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Apostila Forma, Espaço E Ordem

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Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura ARQUITETURA FORMA, ESPAÇO E ORDEM Professora: Elaine Garrido Vazquez e-mail: [email protected] Monitora: Luciana de Oliveira Amancio e-mail: [email protected] -1- Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura Glossário 1.1. FORMA ESPAÇO E ORDEM .................................................................................................................... 4 1.2. FORMA E ESPAÇO ................................................................................................................................... 4 1.3. ANÁLISE GRÁFICA................................................................................................................................... 4 1.4. OBJETO ARQUITETÔNICO E QUALIDADES FORMAIS........................................................................ 4 1.5.1. CONTEXTO – CONCEPÇÃO ............................................................................................................. 5 1.6. ELEMENTOS PRIMÁRIOS ........................................................................................................................ 6 1.6.1. PONTO ................................................................................................................................................ 6 1.6.2. RETA................................................................................................................................................... 6 1.6.3. PLANO ................................................................................................................................................ 7 1.6.3.1. PLANO DE BASE ....................................................................................................................... 7 1.6.3.2. PLANO DAS PAREDES ............................................................................................................. 8 1.6.3.3. PLANO DE TETO........................................................................................................................ 8 1.6.4. VOLUME ............................................................................................................................................. 9 1.7. FORMA....................................................................................................................................................... 9 1.8. FORMATO................................................................................................................................................ 10 1.9. FIGURAS PRIMÁRIAS ............................................................................................................................ 10 1.9.2. SÓLIDOS PRIMÁRIAS ..................................................................................................................... 11 1.10. FORMAS REGULARES E IRREGULARES.......................................................................................... 12 1.10.1. TRANSFORMAÇÃO DA FORMA................................................................................................... 12 1.10.2. TRANSFORMAÇÃO ....................................................................................................................... 13 1.10.3. COMENTÁRIOS DE LE CORBUSIER A RESPEITO DA FORMA ................................................. 13 1.10.4. COLISÕES FORMAIS DE GEOMETRIA........................................................................................ 13 1.11. FORMA E ESPAÇO ............................................................................................................................... 14 1.11.1. FUNDO E FIGURA .......................................................................................................................... 14 1.11.2. ARQUITETURA .............................................................................................................................. 15 1.11.2.1. FORMA E ESPAÇO CIRCUNDANTE – FIGURA (+) E FUNDO (-) ....................................... 15 1.11.3. ELEMENTOS HORIZONTAIS DEFININDO O ESPAÇO ................................................................ 16 1.11.3.1. PLANO DE BASE ................................................................................................................... 16 1.11.3.2. PLANO DE BASE ELEVADO ................................................................................................. 16 1.11.3.3. PLANO DE BASE REBAIXADO............................................................................................. 17 1.11.3.4. PLANO SUPERIOR................................................................................................................. 18 1.11.3. ELEMENTOS VERTICAIS DEFININDO O ESPAÇO...................................................................... 18 1.11.3.1. ELEMENTOS RETILÍNEOS VERTICAIS................................................................................ 19 1.11.3.2. PLANO VERTICAL ÚNICO..................................................................................................... 19 1.11.3.3. PLANO EM FORMA DE L....................................................................................................... 20 1.11.3.4. PLANOS PARALELOS........................................................................................................... 20 1.11.3.5. PLANO EM FORMA DE U ...................................................................................................... 20 1.11.3.6. QUATRO PLANOS FECHAMENTO....................................................................................... 21 1.12. ABERTURAS EM ELEMENTOS DEFINIDORES DE ESPAÇO ........................................................... 21 1.12.1. POSSIBILIDADES DE ABERTURA ............................................................................................... 21 1.12.2. QUALIDADE DO ESPAÇO ARQUITETÔNICO.............................................................................. 22 1.12.3. GRAU DE DELIMITAÇÃO .............................................................................................................. 22 1.12.4. LUZ.................................................................................................................................................. 23 1.12.5. VISTA .............................................................................................................................................. 23 1.13. ORGANIZAÇÃO DA FORMA E DO ESPAÇO ...................................................................................... 24 -2- Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.13.1. ORGANIZAÇÃO ............................................................................................................................. 24 1.13.2. ORGANIZAÇÃO DA FORMA E DO ESPAÇO................................................................................ 24 1.13.2.1. ABSORÇÃO - ESPAÇO DENTRO DE UM ESPAÇO ............................................................ 24 1.13.2.2. INTERPENETRAÇÃO - ESPAÇOS INTERSECCIONAIS...................................................... 24 1.13.2.3. JUSTAPOSIÇÃO - ESPAÇOS ADJACENTES ...................................................................... 25 1.13.2.4. CONEXÃO - ESPAÇOS LIGADOS POR UM ESPAÇO COMUM.......................................... 25 1.13.3. TIPOS DE ORGANIZAÇÃO ............................................................................................................ 26 1.13.3.1. ORGANIZAÇÃO CENTRALIZADA ........................................................................................ 26 1.13.3.2. ORGANIZAÇÃO LINEAR ....................................................................................................... 26 1.13.3.3. ORGANIZAÇÃO RADIAL ....................................................................................................... 27 1.13.3.4. ORGANIZAÇÃO AGLOMERADA .......................................................................................... 27 1.13.3.5. ORGANIZAÇÃO MALHA........................................................................................................ 27 1.13.3.6. ORGANIZAÇÃO ESPACIAL................................................................................................... 28 1.13.4. GÊNESE DA FORMA ARQUITETÔNICA....................................................................................... 28 1.13.5. DEMARCAÇÃO DO ESPAÇO:....................................................................................................... 29 1.13.5.1. METRO PADRÃO ................................................................................................................... 29 1.13.5.1.1. OUTROS SISTEMAS DE REFERÊNCIA ......................................................................................... 29 1.13.6. PRINCÍPIOS DA ORDEM................................................................................................................ 29 1.13.6.1. EIXO......................................................................................................................................... 30 1.13.6.2. SIMETRIA................................................................................................................................ 30 1.13.6.3. HIERARQUIA .......................................................................................................................... 30 1.13.6.4. RITMO...................................................................................................................................... 31 1.13.6.5. DADO....................................................................................................................................... 31 1.13.6.6. TRANSFORMAÇÃO ............................................................................................................... 31 1.13.7. TRAÇADOS REGULARES............................................................................................................. 32 1.13.8. ESCALA E PROPORÇÃO .............................................................................................................. 32 1.13.8.1. TEORIAS DA PROPORÇÃO .................................................................................................. 32 1.13.8.1.1. SEÇÃO ÁUREA ............................................................................................................................... 33 1.13.8.1.1.1. SEÇÃO ÁUREA E SÉRIE DE FIBONACCI .............................................................................. 34 1.13.8.1.2. ORDENS CLÁSSICAS ..................................................................................................................... 34 1.13.8.1.3. TEORIAS RENASCENTISTAS ........................................................................................................ 34 1.13.8.1.4. MODULO .......................................................................................................................................... 35 1.13.8.1.5. KEN .................................................................................................................................................. 36 1.13.8.1.6. ANTROPOMETRIA .......................................................................................................................... 37 1.13.8.1.7. ESCALA ........................................................................................................................................... 37 -3- Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.1. FORMA ESPAÇO E ORDEM Projeto de Arquitetura: Concepção em resposta a um conjunto de condições existentes. • Natureza funcional; • Condicionante social política e econômica; Estudo dos elementos e princípios essenciais. A forma e o espaço não são apresentados como fins, mais como meio para solucionar um problema em resposta às condições funcionais da arquitetura. 1.2. FORMA E ESPAÇO É possível estabelecer uma analogia com a maneira como precisamos conhecer, e compreender o alfabeto antes que possamos formar palavras e desenvolver um vocabulário. De maneira semelhante temos que conhecer os elementos básicos da forma e do espaço e entendermos como podem ser manipulados no desenvolvimento de um projeto arquitetônico. 1.3. ANÁLISE GRÁFICA Visão geral dos elementos, sistemas e organizações básicas que compõe uma obra arquitetônica. Os elementos se inter-relacionam para formarem um todo integrado. ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE UMA EDIFICAÇÃO: • Sistema Espacial: Integração tridimensional dos elementos e espaços acomoda funções múltiplas da casa. • Sistema Estrutural: As vigas e as lajes se apóiam numa malha de colunas. • Sistema de Delimitação: Quatro planos de paredes externas definem um volume retangular. • Sistema de Circulação: A escada e a rampa ligam os três níveis. 1.4. OBJETO ARQUITETÔNICO E QUALIDADES FORMAIS Utilizados na forma de analise gráfica, estes desenhos visam decompor exemplos significativos de objetos arquitetônicos tendo como interesse principal a compreensão de suas qualidades formais; -4- Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura A análise gráfica visa decompor objetos arquitetônicos, tendo como interesse principal a compreensão de suas qualidades formais. Aspectos fundamentais de uma edificação. 1.5.1. CONTEXTO – CONCEPÇÃO 1 - Forma externa simples. 2 - Organização interna complexa (formas e espaços). 3 - Elevação do pavimento principal (vista melhor e evita umidade do solo). 4 - Terraço jardim – distribui a luz do sol aos espaços ao seu redor. -5- Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.6. ELEMENTOS PRIMÁRIOS “Toda forma pictórica começa com o ponto que se coloca em movimento... O ponto se move... e a reta nasce – a primeira dimensão. Se a reta se desloca para forma um plano, obtemos um elemento bidimensional. No movimento do plano para espaços, o encontro de planos dá surgimento ao corpo (tridimensional)...” Elementos primários da forma na ordem de seu desenvolvimento desde o ponto até uma reta unidimensional, e de um plano a um volume tridimensional. Cada elemento é primeiramente considerado como um elemento conceitual e, a seguir, como um elemento visual no vocabulário do projeto arquitetônico. 1.6.1. PONTO Indica uma posição no espaço. Conceitualmente, não em comprimento, largura ou profundidade, e é, portanto estático, centralizado e sem direção. Embora um ponto teoricamente não tenha formato, ele começa a se fazer sentir quando situado dentro de um campo visual. Um ponto não tem dimensão. Qualquer elemento colunar é visto no plano como um ponto e, portanto, conserva a característica visual de um ponto. 1.6.2. RETA Transladando-se um ponto obtém-se a reta com propriedades: comprimento, direção e sentido, porém não tem largura. Expressa direção, movimento e desenvolvimento. Podemos observar elementos retilíneos verticais, como as colunas, os obeliscos e as torres. -6- Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.6.3. PLANO Transladando-se uma reta obtém-se um plano com propriedades: comprimento, largura, formato, superfície, orientação e posição. Porém não tem profundidade. Propriedades suplementares: cor, padrão e textura; Três tipos genéricos de planos – plano de base, plano das paredes e plano superior; 1.6.3.1. PLANO DE BASE Plano de Base – Plano de Solo, Fundação Física O edifício pode fundir-se como plano de solo, assentar-se firmemente sobre ele ou elevar-se acima dele. Exemplos: Machu Picchu, templos e igreja. Um plano de solo pode ser manipulado para se estabelecer uma base para a edificação. • Elevado a fim de um significado (proteção e sagrado). • Escavado a fim de proporcionar uma plataforma apropriada sobre a qual construir. • Escalonado para permitir que mudanças na elevação sejam facilmente atravessadas. PLANO DE BASE ASSENTADO SOB O SOLO PLANO DE BASE ASSENTADO SOBRE O SOLO PLANO DE BASE ELEVADO -7- Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.6.3.2. PLANO DAS PAREDES • Paredes externas: isolam uma porção do espaço para criar um ambiente interior controlado. Privacidade e proteção. Dão contorno ao espaço exterior e descrevem forma, massa e imagem de um edifício no espaço. Exemplos: frente, lateral, fundos de edifícios. • Paredes internas: governam o tamanho e formato dos espaços internos ou cômodos dentro de um edifício. Privacidade e barreira ao nosso movimento. PAREDES EXTERNAS PAREDES INTERNAS 1.6.3.3. PLANO DE TETO Enquanto caminhamos sobre o piso e temos contato físico com as paredes, o plano de teto se encontra normalmente fora do nosso alcance (elemento visual). Pode ser o lado inferior de um piso superior ou plano de cobertura. Plano de cobertura = elemento de abrigo essencial que protege o edifício dos efeitos climáticos. PLANO DE COBERTURA -8- Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.6.4. VOLUME Volume - transladando-se um plano obtém-se um volume com propriedades: comprimento, largura, profundidade, forma, espaço, superfície, orientação e posição. Como elemento tridimensional no vocabulário do projeto arquitetônico, um volume pode ser tanto um sólido (espaço ocupado por massa - edifício) ou vazio (espaço contido por planos – planos das paredes, teto e base). Todos os volumes podem ser analisados como: pontos (vértice), linhas (arestas), e planos (superfície) . 1.7. FORMA A forma arquitetônica é o ponto de contato entre massa e espaço. Características. • Formato - contorno característico. • Tamanho - dimensão física de comprimento, largura e profundidade. • Cor - fenômeno de luz e percepção visual. • Textura - qualidade visual e tátil. • Formato - perfil característico de uma figura plana ou a configuração da superfície de uma forma volumétrica. É o principal meio pelo qual reconhecemos, identificamos e classificamos figuras e formas. -9- Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura FORMATO TAMANHO COR TEXTURA 1.8. FORMATO Perfil característico de uma figura plana ou a configuração da superfície de uma forma volumétrica. É o principal meio pelo qual reconhecemos, identificamos e classificamos figuras e formas. 1.9. FIGURAS PRIMÁRIAS Da geometria sabemos que as figuras regulares são: o círculo é a série infinita de polígonos inscritos nele. Desses polígonos os mais significativos são o círculo, o triângulo e o quadrado. •Círculo – centralizado em seu meio, rotação. Ex anfiteatro. •Triângulo – estabilidade, quando repousa em um dos seus lados ou instabilidade sobre um dos seus vértices. •Quadrado – puro e racional, figura estática e neutra, não tendo nenhuma direção dominante. - 10 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura Podemos observar claramente a influência do triângulo na concepção deste projeto de Wright. 1.9.2. SÓLIDOS PRIMÁRIAS As figuras primárias podem ser ampliadas de modo a gerarem formas volumétricas. Formas regulares: esfera, cilindro, cone, pirâmide e cubo. O famoso museu Guggenheim, projetado por Wright foi criado através da base de um cone. - 11 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.10. FORMAS REGULARES E IRREGULARES Formas Regulares. Formas Irregulares. Composição Irregular de Formas Regulares. Composição Regular de Formas Regulares. Formas Irregulares dentro de um Campo Regular. Formas Regulares dentro de um Campo Irregular. 1.10.1. TRANSFORMAÇÃO DA FORMA Todas as outras formas podem ser entendidas como transformação de sólidos primários. Transformação dimensional – uma forma pode ser transformada ao se alterar uma ou mais de suas dimensões e ainda conservar sua identidade como membro de uma família de formas. Transformação subtrativa – uma forma pode ser transformada ao se subtrair uma porção de seu volume. Transformação aditiva – adição de elementos ao seu volume; - 12 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.10.2. TRANSFORMAÇÃO Formas regulares podem ser transformadas em formas prismáticas semelhantes sendo encurtadas ou alongadas em sua altura, largura ou profundidade. Também podemos observar projetos com uma composição regular a partir de formas regulares. 1.10.3. COMENTÁRIOS DE LE CORBUSIER A RESPEITO DA FORMA Composição Cumulativa. Forma aditiva. Um tipo relativamente fácil. Pitoresca, cheia de movimento. Disciplinada pela classificação e hierarquia Composição Cúbica (Prismas Puros). Muito difíceis de satisfazerem o espírito. Muito fáceis de combinação conveniente. Forma subtrativa. Muito generosa. Na parte externa simplicidade. Na parte interna, todas as necessidades funcionais são satisfeitas. 1.10.4. COLISÕES FORMAIS DE GEOMETRIA • Duas formas podem subverter suas identidades individuais, fundir-se a fim de criar uma nova forma composta. • Duas formas podem receber totalmente uma dentro de seu volume. - 13 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura • As duas formas podem conservar suas identidades individuais e compartilhar a porção interseccional de seus volumes. • As duas formas podem estar ligadas por um terceiro elemento. 1.11. FORMA E ESPAÇO Modo como várias configurações de forma podem ser manipuladas na definição de um espaço isolado e como os padrões afetam a qualidade do espaço definido. UNIDADE DE OPOSTOS Nosso campo visual normalmente consiste em elementos heterogêneos que diferem em formato, tamanho, cor ou orientação. A fim de compreender melhor a estrutura do campo visual, tendemos a organizar seus elementos em dois grupos opostos: • Elementos positivos - percebidos como figura. • Elementos negativos - que atuam como um fundo para as figuras. 1.11.1. FUNDO E FIGURA Às vezes, a relação entre a figura e seu fundo é tão ambígua que transferimos visualmente suas identidades para trás e para frente quase simultaneamente. No entanto, as figuras (elementos positivos) que atraem nossa atenção, não poderiam existir sem um fundo contrastante. - 14 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.11.2. ARQUITETURA Elementos de forma e espaço formam a realidade da arquitetura Depende daquilo que percebemos como sendo elementos positivos, as relações figurafundo das formas de massa e espaço podem ser invertidas. Os edifícios podem constituir formas positivas que definem espaços de rua. Em outras, praças urbanas, pátios parecem elementos positivos vistos contra o fundo da massa arquitetônica circundante. 1.11.2.1. FORMA E ESPAÇO CIRCUNDANTE – FIGURA (+) E FUNDO (-) A. formar uma parede ao longo de uma aresta de seu terreno e definir um espaço externo positivo. B. circundar e delimitar o espaço de um pátio ou átrio dentro de seu volume. C. fundir seu espaço interno com o espaço particular exterior de um terreno murado. D. encerrar uma porção de seu terreno como um recinto externo. E. situar-se como um uma forma distinta no espaço e dominar seu terreno. F. estender-se e exibir uma ampla fachada a um elemento de seu terreno. G. situar-se solto dentro de seu terreno, porém fazer com que espaços exteriores constituam uma extensão de seus espaços interiores. H. situar-se como uma forma positiva em um espaço negativo. - 15 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.11.3. ELEMENTOS HORIZONTAIS DEFININDO O ESPAÇO PLANO DE BASE PLANO DE BASE ELEVADO PLANO DE BASE REBAIXADO PLANO SUPERIOR 1.11.3.1. PLANO DE BASE Para que um plano horizontal seja visto como uma figura, deve haver uma mudança perceptível na cor, tonalidade ou textura entre a superfície e a área circundante. 1.11.3.2. PLANO DE BASE ELEVADO Plano de base elevado – acima do plano do solo circundante. A elevação de um plano de base cria um domínio específico dentro de um contexto espacial mais amplo. Condição pré-existente do terreno ou artificialmente construído. - 16 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura Plano de base assentado sob, sobre e elevado em relação ao solo. O grau até o qual a continuidade espacial e visual é mantida entre um plano elevado seus arredores depende da escala da mudança de nível. 1 – continuidade visual e espacial mantida. 2 – continuidade visual mantida e espacial interrompida. 3 – continuidade visual e espacial interrompida. 1.11.3.3. PLANO DE BASE REBAIXADO Plano de base rebaixado - depressão do plano do solo circundante. O rebaixamento de uma porção do plano de base, isola um campo de espaço de um contexto mais amplo. As superfícies verticais da depressão estabelecem os limites do campo. Depressão topográfica ou artificialmente construído. O grau até o qual a continuidade espacial e visual é mantida entre um plano rebaixado e seus arredores depende da escala da mudança de nível. - 17 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1 – a área rebaixada pode constituir um interrupção do plano de solo e permanecer como parte integrante do espaço circundante. 2 – o aumento da profundidade do campo rebaixado enfraquece sua relação visual com o espaço circundante e fortalece sua definição como um volume de espaço distinto. 3 – uma vez que o plano de base original esteja acima de nossa linha de visão, o campo rebaixado se torna em si um recinto separado e distinto. 1.11.3.4. PLANO SUPERIOR O principal elemento superior de um edifício é o seu plano de cobertura. Abriga espaços interiores e exerce grande impacto sobre a forma geral do edifício. 1.11.3. ELEMENTOS VERTICAIS DEFININDO O ESPAÇO Elementos verticais estabelecem os limites visuais de um campo espacial. Tem uma presença maior no nosso campo visual e são, portanto, mais eficazes para definir um volume isolado de espaço e proporcionar um sentido de encerramento e privacidade para seus usuários. Servem para separar um espaço do outro e para estabelecer um limite comum entre os ambientes interno e externo. Os elementos verticais da forma também desempenham papéis importantes na construção de formas e espaços arquitetônicos. Servem como suportes estruturais para planos de piso e coberturas. Proporcionam abrigo e proteção contra elementos climáticos e auxiliam a controlar o fluxo de ar, calor, e som que atingem e percorrem os espaços internos de um edifício. - 18 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura ELEMENTOS RETILÍNEOS VERTICAIS PLANO VERTICAL ÚNICO PLANOS EM FORMA DE L PLANOS PARALELOS PLANO EM FORMA DE U QUATRO PLANOS 1.11.3.1. ELEMENTOS RETILÍNEOS VERTICAIS Nenhum volume de espaço pode ser estabelecido sem a definição de suas arestas e cantos. Os elementos retilíneos verticais servem a este propósito ao demarcar os limites de espaço. 1.11.3.2. PLANO VERTICAL ÚNICO Plano vertical único característica frontal. Fachada principal, pórtico. - 19 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.11.3.3. PLANO EM FORMA DE L Seção aberta e possuem elementos flexível de definição de espaço arquitetura residencial cômodo em L. com parte coberta e parte descoberta pátio privativo, abrigo e delimitação. Espaço interno sofá em L. 1.11.3.4. PLANOS PARALELOS Definem um campo de espaço entre si com forte qualidade direcional (corredor), espaço rua com fachadas, natural da paisagem. Qualidade direcional e fluxo de espaço ruas, alamedas de vilas. 1.11.3.5. PLANO EM FORMA DE U Define um campo de espaço com um foco direcionado para dentro. - 20 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.11.3.6. QUATRO PLANOS FECHAMENTO Quatro planos verticais delimitando um campo de espaço, tipo de definição espacial mais típico na arquitetura. Espaço fechado. 1.12. ABERTURAS EM ELEMENTOS DEFINIDORES DE ESPAÇO Qualidade do espaço determinada pela natureza das aberturas dos espaços. Aberturas propiciam uma continuidade visual ou espacial. Espaços adjacentes com aberturas nos planos que delimitam um campo visual. Portas - entrada padrão de movimento e uso. Janelas - luminosidade , vista externa e ventilação natural. Dentro de Panos Em Cantos. Entre Planos. 1.12.1. POSSIBILIDADES DE ABERTURA A forma do espaço é determinada pela configuração de seus elementos definidores. O padrão de suas aberturas tem um impacto importante em nossa percepção. - 21 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.12.2. QUALIDADE DO ESPAÇO ARQUITETÔNICO O modo como o tamanho, o formato e a localização das aberturas ou vazios dentro das formas que delimitam um espaço influenciam as seguintes qualidades de um recinto: Grau de delimitação – a forma do espaço. Vista – o foco do espaço. Luz – a iluminação de suas superfícies e formas. 1.12.3. GRAU DE DELIMITAÇÃO Aberturas que se situam totalmente dentro de planos de delimitação de um espaço não enfraquecem a definição de aresta nem o sentido de fechamento de um espaço. A forma do espaço permanece intacta. Aberturas localizadas ao longo das arestas dos planos de delimitação de um espaço enfraquecem visualmente os limites das arestas de um volume. Ao mesmo tempo em que estas aberturas obscurecem a forma global de um espaço, também promovem sua continuidade visual. - 22 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura Aberturas entre planos de delimitação de um espaço isolam visualmente os planos e articulam sua individualidade. À medida que essas aberturas aumentam em número e tamanho, o espaço perde seu sentido de encerramento. 1.12.4. LUZ Sol – luz natural para iluminação de formas e espaços na arquitetura. Qualidade de luz varia de acordo com a hora do dia, estação do ano e lugar. A localização e orientação das aberturas definem a qualidade da luz. 1.12.5. VISTA Foco e orientação - vista externa e interna. Relação visual entre o recinto e seus arredores. O tamanho e a localização destas aberturas determinam à natureza da aparência e o grau de privacidade visual para um espaço interior. - 23 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.13. ORGANIZAÇÃO DA FORMA E DO ESPAÇO Espaço: extensão do campo tridimensional que abrange tudo que nos cerca. Forma: estrutura, organização e disposição das partes ou elementos de um corpo. Maneiras básicas pelas quais os espaços de um edifício podem ser relacionados uns aos outros e organizados em padrões coerentes de forma e espaço 1.13.1. ORGANIZAÇÃO Papel funcional ou simbólico na organização de um edifício. Exigência do programa arquitetônico. Proximidades funcionais. Necessidades dimensionais. Acesso. Iluminação. Vista. Condições externas do terreno que possam limitar a forma. 1.13.2. ORGANIZAÇÃO DA FORMA E DO ESPAÇO 1.13.2.1. ABSORÇÃO - ESPAÇO DENTRO DE UM ESPAÇO Espaço grande pode conter um de menor volume. 1.13.2.2. INTERPENETRAÇÃO - ESPAÇOS INTERSECCIONAIS Superposição de dois campos espaciais e aparecimento de uma área em comum. - 24 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.13.2.3. JUSTAPOSIÇÃO - ESPAÇOS ADJACENTES Espaços definidos, exigências funcionais ou simbólicas próprias. 1.13.2.4. CONEXÃO - ESPAÇOS LIGADOS POR UM ESPAÇO COMUM Conexão através de outro elemento: três espaços com um vínculo comum (ligação). - 25 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.13.3. TIPOS DE ORGANIZAÇÃO Cada tipo de organização espacial será apresentado por uma seção que discute as características formais. 1.13.3.1. ORGANIZAÇÃO CENTRALIZADA Introvertida, voltada para um espaço central. Espaço central dominante ao redor do qual uma série de espaços secundários são agrupados. 1.13.3.2. ORGANIZAÇÃO LINEAR Seqüência linear de espaços repetitivos, semelhantes em termos de tamanho, forma e função. Expressa uma direção devido ao seu comprimento. - 26 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.13.3.3. ORGANIZAÇÃO RADIAL Um espaço central, a partir do qual organizações lineares de espaços se estendem de maneira radial. 1.13.3.4. ORGANIZAÇÃO AGLOMERADA Forma flexível, espaços agrupados pela proximidade ou pelo fato de compartilharem uma característica visual ou função semelhante. 1.13.3.5. ORGANIZAÇÃO MALHA Espaços organizados dentro de um campo de uma malha estrutural (colunas e vigas). - 27 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.13.3.6. ORGANIZAÇÃO ESPACIAL Composição de nove quadrados estudo da Bauhaus. 1.13.4. GÊNESE DA FORMA ARQUITETÔNICA Quatro maneiras básicas de gerar a forma arquitetônica Pragmática – arquitetura primitiva o processo construtivo se dá de maneira empírica, tentativa e erro. Icônica – arquitetura vernacular o processo construtivo é dominado e o padrão formal se torna uma constante e adquire um valor icônico (imagem). Analógica – a concepção arquitetônica precede a obra construída. No desenvolvimento estabelece referências analógicas, descobrindo princípios de semelhança entre elementos distintos. - 28 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura Canônica – a concepção arquitetônica precede a obra construída. Arquiteto passa a desenvolver um especial interesse por padrões, modulação, ordenação, regularidade e equilíbrio. 1.13.5. DEMARCAÇÃO DO ESPAÇO: Conceito de medida Variável independente que se relaciona com alguma referência abstrata inventada pelos homens. Grandeza física mensurável de uma extensão (comprimento, altura, largura, etc.) ou de um corpo. As primeiras unidades de medida foram concebidas a partir de intervalos de espaço baseados no corpo humano: passadas, braços estendidos, pés, palmos e polegares. Com o tempo foi necessário estabelecer padrões definidos de medidas que fossem comuns a todos. Os padrões obedeciam às dimensões do corpo de um rei ou imperador, que eram depois reproduzidas em réguas a serem utilizadas por todos. 1.13.5.1. METRO PADRÃO Em 1799, os revolucionários franceses estabeleceram o metro padrão. Convencionou-se que seria igual a um décimo - milionésimo da distância do Pólo Norte ao equador. Corresponde aproximadamente ao comprimento do braço esticado e ombro. Devido sua ampla utilização o metro é normatizado como unidade mundial, padrão do sistema internacional de medidas. 1.13.5.1.1. OUTROS SISTEMAS DE REFERÊNCIA Acre: superfície de terra que pode ceifar em um dia de trabalho. O acre inglês e americano equivale a 40,47 ares. Are: unidade de medida agrária equivalente a 100m². Braça: unidade de medida de comprimento equivalente a 10 palmos, ou 2,2 metros. Cúbito: comprimento do braço, medido da articulação do cotovelo até o final do dedo médio da mão correspondente. Unidade de medida de comprimento equivalente a aproximadamente 524 mm. Légua: originalmente, comprimento itinerário que se pode caminhar “normalmente” em 1 hora, continuamente. Unidade itinerária de percurso equivalente a 3.000 braças, ou 6.600 metros. Palmo: originalmente, comprimento aproximado do palmo do nobre (rei, imperador etc.) em gestão. Unidade de medida de comprimento equivalente a 8 polegadas, ou 22 cm. Pé: originalmente, comprimento aproximado do pé do nobre (rei, imperador etc.) em gestão. Polegada: originalmente, comprimento aproximado da 2ª falange do polegar do nobre (rei imperador etc.) em gestão. Unidade de medida de comprimento equivalente a 2,75cm. 1.13.6. PRINCÍPIOS DA ORDEM Os princípios de ordem são considerados como recursos visuais que permitem que as formas e espaços variados e diversos de um edifício coexistam dentro de um todo ordenado, unificado e harmonioso. - 29 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.13.6.1. EIXO Uma reta estabelecida por dois pontos no espaço, em relação à qual é possível dispor formas e espaços de uma maneira simétrica ou equilibrada. Imaginário, não visível. 1.13.6.2. SIMETRIA A distribuição e disposição equilibradas de formas e espaços equivalentes em lados opostos de uma linha ou plano divisores, ou em relação a um centro ou eixo (tamanho, formato ou localização). Simetria bilateral ou radial. 1.13.6.3. HIERARQUIA A articulação da importância ou do significado de uma forma ou espaço através de seu tamanho, formato ou localização, relativamente a outras formas e espaços de organização. Grau de importância das formas e espaços. Papéis funcionais, formais e simbólicos que desempenham na organização. - 30 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.13.6.4. RITMO Um movimento unificador caracterizado por uma repetição ou alternação padronizada de elementos ou motivos formais, na mesma forma ou em uma forma modificada. Padrões rítmicos: Tamanho, forma ou características dos detalhes. 1.13.6.5. DADO Uma reta, um plano ou um volume que, por sua continuidade e regularidade, servem para reunir, medir e organizar o padrão de formas e espaços. 1.13.6.6. TRANSFORMAÇÃO O princípio de que um conceito, uma estrutura ou uma organização arquitetônica pode ser alterado através de uma série de manipulações e sujeitas a condições específicas, sem a perda da identidade. - 31 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.13.7. TRAÇADOS REGULARES Conceito – recurso utilizado desde a antiguidade, para ordenar os espaços, evitando o estabelecimento arbitrário e desregrado de medidas e proporções. Corresponde a uma busca do homem pela ordem ANTIGUIDADE RENASCIMENTO SÉCULO XX PITÁGORAS VITRÚVIO E ARQUIMEDES BRAMANTE LE CORBUSIER LEONARDO DA VINCI MIES VAN DER ROHE 1.13.8. ESCALA E PROPORÇÃO Diferença entre escala e proporção: Proporção: no sentido matemático, é uma relação de igualdade entre razões. Uma razão é o resultado de uma divisão, de uma distribuição fracionária (ratio = rateio). Escala: para o arquiteto escala tem sentido de relação. Implica numa relação entre as medidas de uma edificação relacionadas a uma referência dimensional exterior a edificação. Exemplo: Uma janela tem de altura, 2/3 da altura de uma porta. Estamos estabelecendo uma proporção. No entanto, as relações de uma edificação não nos permitem conhecer as medidas de tal edificação. Para medi-la é necessário a utilização de uma referência dimensional externa a esse conjunto fechado, como por exemplo o metro. Se agora dissermos que a altura de uma porta é 2,10 m e aplicarmos a relação de proporção, teremos a altura da janela igual a 1,40 m. 1.13.8.1. TEORIAS DA PROPORÇÃO Diversas teorias de proporções foram desenvolvidas no decorrer da história. O intuito de todas as teorias de proporções é criar um sentido de ordem e harmonia entre os elementos de uma composição visual. • Seção Áurea • Ordens Clássicas • Teorias Renascentistas • Modulor • Ken • Antropometria • Escala - 32 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.13.8.1.1. SEÇÃO ÁUREA Relação utilizada desde a antiguidade por gregos, renascentistas e Le Corbusier. Seção áurea – “um segmento de reta está dividido de acordo com a seção áurea quando é composto de duas partes desiguais, das quais a maior está para a menor assim como o todo está para o maior”. Uso da seção áurea na proporcionalidade da fachada do Partenon, Atenas. - 33 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.13.8.1.1.1. SEÇÃO ÁUREA E SÉRIE DE FIBONACCI Série de fibonacci: é uma série de números reais positivos, que crescem em proporção contínua, onde cada número é resultado da adição de seus dois antecedentes. Tem como peculiaridade o fato de cada número guardar com seu antecedente uma razão próxima do número de ouro (0,6180339...). A série de fibonacci é um recurso para se conseguirem proporções próximas à áurea, sem necessidade de se lidar com fracionários. 1.13.8.1.2. ORDENS CLÁSSICAS Para os gregos e romanos da Antiguidade Clássica, as ordens dórica, jônica e coríntia representavam, em sua proporcionalidade dos elementos, a expressão perfeita da beleza e harmonia. A unidade básica era o diâmetro da coluna. Desse módulo derivavam as dimensões do fuste, do capitel, embasamento e entablamento. 1.13.8.1.3. TEORIAS RENASCENTISTAS 7 formas ideais de plantas de recintos Com o Renascimento houve um novo interesse pelos conhecimentos da antiguidade. Arquitetos retomam o sistema matemático grego das proporções (Leonardo da Vinci) - 34 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.13.8.1.4. MODULO “Le Corbusier desenvolveu seu sistema de proporcionalidade, O Modulor para organizar as dimensões daquilo que contém e daquilo que é contido”. O Modulor foi baseado na matemática (dimensões estéticas da seção áurea e a série de fibonacci) e nas proporções do corpo humano (dimensões funcionais) Iniciou seus estudos em 1942 e publicou o Modulor: uma medida harmoniosa para escala humana aplicável universalmente à Arquitetura e Mecânica em 1948. Um segundo volume foi publicado em 1954. Le Corbusier via o Modulor não apenas como uma série de números com uma harmonia inerente, mas como um sistema de medidas que poderiam governar comprimentos, superfícies e volumes. A malha básica consiste em 3 medidas 113, 70 e 43 proporcionais de acordo. Com a seção áurea 43 + 70 = 113 113 + 70 = 183 113 + 70 + 43 = 226 (2 x 113) 113, 183 e 226 definem o espaço ocupado pela figura humana. - 35 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura “servir de uma infinidade de combinações, assegurando a unidade com diversidade... O milagre dos números” 1.13.8.1.5. KEN Padronizado para a arquitetura japonesa residencial. Módulo estético organizava a estrutura, os materiais e o espaço da arquitetura japonesa. Esteira padrão de piso e o pé direito também em função deste valor. A malha do KEN organiza a estrutura, assim como a seqüência dos espaços e dos cômodos. - 36 - Universidade Federal do Rio de Janeiro DCC - Departamento de Construção Civil Disciplina: Arquitetura 1.13.8.1.6. ANTROPOMETRIA Medição do tamanho e das proporções do corpo humano. As formas e os espaços arquitetônicos constituem uma extensão do corpo humano. Haverá variações devido às diferenças entre o homem e a mulher, entre vários grupos etários e raciais e mesmo de um indivíduo para o outro. As dimensões e proporções do corpo humano afetam: Proporção dos objetos que manuseamos. Altura e distância dos objetos que tentamos alcançar. Dimensões dos mobiliários que utilizamos. Volume do espaço que necessitamos para o movimento, atividade e repouso. 1.13.8.1.7. ESCALA A maneira como percebemos o tamanho de algo em comparação a outro referencial (um padrão de medida). Em desenho, utilizamos uma escala para especificar a razão que determina a relação entre uma ilustração e aquilo que ela representa. A escala de um desenho arquitetônico indica o tamanho de um edifício representado em comparação ao real. - 37 -