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Apostila - Noções De Geração

Apostila para a matéria de Máquinas Elétricas

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SÉRIE TREINAMENTO, 075 Apostila 3035 01. INTRODUÇÃO O mundo, no seu desenvolvimento cada vez mais necessita de energia utilizando-a em suas mais diversas formas, a partir das mais variadas fontes. Atualmente, uma das formas de energia mais utilizadas é a elétrica, obtida através de outras formas, tais como: Energia Hidráulica (gravitacional), Energia Térmica, Energia Química, Energia Nuclear e Energia Eólica. A Energia Elétrica é produzida pelas Centrais Elétricas, através da transformação de uma outra forma de energia (hidráulica, atômica, etc.), dita primária, em energia motriz, e, a seguir, em Energia Elétrica. Apresentamos, na figura 1, as centrais existentes, a energia primária utilizada e as diversas formas de energia em que é transformada, até chegar à energia elétrica. Abordaremos o princípio de funcionamento das centrais mais utilizadas com ênfase especial às hidroelétricas. NOÇÕES DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Três Irmãos 2006 Nome dado à Central Elemento Utilizado Usina Eolielétrica Usina Hidroelétric. Usina Maremotriz Usina Reversível Deslocamento do Água Ar Energia Eólica Energia hidráulica Tipos de Energia transformada no Energia processo Cinética Energia Potencial Usina Solar Radiação Solar Energia Solar Usina Nuclear Átomo Energia Nuclear Usina Termoelétrica 02. USINA NUCLEAR Combustível Uma Usina Nuclear é semelhante a uma térmica convencional: ambas utilizam o vapor, para movimentar uma turbina e um gerador, para produzir energia elétrica. A energia térmica do vapor é convertida em energia mecânica na turbina, e o gerador (alternador) converte esta energia mecânica em energia elétrica. A diferença é a origem do vapor: enquanto as usinas térmicas convencionais utilizam energia da combustão dos derivados do petróleo ou carvão, as usinas convencionais, a queima dos combustíveis produz quantidade de calor suficiente para mudar o estado da água de sólido para gasoso (vapor). Na usina nuclear não existe queima de combustíveis fósseis, mas sim a fissão nuclear. Em 1939, cientistas descobriram que os núcleos de certos átomos, ao serem bombardeados por partículas subatômicas chamadas nêutrons, dividem-se em dois fragmentos chamados produtos de fissão. Estes fragmentos, após a fissão, adquirem grande velocidade e, ao se chocarem com os átomos, geram calor. Este calor é então transmitido direta ou indiretamente para a água, produzindo o vapor. Energia Química Energia Térmica Energia Mecânica Fig. 01 - O processo de transformação, desde a energia primária até a energia elétrica, para os diversos tipos de Centrais Elétricas. Energia Elétrica O importante é que, na reação da fissão, além da energia liberada, dois ou três novo nêutrons são emitidos. Estes nêutrons, ao colidirem com outros núcleos de urânio, provocam uma reação semelhante, originando a chamada reação em cadeia. FRAGMENTO DE FISSÃO NÚCLEO NÊUTRON NÊUTRONS LIVRES O reator nuclear é, pois, um dispositivo onde REAÇÃO DE FISSÃO TÍPICA FRAGMENTO mantemos sob controle uma reação em cadeia. Para DE FISSÃO a produção de energia, é importante mantermos a reação em cadeia, pois, para se produzir um watt de potência, necessitamos de 30 bilhões de fissões por segundo. Para controlarmos a potência térmica de um reator nuclear, devemos poder variar esta taxa de fissões ou em outras palavras, variar o “nível” de neutrôns disponíveis no núcleo do reator. Isto é feito pelos chamados “venenos”, que são substâncias como o boro e o cádmio, que apresentam alto coeficiente de absorção de nêutrons; estas substâncias, ao serem introduzidas no núcleo, “baixam” o “nível” de nêutrons e, sendo retiradas, “elevam” este “nível”. CENTRAL NUCLEAR 2.1 - ENERGIA EÓLICA O homem aprendeu há séculos, como aproveitar a força dos ventos para gerar energia: na Ilha de Creta já existiam cata-ventos e na Holanda, há centenas de anos os moinhos integram e compõem a paisagem. Hoje, diante da crise energética que atinge o mundo, renova-se o interesse pela energia eólica. Longe de significar um retrocesso tecnológico, o uso dos cataventos pode representar, a médio prazo, uma alternativa muito interessante para o país, porque, além de bombear água e moer grãos, duas tarefas tradicionais, os modernos geradores eólicos abrem caminho para novas e surpreendentes aplicações. O catavento é um sistema composto de rotor, multiplicador de velocidade (caixa de engrenagens) e um gerador eólico. Ele não é estático: possui uma base giratória que o orienta sempre na direção do vento. O rotor é o conjunto de pás da hélice,que recebe a energia mecânica. O potencial energético eólico, retirado do vento, está em função da superfície do sistema rotor: quanto maior o comprimento das pás, maior o potencial. Também depende da velocidade do vento, da densidade de arrasto, que por sua vez depende da geometria das pás. O tipo de material empregado também influi no desempenho do rotor. O ângulo das pás é determinado de tal forma que, a partir de ventos de três metros por segundo, o catavento começa a girar. Por questão de segurança do material das pás, o vento máximo considerado é de oito metros por segundo. Nesta situação, a pá fica em “passobandeira”, isto é, o rotor gira sem sofrer efeito dos ventos, ocasião em que é obtida máxima potência elétrica. Há um controle automático que torna a potência constante. A estrutura do conjunto em princípio, deve suportar ventos de até sessenta metros por segundo ou duzentos quilômetros por hora, um tufão. Existe, portanto, um limite na rotação do eixo. Contudo, o gerador elétrico trabalha com maior eficiência se a rotação for mais alta. Então, acopla-se ao conjunto um multiplicador de velocidade: o rotor gira devagar, mas o gerador, graças ao multiplicar, trabalha em alta rotação. Do gerador sai um cabo que é conectado a um banco de bateria no qual é armazenada a energia elétrica. A estrutura do conjunto em princípio, deve suportar ventos de até sessenta metros por segundo ou duzentos quilômetros por hora, um tufão. Existe, portanto, um limite na rotação do eixo. Contudo, o gerador elétrico trabalha com maior eficiência se a rotação for mais alta. Então, acopla-se ao conjunto um multiplicador de velocidade: o rotor gira devagar, mas o gerador, graças ao multiplicar, trabalha em alta rotação. Do gerador sai um cabo que é conectado a um banco de bateria no qual é armazenada a energia elétrica. 2.2 - ENERGIA QUÍMICA BIODIGESTOR INDIANO Uma das opções para produção de energia a baixo custo, que vem apresentando resultados favoráveis e já difundido em vários países, é o biogás. Apesar de ser conhecido há muito tempo, só mais recentemente os processos de obtenção do biogás vêm se desenvolvendo com objetivos práticos em maior amplitude, objetivando sua utilização como energético. O BIOGÁS O Biogás, basicamente é composto de uma mistura de gases contendo principalmente metano e dióxido de carbono, encontrando-se ainda, em menores proporções, gás sulfídrico e nitrogênio. A formação do biogás é comum na natureza. Assim ele é encontrado em pântanos, lamas escuras, locais onde a celulose sofre decomposição naturalmente. O Biogás é um produto resultante da fermentação, na ausência de ar, de dejetos animais, resíduos vegetais e de lixo orgânico industrial ou residencial, em condições adequadas de umidade. A reação desta natureza é denominada digestão anaeróbica. O principal componente do biogás é o metano, representando 60 a 80% na composição do total da mistura. O metano é um gás incolor, inodoro, altamente combustível, queimado com chama azul-lilás, sem deixar fuligem e com um mínimo de poluição. Em função da porcentagem com que o metano participa na composição do biogás, o poder calorífico deste pode variar de 5000 a 7000 Kcal por metro cúbico. 3 1 7 4 1 7 4 2 2 5 5 Esquema Representativo 1. Caixa de alimentação 2. Câmara de digestão 3. Gasômetro 4. Guia do gasômetro 5. Parede divisória 6. Caixa de saída do afluente 7. Depósito do Biogás produzido 6 2.3 - ENERGIA SOLAR Os países desenvolvidos estão investindo grandes somas em pesquisas e equipamentos solares. Alguma destas nações tem inclusive, menores possibilidades de utilização de energia solar do que países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Processo Térmico Dentro da classe da conversão térmica existem três tipos de aplicações: de baixa temperatura, de média temperatura e de alta temperatura. ™ processo de baixa temperatura é aplicável a utilidades domésticas e, eventualmente, industriais como os pré-aquecedores. ™ processo de média temperatura permite a utilização da energia solar para aplicações industriais como geração de vapor ou calor na faixa de 150-350ºC. ™ A alta temperatura, teríamos a geração elétrica por conversão térmica da energia solar. Algumas aplicações desses processos já atingiram estágio comercial, como os coletores planos estão dispostos no teto. Estes coletores são usados para pré-aquecimento da água. Os coletores para uso industrial utilizam artifícios como a concentração do feixe de energia solar por dispositivos concentração do feixe de energia solar por dispositivos concentradores, que são refletores parabólicos ou cilíndrico-parabólicos, que convergem o feixe de energia para uma área menor. COLETOR PARABÓLICO Os coletores domésticos e industriais são constituídos de uma superfície de absorção de energia calorífica, fundamentada na lei do corpo negro e com superfície condutora desta energia, ou seja, uma superfície fechada ou circuito fluido, que absorve esse calor e o transporta para o local de utilização. A energia solar é convertida em energia térmica na superfície absorvedora, a qual recebe uma camada seletiva por vários processos: pintura, deposição, spray, etc. A aparência dessa camada aproxima-se do corpo negro ideal da física, que é definido como um objeto que absorve toda e não reflete nenhuma radiação incidente sobre ele. Conversão Fotovoltaica Os sistemas de conversão fotovoltaica são constituídos, basicamente, por dispositivos denominados células fotovoltaicas, que têm a finalidade de converter diretamente a energia solar (radiação eletromagnética) em energia elétrica. A célula fotovoltaica é formada por um disco de silício onde são introduzidas certas impurezas (fósforo, boro, etc) que o transformam num semicondutor de características especiais. A superfície desse disco sofre tratamento para absorver a luz solar, sem refleti-la, de modo que haja máximo aproveitamento da energia contida na radiação solar. A incidência dos fótons (quanta de energia) da energia solar sobre a superfície cristalina é energeticamente maior do que a energia de ligação dos átomos que formam esta rede cristalina. Isso provoca o deslocamento de elétrons da camada externa daquela superfície, formando pares lacuna-elétrons que vão atravessando a massa cristalina. Não sendo interceptados pelos grãos de cristais, atingem a rede coletora (malha metálica fina adicionada sobre a superfície do par semicondutor), produzindo a corrente elétrica. Conversor Fotovoltaico 2.4. USINAS TERMOELÉTRICAS Central termoelétrica a vapor 2.4.1-Componentes Uma Central Térmica compõe-se de uma série de elementos, sendo que cada um transforma a energia que recebe do precedente numa energia que transmite ao seguinte, para obter finalmente a energia elétrica. 2.4.2 - Combustíveis - Combustíveis sólidos Emprega-se quase exclusivamente a hulha e em certas regiões, a linhita. - Combustíveis líquidos Utiliza-se o “fluel-oil” obtido pela destilação do petróleo. - Combustíveis gasosos Algumas siderúrgicas onde os altos fornos produzem gazes como subprodutos utilizam-no como combustível numa usina termoelétrica. 2.4.2 - A Caldeira A Caldeira é constituída de tubos de aço especial, ligados a um cilindro situado na parte superior. Os tubos contendo água circulam internamente na câmara de combustão. O cilindro denomina-se balão e tem por finalidade receber o suprimento de água e coletar o vapor gerado na tubulação. ALIMENTAÇÃO D’ÁGUA TOMADA DE VAPOR TOMADA DE VAPOR VÁLVULA DE SEGURANÇA BALÃO SUPERIOR NÍVEL DEFLETOR TUBOS DE ÁGUA COLETOR TRAJETO DO CALOR FORNALHA FORNALHA P/ A CHAMINÉ CINZAS VÁLVULA DE EXTRAÇÃO DE ÁGUA TRAJETO DO CALOR P/A CHAMINÉ CALDEIRA PROCESSO DE OBTENÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NUMA CENTRAL TÉRMICA 2.4.4- O Condensador 2.4.5 - A Turbina O condensador tem a função de condensar o vapor que produziu um trabalho na turbina. A condensação se efetua por troca de calor entre a água fria e o vapor que passa através de um grupo de tubos contidos em um reservatório. A Turbina a vapor é um motor situado entre a caldeira, que é fonte quente e o condensador, que é a fonte fria. Expandindo-se o vapor d’água aumenta sua velocidade. Pode-se transformar esta expansão em trabalho mecânico. Aproximando-se o jato de vapor de uma rocha munida de palhetas, esta começa a girar. O CONDENSADOR A TURBINA 2.4.6. O Alternador Os Alternadores acoplados às turbinas a vapor têm por características girar em altíssimas velocidades (3600 rpm). Sendo os esforços centrífugos muito elevados, a construção do rotor ou indutor deve ser esmerada e especial cuidado deve ser dado à fixação das bobinas das ranhuras. O Estator ou induzido é constituído de uma corda de ferro laminado provida de entalhes onde são alojadas as bobinas. Cada bobina é varrida pelo fluxo de indução emitido pelos pólos do rotor. Estator ROTOR DE UM GERADOR DE CENTRAL TÉRMICA 2.4.7-Serviços Auxiliares Numa central termoelétrica, os serviços auxiliares são muito importantes e os motores que movimentam as bombas, os ventiladores, os britadores, os trituradores, etc, exigem uma potência elevada e são, muitas vezes, alimentados em alta tensão. Existe ainda uma bateria de acumuladores que alimenta os circuitos de comando e segurança. REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DE UMA CENTRAL TÉRMICA DE VAPOR 2.5-USINAS MAREMOTRIZES 6 25 10 27 5 8 7 3 11 12 9 23 24 26 1 2 21 22 20 19 4 13 18 17 16 15 14 REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DE UMA TERMOELÉTRICA. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. Abastecimento de carvão; Tela; Forno; Cinza; Conduto de vapor; Chaminé; Caldeira; Aquecedor primário; Turbina de alta pressão; Aquecedor secundário; Turbina de média pressão; Turbina de baixa pressão; Condensador; Bomba de extração do condensador; Pré-aquecedores da água de alimentação; Bomba de alimentação da caldeira; Economizador de água de alimentação; Torre de refrigeração; Bomba de circulação da água de refrigeração; Extração de vapor para os circuitos primários dos pré-aquecedores da água de alimentação; Turbo-gerador; Excitatriz; Circuito de energia elétrica a média tensão; Transformador elevador; Circuito de energia elétrica a alta tensão. Um sistema conhecido desde a antiguidade, que permite explorar a energia das marés, é o dos moinhos, dispositivos muito conhecidos em todo o mundo. Suponhamos uma barragem provida de uma comporta. Quando a maré sobe causando um desnível, pode-se abrir a comporta, surgindo um fluxo de água que poderá ser aproveitado para girar uma roda rústica ou até uma turbina. No mundo existe somente uma usina desse tipo, na França (Rio Rance), onde as marés são singularmente regulares e de maior amplitude. Dificuldades de toda classe têm impedido que vários projetos se transformassem em realidade. A experiência adquirida na construção e funcionamento da usina do Rio Rance servirá sem dúvida, para a construção de futuras centrais e, naturalmente, serão os franceses que levarão a dianteira na técnica de construção de usinas maremotrizes. 03. USINA HIDROELÉTRICA Utiliza a energia decorrente da diferença de níveis nas quedas dos rios. Com isso consegue-se uma pressão e, através das barragens, um volume de água necessário para movimentar turbinas e estas, os geradores. - Usina Fio d’água, com reservatório Possui reservatório, mas sua vazão de engolimento é muito elevada e necessita de uma regularização diária, semanal, quinzenal ou mensal. - Usina com bacia de acumulação Possui um reservatório de capacidade tal que sua regularização é anual ou estacionária. - Usina com reservatório por bombeamento Esta usina possui dois reservatórios, um superior e outro inferior. Nas horas de ponta de carga, utiliza água do reservatório superior para gerar energia elétrica, acumulando-a no reservatório inferior para o superior, utilizando energia gerada por outras usinas. MW 6600 6600 6400 3.1-CLASSIFICAÇÃO - Usina de base É aquela em que seu fator de capacidade fica entre 75 a 100% ou seja, sua carga é quase sempre constante. CURVA DE CARGA DE UM DIA TÍPICO 6400 6200 6200 6000 6000 5800 5800 5600 5600 5400 5400 5200 5200 5000 5000 4800 4800 - Usina de Ponta 4600 4600 É aquela em que seu fator de capacidade varia muito ou seja, sua potência varia de acordo com a curva de carga. 4400 4400 4200 4200 - Usina Fio d’água 4000 4000 É aquela em que a potência instalada é igual à descarga mínima do rio. 3800 3800 3600 3600 - Usina com Reservatório É aquela em que a potência instalada é igual ou superior à vazão média do rio. - Usina Fio d’água, sem reservatório É aquela que não possui reservatório ou seja, funciona com o próprio curso do rio. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Tempo horas 3.2-CONSTITUIÇÃO DE UMA HIDROELÉTRICA 3.2.2-Tipos de barragem 3.2.1-Barragem Quanto ao material: - Definição - Barragem de concreto - Barragem de terra - Barragem de enrocamento - Barragem de enrocamento formada de terra e pedra. Estrutura hidráulica destinada a obstruir uma curso d’água. Elementos que constituem uma barragem: 1. Face ou talude montante 2. Face ou talude jusante 3. Crista 4. Maciço 5. Base 6. Fundação 7. Reservatório 3 7 1 2 4 as dr Pe 5 me ca o r En 6 ELEMENTOS DE UMA BARRAGEM nto En r Núcleo de Argila Impermeável Pe dr oc as am en to Zona de Transição BARRAGEM DE ENROCAMENTO 3.3-VERTEDOURO 3.3.1-Definição: - Estrutura hidráulica que serve para deixar passar a água excessiva das cheias, sem o perigo de danificar a barragem. 3.3.2-Condições que o Vertedouro deve satisfazer: - Em regime normal: Manter o nível do reservatório ao máximo, para um bom rendimento dos grupos geradores, ficando um intervalo até o nível máximo de segurança. - Em período de cheias: Se necessário, deve permitir o escoamento da vazão máxima, mantendo a segurança da barragem, procurando minimizar danos à jusante. 3.3.3-Classificação dos vertedouros: - Vertedouros de fundo - Vertedouros de superfície 3.3.4-Tipos de vertedouros de superfície: - Vertedouro tulipa Utilizando onde as barragens são de terra ou enrocamento. - Vertedouro Tipo Bacia BARRAGEM MONTANTE JUSANTE VERTEDOURO TIPO BACIA VERTEDOURO TIPO TULIPA - Vertedouro com ressalto hidráulico - Vertedouro Salto de SKI É o mais utilizado. Recebe tal nome devido à evolução que a água faz. (Espécie de um trampolim no final da pista). Fig. 21 - VERTEDOURO SALTO DE SKI - Setor ou Segmento Comporta em forma de arco de círculo, utilizada na maioria dos Vertedouros. 3.4-COMPORTAS 3.4.1-Definição: - São órgãos responsáveis pelo controle do escoamento d’água. São utilizados em diversos locais, tais como: vertedouros, tomada d’água, canal de fuga, etc. - Podem ser acionadas por meio de: . Correntes; . cabos de aço; . Servo-motores. 3.4.2-Tipos de comportas - Deslizante Esse é o tipo mais primitivo de comportas. COMPORTA EM FORMA DE ARCO DE CÍRCULO COMPORTA TIPO DESLIZANTE - Wagon Os roletes fazem parte da própria comporta. COMPORTA TIPO WAGON 3.5-TOMADA D´ÁGUA 3.5.1-Definição: - Componente de uma usina que capta água no reservatório, conduzindo-a para a turbina. 3.5.2-Tipos de Tomada D’água - Tomada d’água em carga - Tomada d’água de coluna Utilizada principalmente, quando a barragem não é constituída de concreto. 3.7-CARACOL Estrutura em forma de caracol, que envolve toda a turbina dando à água um movimento turbilhonado. TOMADA D´ÁGUA DE COLUNA 3.6-CONDUTO FORÇADO Elemento que liga a água sob pressão até as turbinas. CARACOL CONDUTO FORÇADO CONDUTO FORÇADO 3.8-DISTRIBUIDOR 3.9. TURBINAS É o órgão que controla o escoamento da água pela turbina variando sua potência. 3.9.1. Definição: - São órgãos que transformam a energia hidráulica em energia mecânica. 3.9.2. Tipos de Turbinas ÁRVORE COMANDADA POR SERVO-MOTOR BIELAS DE COMANDO - Turbina Pelton Também conhecida como turbina de ação, pois utiliza a energia cinética da água. É utilizada nas grandes quedas, isto é, acima de 200 m. BIELA ANEL DE REGULAÇÃO MANIVELA TURBINA PELTON EIXO RODA PÁ DIRETRIZ DESESNHO ESQUEMÁTICO DO DISTRIBUIDOR CONSTITUIÇÃO É constituído de uma série de pás diretrizes móveis, ligadas ao anel do distribuidor, e este ao servo-motor. - Turbinas Francis - Turbina Kaplan Utilizada nas médias quedas (30 a 200 m). Também chamada de reação, pois utiliza a energia da água na forma de pressão mais a energia cinética. Utilizada nas pequenas quedas d’água (de 1 a 30 m). Atualmente há estudos para aplicação em quedas mais altas. DES. ESQUEMÁTICO DE UMA TURBINA KAPLAN - Possui a forma de uma hélice e suas pás móveis - Também é uma turbina de reação por utilizar a energia da água em forma de cinética e pressão. Sua grande vantagem reside na mudança do ângulo da pá. VISTA EM PERSPECTIVA DE UMA TURBINA FRANCIS - Classificação das Turbinas Francis a) b) c) d) Lentas - 70 a 120 RPM; Médias - 120 a 200 RPM; Rápidas - 200 a 300 RPM; Extra-Rápidas - 300 a 400 RPM; 3.10. CANAL DE FUGA 3.11-ALTERNADOR 3.10.1-Finalidade: 3.11.1-Definição: - Dirige o escoamento da água para o exterior, após passar pela turbina. Elemento responsável pela transformação da energia mecânica fornecida pela turbina, em energia elétrica. PÓRTICO DA COMPORTA MONTANTE 3.11.2-Princípios Básicos: PÓRTICO DOS STOP LOGS E LIMPA-GRADE - Movendo-se um imã próximo a uma bobina, nela surge uma tensão induzida. PONTE ROLANTE PÓRTICO STOP LOG JUSANTE TOMADA D’ÁGUA mA ALTERNADOR CONDUTO N FORÇADO CAIXA ESPIRAL GALERIA TUBO DE SUCÇÃO CORTE ESQUEMÁTICO DAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS DE UMA HIDROELÉTRICA CANAL DE FUGA GERADOR ELEMENTAR DE CORRENTE ELÉTRICA 3.11.3-Geração Industrial Usa-se uma série de bobinas convenientemente associadas (estator) que, envolvendo o indutor (rotor), são sede da tensão induzida. O indutor (rotor) e ligado ao eixo da turbina e é responsável pelo campo magnético giratório. ROTOR ESTATOR ALTERNADOR MANCAIS TURBINA ESQUEMA DE UM ALTERNADOR, COM A TURBINA