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O QUE SÃO CÉLULAS-TRONCO? Células-tronco são células capazes de multiplicar-se e diferenciar-se nos mais variados tecidos do corpo humano (sangue, ossos, nervos, músculos e etc). Sua utilização é para fins terapêuticos. Elas existem em vários tecidos humanos, no cordão umbilical e em células embrionárias na fase de blastócito. • Células com grande capacidade de transformação celular (totipotentes) • Capacidade de auto-replicação • São encontradas em embriões, cordão umbilical e em tecidos adultos TIPOS DE CÉLULAS-TRONCO Após fecundação do gameta feminino e masculino, se desenvolve em: 2 blastômeros, 4, 8, 16, mórula, blástula, gástrula, nêurula (embrião e feto). Células na fase de blástula são extraídas e recebem estímulos para se diferenciar em diversos tipos de tecidos, que poderão ser usados para substituir órgãos humanos danificados (pâncreas, músculos, coração, etc). Células-tronco adultas: Cordão umbilical Polpa dentária Líquido amniótico Medula óssea
As Células-tronco adultas não são capazes de se diferenciar espontaneamente em todos os tipos de células humanas, mas podem ser induzidas. Além disso, elas perderem a capacidade de se diferenciar após certo tempo, o que inviabiliza a utilização destas células para uso terapêutico.
Células-tronco embrionárias:
As células-tronco embrionárias podem se diferenciar espontaneamente em todos os tipos de tecidos.
CLASSIFICAÇÃO DAS CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS: Podem se classificar de acordo com o tipo de células que podem gerar. Totipotentes: podem produzir todas as células embrionárias; Pluripotentes: podem produzir todos os tipos celulares do embrião; o Multipotentes: podem produzir células de várias linhagens; o Oligopotentes: podem produzir células dentro de uma única linhagem; o Unipotentes: produzem somente um único tipo celular maduro. INTERESSE NO USO DE CÉLULAS-TRONCO
Biologia básica do desenvolvimento Estudo das doenças humanas em modelos animais Cultura de linhagem celular especializada Terapia Gênica Produção de linhagens celulares específicas para transplantes
CÉLULAS-TRONCO E SUAS APLICAÇÕES Em cirurgias plásticas reparadoras e estéticas Tratamentos de fertilidade Tratamento de diabetes Reconstituição de córnea Reposição de dentes Desenvolver medicamentos para doenças genéticas. Substituir tecidos doentes ou lesionados Transplantes Clonagem reprodutiva e terapêutica (É proibida em seres humanos). Etc. (Câncer, diabetes, Mal de Parkinson, cegueira, doenças renais, doenças hepáticas, distrofia muscular, doenças pulmonar, Alzheimer,...).
CÉLULAS-TRONCO NO BRASIL - Lei de Biossegurança: Em março/2005 – No Congresso Nacional, os deputados aprovaram a Lei de Biossegurança - Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005, que no seu artigo 5º autoriza o uso de pesquisas com células-tronco embrionárias. A Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005 estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados – OGM, cria o Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio e dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança – PNB.
Art. 5º É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições: I – sejam embriões inviáveis; ou II – sejam embriões congelados há 3 (três) anos ou mais, na data da publicação desta Lei, ou que, já congelados na data da publicação desta Lei, depois de completarem 3 (três) anos, contados a partir da data de congelamento. § 1º Em qualquer caso, é necessário o consentimento dos genitores. § 2º Instituições de pesquisa e serviços de saúde que realizem pesquisa ou terapia com células-tronco embrionárias humanas deverão submeter seus projetos à apreciação e aprovação dos respectivos comitês de ética em pesquisa.
No entendimento desta Lei, os embriões utilizados nas pesquisas devem ser gerados em clínicas de fertilização e congelados há mais de 3 anos e/ou serem considerados sem qualidade para gerar um novo ser. O seu uso deve ser autorizado pelos genitores e pelo Conselho de Ética e Pesquisa da Instituição do cientista pesquisador (Universidades, laboratórios e serviços de saúde). A Lei de Biossegurança proíbe a clonagem terapêutica e reprodutiva. A Lei dos Transplantes de Órgãos proíbe a comercialização de material biológico. Na pesquisa do IBOPE/2008, 75% da população é favorável as pesquisas; 25% concorda, mas impõe restrições e 5% discorda totalmente.
CIÊNCIA X RELIGIÃO A Igreja Católica: Considera a destruição de embriões equivalente ao aborto. Ela acredita que a vida de uma pessoa tem início na fecundação, desta forma não há justificativa eticamente adequada para tal tipo de pesquisa. Em um comunicado emitido após o anúncio da clonagem de embrião humano, o Vaticano disse que a clonagem "nos leva a reafirmar que a vida humana começa já no primeiro instante em que se forma o embrião". O Judaismo: A Lei Judaica (Halachá) não faz objeção ao uso de um embrião em estágio tão primário. “Um óvulo fertilizado in vitro não tem "humanidade". A Igreja Ortodoxa: A Igreja Ortodoxa, principal religião da Rússia, condena a clonagem, mesmo para fins terapêuticos. O Espiritismo: O Espiritismo concorda, em parte, com a utilização de células-tronco embrionárias, tendo em vista o seguinte: Não concorda: (só a Deus compete tirar a vida) porque após a retirada das células o embrião será sacrificado, configurando-se o aborto. Concorda: Há situações em que o embrião não vingará, ou seja, por variadas razões o espírito não reencarnará naquele corpo ou não se manterá nele Estas seriam células-tronco da medula óssea ou do cordão umbilical.