Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

[artigo] - Educação Ambiental Em Ação B4

PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE FUNCIONÁRIOS DE UMA EMPRESA PÚBLICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO SOBRE RESÍDUOS DE EQUIPAMENTOS ELETROELETRÔNICOS (REEE)

   EMBED


Share

Transcript

11/03/2017 [Artigo] ­ Educação Ambiental em Ação ISSN 1678­0701 Número 59, Ano XV. Março­Maio/2017. Números anteriores  ...  Início        Cadastre­se!       Procurar       Submeter artigo        Contato     Apresentação     Normas de Publicação     Artigos     Dicas e Curiosidades     Reflexão     Para sensibilizar     Dinâmicas     Entrevistas     Culinária     Arte e ambiente     Divulgação de Eventos     O que fazer para melhorar o meio ambiente     Sugestões bibliográficas     Educação     Plantas medicinais     Práticas de Educação Ambiental     Notícias     Educação e temas emergentes     Ações e projetos inspiradores     Relatos de Experiências  Artigos 10/03/2017 PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE FUNCIONÁRIOS DE UMA EMPRESA PÚBLICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO SOBRE RESÍDUOS DE EQUIPAMENTOS ELETROELETRÔNICOS (REEE)   Link permanente: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2680  Like Be the first of your friends to like this. PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE FUNCIONÁRIOS DE UMA EMPRESA PÚBLICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO SOBRE RESÍDUOS DE EQUIPAMENTOS ELETROELETRÔNICOS (REEE)   Ana Paula Xavier de Gondra Bezerra1 [email protected]   Ítala Gabriela Sobral dos Santos2 [email protected]   3 Emmanuelle Maria Gonçalves Lorena [email protected]   4 Fabrício Ângelo Gabriel [email protected]   5 Romildo Morant de Holanda [email protected]   1Bióloga  e  Engenheira  Ambiental,  mestranda  em  Engenharia  Ambiental  da  Universidade  Federal  Rural  de Pernambuco  (UFRPE)  e  participante  do  grupo  de  pesquisa  ­  Centro  de  Inovação  Tecnológica Aplicada  aos Recursos Naturais da Universidade Federal Rural de Pernambuco (Citar/UFRPE). 2Engenheira de Pesca, mestranda em Engenharia Ambiental da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)e  participante  do  grupo  de  pesquisa  ­  Centro  de  Inovação  Tecnológica  Aplicada  aos  Recursos Naturais da Universidade Federal Rural de Pernambuco (Citar/UFRPE. 3Engenheira  Civil,  mestranda  em  Engenharia  Ambiental  da  Universidade  Federal  Rural  de  Pernambuco (UFRPE)e  participante  do  grupo  de  pesquisa  ­  Centro  de  Inovação  Tecnológica  Aplicada  aos  Recursos Naturais da Universidade Federal Rural de Pernambuco (Citar/UFRPE. 4 Biólogo, mestrando em Engenharia Ambiental da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). 5 Doutor em Recursos Naturais, Professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e líder do grupo de pesquisa ­ Centro de Inovação Tecnológica Aplicada aos Recursos Naturais da Universidade Federal Rural de Pernambuco (Citar/UFRPE).   RESUMO   Com  o  avanço  tecnológico  é  observadouma  crescente  aceleração  na  geração  de  Resíduos  de Equipamentos Eletroeletrônicos (REEE). A educação ambiental atua utilizando duas vertentes para http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2680 1/9 11/03/2017 [Artigo] ­ Educação Ambiental em Ação interação, o modo teórico e o prático, trabalhando o conteúdo de forma compartilhada, nos quais os funcionários possam visualizar os possíveis benefícios a serem obtidos, bem como os impactos que poderão ser evitados. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar o nível de conhecimento dos funcionários de uma empresa pública com relação aos REEE. A empresa está  localizada no estado de  Pernambuco,  na  qual  a  força  de  trabalho  consiste  em  309  colaboradores.  A  pesquisa  foi realizada em 2014 com a aplicação de 92 questionários com pessoas de níveis de escolaridades e funções  distintas.  Verificou­se  que  os  funcionários  possuem  um  conhecimento  considerado  básico sobre  essa  temática  necessitando  de  um  nivelamento  das  informações  para  mostrar  aos funcionários, o seu papel na busca de práticas mais sustentáveis na empresa.   PALAVRAS­CHAVE: Educação Ambiental, meio ambiente, gestão ambiental.   1.    INTRODUÇÃO   O  constante  avanço  da  tecnologia,  o  consumo  irresponsável  e  a  destinação  inadequada  dos resíduos  sólidos  ocasionam  sérios  problemas  ao  meio  ambiente  e  têm  estimulado  as  discussões das questões ambientais (SCHMIDT; BORTOLOTTO; GARCIA, 2014; HOLANDAet al., 2015). O aumento do consumo de equipamentos eletroeletrônicosé impulsionado pelo marketing,com incremento de novos equipamentos e periódicasatualizaçõesdos mesmos com inovação tecnológica acrescem os olhares dos consumidores e tornam o equipamento anterior prematuramente obsoleto, acelerando o seu descarte(SCHMIDT; BORTOLOTTO; GARCIA, 2014). Para  avaliação  do  ciclo  de  vida  dos  equipamentos  eletroeletrônicos  é  necessário  levar  em consideração os atores envolvidos, sendo os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e  os  consumidores  comoresponsáveis  pelos  resíduos  gerados.  Assim,  o  poder  público,  o  setor empresarial e as pessoas respondem pelas ações voltadas para assegurar a melhor destinação dos resíduos sólidos (HOLANDA et al., 2015). Conforme Souza (2008), a educação ambiental é utilizada para promoção da conscientização das  questões  ambientais  que  contempla  uma  visão  ecológica  para  o  desenvolvimento  social  e organizacional. Com base nisso, estudos comprovam que nas organizações, uma educação, ou até mesmo  uma  percepção  voltada  para  a  conservação  dos  recursos  naturais  e  o  bom  uso  deles, possuem  um  impacto  positivo  e  auxilia  na  disseminação  das  práticas  sustentáveis  frente  os colaboradores e sociedade (SANTOS et al., 2016). Desta forma, para que seja eficiente, a organização deve identificar as necessidades e atuar em  capacitação,  abrangendo  as  pessoas  que  tenham  suas  atividades  diretamente  ligada  ao  meio ambiente,  ou  seja,  que  resulte  em  impacto  significativo  sobre  o  meio  ambiente  (ABNT,  2015). Conforme,  a  lei  federal  n.  9.795,  de  27  de  abril  de  1999,  que  instituiu  a  Política  Nacional  de Educação  Ambiental,  no  seu  art.  7º  dispõe  sobre  ações  e  práticas  educativas  voltadas  à sensibilização  da  coletividade  sobre  as  questões  ambientais  no  Poder  Público  nosníveis  federal, estadual e municipal (BRASIL, 1999). O Programa Agenda Ambiental na Administração Pública Estadual de Pernambuco (A3P), no âmbito  estadual,  determina  que  é  necessário:  mobilizar,  sensibilizar  e  capacitar  gestores  e servidores  públicos  estaduais,  visando  elevar  o  nível  de  conhecimento  sobre  a  necessidade  de incorporar a temática socioambiental em suas atividades diárias (SEMAS, 2013) com o emprego de técnicas  de  educação  ambiental,  tais  como:  atividades  práticas,  oficinas,  palestras,  mini­esquetes entre outras. A  implementação  de  técnicas  de  educação  ambiental  requer  apresentação  de  práticas  com exemplificações, nas quais os funcionários e o público externo possam visualizar e compreender os possíveis benefícios a serem obtidos, bem como os impactos negativos que poderão ser evitados. Segundo Paiva et al. (2016), há um considerável crescimento da aplicação de resíduos tecnológicos para auxiliar às diversas atividades cotidianas, sejam elas comerciais, educacionais, comunicativas. O  método  de  sensibilização  e  conscientização  nas  empresas,  comunidade  circunvizinha  e clientes  requerem  persistência  e  continuidade  de  ações.  Nesse  sentido  Adams  e  Gehlen  (2005) afirmam em seu estudo que é possível acelerar e dinamizar a inserção de atividades de educação ambiental  quando  se  propõe,  nas  empresas,  um  espaço  educativo  que  possua  um  agente orientador de EA, que seja ponto de referência, servindo de subsídios para práticas educativas. Costa (2016) afirma que: “para  uma  compreensão  da  maneira  como  cada  indivíduo  deve  atuar  em  relação  à questão  do  pós­consumo  consciente  dos  REEE,  considerando  o  destino  final  desses http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2680 2/9 11/03/2017 [Artigo] ­ Educação Ambiental em Ação equipamentos após sua vida útil, torna­se necessário ponderar alguns aspectos, como a cultura da sociedade e o nível de educação dessa sociedade”. Nesse sentido, a educação ambiental por atuar de forma contínua, no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio e adquirem conhecimentos, habilidades, experiências, valores e a determinação que os tornam capazes de agir, individual ou coletivamente, na busca de soluções para os problemas ambientais, presentes e futuros (UNESCO, 1987). Desta forma, a finalidade deste estudo foi avaliar o nível de conhecimento dos funcionários de uma  empresa  pública  do  estado  de  Pernambuco  com  relação  aos  Resíduos  de  Equipamentos Eletroeletrônicos (REEE).   2.    METODOLOGIA   O  local  de  estudo  foi  uma  empresa  pública  de  direito  privado  com  fins  lucrativos  de  origem brasileira, com controle de capital social 100% pertencente ao Estado de Pernambuco, constituída enquanto entidade estatutária. A força de trabalho consiste em 309 colaboradores entre funcionários efetivos, cargos comissionados e estagiários.                     O  levantamento  dos  dados  foi  obtido  na  realização  de  pesquisas  tanto  de  cunho  teórico quanto  de  atividades  de  campo  utilizando  pesquisa  com  funcionários.  Essa  caracterização  foi realizada  por  meio  de  uma  visita  técnica  a  empresa  realizada  no  mês  de  junho  de  2014.  Em conjunto  a  isso,  foi  realizada  a  aplicação  de  questionáriospré­estruturados  com  seis  perguntas fechadas aos funcionários de diferentes setores da empresa. Foram  aplicados  um  total  de  92  questionários  com  pessoas  de  níveis  de  escolaridades diferentes  e  funções  distintas.  Esse  quantitativo  representa  cerca  de  30%  do  valor  da  amostra.Os questionários foram aplicados individualmente para preservar o discurso do entrevistado.   3.    RESULTADOS   Para  o  pleno  funcionamento  de  um  sistema  de  gerenciamento  dos  REEE  é  importante destacar  a  responsabilidade  compartilhada,  ou  seja,  a  carga  não  é  apenas  dos  setores responsáveis  em  direcionarem  os  REEE,  como  também  da  colaboração  dos  funcionários  para impulsionar  a  empresa  a  estabelecer  uma  política  ambiental.  Como  pode  ser  afirmado  pela  Lei 12.305, de 02 de agosto e 2010, que no paragrafo III; determina que: “a coleta seletiva, os sistemas de  logística  reversa  e  outras  ferramentas  relacionadas  à  implementação  da  responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos” (BRASIL, 2010). Foi verificada a existência de um Programa de Educação Ambiental (PEA) que trabalha com a responsabilidade  socioambiental  na  empresa.  O  seu  objetivo  é  introduzir  a  educação  ambiental como  ferramenta  e  processo  capaz  de  contribuir  com  a  formação  de  uma  consciência  que  se traduza  no  comprometimento  de  minimização  e/ou  reversão  dos  efeitos  das  ocupações  e  dos processos  produtivos  estabelecidos  na  empresa  através  das  ações  de  Responsabilidade Socioambiental  adotadas  pela  instituição,  destacando  dentre  elas:  Plano  de  Ação  em  Educação Ambiental como Instrumento para Coleta Seletiva de Papel; Campanha Permanente de Combate à Dengue;  participação  na  Comissão  Interna  de  Prevenção  de  Acidentes  (CIPA);  curso  de aperfeiçoamento  da  gestão  pública  para  os  Funcionários  e  a  educação  ambiental  voltada  para assentamento (ZAPONI et. al. 2013). Dentre  essas  ações  de  educação  ambiental  praticadaspela  empresa,  verificou­se  que  até  o presente momento da pesquisa não foram desenvolvidas atividades de EA voltada para os REEE. Segundo  Ribeiro  et  al.  (2013)  ações  de  sensibilização  pretendem  também  atuar  sobre  a predisposição para a mudança de atitudes, influenciar a realizaçãoda separação seletiva de REEE de forma que estes resíduos aumentem a sua taxa de reciclagem. A partir dessa constatação, foram aplicados questionários aos recursos humanos da empresa para conhecer o nível de informação sobre os REEE. Ao total foram 92 pessoas que participaram desta  pesquisa.  A  primeira  pergunta  refere­se  ao  conhecimentodo  lixo  eletroeletrônico,  a  maioria (97%) respondeu positivamente, ou seja, que já escutou falar sobre os REEE (Gráfico 1).       http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2680 3/9 11/03/2017 [Artigo] ­ Educação Ambiental em Ação     Gráfico 1 – Respostas dos Funcionários sobre o conhecimento do lixo eletroeletrônico.Fonte: Próprio autor.       Esse  resultado  foi  bem  parecido  com  o  abordado  no  estudo  de  Schmidt,  Bortolotto  e  Garcia (2014),  no  qual  os  entrevistados  afirmaram  que  conheciam  o  lixo  eletroeletrônico  e  faziam  o descarte corretamente. Um  ponto  positivo  para  os  funcionários,  pois  a  maioria  soube  identificar  a  definição  do  Lixo Eletroeletrônicos sem nenhuma campanha educativa, ou seja, 91% responderam o conceito correto para esse resíduo. Ainda há certa confusão com a questão dos  Spams, o termo usado para referir­ se aose­mailsnão solicitados ­ geralmente são enviados para um grande número de pessoas, e que demostrou 3% do público entrevistado marcou essa opção no questionamento (Gráfico 2).       Gráfico 2 ­ Respostas dos Funcionários sobre o conceito do lixo eletroeletrônico.Fonte: Próprio autor. De  acordo  com  o  estudo  de  Holanda  et  al.  (2015)  os  entrevistados  afirmaram  que  tomaram conhecimento sobre os REEE na faculdade e/ou por meio das ferramentas de comunicação, como a televisão  e  internet,  porém  não  houve  uma  maior  preocupação  em  aprofundar  no  tema  ou simplesmente não sentiram interesse. De  acordo  com  Silva  (2012),  a  realização  do  estudo  com  funcionários  de  uma  determinada empresa  permitiu  constatar  que  esses  possuíam  uma  percepção  quanto  aos  REEE,  isso  devido  à demanda  da  utilização  de  equipamentos  eletroeletrônicos  e  por  ser  uma  geração  altamente consumista,  e  sempre  em  busca  de  novas  tecnologias,  principalmente  de  aparelhos  celulares  e computadores. Em relação ao nível de conhecimento sobre potencial poluidor dos REEE que são prejudiciais http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2680 4/9 11/03/2017 [Artigo] ­ Educação Ambiental em Ação à saúde e ao meio ambiente, cerca de 52% respondeu que tinha o conhecimento, porém (46%) não sabe  os  problemas  que  esse  tipo  de  material  pode  acarretar  quando  o  descarte  é  feito  de  forma incorreta  (Gráfico  3).  Verifica­se  uma  falta  de  conhecimento  acerca  dos  aspectos  negativos  do descarte incorreto dos REEE entre os entrevistados       Gráfico 3 ­ Respostas dos Funcionários sobre o conhecimento do potencial poluidor do REEE.Fonte: Próprio autor.         No  estudo  de  Holanda  et  al.  (2015)  foi  contatado  que  a  maioria  dos  entrevistados  afirmou possuir conhecimento sobre as consequências do descarte incorreto do lixo eletrônico no solo, ar e lençol freático, mas alegaram que por falta de postos de coleta e ausência de informações por parte dos fabricantes, não podem armazenar esse resíduo pelo resto da vida nas suas casas. Quando questionados sobre o conhecimento de alguma lei ou norma, os participantes (79%) responderam que não tinham essa informação. Poucos (19%) responderam positivamente (Gráfico 4).     Gráfico 4 ­ Respostas dos Funcionários sobre o conhecimento de alguma norma ou lei que determina a destinação dos REEE.Fonte: Próprio autor.   No  estudo  de  Schmidt,  Bortolotto  e  Garcia  (2014)  revelou  que  a  maioria  do  público entrevistado  do  município  de  São  Borja,  Rio  Grande  do  Sul,  possui  o  conhecimento  parcial  da PNRS. É  importante  que  todos  os  atores  tenham  o  conhecimento  mínimo  das  leis  e  normas, http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2680 5/9 11/03/2017 [Artigo] ­ Educação Ambiental em Ação principalmente  quanto  à  responsabilidade  individual  para  que  a  empresa  possa  executar  as  suas responsabilidades com êxito. No  trabalho  de  Silva  (2012)  verificou  que  os  consumidores  entrevistados  apresentaram  uma familiaridade com o tema de resíduos eletroeletrônicos, e a percepção dos riscos que podem causar na natureza quando descartado de forma incorreta, no entanto, ainda não tem a conscientização na sua importância nesse processo. Souza  (2012)  afirma  que  a  população  ainda  sofre  com  a  desinformação  em  relação  ao  lixo produzido, podem ter o conhecimento mais não aplicam, não só por falta de cultura, mas também por falta de incentivo do governo.  Quando questionados sobre os tipos de REEE existentes na empresa, as opções indicam as pilhas  (82),  os  computadores  (80)  e  as  baterias  (77)  como  os  principais  resíduos  da  instituição (Gráfico 5). Esse fato demonstra que as pessoas souberam identificar os REEE, quanto às pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes por estar relacionada a equipamentos eletrônicos, mas isso não desvia atenção que deve ser dada a esses produtos para a destinação final.   Gráfico 5 ­ Respostas dos funcionários sobre os tipos de REEE existentes.Fonte: Próprio autor. Assim como os REEE, esses produtos (pilhas, baterias, pneus, lubrificantes e lâmpadas) tem a previsão legal para a implantação da logística reversa, o que passa pelo desafio de ser vista com bons olhos pelos empreendedores (SILVA, 2012). Já no estudo de Holanda et al. (2015), os entrevistados consideraram principalmente celulares, computadores,  baterias  os  principais  produtos  gerados  pelos  estudantes  de  administração  da Faculdade  Vale  do  Ipojuca  de  lixo  eletrônico,  mas  citaram  bem  menos  o  conceito  de  lixo eletroeletrônico a pilhas e lâmpadas. A  última  pergunta  procurou  identificar  de  quem  a  responsabilidade  de  destinar  o  REEE  e  foi verificado que a “empresa” e o “consumidor” são os principais responsáveis (Gráfico 6).   Gráfico 6 ­ Respostas dos Funcionários sobre a responsabilidade em destinar os REEE.Fonte: Próprio autor.   http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2680 6/9 11/03/2017 [Artigo] ­ Educação Ambiental em Ação   Diante dos dados apurados, verificou que a responsabilidade mais citada foi a empresa, porém a empresa é formada por consumidores que se não souberem identificar quais os tipos de resíduos, o  sistema  da  empresa  não  irá  funcionar.  A  participação  efetiva  do  consumidor  é  fundamental importância  e  sem  a  qual  não  é  possível  obter  o  retorno  satisfatório  ao  ciclo  produtivo  necessário para que os objetivos de sustentabilidade almejados e perseguidos na atualidade sejam alcançados. No  estudo  realizado  por  Schmidt,  Bortolotto  e  Garcia  (2014)  demostrou  que  maioria  dos entrevistados  respondeu  que  a  responsabilidade  é  apenas  das  empresas  de  tratamento  e reciclagem e os demais apontaram o governo como principal responsável. Segundo Santos (2008), todo tipo de empresa, independente do porte, do setor da economia e da  quantidade  de  funcionários,  pode  desenvolver  ações  de  responsabilidade  socioambiental.  O necessário  é  ter  vontade  de  estabelecer  uma  política  e  exercê­la  individualmente  ou  em  grupo, qualquer empresa pode agir. Franco (2013) afirma que para evitar um grande aglomerado de lixo eletrônico futuramente, por parte dos usuários, seria importante prolongar ao máximo a vida útil dos produtos eletroeletrônicos e quando  descartados  se  ainda  funcionarem,  deverão  ser  encaminhados  para  doação  com  fins  de reutilização.   4.    CONCLUSÕES   Com  o  resultado  da  percepção  dos  funcionários,  referente  aos  impactos  da  destinação inadequada  de  REEE,  conclui­se  que  os  participantes  da  pesquisa  possuem  um  conhecimento considerado  como  básico  sobre  essa  temática,  necessitando  de  complementação  de  informações visando demostrar o seu papel como agente atuante de práticas sustentáveis no exercício de sua atividade profissional. Com  esse  estudo,  percebe­se  que  as  questões  relacionadas  aos  resíduos  eletroeletrônicos ainda  são  tratadas  de  forma  incipiente  no  ambiente  empresarial,  devido  à  ausência  de conhecimento por parte dos funcionários no atendimento das leis e das normas ambientais. A aplicação de ações mais aprofundadas de educação ambiental permite um fortalecimento na conscientização e na sensibilização de forma a apresentar as consequências que esses resíduos podem  causar  no  meio  ambiente,  as  medidas  que  podem  ser  tomadas  para  reduzir  os  impactos ambientais e as penalidades legais. .   REFERÊNCIAS   ADAMS,  B.  G.;  GEHLEN,  L..Um  olhar  pedagógico  sobre  a  educação  ambiental  nas  empresas. Revista Gestão e Desenvolvimento, v. 2, n. 2, 2005.   ASSOCIAÇÃO  BRASILEIRA  DE  NORMAS  TÉCNICAS.  NBR  ISO  14001:2015:  Sistemas  de Gestão Ambiental. Rio de Janeiro, 2015.   http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2680 7/9 11/03/2017 [Artigo] ­ Educação Ambiental em Ação BRASIL, Lei Federal nº 9.795, que dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de  Educação Ambiental  e  dá  outras  providências.  Diário  Oficial  da  União  –  DOU,Brasília,  27  de abril de 1999.     BRASIL,  Lei  Federal  nº  12.307,  que  Institui  a  Política  Nacional  de  Resíduos  Sólidos;  altera  a  Lei no  9.605,  de  12  de  fevereiro  de  1998;  e  dá  outras  providências.Diário  Oficial  da  União  – DOU,Brasília, 02 de agosto de 2010.     COSTA,  C.  B.  S..  Percepção  Dos  Consumidores  Em  Relação  Aos  Impactos  Decorrentes  Do Descarte De Resíduos De Equipamentos Elétricos E Eletrônicos. 2016. 83f. Dissertação (Mestrado em Economia Doméstica). Universidade Federal de Viçosa.   FRANCO,  C.  R.  G..  Reciclagem  do  Lixo  Eletrônico:  Análise  com  Vistas  ao  Consumismo Desenfreado  de  Celulares  e  Computadores.  Educação  Ambiental  em  Ação.Nº44, AnoXII,Junho­ Agosto, 2013. HOLANDA, L. M. C. de; CHAVES, H. Q.; MOTA, R. H. L.; FRANCISCO, A. C. A percepção do aluno do curso de administração da Faculdade Vale do Ipojuca (FAVIP/DEVRY) sobre a forma adequada de  descarte  e  reuso  do  lixo  eletrônico.  ReLAInEP  ­  Revista  Latino­America  de  Inovação  e Engenharia de Produção Brasil, v. 3, n. 4, p. 106­124, 2015.   PAIVA, D. C.; GONZAGA, G. R.; OLIVEIRA, F. A. S.; JASBICK, D. L.; MIRANDA, J. C.. Utilização de Lixo Eletrônico para a Produção de Jogos e Materiais Didático­Pedagógicos. Educação Ambiental em Ação. Nº 58, AnoXV, Dezembro­2016/Fevereiro­2017, 2016.   RIBEIRO, S.; FREITAS, T; RAMOS V.; SOARES,  A. Campanha de Sensibilização para Recolha Seletiva  de  REEE.  Eco  SustainabilityAward,  EuropeanRecycling  Platform.  2013.  Disponível  em: . Acesso em: 16 de jan. de 2017. SANTOS,  L.  A.;  MARZALL,  L.  F.;  GONÇALVES,  D.  L.;  GODOY,  L.  P..  Análise  Das  Práticas Sustentáveis  No  Ramo  Varejista:  Uma  Percepção  Dos  Colaboradores  Com  Ênfase  Na  Educação Ambiental. REUNIR: Revista de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade, Sousa­PB, V. 6, n. 1, jan­abr, 2016, p.56­73.   SANTOS,  D.  C.  Gerenciamento  dos  Resíduos  Sólidos  Industriais:  Diagnóstico  no  Complexo Industrial  Portuário  de  Suape  ­  CIPS  –  PE  ­  Estudo  de  Caso.  Recife,  2008.  82  f.  Monografia (Bacharelado  em  Ciências  Biológicas)  –  Centro  de  Ciências  Biológicas,  Universidade  Federal  de Pernambuco, 2008.   SCHMIDT,  T.  L.;  BORTOLOTTO,  G.  P.;  GARCIA,  D.  S..Lixo  Eletrônico:  Uma  Análise  sob  a Perspectiva  Ambiental  das  Ações  Institucionais  do  Município  de  São  Borja/Rs.  Encontros  e debates sobre o ensino da química, 2014.   SEMAS,  Secretaria  de  Meio  Ambiente  e  Sustentabilidade  do  estado  de  Pernambuco.  Agenda ambiental  na  administração  pública  (A3P).  2013.  Disponível  em: . Acesso em: 20 de dez. de 2016.   SILVA,  J.  A.  Os  resíduos  eletroeletrônicos:  uma  análise  acerca  da  percepção  ambiental  dos consumidores no seu descarte. 2012. 48 f. Monografia (Bacharelado em Engenharia Ambiental) – Centro Universitário Mauricio de Nassau. Recife, 2012.   SOUZA,  A.  R.  L.  Programas  desenvolvidos  pela  Empresa  de  Manutenção  e  Limpeza  Urbana  na Cidade do Recife – PE – Estudo de Caso. Recife. 2008. 78 f. Monografia (Bacharelado em Ciências Biológicas) – Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Pernambuco. 2008.   SOUZA,  S.  G.  Análise  sobre  os  temas:  resíduo  eletrônico,  educação  ambiental,  coleta  seletiva. 2012. 24 f. Monografia (Bacharelado em Engenharia Ambiental) – Centro Universitário Mauricio de http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2680 8/9 11/03/2017 [Artigo] ­ Educação Ambiental em Ação Nassau. Recife, 2012.   UNESCO­UNEP, International strategy for action in the field of environmental education and training for the 1990s.Paris: UNESCO e Nairobi. 1987.   ZAPONI, J. R. C.; PEREIRA, S. V.; ARAÚJO, L. P. S.; CIRILO, A. M. Educação Ambiental Aplicada Às  Ações  De  Responsabilidade  Socioambiental  Do  Complexo  Industrial  Portuário  Governador Eraldo  Gueiros  –  Suape.  In:  III  Congresso  Nacional  de  Educação  Ambiental  &  V  Encontro Nordestino  de  Biogeografia,  2013,  João  Pessoa  ­  Paraíba.  Anais  do  III  CNEA  &  V ENBio, 2013. ISBN ­ 978.85.23707.53.8. Like Be the first of your friends to like this.  Início        Cadastre­se!       Procurar       Submeter artigo        Contato      Apresentação     Normas de Publicação     Artigos     Dicas e Curiosidades     Reflexão     Para sensibilizar     Dinâmicas     Entrevistas     Culinária     Arte e ambiente     Divulgação de Eventos     O que fazer para melhorar o meio ambiente     Sugestões bibliográficas     Educação     Plantas medicinais     Práticas de Educação Ambiental     Notícias     Educação e temas emergentes     Ações e projetos inspiradores     Relatos de Experiências http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2680 9/9