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Aula 09 Comportamento Mecanico Ii

PMT2200 - Materiais. Aula 9: Comportamento Mecânico II

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Comportamento Mecânico II PMT 2100 - Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia 9a aula 1 OBJETIVOS E ROTEIRO DA AULA • • • • • • • Temperatura versus taxa de deformação Comportamento elástico, fluxo viscoso e comportamento visco-elástico Efeito da temperatura sobre a deformação plástica Fluência Efeito da taxa de deformação sobre o comportamento plástico Impacto Fadiga 2 1 Temperatura × taxa de deformação RT = < energia cinética > ⇒ vibrações da rede, rotação de macro-moléculas, difusão etc… ∂ε [ s −1 ] : taxa de deformação ⇒ tempo ∂t necessário para que os processos ocorram ε& = Temperatura e taxa de deformação tem efeitos opostos sobre o comportamento mecânico 3 Exemplo: Relação entre temperatura e taxa de deformação no comportamento mecânico de polímeros amorfos 4 2 Comportamento elástico ε1 = σ1 E E = módulo de rigidez Reversível ⇒ não dissipa energia! 5 Fluxo Viscoso τ = ηγ& η = viscosidade [Pa.s] Irreversível ⇒ dissipa energia 6 3 Comportamento Visco-elástico Uma componente elástica e uma componente viscosa Reversível porém dissipa parte da energia Polímeros 7 Efeito da temperatura sobre a deformação plástica ü T↑ ⇒ aumento da amplitude de vibração (dos átomos ou das macro-moléculas), rotação (macro-moléculas) ⇒ maior facilidade de movimentação das discordâncias/ deslizamento das macro-moléculas. Portanto: T↑ ⇒ ↓σe e ↑ alongamento Conformação mecânica de materiais metálicos, poliméricos e cerâmicos (vidros de sílica) 8 4 Exemplo 9 Fluência Temperatura homóloga: τH ≡ T TF • T = temperatura absoluta •TF = temperatura de fusão (em [K]) τH > 0,4 ⇒ Fenômenos difusivos (difusão, ascensão de discordâncias etc…) começam a se manifestar macroscopicamente ⇒ fluência 10 5 Parâmetros de fluência Taxa mínima de fluência: ε&min tempo para ruptura: t f ↓ ε&min ou ↑tf ⇒ ↑ resistência à fluência •Estágio I ou transiente: taxa de deformação decrescente, encruamento •Estágio II ou estacionário: taxa de deformação constante (mínima), balanço entre encruamento e superação de obstáculos por processos difusivos (por exemplo, ascensão de discordâncias) •Estágio III ou terciário: taxa de deformação crescente, desenvolvimento de cavidades (cavitação), leva à ruptura do material 11 Efeitos da temperatura e da tensão sobre a fluência T1 < T2 < T3 ⇒ (tf)1 > (tf)2 > (tf)3 e (ε&min )1 < (ε&min ) 2 < (ε&min ) 3 σ1 < σ2 < σ3 ⇒ (tf)1 > (tf)2 > (tf)3 e (ε&min )1 < (ε&min ) 2 < (ε&min ) 3 12 6 Outros fatores que afetam a fluência üEstrutura cristalina: üPrecipitados: üContornos de grão: ↑ complexa ⇒↑ resistência à fluência ↑ fração ⇒↑ resistência à fluência ↑ tamanho de grão ⇒↑ resistência à fluência ← Pá de turbina para aviões a jato com grãos orientados feita por solidificação direcional Pá de turbina monocristalina: o canal em forma de espiral permite que apenas um grão cresça na peça → Fonte: http://www.msm .cam.ac.uk/phase-trans/2001/slides.IB/photo .html 13 Efeito da taxa de deformação sobre o comportamento plástico Os processos de deformação plástica requerem reorganização de átomos e/ou moléculas ⇒ tempo ∆σ ∝ (∆ ε& )m m: expoente de sensibilidade à taxa de deformação (strain-rate sensitivity) 14 7 Impacto [ ] [s ] Ensaio de tração convencional: ε& ≈ 10 − 5 ~ 10 −1 s −1 Solicitações de impacto: ε& ≈ 10 2 ~ 10 3 üPêndulo de impacto (Ensaios Charpy e Izod) Pêndulo para plásticos, leitura digital −1 Pêndulo para metais, leitura analógica Detalhe de um ensaio Izod: a amostra é fixada em um mandril 15 Ensaio de impacto (Pêndulo) W f = mg (hi − h f ) Wf : trabalho de fratura m: massa do pêndulo g: aceleração da gravidade h i : altura inicial do pêndulo h f : altura final do pêndulo 16 8 Transição dúctil-frágil Medida do trabalho de fratura em função da temperatura ~100 ~5 •Transição abrupta de um comportamento frágil de baixa temperatura para um comportamento dúctil de alta temperatura •Depende fortemente da geometria da amostra e do seu critério de definição: deve ser evitada para projeto de engenharia •Permite comparar, entretanto, a fragilidade ou ductilidade relativa em solicitações de impacto através de um ensaio padronizado •Pode ser observada em metais CCC e HC, polímeros e em cerâmicas (em temperaturas elevadas) 17 Ensaio de impacto (ensaio de queda de peso) Ensaio de queda de peso (Drop-Weight Test) üUm peso é lançado de uma altura préestabelecida em queda livre sobre a amostra. üO resultado é qualitativo, quebra ou não quebra (alternativamente, deforma ou não deforma, trinca ou não trinca etc..) üPermite determinar a temperatura de transição para ductilidade nula (NDT, nil ductility transition temperature): projeto de engenharia para aplicações em temperaturas sub-ambientes 18 9 Fadiga Fatos: üAté o momento, solicitações estáticas ou monotônicas (a força cresce ou decresce continuamente). Nas aplicações de engenharia, entretanto, freqüentemente encontram-se solicitações cíclicas (ex. eixos, molas, asas de avião, bioimplantes etc…) → Fadiga üA fadiga é responsável por um grande número das falhas mecânicas observadas nos componentes de engenharia e de um grande número de acidentes com vítimas fatais em toda a história üA fadiga ocorre mesmo quando o componente é submetido a solicitações dentro do regime elástico (isto é, para tensões inferiores ao limite de escoamento) → projeto de engenharia üA fadiga ocorre em todas as classes de materiais (metálicos, cerâmicos, poliméricos e compósitos) 19 Parâmetros da solicitação cíclica ∆σ: Amplitude de tensão σmax: Tensão máxima σmin: Tensão mínima σm: Tensão média R: Razão de tensões λ: comprimento de onda N = ∆t/λ: número de ciclos no intervalo de tempo ∆t 20 10 Ensaios de fadiga Máquina servohidráulica de ensaio de fadiga Corpos de prova antes e depois do ensaio Ensaio de fadiga a quente em material resistente ao calor 21 Curva S-N Caso geral Aços carbono O ensaio é realizado em freqüência constante e com um valor de R fixo para um grande número de amostras em cada nível de amplitude de tensão, faz-se o gráfico do número médio de ciclos necessários para a ruptura do material. Define-se o limite de fadiga (σL, endurance limit) como sendo o nível de amplitude de tensão abaixo do qual não se observa a ruptura por fadiga. Para aços carbono há um limite de fadiga bem definido, para os demais materiais convenciona-se um número de 107 ciclos para a definição do limite de fadiga. 22 11