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Aula 7 - Doce De Leite

fabricação, doce de leite

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DOCE DE LEITE CURSO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE LATICÍNIOS – 7° PERÍODO UNIDADE I 2012 TECNOLOGIA DE PRODUTOS LÁCTEOS, CONCENTRADOS E DESIDRATADOS PROF. ME. MARCEL DE CAMPOS OLIVEIRA EVAPORAÇÃO A VÁCUO CONJUNTO CALANDRA E SEPARADOR NOME EFEITO DE EVAPORAÇÃO EQUIPAMENTO 5 CALANDRAS 5 SEPARADORES LÍQUIDO VAPOR EVAPORADOR DE CINCO EFEITOS EVAPORAÇÃO A VÁCUO Os evaporadores tubulares de película descendente são os mais empregados nos laticínios e podem ser acoplados a sistemas para finalização da concentração e para o resfriamento rápido do produto concentrado, denominados finisher e flash cooler. As principais partes de um evaporador a vácuo são: A calandra; O separador líquido vapor; O condensador; A bomba de vácuo. EVAPORAÇÃO A VÁCUO CONSISTE NA RETIRADA DE ÁGUA POR MEIO DO FORNECIMENTO DE ENERGIA NA FORMA DE CALOR AO LEITE SOB UMA PRESSÃO INFERIOR À PRESSÃO ATMOSFÉRICA. PROCESSO: promove a evaporação em temperaturas entre 40°C e 75°C, o que minimiza as modificações causadas aos constituintes do leite, devido ao aquecimento. TACHO À FALTA DA TAMPA Outro fator importante a ser ressaltado devido à falta da tampa é: A possibilidade de caírem corpos estranhos no produto, principalmente, devido a descuidos dos operadores; Ou mesmo pela quebra de lâmpadas não protegidas, forros mal cuidados ou deteriorados e também de peças e acessórios do equipamento como pinos de travas do agitador e parafusos de fixação. TACHO A produção de doce de leite torna-se mais demorada devido à falta de um sistema de sucção do evaporado. Assim, o mesmo é retirado do leite de forma natural (CONVECÇÃO DO AR DEVIDO À DIFERENÇA DE TEMPERATURA), o que estende o tempo de fabricação, acarretando em maior consumo de VAPOR e TEMPO de mão de obra. TACHO Podemos atribuir três grandes problemas à falta da tampa no tacho de doce de leite: O evaporado que sai devido à concentração do leite no tacho não é canalizado para fora da sala de fabricação, assim, o ambiente fica extremamente úmido, chegando a formar condensado, principalmente no teto da área de produção; O equipamento diminui acentuadamente a sua conservação estrutural, principalmente a parte superior do cavalete, onde estão presentes, em geral, a caixa redutora e o motor. TACHO Na figura abaixo é apresentado um esquema de um tacho para fabricação de doce de leite: TACHO Ao atingir-se o ponto desejado, que depende fundamentalmente do operador, inicia-se o processo de resfriamento até atingir uma temperatura aproximadamente de 75°C; Evitando assim temperatura elevada dentro da massa de doce, o que afetaria a coloração e a uniformidade de sua textura. Na figura, abaixo é apresentado um esboço de um evaporador a vácuo de dois efeitos, sendo evidenciadas suas principais partes. ESBOÇO DE UM EVAPORADOR A VÁCUO Sendo: C = calandra; S = separador líquido vapor; EF = efeito; UTT = unidade de tratamento térmico; TR = torre de resfriamento; CD = condensador; BV = Bomba de vácuo. EVAPORADOR A VÁCUO A calandra consiste de um trocador de energia na forma de calor composto por tubos internos e uma carcaça externa que envolve estes tubos; Pelos tubos é passado o produto a ser concentrado e por fora deste e dentro da carcaça é passado o meio de aquecimento (vapor ou evaporado); Os tubos internos de uma calandra: possuem a função de permitir a transferência de energia na forma de calor do meio de aquecimento para o produto em ebulição, com o único intuito de promover a passagem da água do estado líquido para o estado gasoso. EVAPORADOR A VÁCUO Os separadores líquido vapor são diretamente ligados às calandras; Têm função de promover a separação do produto concentrado do evaporado produzido; O condensador, juntamente com a bomba de vácuo, é responsável pela diminuição da pressão em todo o equipamento. RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS TÓPICO RECOMENDAÇÃO VAPOR Alimentação com pressão constante; Evitar interrupção de fornecimento. ENVASE Realizar envase o mais asséptico possível; Usar luvas durante a termosoldágem; Depois de fechada a embalagem, proceder choque térmico por imersão ou aspersão. RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS TÓPICO RECOMENDAÇÃO TACHO Controlar rigorosamente o purgador, a pressão na câmara, e a exaustão; Cuidado com a caramelização nas paredes (parada no agitador). REDUTOR ACIDEZ Cuidado com o uso excessivo (amargor/ escurecimento/ filosidade); Usar apenas produtos com AUP´s. RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS TÓPICO RECOMENDAÇÃO LEITE Acidez mais original possível (13 D); Acidez limite máximo (21 D); Higiene total. *PRESSÃO DE VAPOR BAIXA AÇÚCAR Cristal ou refinado de ótima qualidade (nunca usar fermentado); Usar direto ou na forma de xarope dissolvido em água ou no próprio leite. DEFEITOS X CAUSAS DEFEITOS CAUSAS MOFOS AÇÃO DE LEVEDURAS (GÁS - ESTUFAMENTOS) / ENCHIMENTO A BAIXA TEMPERATURA (RECONTAMINAÇÃO). FILAMENTOSO CONCENTRAÇÃO DEMASIADA / EXCESSO DE BICARBONATO / OU DOCE TIPO AMBROSÍADA. DEFEITOS X CAUSAS DEFEITOS CAUSAS ESCURO EXCESSO DE NEUTRALIZANTES / AQUECIMENTO PROLONGADO PRESSÃO DE VAPOR BAIXA. CRISTAIS DE SACAROSE DESEQUILÍBRIO: SACAROSE E GLICOSE / EXCESSO DE SÓLIDOS / FÓRMULA DESBALANCEADA. CRISTALIZAÇÃO PRECIPITAÇÃO LACTOSE (RESFRIAMENTO LENTO, APARECE 40-50 DIAS DEPOIS DE FABRICADO) / TRATAMENTO COM GALACTOSIDASE (HIDRÓLISE PARCIAL DA LACTOSE). DOCE TALHADO ACIDEZ EXCESSIVA (PPT. CASEÍNA) / PARADA NO AGITADOR AÇÚCAR FERMENTADO. FERMENTAÇÃO AÇÃO DE LEVEDURAS (GÁS - ESTUFAMENTOS) / ENCHIMENTO A BAIXA TEMPERATURA (RECONTAMINAÇÃO). VARIEDADES TIPO PASTOSO TABLETE UMIDADE 20-35 % 6-12 % AÇÚCAR 17-20 % 20-35 % OBSERVAÇÃO: Após atingir o PONTO, o doce é retirado do tacho e batido até obtenção de consistência pastosa homogênea; As formas devem ser tratadas com agente antifúngico (Benzoato de sódio/ sorbato de potássio). PONTO Determina a uniformidade na cor e consistência entre tachadas; Controla o rendimento. Avaliação do PONTO: Areômetro de Baumé /Refratômetro; Teste Solubilidade /Viscosidade. TACHO BRASIL: no processo tradicional de fabricação de doce de leite, a concentração da mistura de leite e açúcar é feita diretamente em tachos de aço inoxidável providos de parede dupla, por onde circula o vapor; Depois de elaborada a mistura leite e açúcar (calda), inicia-se o aquecimento gradual sob contínua agitação; Esta movimentação do líquido dentro do tacho servirá para impedir que a porção em contato direto com as paredes queime, evitando ainda, a formação de espuma e facilitando a evaporação da água. TACHO MEXEDOR DO TACHO FIXO EQUIPAMENTOS PARA A FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Os tachos são equipamentos de funcionamento e manutenção simples, entretanto, não possibilitam o trabalho com grandes volumes de leite; Os evaporadores a vácuo tornam possível um custo de evaporação da água muito baixo, em comparação com os tachos, e permitem trabalhar com grandes quantidades de leite. TACHO A tecnologia do doce de leite está intimamente ligada ao tipo de equipamento utilizado em cada indústria; É possível observar que muitas vezes o que limita a melhoria da tecnologia do doce não é o custo o a falta de habilidade técnica das indústriais, mas o próprio equipamento empregado na elaboração do produto; É possível realizar a fabricação de doce com o tempo de concentração variando de 30 minutos a 6 horas de duração com o mesmo volume do leite; Isto demonstra o quão importante é a escolha do equipamento, pois este fator pode impactar na falta de competitividade de uma indústria produtora de doce de leite. A reação de Maillard foi descrita em 1912 por Louis-Camille Maillard; Dependendo dos tipos de proteínas e açúcares que compõem o alimento, o processo produz resultados diferentes quanto a aspecto, cor e sabor, que são característicos para cada tipo de alimento. REAÇÃO DE MAILLARD Trata-se de uma reação que ocorre entre os aminoácidos ou proteínas e os açúcares (carboidratos) redutores; Neste contexto, quando o alimento é aquecido (cozido) o grupo carbonila (=O) do carboidrato interage com o grupo amino (-NH2) do aminoácido ou proteína e, após várias etapas, produz melanoidinas, que dão a cor e o aspecto característicos dos alimentos cozidos ou assados; Quantidade não superior a 20.000 mg/Kg quando usados em combinação. Betagalactosidase (lactase); Bicarbonato de sódio; Hidróxido de sódio; Hidróxido de cálcio; Carbonato de sódio. ADITIVOS E COADJUVANTES ADITIVOS: COADJUVANTES: Microrganismo Critério de aceitação Sthaphilococcus Coag Pos/g n=5 c=2 m=10 M=100 Fungos e Leveduras/g n=5 c=2 m=50 M=100 CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS  Requisito Doce de leite Doce de leite com creme Umidade (g/100g) máx. 30,0 máx. 30,0 Godura (g/100g) 6,0 - 9,0 >9,0 Cinzas (g/100g) máx. 2,0 máx. 2,0 Proteína (g/100g) mín. 5,0 mín. 5,0 CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS De acordo com o conteúdo de matéria gorda, o doce de leite se classifica em: De acordo com a adição ou não de outras substâncias alimentícias se classifica em: CLASSIFICAÇÃO Doce de leite; Doce de leite com creme. Doce de leite ou doce de leite sem adições; Doce de leite com adições. O doce de leite apresenta: CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS Coloração castanho-caramelado, decorrente da Reação de Maillard; Consistência cremosa ou pastosa, sem cristais perceptíveis sensorialmente; Poderá apresentar também consistência semi-sólida ou sólida e parcialmente cristalizada quando a umidade não superar 20% m/m; No que se refere a doce de leite para confeitaria e/ou sorveteria, sua coloração poderá corresponder ao corante adicionado e sua consistência poderá ser mais firme. REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE DOCE DE LEITE DEFINIÇÃO: Entende-se por doce de leite o produto, com ou sem adição de outras substâncias alimentícias, obtido por concentração e ação do calor a pressão normal ou reduzida do leite ou leite reconstituído, com ou sem adição de sólidos de origem láctea e/ou creme e adicionado de sacarose (parcialmente substituída ou não por monossacarídeos e/ou outros dissacarídeos). DOCE DE LEITE PORTARIA Nº 354 4 DE SETEMBRO DE 1997 RETIFICADA EM: 28 DE JULHO DE 1998 QUANTO AOS ADITIVOS PERMITIDOS, ESTES DEVEM SER INCORPORADOS NAS CONCENTRAÇÕES ESTABELECIDAS PELA LEGISLAÇÃO. REAÇÃO DE MAILLARD Esquematização da primeira etapa da reação de Maillard. Fonte: Adaptado de Fox et al. (1998). A REAÇÃO QUE OCORRE NO PROCESSO DE MAILLARD É DIFERENTE DO PROCESSO DE TOSTAMENTO E CARAMELIZAÇÃO. Estas características são diferentes entre um bolo assado e um frango assado, por exemplo: No tostamento ocorre uma reação de pirólise do carboidrato (desidratação térmica); Na caramelização ocorrem desidratação, condensação e polimerização do carboidrato; Em nenhum dos dois casos há o envolvimento das proteínas. REAÇÃO DE MAILLARD MATÉRIA PRIMA PADRONIZAÇÃO DESACIDIFICAÇÃO CONCENTRAÇÃO RESFRIAMENTO ENVASE PROCESSAMENTO DO DOCE DE LEITE REAÇÃO DE MAILLARD Esquematização da segunda etapa da reação de Maillard. Fonte: Adaptado de Fox et al. (1998). EQUIPAMENTOS PARA A FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE FÁBRICA DE DOCE DE LEITE "LAYOUT" EQUIPAMENTOS PARA A FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Na fabricação de doce de leite, normalmente, podem ser empregados dois tipos de evaporadores: É possível ainda conjugar os dois equipamentos. Evaporador a pressão atmosférica, conhecido como tacho; Evaporador a pressão inferior à pressão atmosférica, conhecido na indústria como evaporador a vácuo; CONCENTRAÇÃO: Essa etapa é realizada em tachos de dupla camisa, até 1/3 da altura do tanque. Aquece-se o produto a 95°C por 2 a 2,5 horas, de acordo com a consistência desejada. Durante todo o processo, um agitador mecânico mantém a homogeneidade do produto e evita o sobreaquecimento; RESFRIAMENTO: O produto é resfriado parcialmente até uma temperatura de 65°C – 70°C, a fim de permitir o envase. O processo de resfriamento pode ser realizado por passagem de água fria pela dupla camisa do tacho. PROCESSAMENTO DO DOCE DE LEITE De acordo com o que foi anteriormente mencionado, o leite deve ser envasado a temperatura de 65°C – 70°C, em equipamento específico. ENVASE: PROCESSAMENTO DO DOCE DE LEITE OBSERVAÇÃO.: O rendimento é em torno de 40 % em peso, ou seja, para cada 100 quilos de leite processados obtém-se 40 quilos de doce de leite. A validade do produto é em torno de 90 dias. Faz-se a seleção e a análise do leite; Este, por sua vez, deve apresentar acidez inferior a 18°D; do contrário, procede-se a desacidificação em etapa posterior; MATÉRIA PRIMA: PADRONIZAÇÃO: O leite utilizado para a produção de doce de leite normalmente é padronizado com um teor mínimo de 1,5 % de gordura, para obtenção de um doce com 2% de gordura; DESACIDIFICAÇÃO: A desacidificação do leite de acidez excessiva evita a desnaturação protéica e o escurecimento do produto. Pode ser realizada com bicarbonato de sódio, em uma dosagem próxima de 30g de Na2CO3 para cada 100 litros de leite, já no tacho, sob leve agitação. 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