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17/09/2012
Características gerais dos VÍRUS
Profª Drª Thayza Christina Montenegro Stamford
Histórico Doenças virais começaram a ser registradas nas civilizações egípcias e greco romanas. Adolf Meyer (1876)- comprovou a natureza infecciosa da doença do mosaico do tabaco.
Dimitri Ivanowsky(1892): deu o segundo passo fundamental para o entendimento da virologia atual –
Vírus são partículas filtráveis Martin Beijerinck(1898): descreveu esse patógeno como sendo menor que bactéria, classificando-o como
fluido vivo contagioso- fluidum vivum contagiosum
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Histórico Loeffler e Frosch (1898): demonstram a filtrabilidade do vírus da febre aftosa Rous (1911): descobriu o vírus do “Sarcoma das aves” Stanley (1935): determinou que o vírus do mosáico do fumo podiam ser cristalizados
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Que são vírus? São agentes infecciosos acelulares muito pequenos (filtráveis) e, parasitas intracelulares obrigatórios.
Como surgiram os vírus? Seriam produtos de evolução de alguma bactéria??? Poderiam ser componentes de células hospedeiras que se tornaram autônomas??? Lembram genes que tenham adquirido a capacidade de existir independentemente da célula.
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PROPRIEDADES DOS VÍRUS Pequeno tamanho, sendo visualizados somente por microscopia eletrônica (0,02 a 0,3m) São incapazes de produzir energia ou proteínas independentemente de uma célula hospedeira Possuem um único tipo de ácido nucléico (DNA ou RNA) Multiplicam-se dentro de células vivas usandoa maquinária de síntese destas células- são parasitas intracelulares obrigatórios.
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ESTRUTURA VIRAL
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Vírion: partícula viral completa, incluindo o envelope se o vírus for envelopado Estado extracelular do vírus Vírus: partícula diminuta com ácido nucléico envolto por proteínas Metabolicamente inerte, não realiza funções de respiração e biossíntese
Estado intracelular do vírus Replicação
viral
•Produção de cópias do genoma viral • Síntese dos componentes que formam o envoltório viral • Dependência dos componentes estruturais e metabólicos da célula hospedeira
O vírus redireciona a maquinária preexistente e as funções metabólicas da célula hospedeira, favorecendo a replicação Viral e montagem de novos vírus
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Morfologia viral
Morfologia Viral Forma cilíndrica
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Forma icosaédrica
Vírus envelopados
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Vírus Complexos Capsídeo complexo é uma combinação de formas helicoidais e icosaédricas.
Classificação dos Vírus Classificação
antiga- Sintomatologia Comitê Internacional de Taxonomia Viral Tipos de ácido nucléico Estratégia de replicação Morfologia entre outras formam a base de divisão em gêneros e espécies Ordem até Reino- ausência de classificação Família: viridae Gênero: vírus Espécie viral: (compartilham a mesma informação genética e o mesmo nicho ecológico)
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Classificação quanto ao ácido nucléico DNA ou RNA Fita dupla ou simples Linear ou circular Uma molécula ou mais (segmentado)
Vírus (fita simples de RNA) pode ainda ser subdivididos em: Genoma de polaridade positiva (genoma tem a mesma orientação do mRNA)
Genoma de polaridade negativa (orientação inversa do mRNA)
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Famílias de DNA e RNA vírus DNA
DOENÇA
Poxviridae
Vírus da varíola
Papovaviridae
Papiloma
Hepadnoviridae
Vírus da hepatite B
Adenoviridae
Doenças respiratórias
Herpesviridae
Herpes
RNA Rabdoviridae
Vírus da raiva
Retroviridae
AIDS
Flaviviridae
Febre amarela, dengue
Paramixoviridae
Sarampo, Caxumba
Cultivo dos Vírus Animais
de laboratório (camundongo): está restrita ao estudo de alguns vírus Inoculação em ovos embrionados: inoculados por quatro vias: cavidade amniótica, cavidade alantóica, saco vitelino membrana cório-alantóica
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Cultura celulares
Linhagens
primárias: derivadas de fragmentos de tecidos e tende a morrer após algumas gerações. Linhagens diplóides: derivadas de embriões humanos pode se manter por cerca de 100 gerações. Utilizadas no cultivo de vírus que requerem hospedeiros humanos Linhagens celulares permanente: São células transformadas (ou cancerígenas) que se mantém por gerações indefinidas. Ex. Células HELA
Métodos Imunossorológicos Hemaglutinação Imunofluorescência (IF) direta e indireta Imunoensaio Enzimático (IEE) Fixação do complemento
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Replicação Viral
Ciclo de vida dos bacteriófagos Multiplicação de vírus animal
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Ciclo Lítico e Lisogênico
Replicação ViralCiclo Lítico
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Replicação ViralCiclo Lísogênico
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Fases da Replicação ViralVírus Animal Adsorção
Ligação vírus à célula
Penetração
Entrada do vírus na célula
Desnudamento
Liberação do ácido nucléico
Síntese dos novos componentes
Transcrição
mRNA
Tradução
1- Proteína reguladora da expressão gênica 2- Enzimas 3- Proteínas não estruturais
Replicação
Novos ácidos nucléicos
Maturação(Montagem)
Reunião dos novos componentes formados
Liberação dos vírions
Saída dos novos vírus formados da célula
Fases da Replicação ViralVírus Animal
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Fases da Replicação ViralVírus Animal
Fases da Replicação ViralVírus Animal
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Fases da Replicação ViralVírus Animal
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Efeitos da Infecção viral na célula hospedeira Infecções virais em que não é produzida progênie de vírus: Infecção abortiva Infecções virais produtivas em que a célula hospedeira não é morta, embora os vírus da progênie sejam liberados
Infecções virais que resultam em um estado viral latente na célula hospedeira Infecções virais resultando na morte da célula do hospedeiro e na produção de progênie
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Agente Infeccioso não Convencional PRIONS,
PRIONS Stanley Prusiner, 1982 Proteinaceous Infectious particle- causam Encefalopatia Espongiforme transmissíveis Doença neurológica, progressiva com período de incubação longo, mas com progressão rápida até a morte. Características da doença: perda do controle muscular, contrações, tremores, demência, rapidamente progressiva e morte.
Propriedades dos Prions São filtráveis e pode transmitir doença Não tem ácido nucléico Não tem capsídeo nem envelope Não são imunogênicos Extremamente resistentes ao calor, desinfetantes e radiações É um mutante de uma proteína hospedeira conhecida como Prion
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Doenças humanas causadas por Prions Kuru
Doença Creutzfeldt-Jakob (CJD) Síndrome Gerstmann-Strussler-Scheinker (GSS) Insônia familiar fatal (FFI)
Doenças Animais Scrapie(carneiros e cabras)
Encefalopatia bovina espongiforme (BSE)- doença da vaca louca
Mecanismo proposto para a multiplicação dos agentes infecciosos príons Hipótese (PrPc/PrPsc) Os príons são codificados por genes de mamíferos. A proteína existe sob duas formas, uma patogênica e a outra não: (PrP celular) - forma normal, não-causadora de doença - proteína com uma estrutura alfa, em forma de hélice • PrPsc (PrP Scrapie) - forma patogênica - o príon scrapie tem estrutura beta .
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Comparação de Proteína de Prion Scrapie PrPsc e Proteína de Prion Celular Normal PrPc PrPsc Estrutura
Globular
PrPc Estendida
Resistência à protease
Sim
Não
Presença em fibrilas de scrapie
Sim
Não
Localização nas células ou sobre elas
Meia vida
Vesículas citoplasmáticas ou ambiente extracelular Dias
Membrana citoplasmática
Horas
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