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A Cultura do Feijão
(Phaseolus vulgaris L.)
09/08/2011
Centro Territorial de Educação Profissional do Oeste Baiano - CETEP
DISCIPLINA: Agricultura Geral
Prof: MARCIO CLARO DE OLIVEIRA
A CULTURA DO FEIJÃO:
Classificação botânica:
- Família: Leguminosae;
- Gênero: Phaseolus
- Espécie: Phaseolus vulgaris L.
- Feijão de corda: Vigna unguiculata
Hábito de crescimento:
- Tipo I: Determinado arbustivo, com ramificações ereta e fechada.
- Produz flor no ápice e pára de crescer.
- Tipo II: Indeterminado, com ramificações ereta e fechada
- Inicia o florescimento e continua o crescimento.
- Tipo III: Indeterminado, com ramificações abertas;
- Tipo IV: Indeterminado, prostrado ou trepador.
Folhas: Trifoliada;
Flor: Hermafrodita, dificilmente ocorre a polinização cruzada;
Fruto: Vagem (legume)
Fatores que influenciam o vingamento de flores e vagens no feijoeiro:
Estresse hídrico: Principal fator de vingamento;
(Não suporta falta de água, ocorre queda de flores e vagens);
Temperatura: Acima de 40°C (queda de vagens);
Baixa umidade relativa do ar (UR);
Ventos;
Nutrição mineral: Perca de vagens.
OBS. Estresse + UR + ventos Facilita a evapotranspiração fazendo com que se perca mais água.
Produção de vagens chochas: Crescimento determinado nº de vagens chochas;
Ciclo precoce: Perdem as folhas cedo (São elas que produzem os carboidratos);
Falta carboidratos para as sementes, corrigir com adubação N?
R= Não dá, aumenta o nº de folhas, mais não aumenta o "ciclo' da cultura. E elas também serão perdidas.
Estabelecimento da cultura:
Escolha da área: Não pode ser alagada, ideal áreas planas;
Escolha da cultivar: Analisar as vantagens e desvantagens;
Sementes; Usar sementes com padrão para potencializar os insumos;
Semeadura:
Época: - Final da época chuvosa para evitar altas umidades (usar variedade aaaaaaaaaaprecoce);
- Época seca com uso de irrigação.
2) Profundidade: - 3 a 4 cm solos argilosos;
- 5 a 6 cm solos arenosos.
Densidade:
- 40 a 60 cm entre fileiras (normalmente 50 cm);
- 10 a 12 plantas / metro;
- 240 a 250.000 plantas / Ha.
Gasto de sementes (Q= Quantidade de sementes):
Peso de mil sementes
Nº de plantas/ m.
Q = (P X D) / (PG X E)
Espaçamento
Poder germinativo
Correção da acidez do solo:
- Aplicar 2 vezes: - 1º antes da aração;
- 2º antes da gradagem.
OBS. Aplicar o calcário pelo menos 2 a 3 meses antes do plantio.
Adubação:
- Nitrogênio: - 1º parte no plantio;
- 2º parte antes da floração, para favorecer o crescimento e a formação de vagens e grãos do feijão.
- Fósforo: Importante durante todo o desenvolvimento da planta, na formação de raízes, flores, vagens e grãos;
- Potássio: - Dá à planta maior resistência contra doenças e pragas. Aplicado junto com N e P no plantio.
Localização do adubo: 10 a 15 cm de profundidade.
Para favorecer o bom desenvolvimento das raízes, melhor aproveitamento da água do solo, evitar perdas em veranicos.
Tratos culturais:
Controle de plantas daninhas: a) Capina manual; b) Cultivador; c) Herbicidas (controle químico).
- Outros cuidados devem ser tomados:
a) Evitar sementes misturadas com sementes de plantas daninhas;
b) Usar esterco ou palha que não contenha sementes de plantas daninhas;
c) Limpar os equipamentos agrícolas antes de utilizá-los na lavoura e após o uso, em áreas que possuam problemas;
d) Fazer rotação de cultura.
Controle de pragas: Controle químico quando atingir níveis que prejudiquem a lavoura.
Pragas do solo: Lagarta-elasmo, vaquinha (larva-alfinete);
Pragas das folhas: Vaquinha, Lagarta-das-folhas, ácaro-branco, cigarrinha, mosca-branca;
Pragas das vagens: Lagartas e percevejos;
Pragas dos grãos armazenados: Caruncho.
Controle de doenças: a) Variedades resistentes; b) Sementes livres de doenças; c) Controle químico.
- Principais doenças: Mancha-angular; ferrugem; oídio; antracnose; mofo-branco; mela; mosaico-dourado; mosaico-comum; alternaria; nematóides; podridão-das-raízes; podridão-cinzenta-do-caule.
Colheita:
Manual: Após o arranque, as plantas são colocadas para secar, depois são levadas ao "terreiro", para a trilha com varas flexíveis;
Semi-mecanizada: 1- Arranque manual e trilha com trilhadora estacionária; 2- Arranque manual e trilha com automotriz estacionada; 3- Arranque manual, recolhimento e trilha com recolhedora – batedora ou automotriz.
Mecanizada: Com colhedoras dos mesmos tipos para soja.
IMPORTANTE: Para colheita mecânica:
Plantar variedades de porte ereto, resistentes ao acamamento, possuam maturação uniforme, vagens resistentes a debulha no campo e inserção alta das primeiras vagens;
A colhedora deve ter plataforma flexível, com peças apropriadas;
Solo bem nivelado, sem ondulações.
Armazenamento:
- Umidade - Período curto: 14 a 15%;
- Período longo: 11%.
Centro Territorial de Educação Profissional do Oeste Baiano – CETEP
Professor: Marcio Claro de Oliveira, e-mail:
[email protected]
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