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As Estratégias E Políticas De Desenvolvimento Rural Na America Latina

Antes de analisar os novos enfoques e retas que enfrenta o desenvolvimento rural na ALC, e necessario apresentar o marco de referencia no que deve intertese as estrategias de desenvolvimento rural. Dito marco esta constituido de um conjunto de condicionantes que limitam o alcance de qualquer estrategia de desenvolvimento rural, de modo que conduzira inevitavelmente inevitavelmente a frustracao de qualquer programa o projeto de desenvolvimento rural.

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LEMBRANDO QUE ISSO É APENAS O RESUMO DE CADA UM DOS GRUPOS I. Um marco Global para a Analise dos processos de desenvolvimento Rural Antes de analisar os novos enfoques e retas que enfrenta o desenvolvimento rural na ALC, e necessario apresentar o marco de referencia no que deve intertese as estrategias de desenvolvimento rural. Dito marco esta constituido de um conjunto de condicionantes que limitam o alcance de qualquer estrategia de desenvolvimento rural, de modo que conduzira inevitavelmente inevitavelmente a frustracao de qualquer programa o projeto de desenvolvimento rural. Se trate de fatores que, por sua natureza escapam ao que se pode fazer no ambito estrito do desenvolvimento rural, por amplo e elaborado que seja o instrumento das politicas disponiveis , pois estabelecem estreitas restriçoes ao alcance de intrumentos e obrigam a considerar-las como parametros na formulaçao de estrategias,a politicas e projetos. Assinalados numa ordem condicionantes seriam : Abertura comercial e finaceira uma serie de acordos e convenios comerciais que cada um dos paises esta negociando o esta escrito na atualidade . A globalizaçao dos sistemas alimentares o peso crescente dos supermercados e das grandes cadeias de produçao e distribuiçao como detentores da demanda geral , segundo informaçao de pesquisa ate pela metade de 2001 tinham cerca de 60% do setor de alimetos. As macroempresas estabelecidas pelo governo central orientada para mantimento do equilibrio implica que os desenhos estrategicos tenham que ser mas coerentes com regras , ao objeto de pleitear niveis realistas de financiamento interno e externo. II As estratégias e Políticas de desenvolvimento Rural na America Latina (AL): Enchendo os vazios Institucionais – Parte do Assis ... O desenvolvimento rural na America Latina a ocorrido desde antigamente uma importante orientação da luta contra a pobreza, porem nunca chegando a formar parte de uma estratégia nacional de construção da sociedade e desenvolvimento. Pelo contrario, a maioria das vezes não a passado de ser uma tentativa desarticulada de enfrentar uma situação de exclusão social e econômica dos pobres rurais com medidas parciais e descontinuas que não chegaram a ser sustentáveis, o que se explica sua aparição e desaparição em função de ciclos ideológicos, políticos e econômicos um contexto de crescente globalização e liberalização. Estes vai-vem originou a troca nos atores fundamentais do desenvolvimento rural na America latina, alternando- se segundo os períodos as agencias de desenvolvimento, os governos e as organizações não governamentais. Também explica que nos anos 60 e 70 se assistiu a uma etapa fértil do pensamento agrário e rural na America latina da mão das universidades e centros de investigação, e sobre o todo da CEPAL que chego a criar um corpo de doutrina e pensamento próprio em matéria de desenvolvimento, enquanto que nos anos 80 e parte dos 90, este campo de investigação e pensamento se convertera em um deserto, com honras excepcionais de algumas ONGs e universidades. 1. Analises das políticas e ações de desenvolvimento rural dos governos e as organizações não governamentais na AL Os enfoques e etapas das políticas e programas de desenvolvimento rural que os Estados da America latina puseram em pratica nas ultimam décadas tem sido descritos por Plaza nos seguintes termos: Desenvolvimento Comunal, Geração e Transferência de Tecnologia, a chamada Revolução Verde, Reforma Agrária, Sistemas de Produção, Desenvolvimento Rural Integrada e Fundos de Inversão Social. O mesmo autor depois de analisar com profundidade os ditos enfoques conclui que foram bastante incompletos, ao não considerar aspectos centrais como: O funcionamento e organização, dos sistemas de produção dos campesinos e pequenos produtores. As formas de organização e lógicas culturais dos campesinos e pequenos produtores. As relações campo-cidade e as características da sociedade rural. O funcionamento real dos mercados. Os mecanismos de dominação e poder exercidos sobre a produção, comercialização e as condições de vida dos campesinos e pequenos produtores agrícolas. A necessidade de transformar o poder tradicional e fortalecer as capacidades locais. A necessidade de contar o poder tradicional e fortalecer as capacidades locais. A necessidade de contar com estratégias e organismos e de planificação regional e local, enlaçados com as políticas nacionais de desenvolvimento. Existe uma opinião generalizada de que os enfoques e atuações de desenvolvimento rural dos governos da região carecem de articulação teórica e pratica com as estratégias e políticas nacionais de desenvolvimento, embora estivessem influenciadas por estas. A pesar das evidencias empíricas e das múltiplas analises realizadas nas ultimas décadas, as políticas de desenvolvimento rural assumiram que as comunidades rurais estavam isolando o mercado e dos processos políticas nacionais, e que, por tanto, os campesinos operam o solo dentro da lógica de subsistência baseada em seus próprios recursos. A falta de participação dos beneficiários e as formulações com senso tecnocrático, de cima a abaixo, foi outro dos erros das políticas de desenvolvimento rural das ultimas décadas. A conseqüência foi que não se levaram em conta suficientemente as necessidades reais e carências que afetam aos grupos objetivos. Na década de 70, começaram a criar e consolidarem-se organizações não governamentais (ONGs), muitas delas com uma atuação de luta contra a pobreza e desenvolvimento rural, que embora participassem dos enfoques anteriores, partiram da realidade campesina e contribuíram a um melhor conhecimento das lógicas de produção e reprodução dos campesinos e pequenos produtores e a gerar metodologias interativas e respeitosas de suas características econômicas, sociais e culturais. Nos anos 80, e devido ao desaparecimento do desenvolvimento rural das agencias do governo da região e da conseguinte retirada do Estado das políticas de desenvolvimento rural, latino-americana assistiu a uma explosão de ONG's que atuaram no meio rural, algumas das quais apareceram como iniciativas de auto-emprego de profissionais, embora outras muitas tiveram um papel importante, financiando e direcionando programas de desenvolvimento rural. Uma revisão da ampla literatura existente permite identificar como principais problemas das políticas, programas e projetos de desenvolvimento rural dos estados e ONGs, os seguintes: falta de articulação, de integração, de continuidade e de valorização. A respeito falta de articulação, o desenvolvimento rural se configuro a partir dos anos 70 como um conjunto disperso e desarticulado de projetos e programas da escassa efetividade, levados a cabo e/o financiados por governos, ONGs, agencias internacionais de desenvolvimento do conjunto da economia rural da região. A falta de integração das políticas e programas de desenvolvimento rural, cabe ressaltar que os programas convencionados de desenvolvimento rural dão prioridade a uma dimensão determinada, por exemplo, desenvolvimento produtivo, fortalecimento institucional, dotação de infra-estrutura e serviços sociais, porem não contemplam todas de modo integral. Enquanto ao problema da falta de continuidade, a evidencia mostra que os resultados das políticas de desenvolvimento rural não se lograram a curto prazo, a diferença da política que incorporam realizações materiais. Os processo de desenvolvimento rural, tanto os espontâneos como os induzidos pela ação publica são processos sociais que não se criam de um dia para o outro. Portanto a falta de continuidade das políticas e programas de desenvolvimento rural dos governos e o curto período de duração dos projetos de desenvolvimento rural financiado pelo Banco Mundial, BID o FDA, constitui uma seria limitação para que estes tenham um impacto significativo. A falta de valorização, este é um problema chave e que dificulta o conhecimento dos resultados reais e dos impactos dos programas de desenvolvimento rural. Em efeito, muito dos programas implementados pelo Estado e a pratica total dos programas levados a cabo pela ONGs, tem uma escala pequena, de modo que, no melhor dos casos, os efeitos se produzem em um âmbito espacial para que não só existam estatísticas, e por tanto não se pode avaliar os impactos a menos que se realize trabalho de campo. 4 Da teoria à prática Consenso sobre desenvolvimento rural existe na região mais em âmbito conceitual e teórico que em terreno prático. O efeito é justamente na fase operativa onde as principais diferenças e lacunas das políticas e programas de supostamente respondem a novos enfoques e métodos, diferenças e lacunas que fazem que os discursos ou narrativas atuais das agências internacionais de desenvolvimento, governos e ONGs sobre o desenvolvimento rural, não sejam do todo consistentes. Portanto, os problemas que devem resolver-se para que as estratégias se traduzam em políticas e programas eficazes de desenvolvimento rural e alcancem seus objetivos de crescimento e redução da pobreza e, a desigualdade social, não estão nas definições nem nos enfoques do desenvolvimento rural, nisto desde que vimos há um consenso bem conhecido, até apesar dos importantes diferentes e distintos para a ênfase posto em cada tema segundo a agência considerada. Os problemas se encontram nos níveis mais operativos, destacando nos seguintes: Não há critérios operativos comuns a para classificar um programa com o projeto de desenvolvimento rural, o que se pleiteia e conhecer os problemas e as estratégias das agências e países, para se traduzir em um aumento de número de programas e de projetos sobre desenvolvimento rural e sobre todo em um incremento ao financiamento destinado ao desenvolvimento rural. Não há critérios operativos comuns para definir um território como rural, apesar do reconhecimento geral da grande heterogeneidade dos territórios rurais, não a abrangem as tipologias nem classificações operativas dos mesmos. Segue a confusão entre desenvolvimento rural e desenvolvimento agrário, e continua apreciando-se uma importante fixação na modernização das atividades agropecuárias e uma insuficiente ênfase nas atividades rurais não agrícolas, de modo que o objetivo de diversificação do tecido econômico no meio rural não acaba de entrar com força nas políticas e programas de desenvolvimento rural da ALC. Todavia não se consegue suficiente importância, algumas tendências que afetam o meio rural e que são fruto da acelerada urbanização da região. Ele supõe que na prática as operações financiadas por agência de desenvolvimento não considera que haja de modo incipiente, elementos que são fundamentais para que os projetos e programas de desenvolvimento rural estejam próximos. Podem citar como exemplos destacados as relações e fluxos entre as zona rural e zona urbanas, dentro de um enfoque de ordenação e desenvolvimento territorial. Não se analisa com rigor os impactos da abertura comercial sobre o meio rural considerando que inevitavelmente a liberação economica levara ao crescimento econômico, e que redizira a pobreza. Porém não se tem em conta que os processos de liberação agrícola não são neutros, mas que geram ganhadores e perdedores e que muitas zonas rurais marginais e muitos campesinos pobres têm uma elevada probabilidade que os leva perder, a liberação acompanha o tipo de política e promovem o desenvolvimento das ditas zona rurais e ajudem aos pequenos agricultores e campesinos pobres a adaptar-se à nova situação. Fruto de esta falha, os programas de desenvolvimento rural não conseguem suficiente importância aos problemas de adaptação dos agricultores pobres nem contempla medidas de apoio à sua modernização, diversificação, pluriativiadades, abandono e reconversão. A organização interna das agencias do governo, com uma estrutura departamental setorial, não favorece a tradução das estratégias de desenvolvimento rural autêntica políticas e programas de desenvolvimento rural. Assim, temas que deveriam formar parte da politica de desenvolvimento rural, como pequena e média empresa, financiamento e acesso ao crédito, modernização do estado, programas sociais de melhora da infra- estrutura, são em sua maioria departamentos alheio ao desenvolvimento rural, que, portanto nao centrando-se na agricultura e manejo dos recursos naturais. Todo isso dificulta extraordinariamente a transição operativa do enfoque setorial, agrário, há um enfoque territorial, rural, que deve integrar muitos aspectos cujas competências se situam em outro departamento. As estratégias e políticas de deslocamento rural devem impulsionar processos sociais e econômicos de largo período de amadurecimento. A lógica dominante das intervenções das agencias e governo, limitada no tempo e no espaço, não contribuiu com o êxito dos programas de desenvolvimento rural. Dito de outro modo, com projetos desarticulados, dispersos no espaço e limitados no tempo não se obterá o desenvolvimento das áreas rurais de AL, embora deva reconhecer também que sem crescimento econômico sustentado, qualquer programa de desenvolvimento rural, por bom que seja, será pura perda de tempo. Os programas e projetos de desenvolvimento rural local devem articular-se e integrar-se dentro de uma política mais ampla de desenvolvimento regional, pois o desenvolvimento da infra-estrutura, a criação de um ambiente favorável para a inversão do rural e a ampliação do mercado de trabalho não pode exercer no âmbito local de destino regional (sub nacional) o incluso nacional. Descentralizaçao desenvolvimento rural As politicas e programas descentralizados de desenvolvimento rural veem executando na America Latina desde a decada de 90, apontando numerosos avanços enquanto a participaçao das organizaçoes civis e de cidadaos nos processos de desenvolvimento , o impulso de processos de descentralizaçao do poder publico e a concepçao de um desenvolvimento que deve pleitear de maneira integral num territorio. Nao obstante, persistem a um numeroso problema para que o binomio descentralizaçao e desenvolvimento rural se desenvolva eficazmente: Os programas de desenvolvimento local se desenvolvam dentro de uma realidade mas ampla caracterizada pela deficiencia de infraestruturas , mercados e serviços publicos cuja melhora corresponde como temos visto aos planos regionais e nacionais . Sim ditos planos de possibilidades de exito dos programas locais se ve muito limitada O espaço rural se caracteiza pelo forte peso das relaçoes pessoais e pela elevada concentraçao dos recursos num grupo reduzido de habitantes ,provocando o poder politico local , este muito influenciado poe estte grupo. Por outro lado , nos encontramos com uma massa de habitantes rurais pobres, que estao dispersos e tem enormes dificuldades para realizar açoes coletivas. Debilidade dos poderes locais. Este produz tensoes , ja que por um lado os agentes de desenvolvimento local necessitam de mais autonomia para gerenciar os processos de desenvolvimento, e por outro, dependem, sobre tudo no economico, da vontade politica de outros poderes do estado. A participaçao dos habitantes rurais pobres nos processos de desenvolvimento local e muito baixa, devido a falta de capacidade organizativa, seu baixo nivel educativo e seus escassos meios economicos. Por tanto , parece evidente que a descentralizaçao e condiçao necessaria porem nao suficiente para reorientar o desenvolvimento rural, por tanto , deve continuar o esforço de descentralizaçao das politicas e programas de desenvolvimento rural , porem o dito esforço deve ir acompanhado de ; Politicas de fortalecimento das instituiçoes da sociedade civil e dos poderes publicos locais. Articulaçao dos programas locais dentro de programas de desenvolvimento regional e nacional Criaçao de instrumentos fiscais e financeiros para reter parte dos excedentes economicos gerado local e regionalmente, abrindo possibilidades de reinversao na diversificaçao da base economica produtiva rural. Melhora dos canais e metodos de participaçao dos atores locais. Continuidade dos programas de desenvolvimento local postos em marcha. Os vai e vem das agencias internacionais de desenvolvimento na ALC Durante os anos de 60 e 70 se propuseram importantes avanços nas políticas e programas de desenvolvimento rural, impulsionadas pelas agencias internacionais de desenvolvimento, e subsidiariamente pelos governos, da mão dos programas e projetos DRI (desenvolvimento rural integrado). Pois na década de 80 a América Latina sofreu uma grave crise econômica, em que propuseram a aplicação de duros planos de ajustes estrutural impulsados, quando não imposto, pelo banco mundial e o fundo monetário internacional. Estes planos de ajuste estrutural significaram o ocaso das políticas setoriais, e especialmente da política agrária e dos programas de desenvolvimento rural, e o domínio total da política macroeconômica de estabilização (Ceña, 1995). A administração agrária e reduzida drasticamente e se produz a quase completa desaparição do desenvolvimento rural da agenda das agencias internacionais que operam na região e por ender dos governos. Na década de 80 a política agrária e de desenvolvimento rural da América Latina se reduziu praticamente a abertura dos mercados, o apoio as negociações comerciais e, em menor medida a criação de mercados de serviços de assistência técnica e a construção de infraestruturas. Em efeito, desde princípios dos anos 80 até meados dos anos 90, e como conseqüência da grave crise econômica que sofreram a maioria dos países da região, as principais agencias de financiamento do desenvolvimento que operam na região, Banco mundial e banco interamericano de desenvolvimento, introduziram os empréstimos de ajuste setorial agrário baseados na redução do tamanho da administração agrária, a desregulação dos mercados agrários, as privatizações e a abertura comercial agrária. Pois o desmantelamento precipitado de um sistema estatal intervencionista não foi, ou foi insuficientemente, substituído por outro modelo alternativo, em que provocou um grande vacio institucional nas áreas rurais da região. Nos anos 90, e como conseqüência do aumento da pobreza rural e a exclusão social provocada pelas crises econômicas e os ajustes drásticos, começaram a tomar força três processos mais ou menos simultâneos. Por um lado, os estados retomam as atividades de desenvolvimento rural com duas vertentes: uma dirigida ao apoio de unidades campesinas com capacidade para produção e outra de luta contra a pobreza (fundos de inversão social e programas de emergência) para aqueles habitantes com menos recursos e que sofrem pobreza extrema. Por outro lado se inicia a reconstrução das instituições publicas , a partir de um novo modelo de intervenção estatal que procure a promoção de mercados eficientes mediante a correção de falhas implícitas: falta de provision de bens públicos, presença de externalidade, barreiras de entrada, competência imperfeita, corte de transação e informação imperfeita. Por último, ante a evidencia da ineficácia de uma intervenção publica centralizada, se impulsam de maneira notável os processos de descentralização do poder publico e os chamados programas participativos de baixo e acima. A nova onda de ruralidade tem imposto importantes avanços na elaboração de um novo enfoque de desenvolvimento rural, na construção de amplos consensos sobre o tema, e em suma, o retorno vigoroso do desenvolvimento rural à agencia de governos e agencias internacionais. Este novo movimento iniciado nos anos 90 tem se consolidado extraordinariamente nos primeiros anos do novo siglo e milênio, da a mão primeiro da preocupação pelo alivio da pobreza, que é o objetivo prioritário e central das agencias internacionais e especialmente do Banco Mundial (BM), Banco interamericano de desenvolvimento (BID) e fundo internacional de desenvolvimento agrário (FIDA), e depois das metas de desenvolvimento do milênio. É 75% dos pobres absolutos, os que vivem com menos de um dólar por dia, residem no meio rural, pelo que será impossível alcançar os objetivos previstos para o ano 2015 pelo MDG sem um aumento significativo dos ingressos dos lugares rurais e das oportunidades de emprego no meio rural. A imigração é um caminho de saída da pobreza pois não pode ser o único por que aponta claras vantajes pois também é mis difícil a melhora das condições de vida dos que se quedam no meio rural. 3. O novo consenso sobre desenvolvimento rural em ALC Fruto da consolidação de novos enfoques de desenvolvimento rural e de retorno do desenvolvimento rural a agendas das agencias internacionais que operam na região, tem sido a elaboração de estratégias de desenvolvimento rural por parte da maioria delas, estratégias que apresentam uma notável convergência, aunque com matrizes diferenciais significativas. Ao elaborar suas estratégias de desenvolvimento rural, todas as agencias partem de analises do novo cenário internacional, caracterizado pela globalização, a libertação do comercio agrário e os processos de integração sub-regional ( MERCOSUR, CAN, CARICON y Centroamerica) e regional (ALCA), d e analises dos câmbios dos câmbios acorridos nas áreas rurais de ALC (demográficos, sociais, econômicos, culturais, políticos e institucionais) e de analises das lições aprendidas por cada agencia enquanto os programas de desenvolvimento rural financiados em décadas anteriores. A elevada coincidência enquanto ao diagnostico e analises de partida, contribui em grande medida à convergência das estratégias rurais das agencias. Sem embargo, a maioria das estratégias de desenvolvimento rural não existe uma rigorosa analise das inter-relações entre os processos de integração regional em curso, especialmente em ALCA, e o desenvolvimento das áreas rurais de ALC. A falta de conexão entre os temas relacionados com a liberalização do comercio agrário e os processos de integração regional e os temas de desenvolvimento rural e alivio da pobreza é uma das principais falhas das estratégias rurais da maioria das agencias analisadas. Seguindo o estudo comparado levado a cabo as estratégias consolidadas de Desenvolvimento rural do BID mediante a analise dos documentos de estratégias das principais agencias internacionais que operam em ALC, os principais pontos de convergência são os seguintes (BID, 2003): Enquanto os objetivos, todas as estratégias de desenvolvimento rural analisadas se vinculam ao ganho da redução significativa e sostenida da pobreza, assumindo as metas de desenvolvimento do milênio, de reduzir a pobreza extrema, majoritariamente rural, à metade no ano de 2015. Enquanto ao enfoque se assume um enfoque territorial do desenvolvimento rural, abandona-se o conceito de estrecho do rural, postulando na troca de uma definição ampla, e o respeito do caráter multisetorial, e não só agrário, da economia rural, como em um sentido espacial ao incorporar os vínculos entre os núcleos rurais e os núcleos urbanos intermédios. Sem embargo, a transação desde o enfoque setorial/agrário ao territorial/rural e mais ou menos intensa e clara segun agencias. De hecho algumas estratégias seguem sendo mais agrárias que rurais. * Enquanto ao entorno macroeconômico, se reconhece a importância que para o desenvolvimento rural tem um entorno macroeconômico estável e uma política econômica que não opere contra o meio rural e o setor agrário. * Enquanto as opções para superar a pobreza rural se reconhece a importância e diversidade das estratégias de vida dos lugares rurais, a partir de atividades agrícolas, da pluriatividade, da migração e dos ingressos derivados das redes sociais de seguridade. Se postula que as políticas publicas devem apoiar as distintas opções de estratégias de vida dos lugares rurais. * Enquanto ao desenvolvimento institucional se assegura uma alta prioridade ao desenvolvimento institucional, incluindo entre outros aspectos o aperfeiçoamento dos mercados rurais, o estabelecimento de encadeamentos e de relações intercetoriais, a criação de plataformas de concerto publico/privado e a construção de espaços de cidadania, participação e democracia local. Não obstante, o enfasis que se otorga o desenvolvimento institucional também varia muito entre umas agencias e outras. * Enquanto a descentralização se reconhece o papel central que cabe aos governos municipais e províncias no diseño e condução das estratégias de desenvolvimento rural, aspectos que requer uma inversão substantiva no desenvolvimento de suas capacidades. * Enquanto ao papel do mercado, o estado e sociedade civil se assume uma posição critica frente as dicotomias entre estado e mercado, o estado e sociedade civil. Se desenvolve diversas propostas de fortalecimento das instituições de arbitragem entre a sociedade civil, o estado e o mercado, considerando que o desenvolvimento e cooperação entre os três setores é uma precondição do desenvolvimento rural. Também neste tema se aprecia matrizes significativas, pois em algumas estratégias se enfatiza o papel do mercado, mientras que em outras enfatiza o papel da sociedade civil e o estado. * Enquanto ao papel da agricultura na economia rural, se confirma que o desenvolvimento agropecuário continua sendo um entrave para o desenvolvimento rural, em que se reconhece, também com distinta intensidade segundo as agencias, a crescente importância das atividades rurais não agrícolas e a necessidade de se incorporar o objetivo de diversificação econômica nas estratégias, políticas e programas de desenvolvimento rural. Por outro lado, se considera que a modernização e o fortalecimento competitivo do setor agrário deve fazer-se enfrentando as condições que impedem os mercados domésticos e internacionais, em que garantindo o acesso dos pequenos agricultores ao credito, recursos naturais, terra e água, tecnologia e informação e consolidando os direitos de propriedade e uso dos recursos. * Enquanto a relação entre agricultura e meio ambiente , todas as estratégias prestam especial atenção ao manejo sustentável dos recursos naturais e a necessidade de investigar e desenvolver técnicas e boas praticas agrárias que preservem o meio ambiente e os recursos naturais. As estratégias que se orientam faziam a agricultura enfatizar mais este tema. Em definitivo, pode-se falar de uma convergência das estratégias de desenvolvimento rural das agencias internacionais, vinculada ao objetivo de redução da pobreza, exclusão e desigualdade social na região. O desenvolvimento rural se concebe em ALC cada vez mais não como uma estratégia isolada, mais sim como parte de um projeto nacional de desenvolvimento, o dicho de outro modo, como a dimensão rural do desenvolvimento, o que implica deste o inicio a inclusão das áreas rurais no desenvolvimento da nação. Este é, sem duvida, uma das trocas principais a respeito dos enfoques de desenvolvimento rural dominantes em ALC durante décadas passadas. Os governos também estão elaborando ou tem elaborado estratégias de desenvolvimento rural, caso de Peru. Equador, Bolívia, Costa Rica, Honduras e incluso alguns paises tem traduzido recentemente a política nacional de desenvolvimento rural, como é o caso do Brasil, com seu Programa nacional de desenvolvimento Rural Sustentável e Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável, México com suas leis de Desenvolvimento de Microregiões, promovida por SEDESOL, e de desenvolvimento Rural Sustentável, promovida por SAGARPA o Chile, com seu red de cooperação Institucional para Zonas de Pobreza Rural (PRORURAL). Família, território e desenvolvimento rural – Parte do Savio... As trocas experimentadas pelo meio rural na região, com resultado das reformas econômicas e políticas introduzidas a partir da década de 80, se estendem por suas estruturas produtivas, sociais e institucionais. Nesse marco de modificações analisamos as transformações ocorridas na organização e, o funcionamento e as estratégias de reprodução empregadas por famílias rurais. Um déficit recorrido por antecedente dos estudos da família rural trata de ressaltar a importância histórica de suas análises tanto para a compreensão da natureza dos processos sociais rurais, como para a orientação de diversas iniciativas de desenvolvimento rural que se impulsionaram na América latina e Caribe. 1. Rupturas e continuidade do estudo das famílias rurais À análise da família campesina e de sua lógica de reprodução social tem ocupado uma posição destacada nos estudos agrários. Os debates conceituais sua consideração como elemento central nos desenhos das estratégias de desenvolvimento rural, fizeram aflorar diversas maneira de entender a denominada "economia campesina" o "agricultura familiar". O e estudos clássicos da organização da unidade econômica campesina de Alexander V. Chayanov, fez retroagir a discussão na década de 70 e 80 na América latina (Chayanov 1985), teve uma importância maiúscula para entender a realidade particular da produção familiar, e das possibilidades de sua persistência nos processos de modernização do agro regional. Aspectos tais como a importância do tamanho da família e do ciclo demográfico na diferenciação social: a importância de organização do sistema produtivo no trabalho familiar; a importância de um fundo familiar previsto nas entradas geradas pelo trabalho de seus integrantes (Wolf, 1975); pareceram encontrar-se presentes, redefinidos, em alguns estudos contemporâneos sobre as famílias rurais. As várias atividades das famílias rurais e a diversificação dos mercados e territoriais são condições essenciais, segundo a autora, para que se possa ter lugar num processo dessa natureza. Durante a década 80 e 90, se presencia na Europa um intenso debate ao redor da superação da forma tradicional de entender a agricultura e a produção familiar. A introdução do conceito de multifuncionalidade da agricultura; para dar valor à adoção de novos critérios para valorizar o; meio rural; a transição do término da agricultura com dedicação parcial ao conceito de pluriatividades; e a posição destinada ao território e a desenvolvimento local na análise das relações sociais rurais e na ação institucional, dão lugar a um enfoque renovado sobre a agricultura, à família e aos espaços rurais. Estas análises têm uma significativa influência no revigorar que experimentam os estudos rurais latino-americanos, logo de uma continuação apática iniciada no mesmo momento de penetração das reformas econômicas e políticas de ajuste estrutural. A revisão sintética do que alguns trabalhos sobre a família rural têm intenção de reafirmar, no marco das notáveis modificações do entorno e do funcionamento das famílias rurais, a existência de rupturas e continuidade a em análises dos processos rurais. A compreensão das condições atuais do meio rural, de sua maior diversidade e complexidade, e as trocas experimentada pela agricultura familiar se sustenta no conhecimento em processo permanente de construção. 2. A abertura econômica e troca nas estratégias das famílias rurais A abertura econômica modifica de maneira substancial os espaços rurais da América latina e Caribe, aprofundando as tendências originadas com o processo de modernização vivido desde pelo menos três décadas anteriores à sua instauração nos anos 80. O estímulo às atividades agrícolas de exportação, tradicionais e não tradicionais; a crescente a diminuição dos preços dos produtos agrícolas e o incremento das importações; a profunda redução de diversos mecanismos de proteção dos por diferentes grupos de produtores; o encarecimento dos créditos e a diminuição o eliminação do sistema de apoio (investigação, capacitação, extensão, financiamento), com conseqüências negativas muito fortes na agricultura familiar; são, entre outros, fenômenos condicionantes das novas estratégias seguidas por empresários agrícolas e as famílias rurais da região. A diminuição das áreas semeadas a tecnificação crescente das atividades produtivas, buscando economizar na mão-de-obra, o aumentar da produtividade para resistir à diminuição constante dos preços, é o caminho seguido por boa parte das explorações com capacidade de inserção numa economia, mas aberta e competitiva. Este processo tem um impacto direto na diminuição do emprego agrícola. O estudo da CEPAL sobre o impacto das reformas econômicas no emprego se assinala que entre 1990 e 1997, o emprego agrícola diminuiu em media anual de 0.9%. Deste modo, indica que a demanda de mão-de-obra nas atividades, mas dinâmicas não permitiu recusar a perda de emprego nas de menor dinamismo é a "economia rural baseada na família" não gero os postos de trabalho requeridos para cobrir o crescimento vegetativo de sua população. Num estudo sobre as e estratégias de entrada dos lugares rurais no México, de Janvry e Sadoulet encontram a situação geográfica dos prédios, em relação com os centros urbanos, não incidem na ocupação em atividade não o agrícolas para o conjunto da família. Porém resultado significativo para as mulheres. Para os autores, "a densidade dos centros o urbanos aos que podem consentir uma pessoa- definida como o número de centros urbanos situados há uma hora ou menos de viagem nos meio de transporte público-não incide na população em seu conjunto, porém reforça a participação da mulher no trabalho remunerado não agrícola ao tempo que reduz sua participação no mercado de trabalho agrícola e da construção. Portanto, para as mulheres a facilidade de acesso e a chave para participar no trabalho não agrícola bem remunerada. Em troca não tem efeito algum para os homens. Vários estudos sobre o meio rural da América latina e o Caribe ressaltam a importância crescente do emprego rural não agrícola (ERNA), e dos ingressos não agrícolas (IRNA), nas estratégias empregadas por famílias rurais para a obtenção dos ingressos requeridos para sua subsistência, para a capitalização ou para manter suas atividades agrícolas. A apesar de sua generalização, a magnitude desses processos de suas características são diversas apresentam riscos particulares nos diversos espaços rurais da região. Deste modo, encontram-se desigualdades significativas enquanto o aproveitamento das se oportunidades de acesso ao ERNA e sobre tudo a melhor remuneração. Fatores tais como a idade dos membros da família, o nível de educação formal de seus membros da qualidade da terra que possuem, e o acesso a outros ativos e diversificação e dinamismo econômico do território no qual se situam a família; incidem nas possibilidades diferenciadas, individuais e grupais, de acesso ao ERNA e a geração do IRNA. 3. Pluriatividades, familiar rural e desenvolvimento rural A pluriatividades consiste na diversificação de ingressos da família rural, como resultado da ocupação de seus membros em atividades agrícolas e em uma ampla de gama de atividades não agrícolas, efetuadas nos próprios espaços rurais o nome e nos centros urbanos aos que consentem os integrantes da unidade familiar. Em alguns casos, a as famílias deslocam seu assento aos espaços urbanos de onde realizam atividades não agrícolas, as que complementam com atividades agrícolas levadas a extremidade em seus prédios. Parte destas famílias está conformada por profissionais ou setores urbanos de rendas médias e altas, que adquirem terras de famílias rurais disposta a abandonarem as atividades agrícolas. Em outros casos, pelo contrário, as famílias se assentam num espaço rural e algum ou alguns dos membros da família se deslocam ao espaço urbano para desempenhar as mais variadas ocupações não agrícolas. Entre estas estão à construção, o comércio, o os serviços domésticos, há atividades docentes e outros serviços. Como se pode ver, a pluriatividades não a uma característica exclusiva das familias rurais de mais baixa remuneração. Sua presença a aparece como um risco das famílias pertencentes a grupos sociais com condições sócio-econômicas muito diversas (Gras, 2003). A heterogeneidade característica dos territórios estabelece condições diferenciadas para a organização, o funcionamento e as modalidades de geração de renda por parte das famílias rurais. As características particulares das famílias condicionam suas estratégias particulares de geração de renda e a possibilidade de ampliar suas pluriatividades. Como bem a ponta Clara Craviotti, "a pluriatividade é um o risco que a ajuda a esta crescente heterogeneidade agrária; dá lugar a tipos sociais híbridos e que desenvolvam suas atividades em múltiplos contextos sociais. Em si mesmo um tema complexo, multidimensional, no que incidem tantas questões estruturais, vinculadas à inserção das unidades, como as atividades da família, sua história, e as motivações de seus membros" (Craviotti, 2000:6). 3. A organização rural e capital social - Parte do Sergio... Não poderia pretender estudar as organizações rurais na América latina e em Caribe ou formar propostas de desenvolvimento rural, sem considerar o tema da capital social e examinar os vínculos com as instituições locais, as redes de relações sociais e os intercâmbios que caracterizam os espaços rurais particulares. A ampla difusão de conceito da capital social; os debates gerados ao redor de seu empenho para o estudo e da realidade social regional; a presença de varias corrente que reforça a polisemia de conceito; e sua profissão em numerosas investigações, produz uma abundante produção teórica sobre o tema. Putman qualifica de capital social as redes sociais e as normas associadas a elas, afirma que estas têm valor tanto individual como coletivo e subraya a possibilidade de investir na construção de redes de relações. Neste aspecto encontra uma semelhança com os capitais físicos e humanos. "No obstante –aponta Putman – as redes sociais não são meros bens de investimentos, pois a menudo criam valor de consumo direto". Reconhecendo a importância do capital social para os indivíduos e para as coletividades, e para fortalecimento da sociedade civil e a democracia e para o desenvolvimento da comunidade e sociedade, o autor supõem a possibilidade de que o capital social pode ter conseqüências sociais não esperadas e não desejáveis. Um exemplo se refere à situação segundo a qual as redes e as normas beneficiam a grupos com maiores vantagens, em detrimento de quem possui menos capital social. John Durston resume varias das criticas surgidas no debate sobre este conceito e sintetiza diferentes correntes teóricas que, segundo seu critério, dar lugar a um incipiente paradigma (Durston 2002) e (Putman 2003), distinguem diversas formas de capital social: a) capital social formal frente a capital social informal : b) capital social denso frente a capital social tênue; c) capital social vuelto hacia dentro e capital vuelta capital fora; d) capital social que tem puentes frente a capital social vinculado. Durston (2002), por sua parte, constrói uma tipologia das diversas modalidades de capital social: A) capital social individual : contratos didáticos e redes de concentradas; b) capital social grupal; c) capital social comunitário; d) capital social puente: alianças regionais; e) capital social "de escala": reciprocidade com control assimétrico; f) capital social societal. A breve referencia a alguns aspectos conceituais tem a finalidade de mostrar a complexidade do debate e da construção teórica existente traz o conceito de capital social. Esta mesma complexidade se encontra em os processos territoriais; em as relações e intercambiais entre as comunidades; as inter-relações entre estas, as organizações rurais e as agencias estatais.