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Apostila Materno Infantil Ii Seiton

preparatorio muito bom

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CURSO : Enfermeiro Materno-Infanti l II 2009 Sumário página PAISC e PROSAD 01 Adaptação à Vida extra uterina .01 Fluxograma de atendimento ao recém nascido na sala de parto 02 Hiperbilirrubinemia 03 Distúrbios Respiratórios 05 Assistência e Controle das Doenças Diarreicas .....09 Aleitamento Materno 11 Crescimento e Desenvolvimento 13 Referências Bibliográficas 16 Exercícios ..16 Seiton Cursos Considerações Iniciais PAISC (Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança) / PROSAD (Programa de Saúde do Adolescente) Problemática da criança no mundo 70% das mortes de crianças são por causas evitáveis como: # desnutrição #IRAs # diarreia # sarampo # malária PAISC: Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança Áreas Prioritárias: # Crescimento e Desenvolvimento # Assistência às Infecções Respiratórias Agudas - IRAs # Assistência às Doenças Diarréicas # Aleitamento Materno # Programa Nacional de Imunização PROSAD: Programa de Saúde do Adolescente Áreas Prioritárias: # Gravidez na adolescência # Prevenção e combate às DSTs/AIDS # Crescimento e Desenvolvimento na Adolescência # Contracepção # Combate à exploração e abuso sexual Adaptação à vida extra - uterina. Considerações Iniciais A alteração fisiológica mais importante, crítica e imediata para o recém nascido é o inicio da respiração. Os estímulos que ajudam a deflagrar a primeira respiração são, basicamente, químicos e térmicos. # os fatores químicos no sangue (oxigénio baixo, dióxido de carbono e Ph baixo) iniciam impulsos que excitam o centro respiratório na medula. /)') \ i/]/" : . t V^VV^ - \J ^ K \J /^ O. # o estírnulc^tçrrriiico prjmárin é o súbito calafrio do recém nascido, que deixa um ambiente aquecido e penetra em uma atmosfera relativamente mais fria. Esta repentina alteração da temperatura deflagra impulsos sensoriais na pele, os quais são transmitidos para o centro respiratório. Sistema Cardiovascular Fechamento funcional dos Shunts Fetais # Dueto Arterioso-^ r^V • JoLty^ IK ~ A*M ; # Dueto Venoso # Comunicação Interatrial « ' ^ ^M*- \\ / UM J U Sistema Respiratório Importância do Surfactante f Uma iipoproteína produzida pelo PneumócitoJI, que reveste internamente a superfície interna alveolar. (Jéty/Vv (^ & T<7^£>10 s\j0&M- ictfP** * Seu pico de produção se dá em torno da 36a semana de gestação #yvie*ACi1í"aAO ~, P" .. _ ^ ^^ . rf t~* x- í/\ l i-J Condições de Adaptação Regulação Térmica — OBS: levar em consideração que o Recém Nascido possui maior chance de perder calor do que de ganhar calor. Mecanismos de perda de calor ,. # Convecção: movimento de calor corporal devido ao fluxo de ar frio n"# Evaporação: perda de calor devido à evaporação de água pela pele e vias aéreas5t> -— / y, f , (í ) "Seiton Cursos Fontes Termogênicas As principais fontes termogênicas são: # coração # fígado # cérebro s _ , \ gordura marrom.^— CQQ-Wro A gordura marrom, cujo nome' deriva de seu maior conteúdo de citocromos mitocondríais, possui maior capacidade para a produção de calor através da atividade metabólica mais intensificada do que o tecido adiposo comum. Fluxograma de Atendimento ao Recém Nascido na Sala de Parto Classificação do Recém Nascido quanto à Idade Gestacional # Pré Termo: nascem antes da .37a semana de gestação # À Termo: nascem entre a^7a semana completa e antes da 42a semana # Pós Termo: nascem após a £2a semana ; : Considerações em relação ao RN pré-termo o# Extremo: nascem antes da 30a semana # Moderado: nascem entre a 5Õ"a semana completa e a 36a semana incompleta # Limítrofe: nascem entre a 36a semana completa e 37a semana incompleta Fluxograma de atendimento ao recém nascido na sala de parto 1° passo: aquecer o RN ""~ Objetivo: evitar a perda de calor pelo RN Deve - se secar o RN e em seguida colocar em uma fonte de calor radiante 2° passo: realizar aspiração oronasofaríngea Objetivo: desobstrução das vias aéreas. Posição recomendada: Tr^ejidelenbijrg QÀ5 Aspiração: da boca e ertr^gulB^Hó^nariz —— 3° passo: realizar o índice de APGAR Critério que avalia o índice de Vitalidade do Recém nascido logo após o nascimento. Deve ser realizado no primeiro e quinto minutos de vida. índice de APGAR Parâmetros ~£_ F Frequência Cardíaca í Esforço Respiratório T Tônus Muscular f. Reflexa C Irritabilidade Coloração. 0 Ausente Ausente Flácido Nenhuma Resposta Cianose 1 Abaixo de 100 bpm Choro fraco Alguma Flexão das Extremidades Choro ou Careta Róseo com acrocianose 2 Acima de 100 bpm Choro forte Movimento Ativo Choro Vigoroso Róseo Contagem e condutas (considerando o APGAR de 1° minuto) 7 a 10 - bom - encaminhar ao alojamento conjunto; • 4 a 06 - razoável: Administrar oxigénio - manter em observação no berçário por 24 horas; *"" O a 03 - grave: Rotinas de reanimação - encaminhar à UTIN. 4° passo: Avaliar o cordão umbilical Deve possui 2 artérias e l veia. Quando isso não ocorre há suspeita de má formação cardíaca congénita 5° passo: Identificar o RN Evita a troca de RN dentro da maternidade 6° passo: Realizar a Credeização (método de Crede) ' Consiste em pingar l gota de Nitrato de Prata a 1% em cada olho do RN para evitar a Oftalmia Gonocócica 7° passo: Administrar Vitamina K Dose: 10 UI ou 0,1 ml Via: Intramuscular Local: Vasto Lateral da coxa E Objetivos: prevenção da Síndromé Hemorrágica do Recém Nascido; Suprir a ausência de bactérias da flora intestinal que produzem vitamina Ativar os fatores de coagulação do recém nascido Enfermeiro - Materno-Infantil II Ic Seiton Cursos 8° passo: Administrar vacina da Hepatite B _ Dose: 0,5 m|_ \ — Via: Intramuscular Local: Vasto Tateràl da coxa D * """ rj>£ 9° passo: PROCEDIMENTOS FINAIS - realizar um exame físico simplificado no RN. Verificar peso, estatura, perímetros cefálico, torácico e abdominal e a existência de malformações. Sempre que possível, pesar, classificar seguindo a idade gestacional e examinar a placenta. Recomenda-se, de rotina, a coleta de amostra de sangue materno e do cordão umbilical para a tipagem sanguínea e para as reações sorológicas. OBS: sempre que possível, procurar incentivar o aleitamento materno na/sala de partoj Principais Patologias do Recém Nascido HIPERBILIRRUBINEMiyX Icterícia é a coloração amarelada da pele, mucosas e escleróticas devido a uma elevação da concentração de bilirrubinas séricas. Apresenta etiologias diversas, sendo a manifestação clínica mais frequente do período neonatal. CLASSIFICAÇÃO E FISIOPATOLOGIA BIOQUÍMICA DAJBILIRRUBINA Destruição de hemácias Bilirrubína indíre! Conjugação com Ácido Glicurônifó (hidrossolúvel) Bilirrubina diretajte~xcretada \/){>liv>' Reterias intestinais) ^'(J^\H ~ o Urobilinogênio e estercobilina (cor castanha) s \; 7&\l éfed. A) ICTERÍCIA FISIOLÓGICA —,— TC Kâ( o to CARACTERÍSTICAS Inicia-se após as 24 h de vida. Ocorre principalmente por uma imaturidade orgânica do Recém Nascido, relacionado à metâbolízação da bilirrubina RN a termo # níveis sé ri cos até 13 mg % # pico entre 3° e 5° dia de vida "i # duração de l semana. RN pré-termo # níveis séricos até 15 mg% # pico entre o 5° e 7° dia de vida # duração até 2 semanas. CO' v B) ICTERÍCIA PATOLÓGICA OU HEMOLÍTICA CARACTERÍSTICAS Inicia-se antes de 24 horas de vida, com valores de bilirrubina que ultrapassam 13 mg% nos RN a termo e 15rng% nos RN pré-termo e com formas eritrocitárias jovens (reticulócitos) e anormais (eliptócitos e esferócitos). TIPOS a) Anemias hemolíticas adquiridas: por incompatibilidade materno-fetal (ABO, Rh, grupos raros) ou associadas a infecções. 1) incompatibilidade ABO; 2) incompatibilidade Rh. Enfermeiro - Materno-Infantil II re ,\o- f k/* l?/- Seiton Cursos QUADRO CLÍNICO O RN deverá ser avaliado quanto à intensidade (expressa em cruzes) e a abrangência da icterícia (zona de Krammer), Classificação da progressão ictérica pelas Zonas de Krammer RN Baixo peso RN termo Zona cutânea Bilirrubina (mg/lOOml) Bilirrubina (mg/lOOml) Limites Média Limites Média 1 4,3 - 7,8 5,9 (±0,3) 4,1 - 7,5 - 2 5,4 - 12,2 8,9 (±1,7) 5,6 - 12,1 9,4 (±1,9) 3 8,1 - 16,5 11,8 (±1,8) 7,1 - 14,8 11,4 (±2,3) 4 11,1 18,3 15,0 (±1,7) 9,3 - 18,4 13,3 (±2,1) 5 15 - 10,5 - Zonas dérmicas de progressão craniocaudal da icterícia. 1- Cabeça e pescoço 2- Tronco até umbigo 3- Hipogástrico e coxas 4- MMSS e MMII exceto mãos e pés 5- Mãos e pés 4* Adaptado de: Krammer, L.: Advancement of dermal icterus in the jaundiced newborn, Am. J. Dis. Child. , 118:454-458,1969 Cjomplicacões da Icterícia Patológica UCU V LROPSIA FETAL - JJ Í OVp&r .6 c e /Causada pela hipoalbuminernia devido à redução da capacidade de síntese do fígado pela distorção do cordão /de células hepáticas. A intensa hemólise resulta em aumento das ilhotas de eritropoiese que causam alteração l da arquitetura hepática. KERNICTERUS (Encefalopatia hilirrubínicaVFase I: hipotouia, letargia e reflexo de sucção débil nos primeiros 2 a 3 dias; Fase II: espasticidade, opistótono e febre; Fase III: aparente melhora, instalando-se, geralmente, no fim da primeira semana, com diminuição da espasticidade; Fase IV: incide, geralmente, aos 2 a 3 meses de vida, com sinais sugestivos de paralisia cerebral. Diagnóstico das Síndromes Ictéricas -* Dosagem de bilirrubinas (total e frações); Determinação de grupo sanguíneo e Rh maternos e do RN; Teste de Coombs direto do sangue do RN; . Determinação do hematócrito; Contagem de reticulódtos (caso hematócrito normal ou baixo). CONTROLE LABORATORIAL Nos casos de icterícia precoce e hemólise acentuada: dosagem de bilirrubinas e hematócrito de 6 em 6 horas. Nos casds de icterícia tardia, controlar de 12/12 horas ou de 24/24h conforme a gravidade do caso TRATAMENTO A) FOTOTERAPIA CONVENCIONAL / MECANISMO DE AÇÃO: # Utilização de energia luminosa na transformação da bilirrubina em produtos mais hidrossolúveis, através da fotoisomerização e fotooxidação. Enfermeiro - Materno-Infantil II Seiton Cursos COMO MELHORAR A EFICÁCIA: DAS FOTOTERAPIAS COMUNS: # Envolver a fototerapia com pano branco: a irradiância aumenta em 20% (exige mais atenção aos cuidados com o RN); # Iniciar fototerapia com níveis séricos de bilirrubina mais elevados; # Posicionar foto comum à distância de 40-60 cm do RN; # Manter limões os acrílicos da incubadora e. do aparelho de fototerapia. # Verificar se todas as lâmpadas estão acesas; # Trocar as lâmpadas quando a irradiância medida por irradiômetro for menor que 4 nw/cm2/nm (ideal) ou após 2000h de uso ou a cada 3 meses, caso não haja irradiômetro; # Utilizar 7 ou 8 lâmpadas brancas. Se possível substituir as duas do centro por lâmpadas azuis; # RN despido; # Utilizar fototerapia dupla nos RN com hiperbilirrubinemia mais grave. CUIDADOS COM O RN RN totalmente despido; Usar protetor ocular; Aumentar a ingestão, se possível, oral; Temperatura deverá ser medida de 4/4h; Proteção da genitália é discutível. Distúrbios Respiratórios do Recém Nascido «*^~' A grande causa de internação na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais Respiratória, seguida pela prematuridade, pelos distúrbios metabólicos e pelas infecções. São inúmeros as patologias que se expressam no período neonatal sob a forma de Manifestações Clírticas taquipnéia bradipnéia ou apnéia gemido respiratório batimento de asas do nariz tiragens, retrações intercostais, esternal, supra e infraclaviculares hipo ou hipereatividade é a Dificuldade n ^j.-^^ v/ Nasofaringite e Faringite Provocado por qualquer um dos numerosos vírus diferentes, em geral rinovírus, vírus sincicial respiratório e parainfluenza. Os sintomas são mais graves nas crianças e lactentes. A febre é comum, especialmente em crianças mais jovens. As crianças com mais idade apresentam febre baixa. Manifestações Clínicas Crianças Jovens # febre # irritabilidade # agitação # espirros # vómitos e diarreia (raramente) Crianças de mais idade # ressecamento ou irritação do nariz e faringe # espirros, sensação de calafrio # dores musculares # tosse: algumos vezes Sinais Físicos # edema e vasodilatação da mucosa Condutas # Não há tratamento específico. Tratamento domiciliar. # Antitérmicos # Descongestionantes Nasais que atuam por vasoconstrição (atentar para crianças diabéticas) # Sedativos da tosse - em casos de tosse irritativa. Uso cauteloso devido ao fato de que alguns componentes possuem cerca de 22% de álcool na composição. # Antíhistamínicos - geralmente ineficazes - podem ressecar secreções e gerar sonolência. # Antibióticos: contra-indicados. Enfermeiro - Materno-Infantil II ^^ " Seiton Cursos # repouso # aumentar ingestão hídrica # fracionar alimentação Faringite Infecção causada por Estreptococos. Atentar para a colonização por Estreptococos beta Hemoliticos do Grupo A. Neste casos há risco de sequelas graves como por exemplo: febre reumática (doença inflamatória das articulações podendo atingir o coração e os rins). Manifestações Clínicas # # # # # # # geralmente não é muito grave cefaléia febre dor abdominal tonsilas hiperemiadas e exudativas linfoadenomegalia cervical dolorosa dor a deglutição . '• ; Complicações # # # # # febre reumática glomerulonefrite aguda sinusite mastoidite otite Tratamento # repouso # Penicilina e Amoxicilina - 7 - 10 dias OBS: em casos de Estreptococos beta hemolíticos do grupo A, devemos associar a Penicilina com Rifampina. # fracionar a dieta # repouso # aumentar a ingestão hídrica OBS: Tonsileetomia Indicação: hipertrofia das tonsilas com dispneia / crises recorrentes Contra indicações: fenda palatina / infecções agudas do sítio cirúrgico / doenças sistémicas com risco de sangramento. Otite Média Uma das mais prevalentes infecções da infância, incidente na faixa etária de 6 meses a dois anos, sofrendo decréscimo em seguida e aumentando na faixa etária de 5 - 6 anos (idade escolar). Raramente ocorre em crianças acima dos 7 anos de idade. Terminologia I) II) III) IV) Otite Otite Otite Otite Média: inflamação do ouvido médio, sem referência à etiologia ou patogenia; Média Aguda: início rápido de sinais e sintomas, durando cerca de 3 semanas; Média Supurativa: inflamação com coleção de líquidos no ouvido médio; Média Supurativa Crónica: supuração persistente por mais de 6 meses. Etiologia # Streptococcus pneumonie # Haemophilus influenzae # Fumantes passivos: pela obstrução da Tuba Auditiva ("Trompa de Eustáquio"). Enfermeiro - Materno-Infantil II Seiton Cursos Sinais e Sintomas # # # # # # # # irritabilidade dificuldade para sugar 'choro frequente levando a mão à orelha interrupção da mamada com choro. Otalgia Otorréia febre Letargia Realizar Otoscopia é importante para ajudar a diagnosticar antes de supurar, demonstrando tímpano vermelho, imóvel e opaco. Tratamento: # Antibioticoterapia: Amoxicilina, Ampicilina, Sulfonamida, Sulfametoxazol Trimetropin. OBS: Miringotomia Bronquiolite Infecção virai aguda em nível bronquiolar. Ocorre principalmente entre o inverso e a primavera, sendo rara em criai-íÇas acima de 2 anos de idade. Agente causador: Vírus Sincicial Respiratório (VSR) SINAIS E SINTOMAS # # # # # Rinorréia Faringite Tosse e espirros Sibilância Possível infecção auditiva Em casos graves: # Cianose / Taquipnéia (maior que 70 bpm) / Murmúrios diminuídos TRATAMENTO # # # # # alta umidade fornecer líquidos repouso internação nos casos graves Medicações broncodilatadores corticóides sedativos da tosse Uso controverso - RIBAVIRIN: agente antiviral utilizado para VSR Uso: Aerossolizado por Gerador de Aerossol de Pequenas Partículas (GAPP) Forma: Capacete (Oxy Hood), Tenda ou Máscara # Profilaxia de VSR RespiGam: Gamaglobulina Hiperimune PROGNÓSTICO #dura cerca de 3 - 1 0 dias e geralmente é bom. Enfermeiro - Materno-Infantil ' Seiton Cursos Pneumonia Inflamação do parênquima pulmonar. Considerada atualmente como a principal causa de mortalidade infantil no território nacional. Etiologia # Agentes infecciosos: Estreptococos, Haemophilus Pnemococos; # Agentes químicos: inalação de produtos tóxicos; # Broncoaspiração. influenzae, 'Chlamydia tracomatis, Micoplasmas, Sinais e Sintomas gerais: # tosse # febre # Dispneia = taquipnéia (de acordo com a faixa etária) até 2 meses: FR maior que 60 irpm de 2 meses à l ano: FR maior que 40 irpm Demais sinais e sintomas # anorexia # vómitos # diarreia # secreção nasal # ruídos adventícios à ausculta Sinais de Gravidade (basta apresentar um destes) # impossibilidade de beber ou de sugar # desidratação # desnutrição # imunossupressão # convulsão # obstrução nasal em lactentes Condutas Examinar a Criança acordada e calma e observar: => tiragem, estridor, sibilos, presença de gemidos e menores de 2 meses, períodos de apnéia, cianose (observar a língua), exantema do sarampo (observar a pele), distensão abdominal (em lactentes pequenos), verificar a temperatura. Criança menor de 2 meses com tosse ou dificuldade respiratória => a tiragem no lactente pequeno deve ser subcostal e acentuada para se diagnosticar pneumonia => respiração rápida com FR > 60 irpm => qualquer Pneumonia é considerada grave nesta faixa etária Conduta neste caso é de aquecer a criança e encaminhar urgentemente à um hospital. Criança de 2 meses a l ano com tosse ou dificuldade respiratória. => avaliar tosse e dificuldade respiratória => sinal mais característico é a tiragem subcostal ou intercostal =s> outros sinais como: gemidos, batimento de asas do nariz e cianose podemos classificar esse quadro como caso grave. Conduta: referir urgentemente ao hospital, aplicar primeira dose de antibiótico, tratar a febre, tratar a sibilância, iniciar oxigenoterapia. Asma e Bronquite Asma: estreitamento brônquico Bronquite: processo inflamatório nos brônquios Fatores de risco # alérgenos # fumo # substâncias químicas # exercício físico # ar frio Enfermeiro - Materno-Infantil II Seiton Cursos # resfriados e infecções respiratórias # medicações (AINEs, Antibióticos, Betabloqueadores) Sinais e Sintomas # tosse: metálica, irritativa e não produtiva # dispneia # sibilância # agitação # apreensão Tratamento Caso de Sibilos: Asma Brônquica e Bronquite. Sinais: chiado a respiração Conduta: Administrar droga Broncodilatadora: Nebulização com Salbutamol ou Fenoterol - ou através de sprays ou bombinhas. Dose a ser usada: l gota para cada 3Kg/dose, diluídas em 5ml de SF 0,9% Dose máxima recomendada é de 7 ou 8 gotas. Caso não consiga realizar nebulização, pode administrar por VIA SUBCUTÂNEA, Adrenalina 1:1000 na dose de 0,01 ml/Kg/dose. Sinais de Melhora: => Respiração mais fácil => Diminuição ou desaparecimento da Tiragem => Diminuição da Frequência Respiratória => Diminuição dos Sibilos Após Reavaliação definir condutas: => criança com sinais de gravidade: HOSPITALIZAÇÃO => criança que permanece com importante dificuldade respiratória depois do tratamento inicial ou que tenha seu quadro deteriorado após o período de melhora: HOSPITALIZAÇÃO =$ criança com melhoras da dificuldade respiratória: encaminhar tratamento domiciliar por 7 dias: Salbutamol VO 0,lmg/Kg/dose de 8/8 horas Aminofilina VO 5mg/Kg/dose de 6/6 horas Orientação aos pais quanto as IRAs => Quanto aos sinais de gravidade: respiração mais difícil, mais rápida, impossibilidade de deglutir, piora no estado geral. => Sobre o Sono e Repouso: Umidificar o ambiente, evitar atividade física excessiva, evitar uso de cigarros e poluentes de ar perto das crianças, fazer vaporização de tosse rouca ou estridor somente com água => Sobre alimentação e hidratação: lembrar que é natural perda de apetite e que melhora com a cura, manter alimentação normal em pequenas quantidades e intervalos menores, manter a criança sempre sentada ou semi sentada durante a alimentação para evitar aspiração, importante oferecer líquidos, pois previne a desidratação e baixa a temperatura. => Sobre a higiene: não deixar de dar banho ==> Sobre a febre: não é necessário antitérmicos com T<38 °C, a não ser em casos que se tenha convulsão. => Sobre a prevenção de IRAs: Informar sobre imunizações no primeiro ano de vida, evitar que a criança fique exposta em ambientes poluídos por fogo ou fumaça de cigarro, o aleitamento materno ajuda na prevenção, lembrar do aquecimento evitando extremos de temperatura. Assistência e Controle das Doenças Diarreicas Diarreia aguda é uma doença caracterizada pela perda de água e eletrolíticos que resulta em aumento do volume, da frequência das evacuações e diminuição da consistência das fezes, apresentando algumas vezes muco e sangue. Princípios Gerais Geralmente é causada por um agente infeccioso e dura menos de duas semanas; Na maioria das vezes é um processo auto - limitado; Complicações e óbitos são geralmente por desidratação e desnutrição; , • A absorção de sais (eletrolíticos) e glicose se mantém durante a diarreia; A manutenção da alimentação é benéfica, pois impede a deterioração do estado nutricional da criança e permite a regeneração do epitélio intestinal. Enfermeiro - Materno-Infantil II Seiton Cursos Diagnóstico O que perguntar? • Quanto tempo de diarreia, presença de sangue/ sem ou com muco. • História familiar, história de alergia alimentar. Uso de medicamentos. O que observar? • Estadc geral da criança letárgica / inconsciente? Inquieta / irritada? Sinais de Hidratação, Olhos estão fundos? • Oferecer líquido à criança, a criança não consegue beber ou bebe muito mal? Bebe avidamente com sede? Complicações Potenciais Desidratação Caracterizado por urna diminuição dos líquidos e eletrólitos corporais # olhos fundos # sede intensa # mucosas ressecadas # turgor diminuído # enchimento capilar prejudicado # depressão de fontanelas em RN Como avaliar o estado de hidratação do seu paciente Moderada Leve Grave Perda do volume sanguíneo Coloração da pele Elasticidade da pele Mucosas < 50 ml/kg 50 - 90 ml/kg > 90 ml/kg Pálida Acinzentada Mosqueada Diminuída Deficiente Muito deficiente Secas Muito secas Ressecadas Débito urinário Reduzido Oligúria Acentuada oligúria e azotemia Pressão arterial Normal Normal ou diminuída Diminuída Pulso Enchimento capilar Normal ou acentuado < 2 segundos Aumentado 2 - 3 segundos Rápido e filiforme > 3 segundos (Whaley e Wong - Enfermagem Pediátrica, 5a edição, p. 718) Fase de manutenção e reposição Manutenção - Cobrir as perdas normais. Reposição - Compensar as perdas anormais. Medidas Preventivas Aleitamento Materno. • Práticas adequadas do desmame. • Imunização. • Saneamento básico. das mãos. Desnutrição Estado de carência calórico proteica, no qual o organismo apresenta desaceleração (casos leves), interrupção (casos moderados) e involução (casos graves) dos seus parâmetros bioquímicos, funcionais e anatómicos. Um estado nutricional satisfatório depende de: alimentação suficiente, adequada, completa e harmónica. As necessidades de energia e nutrientes variam em função: • Idade. • • • • • Género. Fatores fisiológicos. Intercorrências patológicas. Condições climáticas. Atividade física. Enfermeiro - Materno-Infantil II 10 Seiton Cursos Conceito A OMS define desnutrição como uma variedade de condições patológicas, decorrentes de deficiências de energia e proteínas em variadas proporções, que atingem preferencialmente as crianças sempre agravadas pelas infecções repetidas. Em crianças • Atraso do crescimento e desenvolvimento. • Diminuição da massa muscular e adiposa. • Infiltração gordurosa do fígado. • Lesões de pele. • Alterações enzimáticas. • Diminuição das proteínas séricas. Associação com processos infecciosos estabelecendo um ciclo de reações sinérgicas (componente as resistências mecânicas, diminui a barreira imunológica, aumenta a necessidade de nutrientes). A desnutrição continuei a ser uma das causas mais comuns de morbidade e mortalidade entre as crianças de todo o mundo. A criança tem maior vulnerabilidade na fase de transição alimentar entre os 6 e 24 meses. Avaliação Desnutrição de 1° Grau: deficiência de 10 - 25 % Desnutrição de 2° Grau: deficiência de 25 - 40% Desnutrição de 3° Grau: deficiência superior a 40% do índice de massa corpórea Sendo que a desnutrição de 3° grau pode ser dividida em: Marasmo e Kwashiorkor Marasmo e Kwashiorkor • Meciidas antropométricas. • Historia e exame físico. • Exames laboratoriais. # Marasmo Há desaparecimento de tecido subcutâneo, albuminemia normal ou discretamente baixa Emagrecimento acentuado # Kwashiorkor Caracterizada por edema, lesões de pele e cabelo, esteatose hepática, hipoalbuminemia, diarreia, e ainda, presença de tecido celular subcutâneo Tratamento 1. Inicial a) Tratar e prevenir hipoglicemia e hipotermia; b) Tratar e prevenir desidratação e restaurar o equilíbrio hidroeletrolítico; c) Tratar choque céptico; d) Começar a alimentar a criança; e) Tratar infecção. Aleitamento Materno Fisiologia da Lactação Gestação: aumento de estrogênio, progesterona, prolactina e lactógeno placentário que promove contínuo desenvolvimento alvéolo-lobular da glândula. Saída da placenta: diminuição da progesterona e consequente produção de leite. Manutenção da produção de leite: depende da prolactina e do esvaziamento mamário. Sucção: liberação da prolactina (adenohipófise) e da ocitocina (neurohipófise). Reflexo da Prolactina: decorre, obrigatoriamente da sucção. Reflexo da Ejeção: (descida do leite): tem, também componente psicossomático, podendo ser inibido pelo stress ou dor e estimulado pela visão ou choro do bebé. Apojadura: ocorre entre 2 dias a l semana, (no geral - até 72 horas após o parto) Sucção mais frequente: apojadura mais precoce Enfermeiro - Materno-Infantil II Seiton Cursos Componentes do Leite Materno # Ácidos Graxos: Propriedades antiviral, antibacteriana e antiprotozário # Fator Bífidus: Glicosamina que promove crescimento do Lactobacillus e bifidobactérias: reduz o pH das fezes; inibe o crescimento de bactérias gram - (Salmonella, cepas de E. Coli), Shigella. # Fibronectina: Estimula a atividade fagocitária dos macrófagos não ativados; estimula a migração de neutrofilos e monócitos do sangue aos tecidos; presente em grande quantidade no colostro. # Linfócitos B: Produzem anticorpos específicos contra inúmeros patógenos. # IgA secretória: Recobre mucosas intestinal e respiratória, tornando-as impermeáveis a patógenos. Possui elevada especificidade antigênica, representa 90% das Ig do leite humano. # Lactoferrina: Glicoproteina que se liga ao ferro, competindo com microorganismos ferro dependentes; possuindo propriedades antiinflamatórias e atividade bacteriostática contra E. Coli, S. aureus e Cândida; junto com IgA tem atividade bactericida. # Linfócitos T: Destroem microorganismos por ação citotóxica e tem importante atividade antiinflamatória. Produzem substâncias que estimulam o sistema imunológico: interferon, linfocinas, interleucinas e fatores de quimiotaxia. .# Lisozima: Em associação com lactoferrina tem atividade bactericida e antiinflamatória; atua destruindo a parede celular das bactérias. # Macrófagos: Ação fagocitária sobre as bactérias do T.G.I.; produzem de lisozimas, lactoferrina, complemento, e ativam outros componentes do sistema imunológico. # Mucinas: Ligam-se a microorganismos ( principalmente E. coli), reduzindo a capacidade de aderir à superfície das mucosas. # Neutrofilos: fagocitam bactérias do T.G.I. # Oligossacarídeos: Propriedade antiinflamatória. Aderem a microorganismos, reduzindo a capacidade de agredir mucosas; protegem contra diarreia nas crianças colonizadas por bactérias patogênicas; interferem na capacidade de agressão de H. influenzae, S. pneumoniae e E. coli. Técnica correta de amamentação # mãe em posição confortável # Rn com o abdome voltado para o abdome da mãe # local tranquilo # Rn com a boca bem aberta e lábio inferior voltado para fora # aréola mamaria mais visível na porção superior Benefícios do Aleitamento Materno Para a mãe # Realização feminina. # É um direito e não uma obrigação. # Proteção contra anemia. # Volta a estado físico anterior mais rápida. # Menor taxa de câncer de mama. # Efeito contraceptivo. # Proteção pela legislação. # Forma prática de alimentar a criança. Para a criança # Aleitamento materno exclusivo, completo até os seis meses de vida. # Todos os nutrientes. # Proteção contra obesidades, hipertensão, diabetes, desnutrição, doenças alérgicas, anemia ferropriva, hipocalcemia, acrodermatite e morte súbita. # Proteção contra a diarreia. # Proteção contra infecções respiratórias, otites, ITU, enterocolites necrotizantes # Benefício para a relação humana entre mãe e filho. # Desenvolvimento neuropsicomotor a contento. Para a Sociedade # Menos gasto com doenças. # Menos crianças desnutridas. # Menos óbitos. Problemas mais comuns na amamentação # ingurgitamento mamário # fissuras # impossibilidade de amamentação Enfermeiro - Materno-Infantil II 12 Seiton Cursos Incentivo ao aleitamento materno e preparo para o desmame: Vantagens do aleitamento Materno segundo o Ministério da Saúde: é o melhor alimento para o bebé; é de wkil digestão; protege o bebé contra várias doenças; transmite amor e carinho, fortalecendo a relação entre mãe e filho; não precisa coar, ferver, nem esfriar; está sempre pronto, em qualquer hora e lugar, na temperatura ideal; é de graça; reduz o risco de câncer de mama e ovário. 10 Passos para obter sucesso no aleitamento materno Passo I. ACREDITE QUE NÃO EXISTE LEITE FRACO. Todo leite é forte e adequado para o melhor crescimento e desenvolvimento de bebé até 4-6 meses de vida. Não precisa dar outro alimento. No primeiro dia, a produção de leite é pequena. Esse leite, chamado colostro, é transparente ou amarelado, tem alto valor nutritivo e age como uma vacina, protegendo-o contra doenças. Passo 2. SAIBA QUE QUANTO MAIS O BEBÉ MAMA, MAIS LEITE VOCÊ PRODUZ. Começar a mamar desde a sala de parto facilita a descida mais rápida do leite. Dê os dois peitos a cada mamada. Passo 3. COLOQUE O BEBÉ NA POSIÇÃO CORRETA PARA MAMAR. O bebé deve estar em posição de poder abocanhar não só o mamilo (bico do peito), mas grande parte da aréola (parte escura do peito), com o corpo totalmente voltado para a mãe (barriga com barriga). Passo 4. CUIDE ADEQUADAMENTE DAS MAMAS. Para evitar rachaduras, não lave os mamilos antes e depois das mamadas. Basta o banho diário, o próprio leite protege a pele, evitando infecções. Não use pomadas nem cremes. A exposição das mamas ao sol durante 15 minutos pela manhã também ajuda a prevenir rachaduras. Passo 5. RETIRE LEITE QUANDO FOR NECESSÁRIO (ORDENHA). Evite que a mama fique muito cheia e pesada. Se isto acontecer, lave bem as mãos, faça massagens circulares com as pontas dos dedos, pressionando as mamas do mamilo para a base. Depois, coloque os dedos onde termina a aréola e aperte com cuidado até o leite sair. Guarde o leite em frasco fervido por dez minutos, na geladeira (24 horas) ou freezer (15 dias) ou doe a um Banco de Leite Humano. O leite deve ser dado de copinho ou colher, quando a mãe não estiver em casa. Passo 6. NUNCA USE BICOS, CHUPETAS, CHUQUINHAS OU MAMADEIRAS. Esses objetos devem ser evitados, pois os bebés podem largar o peito. Passo 7. TOME LÍQUIDO, ALIMENTE-SE E DESCANSE SEMPRE QUE POSSÍVEL. Passo 8. SÓ TOME MEDICAMENTOS COM ORDEM MÉDICA. Passo 9. CONTINUE A AMAMENTAÇÃO, SE POSSÍVEL, ATÉ OS 2 ANOS DE IDADE. Recomenda-se que todo bebé deve ser amamentado exclusivamente no peito até 4-6 meses de vida e continuar mamando até os 2 anos de idade, ao mesmo tempo em que são introduzidos novos alimentos adequados para a criança. Passo 10. CONHEÇA OS DIREITOS DA MÃE TRABALHADORA: licença gestante de 120 dias; a dois descansos remunerados de meia hora por dia, quando retornar ao trabalho, para amamentar seu filho até 6 meses de idade; a berçários ou creches nos locais de trabalho, sempre que a empresa tiver 30 ou mais mulheres trabalhando. Crescimento e Desenvolvimento Objetivos # Fatores integrados # Tabelas # Gráficos antropométricos # Critérios de normalidade # Monitorização FATORES DO CRESCIMENTO # Genéticos (herança) # Hormônio do crescimento ou somatotrofina # Somatomedinas # Hormônio liberador de tireotrofina # Ambiental ou extrínseco # Nutrição # Estimulação biopsicossocial # Doenças # Atividade física Enfermeiro - Materno-Infantil II 13 S eito n Cursos AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA # Pesar criança sem roupa, avalia tecido muscular, ósseo, adiposo e a água corporal. Sensível aos agravos agudos # Medir a criança descalça,indicador do crescimento linear (ósseo) e se altera nos agravos crónicos. # Perímetro cefálico indica problemas no desenvolvimento cerebral pois tem relação direta com o crescimento do encéfalo MONITORIZAÇÃO Medidas sequenciaisAcompanhar no gráficoCurva ascendente (considerado bom), mantida (considerado perigo) ou descendente (considerado grande perigo)Avaliar peso/idade, altura /idade e peso/altura CRESCIMENTO ESPERADO AO ANO # 0-1 ano - 25 cm # 15 cm até 6m # 10 cm de 6m a 12 m # 1-2 anos - 10-12cm # 3-5 anos - 7 cm/ano # Até a puberdade - 5-6 cm /ano EVOLUÇÃO DO PESO # perda de 10% do nascimento até 3 dias e recuperação até 10 dias # Ganho de 20 gramas por dia até 3 meses # Dobra com 5 m e triplica com l ano RN baixo peso # Considerar a idade corrigida a partir de 40 semanas # Peso até 24 meses # Comprimento até 3 anos # Perímetro cefálico até 18 meses BAIXA ESTATURA Baixa estatura intrínseca Familiar RCIU Infecções congénitas Doenças genéticas Desnutrição pregressa Atraso constitucional do Crescimento Crescimento atenuado Privação alimentar Patologia de base 5% por problemas endocrinológicos apenas Doenças ósseas ou genéticas Carência psicossocial Malformações fenotípicas Adolescência / Puberdade Fenómeno que não pode ser estudado dissociadamente;Tendência Universal Adolescência- Caracterizada por crescimento e desenvolvimento biopsicossocial marcante. Início - Indeterminado, podendo preceder ou suceder a puberdade. Término - Difícil também de determinar. Obedece a fatores sócio culturais. Puberdade: Caracterizada pelo componente biológico das transformações próprias da adolescência. # Início: Sexo Feminino - Geralmente entre 9 e 13 anos # Início - Sexo Masculino - Geralmente entre 10 e 14 anos # Término- Geralmente em torno de 18 anos- Parada do crescimento físico (soldadura das cartilagens de conjugação das epífises dos ossos longos)- Amadurecimento gonadal Modificações Pubertárias # Estirão de crescimento pondero - Estatural # Desenvolvimento do aparelho reprodutor (gônadas, órgãos de reprodução e caracteres sexuais secundários) # Mudanças da composição corporal em relação à quantidade e distribuição de gordura, crescimento do esqueleto e da musculatura. Enfermeiro - Materno-Infantil II 14 Seiton Cursos # Desenvolvimento do sistema cárdio-respiratório, predominantemente no sexo masculino, com desenvolvimento da força e resistência.OBS: Durante a puberdade os adolescentes ganham de 20 a 25% de sua altura final e 50% do seu peso adulto. Fases do Estirão Puberal # Fase de crescimento estável: 4~6cm/ano# Fase de aceleração do crescimento: A velocidade aumenta gradativamente até atingir um máximo. Pico de velocidade de crescimento # Meninas: entre 11 e 12 anos - 8 - 9 cm/ano# Meninos: entre 13 e 14 anos - 10 cm / ano Estirão do Crescimento Pondero-Estatural # Fase de desacéleração do crescimento: Término do crescimento e alcance da altura final # Meninas: entre 15 e 16 anos # Meninos: entre 17 e 18 anos índices Antropométricos Mais Utilizados Na Adolescência # Altura para a idade # Peso para a idade # Peso para a altura # índice de massa corporal (IMC) Outros índices # Perímetro Braquial # Prega cutânea Bicipital # Prega Cutânea Tricipital # Prega Cutânea Subescapular Desenvolvimento do Aparelho Reprodutor Sexo Feminino # Broto Mamário (Telarca) # Pelos Pubianos (Pubarca) # Concomitante ao desenvolvimento mamário ocorre o desenvolvimento do útero, trompas, vagina e vulva. # O crescimento ovariano (crescimento linear) já vem ocorrendo desde a fase pré-adolescente # Os pelos axilares se desenvolvem mais tardiamente (Axarca): aos 10,4 anos # A 1a menstruação (Menarca): ocorre mais na fase de desacéleração do crescimento. As adolescentes crescem em média 6 cm (3-llcm) durante 2-3 anos após a menarca. Sexo Masculino # 1a manifestação: crescimento dos testículos e desenvolvimento do saco escrotal - 10,9 anos - geralmente não é percebido pelo adolescente # Desenvolvimento dos pelos pubianos: 11,3 anos # Crescimento peniano: 12,3 anos - é sempre percebido pelo adolescente # Pelos axilares, faciais e restante do corpo, glândulas sudoríparas - 12,9-14,5 anos # 1a ejaculação (espermarca ou semenarca) - em média aos 12,8 anos. Coincide na maioria das vezes com a aceleração do crescimento. # Mudança de voz: ocorre por estimulação androgênica com consequente aumento da laringe. # Ginecornastia Puberal: ocorre em 1/3 dos adolescentes - pode ocorrer em curto espaço de tempo (1-6 meses), com regressão espontânea em 6-18 meses na maioria dos casos. Enfermeiro - Materno-Infantil II 15 Seiton Cursos Referências Bibliográficas: BRASIL. Lei 8069 de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Políticas de Saúde. Saúde da Criança. Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Brasília, 2002. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa Saúde do adolescente. Bases programáticas. 2aedição. Brasília, 1996. CHAGAS FILHO, Gustavo A S das. O cuidar de enfermagem à criança hospitalizada: memória social e representações. 2003.HOp. Dissertação (Mestrado em Enfermagem)- Faculdade de Enfermagem, Universidade do estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2003. SECRETARIA DETESTADO DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Programa de Assistência à Saúde da Mulher, Criança e Adolescente, WHALEY & WONG - Enfermagem Pediátrica - Elementos Essenciais à Intervenção Efetiva. 5a edição. Guanabara Koogan - Rio de Janeiro, 1999. Exercícios 1) Relacione a 1a coluna com a 2a coluna quanto à assistência ao recém nascido no centro obstétrico. 1. Vitamina K 2. Álcool a 70% 3. Nitrato de prata 1% 4. Solução fisiológica 5. Cloridrato de eritromicina ( ( ( ( ( ) é usado no coto umbilical para mumificação ) é usado para prevenir conjuntivite gonocócica e por clamidia ) deverá ser administrado no RN para prevenir doenças hemorrágica ) deverá ser usado na limpeza de lesões cutâneas ) é usado para prevenir conjuntivite gonocócica, mas pode causar conjuntivite química Assinale a sequência CORRETA: (A) 2-5-1-4-3 (B) 5-1-2-4-3 (C) 1-3-4-5-2 (D) 2-5-4-3-1 2) A fototerapia é um tratamento importante na icterícia, já que aumenta, na pele, a degradação da bilirrubina não conjugada em produtos não tóxicos. O enfermeiro deve estar atento aos cuidados com esse tratamento. Assinale a opção que mostra a instalação correta da fototerapia. (A) Retirar toda roupa da criança, posicioná-la a uma distância de 45 a 50 cm da luz, protegendo os olhos do recém-nascido, fazer mudança de decúbito, hidratar, verificar a temperatura e usar óleos e emolientes para evitar o ressecamento da pele. (B) Retirar toda a roupa da criança, posicioná-la a uma distância de 20 cm da luz, proteger os olhos do recém-nascido, fazer mudança de decúbito, observar característica da pele e não usar óleo na higiene da criança. (C) Retirar toda a roupa da criança, posicioná-la a uma distância de 40 a 60 cm da luz, proteger os olhos do recém-nascido, fazer mudança de decúbito, hidratar e verificar a temperatura. (D) Retirar toda a roupa da criança, posicioná-la a uma distância de 20 cm da luz, proteger os olhos do recém-nascido, fazer mudança de decúbito, observar características da pele usar óleo e emolientes para evitar o ressecamento da pele. Enfermeiro - Materno-Infantil II 16 v Seiton Cursos 3) A amamentação natural é o modo mais prático, seguro e económico de alimentar a criança pequena. O leite humano é um alimento complexo e essencial, com a capacidade de adaptar-se às mudanças e necessidades nutricionais, imunológicas e afetivas do bebé. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta. (A) O uso de chupeta no período de apojadura ajuda na deglutição de enzimas presentes na saliva e evita perdas energéticas do bebé. (B) A toxoplasmose não contra-indica a amamentação, pois não é transmitida pelo leite humano. (C) É indicada a amamentação cruzada quando existe a contra-indicação da amamentação materna. (D) Não existe contra-indicação para a mãe portadora de HIV amamentar, pois o vírus não é transmitido pelo leite materno. 4) A maternidade Municipal entrou em contato com a Unidade Básica de Saúde (DBS) de uma determinada área de abrangência, informando que a Sra. Patrícia tinha recebido alta naquele dia e apresentava risco para desmame precoce, devido à presença de fissura, ingurgitamento mamário e insegurança quando à qualidade do leite materno. A enfermeira da DBS delega ao técnico uma visita domiciliar e o orienta sobre a importância da sequência do atendimento a ser realizado. Assinale a alternativa que apresenta o atendimento correto: (A) Suspensão do aleitamento materno até agendamento do consulta em clinica especializada em aleitamento materno, exame físico das mamas, exame do bebé e retorno à UBS em 15 dias. (B) Orientação sobre as vantagens do aleitamento materno, tratamento da fissura e ordenha mamaria, observação da mamada e reforça a retorno em um mês. (C) Levantamento da história de amamentação de mãe, ouvir as dúvidas e queixas da mãe, observar a mamada, realizar as orientações pertinentes e marcar retorno em dois dias. (D) Orientação sobre ordenha das mamas, técnicas de administração de leite de vaca pelo copinho e banho de sol em aréola e mamilo, com retorno em dois dias para reavaliação. 5) A injeção de vitamina K rotineiramente integra os cuidados imediatos ao recém-nascido. Sua aplicação encontra-se justificado pela: (A) (B) (C) (D) Ausência de flora intestinal ao nascer. Ausência da fosforilação do tocoferol. Deficiência na absorção de fitomenadiona. Deficiência na conjugação hepática ao nascer. 6) No recém-nascido o início da respiração é a alteração fisiológica mais crítica, imediata e necessária. Os estímulos que ajudam a desencadear a primeira respiração são: (A) Térmicos, decorrentes da transição de um ambiente aquecido para outro relativamente mais frio, provocando impulsos químicos. (B) Químicos desencadeados principalmente pela elevação de oxigénio e do ph e elevação do dióxido de carbono, e por impulsos sensoriais da pele. (C) Químicos desencadeados principalmente pela elevação de oxigénio e do ph e elevação do dióxido de i.arbono, e por impulsos sensoriais da pele que são transmitidos ao centro respiratório. (D) Químicos, entre os quais cita-se a diminuição de oxigénio e do ph e elevação do dióxido de carbono e por estímulos térmicos desencadeados pelo súbito calafrio. 7) Nos serviços de saúde, durante o atendimento a crianças entre 2 meses e 5 anos de idade, independente do problema referido pelo responsáveis, cinco sintomas classificados como sinais gerais de perigo deverão ser obrigatoriamente investigados. Esse sintomas são: (A) (B) (C) (D) tosse, constipação intestinal, conjuntivite, prurido e coriza nasal; diarreia, lesão de pele, flatulência, soluço e febre; tosse ou dificuldade para respirar, diarreia, febre e problema de ouvido; equimoses, escotomas, prurido, pirose, regurgitação e vómitos; Enfermeiro - Materno-Infantil II 17 Seiton Cursos 8) Um lactente de 10 meses foi avaliado pelo enfermeiro de um posto de saúde, cuja queixa principal referida pelos pais era de febre, vómitos e diarreia com aproximadamente 12h de duração. Os pais relatam ainda que o lactente apresentou três vezes mais evacuações do que o habitual e as fezes eram de consistência aquosa. Após exame inicial do lactante, constatou-se que ele estava com desidratação leve. Neste caso a intervenção mais adequada do enfermeiro seria: (A) recomendar aos pais que façam a reposição das perdas hídricas oferecendo somente suco de frutas e adiem a reintrodução dos alimentos por 48h (B) administrar medicações antidiarreicas (C) orientar e demonstrar aos pais como preparar e administrar a solução de reidrataçao oral (SRO) (D) administrar terapia de reposição hídrica intravenosa e manter dieta zero durante 12h 9) Um lactente de 5 semanas de idade com diagnóstico de episódios convulsivos, retorna de uma tcmografia cerebral para sua unidade de internação. Ao avaliar o lactente o enfermeiro percebe que o lactente somente é despertável após estimulação vigorosa, além de apresentar pele e mucosas pálidas. Os sinais vitais deste lactente são: temperatura (35,5°C); pulso (110 bpm); respiração (20 irpm), pressão arterial (82/40 mmHg), saturação de oxigénio (95%). O peso do lactente é de S.OOÒg e recebeu SOOmg de hidrato de cloral antes de realizar o exame. Durante o exame o lactente recebeu mais 250mg de hidrato de cloral sabendo-se que a dose deste medicamento é de 75-100 mg/kg de poso para crianças com menos de 10 kg, indique a intervenção de enfermagem mais adequada nesta situação: (A) (B) (C) (D) monitorar os sinais vitais e cobrir o lactente colocar um aquecedor radiante sobre o lactente e notificar o médico err.cminhar urgentemente o lactente para uma unidade de cuidado intensivo aguardar o término do efeito medicamentoso deixando que o lactente durma 10) Considerando-se as principais causas de morbidade e mortalidade infantil no país, as linhas de cuidado que devem ser priorizadas nas ações de saúde dirigidas à atenção da criança conforme previsto na "agenda de compromissos para a saúde integral da criança e redução da mortalidade infantil" são. EXCETO: (A) acompanhamento do recém-nascido de risco (B) acompanhamento do crescimento e desenvolvimento e imunização (C) promoção do aleitamento materno e alimentação saudável; atenção aos distúrbios nutricionais e anemias carenciais (D) saúde mental 11) Quando uma criança, entre 2 e 8 anos de idade, apresenta um quadro de ganho ponderai evolutivo, edema generalizado, irritabilidade, diminuição do débito urinário sem hematúria macroscópica, com palidez, fadiga e exames laboratoriais que acusam proteinúria maciça e hipoalbuminemia, qual o provável diagnóstico? (A) (B) (C) (D) Glomerulonefrite aguda; Pielonefrite; Uropatia obstrutiva; Síndrome nefrótica; 12) As afirmativas abaixo referem-se a avaliação física do recém-nascido(RN). Coloque entre parênteses a letra V, quando se tratar de uma afirmativa verdadeira, e a letra F quando a afirmativa for falsa. A seguir, marque a alternativa que contém a sequência correta: ( ( ( ( ) ) ) ) (A) (B) (C) (D) São poucos os RN completamente róseos no primeiro minuto do nascimento. No índice de APGAR, pontuações de 4 a 6 indicam dificuldade severa. A frequência cardíaca do RN será considerada lenta quando estiver abaixo de 95bpm. C índice de APGAR baseia-se na observação da frequência cardíaca, esforço respiratório, tônus muscular, irritabilidade reflexa e cor. (V) (V) (F) (F) ; (F) ; ( F) ; (F) ; (v) ; ; ; ; (v) (F) (v) (F) ;(V). ; (v). ; (F). ; (F). Enfermeiro - Materno-Infantil II 18 Seiton Cursos 13) As infecções agudas do trato respiratório são a causa mais comum de doenças na infância. Ao avaliar uma criança de 2 meses a 5 anos, que sinais de gravidade devem ser observados: (A) (B) (C) (D) tosse, com expectoração e dispneia. hipertermia e não conseguir se alimentar. convulsões e não conseguir mamar ou beber. tosse seca e hipertermia. 14) Ao realizar a avaliação imediata do recém-nascido, na sala de parto, o enfermeiro observa que a criança apresenta frequência cardíaca de 90bpm, choro, movimento ativo, tosse à introdução do cateter de aspiração na narina e corpo rosado com extremidades azuladas. A nota do índice de Apgar que será atribuída é: (A) 10. : : (B) 9. (C) 8. (D) 7. 15) É comum o enfermeiro que atua em maternidades encontrar recém-nascidos com presença de icterícia fisiológica provocando por imaturidade do: (A) (B) (C) (D) Fígado em produzir as transaminases hepáticas, dificultando a eliminação de bilirrubina direita. Fígado em produzir quantidade suficiente de glicuroniltransferase, responsável por formar bilirrubina direta. Sistema hematopoético produzindo deficiência na quantidade de celular brancas e vermelhas. Sistema hematopoético em produzir substâncias capazes de manter a concentração de ideal de hemácias. 16) A exsanguíneotransfusão é um procedimento realizado em recém-nascidos, através do qual pequenas quantidades de sangue são retiradas e respostas, com sangue de doador compatível, até que seja reposto volume de troca igual a um ou dois volumes sanguíneos. Uma das finalidades desse procedimento é: (A) (B) (C) (D) Aumentar os níveis de bilirrubina no sangue. Reduzir os fatores de coagulação. Tratar as doenças cardíacas. Corrigir anemias severas. 17) O enfermeiro pode prevenir alterações metabólicas no neonato controlando fatores ambientais. O cuidado voltado para a manutenção do equilíbrio térmico visa à prevenção de: (A) (B) (C) (D) Hipoglicemia. Hipercalemia. Hiponatremia. Hipercalcemia. 18) Uma das medidas mais simples e eficaz no combate a diarreia temos: (A) administrar soro fisiológico por via venosa (B) manter as crianças em isolamento entérico (C) fornecer dieta parenteral (D) fornecer soro oral 19) As doenças diarréicas são bastante frequentes na infância. Dentre as medidas de prevenção deste agravo, pode - se citar: (A) uso de antibióticos (B) hidratação venosa (C) aleitamento materno (D) terapia de reidratação oral Enfermeiro - Materno-Infantil II 19 Seiton Cursos 20) A mãe traz seu filho ao ambulatório um menino de três anos, com história de febre, coriza, lacrimejamento, fotofobia e tosse seca há 4 dias. A febre tornou - se mais elevada nas últimas 24 horas e houve aparecimento de manchas na pele. No exame físico da criança você constata febre de 39°C, prostração, irritabilidade ao manuseio e exantema maculopapular em região retroauricular, pescoço, face e tronco. Orofaringe hiperemiada e adenomegalia cervical. A sua hipótese diagnostica é de: (A) (B) (C) (D) rubéola sarampo escarlatina exantema súbito Gabarito 1 A 2 3 4 5 Ê 7 8 9 10 C B C A D C C A D ^ 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Enfermeiro - Materno-Infaníil II D B C C B D A D C B 20