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Apostila Redes De Computadores - I

Apostila nº 2 de redes

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    December 2018
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Redes de Computadores – I Prof. Alexandre Prado ________________________________________________________________________________________________________________________ 12 12 APOSTILA DE REDES DE COMPUTADORES Parte - I Índice 1. TIPOS DE redes 3 Redes Locais (LAN) 3 Redes de Área Metropolitana(MAN) 3 Redes de Longa Distância (WAN) 3 Redes de Longa Distância Sem Fio(WWAN) 4 Redes Locais Sem Fio(WLAN) 5 2. TOPOLOGIAS DE REDES 6 Estrela 6 Anel 7 Barramento 7 3. INFRAESTRUTURA DE REDE 9 Categorias dos Cabos Par Trançado 9 Categorias 1 e 2 10 Categoria 3 10 Categoria 4 10 Categoria 5 10 Categoria 6 11 Categoria 7 13 4. CONFIGURAÇÕES DO CABO UTP 14 Tabela Categoria, Frequencia, Velocidae e Distância 16 Tabela Nomenclatura de Velocidades 16 Montagem de Cabo de Rede Par Trançado 16 5. CABEAMENTO ESTRUTURADO 18 Patch Panel 18 Rack de Telecomunicações 19 Guia Organizador de Cabos 19 Placa Cega 20 Espelho 20 RJ45 Fêmea 21 Patch Cord 21 Switch 22 Projeto de Cabeamento de Rede 23 REDE DE COMPUTADORES TIPOS DE REDE: LAN: Local Area Network. É um grupo de computadores e dispositivos associados que dividem uma mesma linha de comunicação e, normalmente, os recursos de um único processador ou servidor em uma pequena área geográfica. O servidor normalmente tem aplicação e armazenamentos de dados compartilhados por vários usuários, em diferentes computadores, ou seja, é o que chamamos de uma Rede Local (computadores próximos, altas taxas de transmissão dados 10Mbps a um Gbps, meios de transmissão privativos). Um servidor de rede local pode ser até mesmo utilizado como servidor Web desde que tomem as medidas adotadas de seguranças para proteger as aplicações internas e os dados de acesso externo. MAN:Metropolitan Area Network. É uma Rede Metropolitana, esta interconecta usuários com os recursos de computadores, com uma área maior de cobertura, apesar de que ser uma grande rede local, porém menor que a cobertura por uma WAN.Este aplicativo é usado para interconexão de várias redes em uma cidade dentro de uma única grande rede. WAN:Wide Area Network. É uma Rede Geográfica com uma estrutura mais ampla de telecomunicação de uma LAN. Redes Sem Fio (Wireless): As tecnologias de redes sem fio abrangem desde redes de dados e voz globais, que permitem que os usuários constituam conexões sem fio por longas distâncias, até tecnologias de freqüências de rádio e luz infravermelha, que são otimizadas para conexões sem fio de curta distância. Entre os dispositivos utilizados com freqüência nas redes sem fio estão computadores portáteis, computadores de mesa, computadores bolso, assistentes digitais pessoais (PDAs), telefones celulares, computadores com caneta e pagers. As tecnologias sem fio atende a várias demandas práticas, como por exemplo: os usuários de celulares podem usar seus aparelhos para acessar e-mails, os viajantes com computadores portáteis podem conectar-se à Internet através de estações-base instaladas em aeroportos, estações ferroviárias e outros locais públicos; outro exemplo é o usuário através do seu computador de mesa poder conectar dispositivos para sincronizar dados e transferir arquivos. Enfim, assim como as redes tradicionais, as redes sem fio pode ser classificadas em diferentes tipos, com base nas distâncias por meio das quais os dados podem ser transmitidos. WWAN: Rede de Longa distância: As tecnologias WWAN permitem que os usuários constituam conexões sem fio em redes remotas, privadas ou públicas.Estas conexões podem mantidas por meio de grandes extensões geográficas, como cidades ou países, através do uso de sites com várias antenas ou sistema de satélites sustentados por provedores de serviço sem fio. As tecnologias WWAN atualmente são conhecidas como sistemas de segunda geração (2G), os principais sistemas 2G incluem o sistema global para comunicações móveis (GSM), os dados digitais de pacotes de celular (CDPD) e o acesso múltiplo de divisão de código (CDMA).Estão sendo analisadas para fazer a transição de redes 2G, algumas das quais apresentam recursos móveis limitados e incompatíveis entre si, para as tecnologias de terceira geração (3G) que acompanharão um padrão global e fornecerão recursos móveis mundiais. WMAN:Rede sem fio metropolitanas, possibilitam que os usuários estabeleçam conexões sem fio entre vários locais em uma área metropolitana, sem custo elevado derivado da instalação de cabos de cobres ou de fibras e da concessão de linhas.Além do mais, as WMANs podem funcionar como backups das redes que utilizam cabos, caso as principais linhas destinatário dessas redes não estejam disponíveis. Portanto, as WMANs utilizam ondas de rádio ou luz infravermelha para transmitir dados. WLAN: Redes sem fio locais permitem que os usuários constituam conexões sem fio em uma área local , esta pode ser usada em escritórios temporários ou em outros espaços em que a instalação extensiva de cabos teria um custo mais elevado, ou caso contrário para complementar um LAN existente de modo que os usuários possam trabalhar em diferentes locais e diferentes horários. Estas podem funcionar de duas maneiras distintas: estação sem fio conectando-se a pontos de acessos sem fio, que trabalham como pontes entre as estações e o backbone de rede existente ou ponto a ponto (ad hoc), na qual vários usuários em uma área limitada, como uma sala de conferências, podem formar uma rede temporária sem usar pontos de acesso, se não precisarem de acesso a recursos de rede. WPAN: Permitem que os usuários estabeleçam comunicações ad hoc sem fio, mas para isto é preciso ter dispositivos (telefone celulares ou laptops) que são utilizados em um espaço operacional pessoal (POS).Um POS é o espaço que cerca uma pessoa, até a distância de dez metros. As duas principais tecnologias WPAN são: Bluetooth e a luz infravermelha. A Bluetooth é uma tecnologia de substituição de cabos, que usa ondas de rádio para transmitir dados a uma distância de dez metros. Wi-Fi é o nome mais comum para as redes locais wireless, ou W-LAN 802,11b, esta trabalha em freqüência livre, a partir de 2,4GHz, oferece uma velocidade de acesso muito maior do que a de redes 3G. Enquanto na 3G a velocidade média de transmissão é de 384 Kbps (pico de 2Mbps), em Wi-Fi a taxa média varia entre 512 Kbps e 2Mbps ( pico de 11 Mbps), dependendo de quantas pessoas estão naquele momento no raio de alcance do hotspot, como são chamados os pontos de conexão. Por outro lado, as redes Wi-Fi não oferecem a mesma mobilidade que as celulares, pois tem finalidades diferentes dizem as operadoras.O fato é que este tipo de rede está se propagando rapidamente, segundo estimativas do Gartner Group, o número de usuários de WLAN na América do Norte deve chegar os 31 milhões em 2007.No Brasil a operadora que saiu na frente foi a Oi, com uma parceria com a rede de hotéis Accor. Quanto à questão de segurança: se não houver criptografia e codificação, é possível que alguém com um notebook e cartão de acesso à rede Wi-Fi penetrar na rede.A seqüência de codificação é frágil e nem todos os dispositivos suportam chaves criptográficas de 128 bits.Outra limitação quanto à questão de segurança é a troca periódica de senhas, procedimentos padrão para a confiabilidade. A troca de senhas das máquinas cadastradas no Acess Point (AP), dispositivo para comunicação com os cartões dos notebooks, não podem ser feita de forma dinâmica e sim manualmente, validando a nova senha cadastrada no AP em cada uma das estações de rede sem fio. TOPOLOGIAS DE REDE Estrela (Star): Neste tipo de rede, os equipamentos estão conectados ponto-a-ponto, por intermediário de linhas (cabos) independentes, a um gerenciador central que é responsável por toda a comunicação e transferência de dados, bem como pelo controle do armazenamento de dados e gerenciamento de rede. Neste sentido, enquanto dois nós estiverem se comunicando, os demais não terão que aguardar e se ocorre à quebra do nó central interrompe o funcionamento de rede. Anel (Ring): Estações conectadas através de um caminho fechado.Com esta configuração, muitas das estações remotas ao anel não se comunicam diretamente com o computador central.São capazes de trocar dados em qualquer direção, mas as configurações mais usadas são unidirecionais, de forma a tornar menos sofisticados os protocolos de comunicação que asseguram a entrega da mensagem corretamente e em sequencia ao destinatário. Quando a mensagem é enviada, esta entra no anel e circula até ser retirada pelo nó do destinatário, ou então até voltar ao nó fonte, dependo do protocolo utilizado. Este último procedimento é mais desejável porque permite o envio simultâneo de um pacote para múltiplas estações e além do mais permite que determinadas estações recebam pacotes enviados por qualquer outra estação de rede, independente de qual seja o nó destinatário. Barramento (Bus): Utiliza uma topologia descentralizada, este tipo de rede local caracteriza-se pela ocorrência de apenas uma única linha conexão.O acesso ao barramento é dividido entre todos nós, sendo que cada uma das estações de trabalho pode enviar dados a todas as outras estações componentes da rede. Neste tipo de rede são utilizados repetidores de sinal, quando a distância é maior que a permitida por um segmento de cabo.O tipo de ligação é multiponto, onde cada um dos nós possui endereço único, o que faz com que seu monitoramento ao barramento seja contínuo, propendendo à verificação de possíveis mensagens ou dados que a ele tenham sido enviados. Uma das vantagens desse tipo de rede, sobre topologia diferente, é que com a queda de um nó, o restante da rede continua ativada normalmente. Neste tipo de rede não existe hierarquia, no que se diz a respeito à ordem de transmissão dos dados, cada estação de trabalho que deseja transmitir pode fazê-lo sem que tenha que esperar por algum tipo de permissão, podendo com isso vir a ocasionar o que se chama de "colisão de dados"( mistura de duas ou mais mensagens no transcorrer da transmissão), impedido que estes sejam reconhecidos pela estação destinatário. INFRAESTRUTURA DE REDE CATEGORIAS DOS CABOS PAR TRANÇADO Existem cabos de cat 1 até cat 7. Como os cabos cat 5 são suficientes tanto para redes de 100 quanto de 1000 megabits, eles são os mais comuns e mais baratos, mas os cabos cat 6 e cat 6a estão se popularizando e devem substituí-los ao longo dos próximos anos. Os cabos são vendidos originalmente em caixas de 305 metros, ou 1000 pés (que equivale a 304.8 metros): No caso dos cabos cat 5e, cada caixa custa em torno de 350,00 Reais aqui no Brasil, o que dá cerca 1,15 Reais o metro. Os cabos de categoria 6 e 6a ainda são mais caros, mas devem cair a um patamar de preço similar ao longo dos próximos anos. Em todas as categorias, a distância máxima permitida é de 100 metros (com exceção das redes 10G com cabos categoria 6, onde a distância máxima cai para apenas 55 metros). O que muda é a freqüência e, conseqüentemente, a taxa máxima de transferência de dados suportada pelo cabo, e o nível de imunidade a interferências externas. Vamos então a uma descrição das categorias de cabos de par trançado existentes: Categorias 1 e 2: Estas duas categorias de cabos não são mais reconhecidas pela TIA (Telecommunications Industry Association), que é a responsável pela definição dos padrões de cabos. Elas foram usadas no passado em instalações telefônicas e os cabos de categoria 2 chegaram a ser usados em redes Arcnet de 2.5 megabits e redes Token Ring de 4 megabits, mas não são adequados para uso em redes Ethernet. Categoria 3: Este foi o primeiro padrão de cabos de par trançado desenvolvido especialmente para uso em redes. O padrão é certificado para sinalização de até 16 MHz, o que permitiu seu uso no padrão 10BASE-T, que é o padrão de redes Ethernet de 10 megabits para cabos de par trançado. Existiu ainda um padrão de 100 megabits para cabos de categoria 3, o 100BASE-T4 (veja meu artigo sobre os padrões Ethernet de 10 e 100 megabits), mas ele é pouco usado e não é suportado por todas as placas de rede. A principal diferença do cabo de categoria 3 para os obsoletos cabos de categoria 1 e 2 é o entrançamento dos pares de cabos. Enquanto nos cabos 1 e 2 não existe um padrão definido, os cabos de categoria 3 (assim como os de categoria 4 e 5) possuem pelo menos 24 tranças por metro e, por isso, são muito mais resistentes a ruídos externos. Cada par de cabos tem um número diferente de tranças por metro, o que atenua as interferências entre os pares de cabos. Categoria 4: Esta categoria de cabos tem uma qualidade um pouco superior e é certificada para sinalização de até 20 MHz. Eles foram usados em redes Token Ring de 16 megabits e também podiam ser utilizados em redes Ethernet em substituição aos cabos de categoria 3, mas na prática isso é incomum. Assim como as categorias 1 e 2, a categoria 4 não é mais reconhecida pela TIA e os cabos não são mais fabricados, ao contrário dos cabos de categoria 3, que continuam sendo usados em instalações telefônicas. Categoria 5: Os cabos de categoria 5 são o requisito mínimo para redes 100BASE-TX e 1000BASE-T, que são, respectivamente, os pacotes de rede de 100 e 1000 megabits usados atualmente. Os cabos cat 5 seguem padrões de fabricação muito mais estritos e suportam freqüências de até 100 MHz, o que representa um grande salto sobre os cabos cat 3. Apesar disso, é muito raro encontrar cabos cat 5 à venda atualmente, pois eles foram substituídos pelos cabos categoria 5e (o "e" vem de "enhanced"), uma versão aperfeiçoada do padrão, com normas mais estritas, desenvolvidas de forma a reduzir a interferência entre os cabos e a perda de sinal, o que ajuda em cabos mais longos, perto dos 100 metros permitidos. Os cabos cat 5e devem suportar os mesmos 100 MHz dos cabos cat 5, mas este valor é uma especificação mínima e não um número exato. Nada impede que fabricantes produzam cabos acima do padrão, certificando-os para freqüências mais elevadas. Com isso, não é difícil encontrar no mercado cabos cat 5e certificados para 110 MHz, 125 MHz ou mesmo 155 MHz, embora na prática isso não faça muita diferença, já que os 100 MHz são suficientes para as redes 100BASE-TX e 1000BASE-T. É fácil descobrir qual é a categoria dos cabos, pois a informação vem decalcada no próprio cabo, como na foto: Os cabos 5e são os mais comuns atualmente, mas eles estão em processo de substituição pelos cabos categoria 6 e categoria 6a, que podem ser usados em redes de 10 gigabit. Categoria 6: Esta categoria de cabos foi originalmente desenvolvida para ser usada no padrão Gigabit Ethernet, mas com o desenvolvimento do padrão para cabos categoria 5 sua adoção acabou sendo retardada, já que, embora os cabos categoria 6 ofereçam uma qualidade superior, o alcance continua sendo de apenas 100 metros, de forma que, embora a melhor qualidade dos cabos cat 6 seja sempre desejável, acaba não existindo muito ganho na prática. Os cabos categoria 6 utilizam especificações ainda mais estritas que os categoria 5e e suportam freqüências de até 300 MHz. Além de serem usados em substituição dos cabos cat 5 e 5e, eles podem ser usados em redes 10 gigabit, mas nesse caso o alcance é de apenas 55 metros. Para permitir o uso de cabos de até 100 metros em redes 10G foi criada uma nova categoria de cabos, a categoria 6a ("a" de "augmented", ou ampliado). Eles suportam freqüências de até 500 MHz e utilizam um conjunto de medidas para reduzir a perda de sinal e tornar o cabo mais resistente a interferências. Você vai encontrar muitas referências na web mencionando que os cabos cat 6a suportam freqüências de até 625 MHz, que foi o valor definido em uma especificação preliminar. Mas, avanços no sistema de modulação permitiram reduzir a freqüência na versão final, chegando aos 500 MHz. Uma das medidas para reduzir o crosstalk (interferências entre os pares de cabos) no cat 6a foi distanciá-los usando um separador. Isso aumentou a espessura dos cabos de 5.6 mm para 7.9 mm e tornou-os um pouco menos flexíveis. A diferença pode parecer pequena, mas ao juntar vários cabos ela se torna considerável: É importante notar que existe também diferenças de qualidade entre os conectores RJ-45 destinados a cabos categoria 5 e os cabos cat6 e cat6a, de forma que é importante checar as especificações na hora da compra. Aqui temos um conector RJ-45 cat 5 ao lado de um cat 6. Vendo os dois lado a lado é possível notar pequenas diferenças, a principal delas é que no conector cat 5 os 8 fios do cabo ficam lado a lado, formando uma linha reta enquanto no conector cat 6 eles são dispostos em zig-zag, uma medida para reduzir o cross-talk e a perda de sinal: Embora o formato e a aparência seja a mesma, os conectores RJ-45 destinados a cabos cat 6 e cat 6a utilizam novos materiais, suportam freqüências mais altas e introduzem muito menos ruído no sinal. Utilizando conectores RJ-45 cat 5, seu cabeamento é considerado cat 5, mesmo que sejam utilizados cabos cat 6 ou 6a. O mesmo se aplica a outros componentes do cabeamento, como patch-panels, tomadas, keystone jacks (os conectores fêmea usados em tomadas de parede) e assim por diante. Componentes cat 6 em diante costumam trazer a categoria decalcada (uma forma de os fabricantes diferenciarem seus produtos, já que componentes cat 6 e 6a são mais caros), como neste keystone jack onde você nota o "CAT 6" escrito em baixo relevo: Existem também os cabos categoria 7, que podem vir a ser usados no padrão de 100 gigabits, que está em estágio inicial de desenvolvimento. Outro padrão que pode vir (ou não) a ser usado no futuro são os conectores TERA, padrão desenvolvido pela Siemon. Embora muito mais caro e complexo que os conectores RJ45 atuais, o TERA oferece a vantagem de ser inteiramente blindado e utilizar um sistema especial de encaixe, que reduz a possibilidade de mal contato: Como citei, o TERA foi cogitado para ser usado nas redes de 10 Gigabit, mas a idéia foi abandonada. Agora ele figura como um possível candidato para as redes de 100 gigabits. Cabos de padrões superiores podem ser usados em substituição de cabos dos padrões antigos, além de trazerem a possibilidade de serem aproveitados nos padrões de rede seguintes. Entretanto, investir em cabos de um padrão superior ao que você precisa nem sempre é uma boa idéia, já que cabos de padrões recém-introduzidos são mais caros e difíceis de encontrar. Além disso, não existe garantia de que os cabos usados serão mesmo suportados dentro do próximo padrão de redes até que ele esteja efetivamente concluído. Por exemplo, quem investiu em cabos de categoria 6, pensando em aproveitá-los em redes de 10 gigabits acabou se frustrando, pois no padrão 10G a distância máxima usando cabos cat 6 caiu para apenas 55 metros e foi introduzido um novo padrão, o 6a. O mesmo pode acontecer com os cabos categoria 7; não existe nenhuma garantia de que eles sejam mesmo suportados no padrão de 100 gigabits. Pode muito bem ser introduzido um novo padrão de cabos, ou mesmo que os cabos de cobre sejam abandonados em favor dos de fibra óptica. CONFIGURAÇÕES DO CABO UTP Direto – As duas extremidades possuem a mesma configuração. Cruzado - Uma extremidade possui os pares 01 e 03 invertidos em relação a outra. Rollover – A configuração implementada em uma extremidade dever ser invertida na outra extremidade. A configuração na conectorização do UTP depende do tipo de conexão que está sendo realizada. No cabo cruzado, os pares de fios alaranjado e verde, são invertidos em uma das extremidades. No cabo direto, a configuração em ambas extremidades é igual. A configuração na conectorização do UTP depende do tipo de conexão que está sendo realizada. No cabo cruzado, os pares de fios alaranjado e verde, são invertidos em uma das extremidades. No cabo direto, a configuração em ambas extremidades é igual. Use cabos diretos para o seguinte cabeamento: Switch ao roteador; Switch para o PC ou servidor; Use cabos cruzados para os seguintes cabeamentos: Switch para Switch; Roteador para roteador; PC para PC; Roteador para PC. Tabela Categoria, Freqüência, Velocidade e Distância: CATEGORIA CABO UTP FREQUENCIA VELOCIDADE DISTANCIA 5e 100 Mhz 10 / 100 Mbps 100 m 5e 100 Mhz 1.000 Mbps 55 m 6 300 Mhz 1.000 Mbps 100 m 6 300 Mhz 10.000 Mbps 55 m 6A 600 Mhz 1.000 / 10.000 Mbps 100 m 7 900 Mhz 10.000 Mbps 100 m Tabela Nomenclatura de Velocidades : VELOCIDADE NOME 10 Mbps ETHERNET 100 Mbps FAST ETHERNET 1.000 Mbps GIGABIT ETHERNET 10.000 Mbps 10 GIGABIT ETHERNET Montagem do Cabo de Rede de Par Trançado CAT3/CAT4/CAT5 ou CAT5e Alicate de crimpar Notem que as pontas dos fios devem ficar totalmente dentro do conector RJ45 Conector RJ-45 não crimpado Corta-se o cabo de conexão horizontal (para ligar da tomada para o computador) no comprimento desejado (geralmente o cabo deve ter 1,5m). Em cada ponta, com a lamina do alicate crimpador retira-se a capa de isolamento azul com um comprimento aproximado de 2 cm. Prepare os oito pequenos fios para serem inseridos dentro do conector RJ45, obedecendo a seqüência de cores desejada (T568A ou T568B). Após ajustar os fios na posição corta-se as pontas dos mesmos com um alicate ou com a lamina do próprio crimpador para que todos fiquem no mesmo alinhamento e sem rebarbas, para que não ofereçam dificuldades na inserção no conector RJ45. Segure firmemente as pontas dos fios e os insira cuidadosamente dentro do conector observando que os fios fiquem bem posicionados. Examine o cabo percebendo que as cabeças dos fios entraram totalmente no conector RJ45. Caso algum fio ainda não esteja alinhado refaça o item 4 para realinhar. Inserir o conector já com os fios colocados dentro do alicate crimpador, e pressionar até o final. Após a crimpagem dos dois lados, use um testador de cabos certificar que os 8 fios estão funcionando bem CABEAMENTO ESTRUTURADO Cabeamento estruturado é a disciplina que estuda a disposição organizada e padronizada de conectores e meios de transmissão para redes de informática e telefonia, de modo a tornar a infra-estrutura de cabos independente do tipo de aplicação e do layout. Permitindo a ligação a uma rede de: servidores, estações, impressoras, telefones, switches, hubs e roteadores. O SCS (Structure Cabling System) utiliza o conector RJ45 e o cabo UTP como mídias padrão para transmissão de dados. Com a estruturação, é possível levar dados e voz no mesmo tipo de cabo, facilitanto assim a instalação, manutenção e ampliação da rede. Equipamentos de Infra de Cabeamento: Patch Panel: Painel central da rede. Conecta todos os computadores da rede entre si, ligados no Switch central. Também conecta a telefonia nos ramais do PABX ligados aos hosts. Os cabos que saem do Patch Panel, chegam aos pontos de rede permitindo a interconexão dos hosts. Utiliza-se Patch Cord (Cabo UTP com RJ45 macho nas duas pontas) para interligar aos hosts e aos Switches. Visão frontal de Patch Panel Visão traseira de Patch Panel Rack de Telecomunicações: É o painel onde se concentra todo o cabeamento e os produtos de infraestrutura. Possui vários tamanhos de acordo com a necessidade. Medidos em Unidade de altura de Rack [ U (tem aproximadamente 4,5 cm)], largura (padrão 19") e profundidade (milímetros). Exemplo: 6 U's x 19" x 570mm / 44 U's x 19" x 970 mm. Rack de Telecomunicações Guia Organizador de Cabos: Servem para organizar o cabeamento dentro o Rack; é medido em U's (1 U , 2 U's). Guia de Cabos Placa Cega: Serve para dar espaçamento entre os equipamentos no Rack e prover mais organização. São encontrados nos tamanhos 1 U, 2 U's, 4 U's, etc. Placa Cega Espelho: Servem para fazer a terminação do ponto de rede no usuário; é instalado no espelho o RJ45 Fêmea. Possuem 1, 2, 4 ou 6 posições. Espelho Plano RJ45 Fêmea: Também conhecido como Keystone, serve para conectar o cabo de rede que vem do rack em sua parte traseira, e na frontal conecta-se o Patch cord até a placa de rede do usuário. RJ45 Fêmea Patch Cord: Serve para conectar o Patch Panel ao Switch no Rack e o RJ45 Fêmea do espelho à placa de rede do usuário. Possui RJ45 Macho conectorizado nas duas pontas, podem ser Patch Cord Switch: É o concentrador da rede; todos os usuários, servidores e ativos de rede são conectados à ele por Patch Cords. São encontrados com 4, 8, 12, 16, 24 e 48 portas na versão mais simples; há ainda as versões modulares que podem ultrapassar 400 portas. Trafegam nas mais diversas velocidades (10, 100, 1.000 ou 10.000 Mbps). Podem ser gerenciáveis ou não-gerenciáveis. Switch Simples Switch Modular Projeto de Cabeamento de Rede: Um Projeto de Cabeamento de Rede, consiste em dimensionar e calcular a quantidade de cabeamento e acessórios de rede para implantação da mesma. Normalmente é enviado pelo cliente uma planta baixa do local com escala para cálculo da metragem dos cabos e quantidade de usuários. Com essas informações, é possível determinar quantos metros de cabo UTP, quantidade de Switches, RJ45 Fêmea, Espelhos, Patch Cords, Patch Panels e o tamanho necessário do Rack de Telecomunicações. Planta Baixa para cálculo de cabeamento de rede.