre é previsível (DE ALMEIDA & GRUBISICH, 2011). Preparação e introdução Transmissão e assimilação da matéria nova Aspectos externos (métodos de ensino) Aspectos internos (métodos de assimilação activa) Percepção Formação de conceitos Desenvolvimento de capacidades cognitiva e operativa Trabalho com a matéria velha Exercícios Recordação Memorização Articulação entre as fases mediante: Consolidação Recordação Sistematização Fixação Aplicação Controlo e avaliação Estruturação de uma aula. Fonte: adaptado do Libânio, 2006. Fases da aula e sua dialéctica Preparação e introdução da matéria Esta fase corresponde ao momento inicial da preparação para o estudo da matéria nova. Ela compreende a preparação do professor, dos alunos, a introdução da matéria e a colocação didáctica dos objectivos. Antes de entrar na sala e iniciar a aula, o professor precisa preparar-se através de um planejamento sistemático de uma aula ou conjunto de aulas. Ela assegura a dosagem da matéria e do tempo, o esclarecimento dos objectivos a atingir e das actividades que serão realizadas, a preparação de recursos auxiliares do ensino. No início da aula, a preparação dos alunos visa criar condições de estudo; mobilização da atenção para criar uma atitude favorável ao estudo, organização do ambiente, etc. É nesta fase que encontramos a motivação inicial que inclui perguntas para averiguar se os conhecimentos anteriores estão efectivamente disponíveis e prontos para o conhecimento novo. O professor fará a colocação didáctica dos objectivos, estes que irão ajudar ao aluno a terem clareza dos resultados a atingir. Os objectivos devem ter significado real para a experiencia social dos alunos. Tratamento didáctico da aula Aqui, envolve o nexo transmissão/assimilação activa dos conhecimentos. Nesta fase se realiza a percepção dos objectos e fenómenos ligados ao tema, a formação de conceitos, o desenvolvimento das capacidades cognitivas de observação, imaginação e de raciocínio dos alunos. Na transmissão prevalecem as formas de estruturação e organização, logica e didáctica dos conteúdos. Na assimilação, importam os processos da cognição mediante a assimilação activa e interiorização de conhecimentos, habilidades, convicções. Aqui há uma relação reciproca entre métodos de ensino e métodos de assimilação, ou seja, entre aspectos externos e internos do método. Os aspectos externos são a exposição do professor, a actividade relactivamente independente dos alunos, a elaboração conjunta (conversacao). Os aspectos internos compreendem as funções mentais que se desenvolvem no processso da cognição, tais como a percepcao, as representações, o pensamento abstrato, mobilizados pelas funções ou fases didacticas. Consolidação e aprimoramento dos conhecimentos e habilidades Nas etapas anteriores, o trabalho docente consistiu em prover as condições que ajudassem o aluno a compreender a matéria incluindo exercícios e actividades praticas para solidificar a compreensão. Mas também é preciso que os conhecimentos sejam organizados, aprimorados e fixados na mente dos alunos a fim de que estejam disponíveis para orienta-los nas situações concretas de estudo e da vida. Do mesmo modo é preciso aprimorar a formação de habilidades e hábitos para a utilização independente e criadora dos conhecimentos. Trata-se assim, da etapa da consolidação, também conhecida entre os professores como fixacao da matéria, este que incluem os exercícios de fixacao, a recapitulação da matéria, as tarefas de casa, o estudo dirigido. A consolidação pode dar-se em qualquer etapa do processo de didactico: antes de iniciar a matéria nova, recorda-se, sistematiza-se, são realizados exercícios em relação à matéria anterior. A consolidação pode ser reprodutiva, de generalização e criativa. A aplicação Esta etapa decorre em todas as demais etapas. Aqui aos alunos tem oportunidade para utilizarem de forma mais criativa os conhecimentos, unindo teorias e prática, aplicando conhecimentos, seja na própria prática escolar (inclusive em outras matérias), seja na vida social (nos problemas do cotidiano, na família, no trabalho). Esta etapa tem por objectivo estabeler vínculos do conhecimento com a vida, de modo a suscitar independência de pensamento e atitudes critica e críticas expressando a sua compreensão da prática social. Controlo e avaliação dos resultados escolares Esta etapa percorre todas etapas do ensino, abrange a consideração de vários tipos de actividades do professor e dos alunos no processo de ensino. Este deve ser considerado como um processo sistémico e continuo. Esta etapa vai ditar o grau em que se atinge os objectivos e em que se cumprem as exigências do domínio dos conteúdos, a partir dos parâmetros de desempenho escolar. Para isso, são empregados procedimentos e instrumentos de mensuração (observação, provas, testes, exercícios teóricos e práticos, tarefas) que proporcionam dados quantitativos e qualitativos. A avaliação cumpre, ao menos, três funções: função pedagógico-didáctica, refere-se aos objectivos gerais e específicos, assim como os meios e condições de atingi-los, uma vez que estes constituem o ponto de partida e os critérios para as provas e demais procedimentos avaliativos. Função diagnostica, se refere à análise sistemática das ações do professor e dos alunos, visando detectar desvios e avanços do trabalho docente em relação aos objectivos, conteúdos e métodos. Função de controle se refere à comprovação e à qualificação sistemática dos resultados da aprendizagem dos alunos, face a objectivos e conteúdos propostos. Tipos de aulas De acordo com LIBANEO, na concepção de ensino que se propõe, as tarefas docentes visam organizar a assimilação activa, o estudo independente dos alunos, a aquisição de métodos de pensamentos, a consolidação do aprendido. Isso significa que, sempre de acordo com os objectivos e conteúdos da matéria, as aulas poderão ser previstas em correspondência com as etapas os passos do processo de ensino e podemos ter: aulas de preparação e introdução da matéria no inicio de uma unidade; aulas de tratamento mais sistematizado da matéria nova; aulas de consolidação (exercícios, recordações, sistematização, aplicação); aulas de verificação de aprendizagem para avaliação diagnostica ou de controlo. Conclusão Apos as leituras feitas durante a realização deste trabalho, notou-se que o processo de ensino e aprendizagem, é uma acção conjunta do professor e dos alunos, na qual o professor estimula e dirige actividades em função da aprendizagem dos alunos. Definição de ensino de acordo com a Escola Nova, em que o eixo da questão pedagógica passa do intelecto (ensino tradicional) para o sentimento; do aspecto lógico para o psicológico; dos conteúdos cognitivos para os métodos ou processos pedagógicos; do professor para o aluno; do esforço para o interesse; da disciplina para a espontaneidade; do directivismo para o não directivismo; da quantidade para a qualidade; de uma pedagogia da inspiração filosófica centrada na ciência da logica para uma pedagogia de inspiração experimental baseada principalmente nas contribuições da biologia e da psicologia. a aprendizagem é um fenómeno, um processo bastante complexo. Ou aprendizagem, é um processo de aquisição e assimilação, mais ou menos consciente, de novos padrões e novas formas de perceber, ser, pensar e agir. Tratamento didáctico da aula, Consolidação e aprimoramento dos conhecimentos e habilidades, aplicação e Controlo e avaliação dos resultados escolares são as fazes da aula. Bibliografia DE ALMEIDA, José Luis Vieira. GRUBISICH, Teresa Maria. O ensino e a aprendizagem na sala de aula numa perispectiva dialética. Revista lusófona, 2011. http://www.cpt.com.br/cursos-metodologia-de-ensino/artigos/tipos-de-aula-e-seus-respectivos-conceitos#ixzz3jLUhfKUM. Arquivo consultados as 09h no dia 20/08/15. LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica. Cortez editora,, são paulo, 2006. NIVAGARA, Daniel Daniel. Didáctica Geral: Aprender a Ensinar. s/ed. UP, Maputo, s/d. PILETTE, Claudino. Didáctica Geral. 23ª Edição, editora ática. São Paulo, 2004. SCARPELINI S, Pazin Filho A., Carlo - Structure of a lecture II: form . Ribeirão Preto, 2007. 40 (1): 28-31. TAVARES, Rosilene Horta. Didáctica Geral. 2ª Série, UFMG, Belo Horizonte, 2011.