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Apresentaç... Unir 2009 - Mercurio Na Bacia Do Rio Madeira-l.drude-ufce

Segue as apresentações das palestras e alguns mini-cursos que fizeram parte da 3ª Semana de Químia da Universidade Federal de Rondônia que aconteceu de 24 a 28 de Agosto de 2009, no Campus José Ribeiro Filho em Porto Velho.

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MUDANÇAS NOS USOS DO SOLO E A BIOGEOQUÍMICA DO MERCÚRIO NA BACIA DO RIO MADEIRA 63º0 0’ HE O U am ue l E LH S o V d el O s T amu P OR 364Candeia go S a L i r a Jam P1 P3 2 io Vila P n e ot ô de T 0’ 64º09 31 65º0 0’ P4 3 64 364 an á ar á an Luiz Drude de Lacerda PARÁ AS ZON AMA P7 E ACR ut u m -P ar -P ci Jiral sil Bra Ja 0’ 09º0 o Ri P5 P6 un ã P9 Ab P 10 a Taqu 425ara Ar 1 P1 R io 364 Ri o M P8 MATO O OSS G BOL ÍV R IA 0’ 10º0 ra 2 P1 P 13 1 0 km 0 N R io Be n o réi m a M R io ho P 14Murtin Vila 0 km á fi ca 0 6 la 3G0r 40 5 a c s E 0 10 2 Gua jará- Mirim Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR), Universidade Federal do Ceará, Av. Abolição 3207, Fortaleza, CE, 60.165-081. Tel./Fax 085 33667015/14; [email protected] Quatro das primeiras publicações sobre a situação ambiental do Hg na bacia do Rio Madeira (1989-1991), somam um total de citações de mais de 300 (Ott et al., 2009) Total atual de publicações ultrapassa 500 trabalhos Etapas do processo de mineração de Au por amalgamação com Hg Lacerda & Salomons (1991) Fator de emissão de Hg do garimpo de ouro: obtido por entrevistas, acompanhamento do processo, balanço de massa (DNPM) (Pfeiffer & Lacerda, 1988) Processo Perda de Hg Pré-concentração gravimétrica do minério Perda para rios e rejeitos (0,4 kg) Concentrado Vaporização direta (0,72 kg) Vaporização eventual e fusão do ouro (0,20 kg) Hg adicionado à calhas e bateias (Au:Hg ≈ 1:4) Amálgama (Au-Hg) Retirada do excesso Queima do amálgama Recuperação (≈ 70%) Perda total: 1,32 kgHg por 1,0 kgAu produzido Produção de Au e emissão de Hg para a Bacia do Rio Madeira entre 1979 e 2000 (± 200 T locais) + (± 100 T externas) gold production Hg emissions to the atmosphere Hg emissions to rivers Total Hg emission 35 25 20 15 10 5 99 19 98 19 97 19 96 19 95 19 95 19 94 19 93 19 92 19 91 19 90 19 89 19 88 19 87 19 86 19 85 19 84 19 83 19 82 19 81 19 80 19 79 0 19 E m issions (tons) 30 2001-2003 Hg em humanos e peixes na Bacia do Rio Madeira em diferentes períodos do garimpo 7,9 1988-1994 (Min-Max) 15,22 71,3 150 Hg em Humanos (Cabelos) 0,5 2001-2003 5,99 1988-1994 2,89 0 20 (Média) 40 60 80 100 120 140 160 2,52 0,07 0,01 Carnívoros Hg em Peixes (Músculo) (Max-Min) 1,01 1,22 Não-carnívoros 0,02 0,01 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 Bastos & Lacerda (2004) Geochim. Brasil. 18, 99. Variação na deposição atmosférica de Hg na bacia do Rio Negro em São Gabriel da Cachoeira, AM durante os últimos 40.000 anos. Santos, Cordeiro, Turcq, Silva Filho & Lacerda (2001) Radiocarbon 43, 801. 14 12 LGM Hyatus 8 6 4 2 22 60 24 0 42 26 4 24 28 8 07 29 1 89 31 5 71 33 9 54 35 3 36 37 7 19 39 1 01 40 4 83 42 8 66 44 2 48 6 0 21 5 17 77 33 39 49 00 64 62 80 24 95 8 11 5 14 12 7 70 14 8 27 15 0 83 2 Hg (µg.m-2.yr-1) 10 Years BP Evolução da deposição de Hg e marcadores biogeoquímicos em perfis de sedimentos de lagos na Serra de Carajás, Amazônia 10 9 8 Units 7 6 5 4 3 2 1 0 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000 Year AD Hg Organic matter Chlorophyll derivatives Charcoal particles Diferenciação: natural vs antrópico Lacerda et al. (1999) Deposição atmosférica de Hg em diferentes regiões da Amazônia (µg.m-2.yr-1) Poconé (Pantanal; Garimpo de ouro): 60 – 120 São Gabriel da Cachoeira (AM; Holoceno): 3,2 – 12,3 Serra dos Carajás (PA; Atual): 8,0 – 12,6 Lake Caço (MA; Holoceno): 2,1 – 4,9 Balanço estimado de Hg para a Bacia do Rio madeira Total presente em solos: 0-40 cm: 53.000 t (medido) Total recebido pela atmosfera nos últimos 6000 anos: 31.800 t (5,3 t.ano-1) Total liberado pelo Garimpo no Rio Madeira: 300 t (12 t.ano-1) Total recebido pela atmosfera nos últimos 150 anos excetuando garimpo: 2.100 t (14 t.ano-1) Presente na matriz geológica: 19.500 t Holoceno Garimpo Antropoceno Geologia Mudanças nos usos da Terra e a Dinâmica de contaminantes em ecossistemas naturais: Lacerda (2003) Environ. Geol. 43, 308 Evolução aproximada do desmatamento na Amazônia Madeira R. 1980-1995 1996 - 2003 ~20.000 km2.ano-1 Impactos do desmatamento na mobilização do Hg Aumento da irradiação solar e temperatura do solo Aumento da vaporização de Hg para a atmosfera Diminuição da matéria orgânica e acumulação de sais Aumento do pH Aceleração da foto-redução de Hg2+ em solos Diminuição da retenção de Hg em solos e aumento da lixiviação de Hg Aumento na perda de Hg para atmosfera e para a drenagem A Interface Pasto-Floresta em Rondônia 70 mgHg.m-2 (0-80 cm) 30 mgHg.m-2 (0-80 cm) 160 Horizonte (0-20 cm) Foresta 120 Derrubada -1 Hg (ng.g d.w.) 140 100 Silvicultura Distribuição de Hg em perfis de solo em Candeias do Jamari, RO. 80 60 Almeida, Lacerda, Bastos & Hermann (2005) Environ. Pollut. 137,179. Pasto 40 Uso do solo Deep horizon (60-80 cm) 140 120 -1 H g (n g .g d .w .) 160 100 Derrubada Pasto Foresta Silvicultura Forest 80 Pasture 70 60 Uso do solo Concentração de Hg em solos de pasto e floresta em Alta Floresta, MT . Lacerda, Souza & Ribeiro (2004) Environ. Pollut. 129, 247. Frequ ency (% ) 60 40 50 40 30 20 10 0 <25 25-50 50-75 75-100 100-125 125-150 150-175 Hg (ng.g-1) >175 Perdas em áreas de pasto: degassing, e denudação física e química de solos Ciclagem interna em áreas de floresta Hg Hg Estimativa da liberação de Hg por diferentes processo na Bacia do Rio Madeira, RO 1% 11% 88% Garimpo Desmatamento Urbanização 2002 1997 - 2002 Hg Dissolvido (ng.l-1) 1997 1,5 1,0 0,5 0,0 PV 2002 HU Estações AM Aumento da concentração de Hg dissolvido à jusante de Humaitá, diminuição a montante Hg Particulado (ng.l-1) 1997 75 Aumento da concentração de Hg particulado à jusante de Humaitá, diminuição a montante 50 25 0 PV 2002 HU Estações AM Hg no TSS (ng.g-1) 1997 300 200 100 0 PV 2002 HU Estações AM -1 1997 TSS (mg.l ) 800 600 400 200 0 PV Diminuição da concentração de Hg presente no material em suspensão em toda a extensão do Rio Madeira, sugerindo diluição com material empobrecido em Hg. AM HU Estações Aumento da concentração de material em suspensão em toda a extensão do Rio Madeira, sugerindo maior denudação de solos. Sediment load 1997 2002 20 15 Carga de Hg e material em suspensão e geoquímica do material particulado transportado no Rio Madeira 10 5 0 Porto Velho Humaita mg/s Particulate Hg flux 1997 Site Fe/Cr Fe/Pb Fe/Ni Fe/Zn Fe/Cu Porto Velho Machado River Jamari River World average 54 1537 1618 480 89 799 879 533 2002 1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 Porto Velho 107 1141 1230 320 Manicore ton/s 38 135 410 137 110 2755 3844 480 Humaita Manicore Re-emissão de Hg H g (n g.m -2 .h -1 ) 50 40 30 20 10 0 Solos de Floresta Solos Inundados Solos de Pasto Concentração e fluxo de mercúrio elementar gasoso na fazenda Mata Verde – Candeias do Jamarí. Hora Hg0 – ar (ng m-3) Hg0 – câmara (ng m-3) F (ng m-2 h-1) Pastagem 15:00 1,5 ± 0,1 3,2 ± 0,1 40 ± 6,2 Pastagem 15:40 1,5 ± 0,1 2,5 ± 0,1 26 ± 4,3 Floresta 17:10 0,9 ± 0,1 1,2 ± 0,1 9,5 ± 1,9 Floresta 17:50 0,9 ± 0,1 1,4 ± 0,1 11 ± 2,1 Local Media de fluxo (24 h): 110 ± 6 ngHg/m-2/dia-1 Hg “Degassing” FLORESTA Floresta Media de fluxo (24 h): 249 ± 13 ngHg/m-2/dia-1 PASTO Pasto 1200 Folhas da copa retirando Hg diretamente da atmosfera. Mecanismo análogo a nutrição das árvores da floresta tropical? 1000 800 600 400 200 0 Jan Feb Mar Apr May Jun Twigs Reproductive material Trash Silva Filho, Oliveira, Sella, Machado & Lacerda, (2006); Chemosphere 65, 2477. 300 250 200 150 100 50 0 Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec 20 –2 Evidências do processo de “scavenging” e transferência de Hg da atmosfera para os solos, mediado pela dinâmica do dossel. Total Hg deposition (µ g m ) –1 Leaves Jul Aug Sep Oct Nov Dec Hg concentration (ng g ) Litter deposition (kg ha–1) 1400 16 12 8 4 0 Hg0 ? Hg0 + (O3, H2O2) + H2O UV Hg+2 ** 18 -30 µg m-2 yr-1 ? Hg0 0,8 ± 0,1 ng m-3 Hg0 1,4 ± 0,4 ng m-3 141 ± 62 µg m-2 yr-1 Hg+2 40 ± 2 µg m-2 yr-1 Hg+2 - MO -2 -1 ** 72 µg m yr 45 - 177 µg m-2 yr-1 Hg0 Hg+2 - MO Hg+2 – Al e Fecdb Hg0 m-2 0 – 20 cm 24 ± 4 mg m-2 20 – 40 cm 16 ± 1 mg m-2 24 ± 4 mg m-2 40 – 60 cm 21 ± 2 mg m-2 24 ± 4 mg 26 ± 4 mg m-2 60 – 80 cm 12 ± 1 mg m-2 Leaching ~2-5mg m-2 ano-1 Hg+2 – Al e Fecdb 23 ± 2 mg m-2 Reservatórios artificiais e metilação do Hg Denudação e Alagamento de Solos Hg2+; Hg-part Hg2+; Hg-part Deposição Atmosférica Hg2+; Hg-part Decomposição da M.O. Ambiente Sub-Óxico Metilação Exportação de metil-Hg Salto Trófico, Organificação e Concentração de Hg em Peixes em Reservatórios da Amazônia (Lacerda & Malm, 2008) Mapará Curimatã Piranha 1200 800 -1 Hg (ng.g p.u.) 1000 600 400 200 0 Trato digestivo Fígado Montante Músculo Trato digestivo Fígado Jusante Músculo “ No escopo da biogeoquímica de nutrientes derivados da atmosfera em florestas tropicais, o principal e atual paradigma é que a ciclagem do mercúrio na floresta amazônica é controlada pelos mesmos processos biogeoquímicos e mecanismos ecológicos que controlam a ciclagem de nutrientes na floresta tropical úmida e, portanto, é drasticamente afetada por mudanças nos usos do solo”. Hipótese formulada por Lacerda et al., (Biotropica 21:91-93, 1989).