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Apostila Anatel - Parte Vi

Preparação concurso ANATEL

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS – Parte III I Legislação do Setor de Telecomunicações Brasileiro............................................................... 02 1. Conceitos básicos. ...................................................................................................................... 04 II Conceitos e tipos de aplicações no sistema de telecomunicações........................................... 1 Conceitos de transmissão e recepção. ....................................................................................... 29 2 Antenas. ....................................................................................................................................... 32 3. Noções de interferência. ............................................................................................................ 38 CONHECIMENTOS ESPECIFICOS 1 I Legislação do Setor de Telecomunicações Brasileiro. Características e Atribuições da Anatel A Anatel constitui-se no primeiro exemplo de como essa nova concepção se expressa na prática. Criada como autarquia especial, ela é administrativamente independente, financeiramente autônoma, não se subordina hierarquicamente a nenhum órgão de governo suas decisões só podem ser contestadas judicialmente -, seus dirigentes têm mandato fixo e estabilidade. Acompanhando e fiscalizando todas as iniciativas da Agência, temos um Conselho Consultivo, formado por representantes do Executivo, do Congresso, das entidades prestadoras de serviço, dos usuários e da sociedade em geral. Além disso, todas as normas elaboradas pela Anatel são antes submetidas à consulta pública, seus atos são acompanhados por exposição formal de motivos que os justifiquem e cabendo, ainda, a um Ouvidor, a apresentação periódica de avaliações críticas sobre os trabalhos da Agência. As sessões do Conselho Diretor são públicas e podem ser gravadas, salvo os casos em que a publicidade ampla coloque em risco segredo protegido ou a intimidade de alguém. Todas as atas de reuniões e os documentos relativos à atuação da Anatel encontram-se disponíveis ao público na Biblioteca da Agência. Do Ministério das Comunicações, a Anatel herdou os poderes de outorga, regulamentação e fiscalização e um grande acervo técnico e patrimonial. Sua sede - um conjunto com duas torres, no Setor de Autarquias Sul -, em Brasília, foi adquirida da Telebrás. A autonomia financeira da agência está assegurada, principalmente, pelos recursos do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel), o qual é de sua exclusiva gestão. A Anatel, em sua proposta orçamentária anual e no plano plurianual, deve destinar recursos ao Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, após sua instituição por lei, bem como os valores a serem transferidos ao Tesouro Nacional. O quadro de pessoal é constituído, em sua maior parte, por servidores e empregados transferidos ou requisitados do Ministério das Comunicações e de outros órgãos de governo, além do quadro terceirizado para atividades de consultoria e de apoio técnico e administrativo. Dentre suas atribuições, destacam-se as seguintes: x Implementar a política nacional de telecomunicações. x Propor a instituição ou eliminação da prestação de modalidade de serviço no regime público. x Propor o Plano Geral de Outorgas. x Propor o plano geral de metas para universalização dos serviços de telecomunicações. x Administrar o espectro de radiofreqüências e o uso de órbitas. x Compor administrativamente conflitos de interesses entre prestadoras de serviços de telecomunicações. x Atuar na defesa e proteção dos direitos dos usuários. x Atuar no controle, prevenção e repressão das infrações de ordem econômica, no âmbito das telecomunicações, ressalvadas as competências legais do Cade. x Estabelecer restrições, limites ou condições a grupos empresariais para obtenção e transferência de concessões, permissões e autorizações, de forma a garantir a competição e impedir a concentração econômica no mercado. x Estabelecer a estrutura tarifária de cada modalidade de serviços prestados em regime público. Política da Qualidade da Agência Nacional de Telecomunicações A Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel aplica em suas funções, produtos e serviços, princípios da qualidade que beneficiam toda a sociedade brasileira. Esses princípios fazem parte da Política da Qualidade, inspirada na missão, nos objetivos essenciais e no postulado ético que balizaram a criação da Anatel. CONHECIMENTOS ESPECIFICOS 2 Missão: ҏPromover o desenvolvimento das telecomunicações no País, de modo a dota-lo de moderna e eficiente infra-estrutura de telecomunicações, capaz de oferecer à sociedade serviços adequados, diversificados e a preços justos, em todo território nacional. Postulado ético: ҏatuar com independência, imparcialidade, legalidade, impessoalidade e publicidade no relacionamento com a sociedade. Objetivos essenciais: ҏpromover a universalização, a fim de possibilitar o acesso de todos os cidadãos e de instituições de interesse público aos serviços de telecomunicações, independentemente de localização e condição socioeconômica. ҏimplantar a competição entre empresas operadoras, com vistas à diversificação e ampliação da oferta dos serviços de telecomunicações para os usuários. ҏestimular no âmbito das operadoras, com base nos preceitos contratuais, técnicos, regulamentares e legais, a busca permanente da qualidade na prestação dos serviços de telecomunicações à sociedade. ҏconduzir a gestão organizacional da Agência segundo os princípios da qualidade e em torno dos valores que conformam a missão, objetivos e postulado ético, de modo a: - transmitir a seus servidores tais valores, facultando-lhes, ao mesmo tempo, oportunidades de treinamento e aprimoramento profissional; - sustentar permanente empenho pela melhoria nos sistemas estruturais e nos procedimentos operacionais; - incentivar a descentralização de poderes, a redução de custos operacionais e a dinamização de suas atividades; - estimular, entre os servidores, a busca constante da qualidade na elaboração de produtos e na prestação de serviços à sociedade. CONHECIMENTOS ESPECIFICOS 3 1. Conceitos básicos. CONHECIMENTOS ESPECIFICOS 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 II Conceitos e tipos de aplicações no sistema de telecomunicações. 1 Conceitos de transmissão e recepção. A grande largura de faixa e o significante conteúdo em freqüências baixas de um sinal de vídeo, juntamente com a desejada simplicidade do processo de detecção de envoltória, são fatores que conduziram à seleção de VSB + C (conforme descrito na Seção 5.4) para a IV comercial dos EUA. Entretanto como é mais fácil obter forma vestigial das bandas laterais precisa no receptor, onde os níveis de potência são menores, o espectro efetivo do sinal modulado se apresentará como ilustra a Figura C.6a. A freqüência correspondente ao ponto de meia potência da banda lateral superior é cerca de 4,2 MHz maior que a freqüência da portadora do vídeo, fpv, enquanto a banda lateral inferior é de 1 MHz. A Figura C.6b mostra o espectro de freqüências de um sinal de vídeo captado pelo receptor. O sinal de áudio é modulado em freqüência, usando-se para isso uma portadora distinta, tal que fpa = fpv + fa, onde fa 4,5 MHz, com um desvio em freqüência de fǻ = 25 kHz. Sendo assim, supondo que a largura de faixa destinada ao áudio seja de 10 kHz, ǻ = 2,5, e o áudio modulado ocupará cerca de 80 kHz (ver Seção 6.3). Cumpre observar que o espaçamento entre os canais de TV é de 6 MHz, o que fornece uma banda de reserva de 250 kHz, com as freqüências das portadoras caindo nas faixas de VHF e UHF. Mais alguns detalhes acerca dos transmissores e receptores monocromáticos de TV são fornecidos abaixo. As modificações da TV a cores acham-se analisadas na seção seguinte. CONHECIMENTOS ESPECIFICOS 29 Transmissores A Figura C.7 apresenta um diagrama em blocos que indica as partes principais de um transmissor de IV. O gerador de sincronismo destina-se ao controle do rastreamento de varredura, bem como fornece os pulsos de apagamento e sincronismo para o sinal de vídeo. O restaurador de nível contínuo (ou restaurador CC) e o grampeador de branco trabalham em conjunto, permitindo que os níveis do sinal de vídeo amplificado se apresentem com as proporções mostradas na Figura C.2. O modulador de vídeo é do tipo AM de alto nível, enquanto o amplificador de potência destina-se a eliminar a parte inferior da banda lateral inferior. A antena apresenta, em geral, uma configuração em ponte balanceada, de modo que as saídas dos transmissores de áudio e vídeo são irradiadas pela mesma antena, sem que haja interferência de uma na outra. A potência de áudio usualmente transmitida é cerca de 50 a 70% da potência de vídeo. Receptor de IV CONHECIMENTOS ESPECIFICOS 30 Receptores Conforme indica a Figura C.8, um receptor de IV é do tipo super-heteródino (ver Seção 5.5). O amplificador de FI principal tem fF1 na faixa que vai dos 41 aos 46 MHz, possibilitando a forma vestigial apresentada na Figura C.6b. Note-se que o sinal de áudio modulado também passa por esse amplificador, mas com ganho substancial. Sendo assim, usando a Eq. (18) da Seção 5.4, o sinal total na entrada do detector de envoltória será onde x(t) corresponde ao sinal de vídeo, I (t) ao áudio em FM e Ȧa =2Sfa. Uma vez que Imȟ(t)I<< 1 e Apa « Apv,, a envoltória resultante é aproximadamente resultado que fornece o sinal na saída do detector de envoltória. O amplificador de vídeo tem um filtro tipo passa-baixa, cuja função é remover a componente de áudio do sinal Ry (t), bem como um restaurador CC, que eletronicamente grampeia os pulsos de apagamento, de modo que restaura o nível contínuo correto para o sinal de vídeo. Sendo assim, o sinal de vídeo amplificado e já restaurado em CC é aplicado ao tubo de imagens e ao separador de pulsos de sincronismo, o que permite uma perfeita sincronização para os geradores de varredura. O controle denominado “brilho” permite ajustes manuais do nível contínuo, enquanto o controle de “contraste” serve para o ajuste do ganho do amplificador de FI. A Eq. (2) mostra que a saída do detector de envoltória inclui o sinal de áudio já modulado. Este componente é captado e ampliado por um outro amplificador de freqüência intermediária (FI) sintonizado em 4,5 MHz. A detecção e a amplificação em FM permitem, então, obter o sinal de áudio. Cumpre observar que, embora o sinal composto, envolvendo vídeo e áudio, transmitido seja do tipo multiplexado por divisão em freqüência, não há necessidade de conversão em freqüência separada, para o áudio. Isto porque a portadora de vídeo atua como um oscilador local para o áudio, no processo de detecção de envoltória, configuração que usualmente é denominada sistema de som com interportadora, sistema esse que apresenta a vantagem de o áudio e o vídeo serem sempre sintonizados conjuntamente. Isto é, permite colocá-los, sempre, em sintonia conjunta. A operação é bem sucedida pelo fato de que a componente correspondente ao vídeo ébem maior que a de áudio, na entrada do detector de envoltória, o que é possível devido ao grampeador de branco no transmissor (evitando que o sinal de vídeo modulado se torne excessivamente reduzido) e à atenuação relativa introduzida no áudio pela resposta em FI do receptor, como se pode concluir da Figura C.6b. CONHECIMENTOS ESPECIFICOS 31 2 Antenas. São os dispositivos capazes de receber e transmitir ondas eletromagnéticas. As antenas apresentam reciprocidade, isto é, as propriedades observadas na transmissão são válidas para a recepção. 1. Características Principais das Antenas Apresentamos em seguida as principais características elétricas que influem diretamente no desempenho radioenlaces. 1.1. Faixa de Operação (Largura de Banda) Uma das características básicas da antena é a largura dc banda. É o intervalo de freqüências no qual a antena opera satisfatoriamente, mantendo todas as características elétr dentro do especificado. Pode ser expressa também em termos percentuais. 1.2. Ganho da Antena A característica principal da antena é o ganho medido em dBi, relativo a antenas isotrópicas. O ganho da antena é definido como a relação entre a energia irradiada na direção do máximo do diagrama de radiação dessa antena e a que seria irradiada por uma antena isotrópica ideal em uma direção qualquer, supondo que as duas irradiem a mesma potência total (considerando todas as direções). Isotrópica é uma antena hipotética baseada na transmissão para todas as direções (360º). Sendo assim, na verdade o ganho considerado para qualquer antena é simplesmente o quanto ela é mais que a antena isotrópica e não deve ser erroneamente interpretada como uma amplificação de potência na antena. Por isso o “ganho” de uma antena é medido em dBi (dB isotrópico). Uma outra unidade utilizada é o dBd, que é o “ganho” em relação à antena dipolo. 1.3. Polarização A polarização de uma onda eletromagnética está relacionada com a direção do campo elétrico. Essa polarização é definida pelas características mecânicas da antena e posicionamento (orientação) do alimentador da antena. Antenas parabólicas (cheias e vazadas) utilizam polarização linear horizontal e vertical), selecionável mediante rotação do alimentador. Antenas com dupla polarização são aquelas que podem utilizar simultaneamente as duas polarizações, as quais possuem CONHECIMENTOS ESPECIFICOS 32 dois alimentadores, formando um ângulo de 90 graus entre si. As antenas helicoidais utilizam polarizações circulares (direita ou esquerda). Embora o alimentador dessa figura esteja na posição vertical, essa antena possui polarização horizontal, pois há um defasamento de 90º entre o campo magnético e o campo elétrico que é o que determina a polarização da antena. Alimentador Horizontal - Polarização Vertical Campo elétrico perpendicular ao eixo da Terra. Alimentador Vertical - Polarização Horizontal Campo elétrico paralelo ao eixo da Terra. 1.4. Angulo de Meia Potência No ângulo de meia potência o sinal transmitido tem uma queda de 3 dB com relação ao ângulo de irradiação máxima (centro do lóbulo principal). Quanto menor esse ângulo, mais diretiva a antena, sendo mais imune a interferências, além de causar menos interferência em outros enlaces. 1.5. Relação Frente-Costa As antenas irradiam energia também em direção oposta à de interesse. A relação frente-costa é definida como o nível relativo irradiado na direção oposta, ou seja, de 180 graus com relação à direção de irradiação máxima. 1.6. Características Mecânicas Além das características elétricas citadas, devem ser consideradas as características físicas e mecânicas. Principais características mecânicas: • Área de exposição ao vento • Dimensões físicas • Peso A carga total da antena na torre é calculada em função de seu peso mais o peso das ferragens de fixação, além considerar sua área de exposição ao vento. CONHECIMENTOS ESPECIFICOS 33 Esse valor é utilizado para o dimensionamento de torres novas e para verificação da possibilidade de utilização de torres existentes e eventuais reforços necessarios. Existem antenas especiais próprias para utilização em ambientes quimicamente agressivos, tais como: indústrias químicas, petrolíferas, regiões litorâneas, etc. 2. Tipos de Antena Apresentamos os principais tipos de antena utilizados em sistemas rádio ponto a ponto e suas aplicações e características. 2.1. Antenas para Faixa de UHF e VHF Yagi As antenas Yagi são utilizadas em enlaces monocanais e multicanais, operando em polarização linear H/V. Log-Periódica As antenas Log-Periódicas foram desenvolvidas para suprir necessidades específicas do mercado. Elas são caracterizadas por trabalharem em polarização linear H/V, em uma banda de passagem maior que as das Antenas Yagi. Helicoidal As antenas helicoidais possuem formato cilíndrico ou cônico, sendo sua estrutura básica composta de plano terra, transformador de impedância e helicóide. Suas principais características são a polarização circular (direita ou esquerda) e a largura de faixa de operação, mantendo o ganho no valor máximo e a impedância praticamente constante em toda a banda. Parabólica Vazada - UHF Antenas parabólicas vazadas são constituídas de hastes metálicas dispostas de forma parabólica, disponíveis somente para uma polarização e utilizadas nas raixas de 300MHz a 2GHz. Possui diretividade superior às outras antenas utilizadas na faixa de UHF. CONHECIMENTOS ESPECIFICOS 34 2.2. Antena de Microondas Os sistemas de microondas em visibilidade, por operarem com potências de transmissão na faixa de 100 mW a alguns Watts, empregam antenas muito diretivas. Isto se torna necessário para concentrar a potência transmitida num feixe muito estreito, na direção de antena receptora, e também para minimizar tanto as interferências causadas em enlaces próximos ou receber interferências desses enlaces operando na mesma faixa de freqüências. Esta alta diretividade é alcançada com a utilização de antenas parabólicas. As características eletromagnéticas das antenas parabólicas são determinadas pela regularidade da superfície do refletor e pela qualidade do projeto do aumentador. 2.3. Principais Tipos de Antena Parabólica e Sua Aplicação Antena Parabólica Padrão (P/PX) Antenas sem blindagem ou radome, usadas em regiões onde não e necessária alta supressão de níveis de irradiação lateral ou traseira e polarização cruzada: desempenho satisfatório para rádios de média e baixa capacidades e enlaces curtos. • Antena de alto desempenho (HP/HPX) • Antena de alta discriminação de polarização cruzada (HSX) • Antena de ultra alta performance (UHP/UHX) Essas antenas não possuem diferenças físicas significativas, porém para cada modelo há suas características e aplicações próprias: Antena de Alto Desempenho - High Performance (HP/HPX) Apresentam desempenho superior à antena Standard, baixo VSWR e alta discriminação de níveis de irradiação lateral e traseira. Utilizadas em localidades que requerem maior diretividade do que as obtidas com antenas standard. Minimizam o congestionamento das freqüências, evitando problemas de interferências. Antena de Alta Discriminação de Polarização Cruzada -High XPD (HSX) Alto ganho, baixo VSWR e alta discriminação de níveis de irradiação lateral e traseira. São adequadas para sistemas digitais de alta capacidade (SDH). Apresentam um alto XDP que proporciona uma folga maior quando há necessidade de utilização da mesma subfaixa de freqüência com polarização oposta. Antena de Ultra alta Performance - High Performance (UHP/UHX) Possuem diretividade maior que a antena HP, e são capazes de concentrar o feixe eletromagnético, minimizando o congestionamento de freqüências. Antenas Valuline São antenas com custo menor, direcionadas ao mercado de acesso. Elas abrangem CONHECIMENTOS ESPECIFICOS 35 freqüências de 7GHz a 60GHz, e o seu maior diâmetro é 1,8m. Dentro da série Valuline, existem antenas standard (VP) e antenas de alta performance (VHP). Faixas: 7,5GHz, 11GHz, 15GHz, 18GHz, 23GHz e 38GHz. 2.4. Antenas Especiais Antenas Dual Band (Multi Band) São antenas capazes de transmitir duas faixas de freqüência simultaneamente em ambas polarizações. Elas são compostas por um alimentador com quatro entradas (duas polarizações para cada faixa de freqüência) e uma parábola semelhante às antenas de bandas simples. Possuem um custo superior ao das antenas comuns e são principalmente utilizadas para minimizar o espaço físico de instalação. Refletores Passivos Fabricados para operar em freqüências 15 GHz com ventos de até 200 km/h. São constituídos de painéis modulares retangulares de superfície plana em alumínio estrutural, sustentados por uma estrutura autoportante. Seu objetivo é apenas refletir o sinal, como uma repetidora passiva. CONHECIMENTOS ESPECIFICOS 36 3. Noções de interferência. A interferência é um importante fenômeno que distingue as ondas das partículas, pois duas partículas não podem atravessar-se mutuamente e depois continuar sua trajetória anterior, mas duas ondas podem. Ela só acontece quando a diferença de fase entre as duas ondas for mantida constante no tempo, isto é, quando as fontes forem coerentes. A interferência é a combinação, por superposição de duas ou mais ondas que se encontram num ponto do espaço quando se combinam duas ondas harmônicas de mesma freqüência e mesmo comprimento de onda , sendo a onda resultante um a onda harmônica cuja amplitude depende da diferença de fase das duas ondas iniciais . Se a diferença for zero, ou múltiplo de 360 graus, as ondas estão em fase, e a interferência é construtiva. deste modo, a amplitude resultante é igual a soma das amplitudes individuais, e a intensidade (que é proporciona ao quadrado da amplitude) é máxima. se a diferença de fase for de 180 graus, ou qualquer múltiplo ímpar de 180 graus, as ondas estão fora de fase, e a interferência é destrutiva. a amplitude da onda resultante é, então a diferença entre as medidas de cada onda, e a intensidade é um mínimo. Interferência nos sistemas existentes Um projeto sistêmico otimizado, sobretudo em regiões com muitos enlaces operando em uma mesmas faixa de freqüências, requer uma seleção precisa dos canais de freqüência e polarização, além de fazer um cálculo preciso não somente das interferências recebidas dos sistemas existentes, como o inverso, ou seja, se os novos enlaces vão interferir nos existentes, principalmente nos que operam em caráter primário. Isso é muito importante, não somente para manter a política de boa vizinhança, como principalmente, evitar transtornos futuros não só do ponto de vista técnico como legal e econômico e evitar ao máximo a necessidade de modificações futuras no sistema projetado. Os radioenlaces compartilham o mesmo meio de transmissão que é a atmosfera, e o espectro de radiofreqüências cada vez mais saturado, principalmente nas regiões metropolitanas e urbanas. Começaremos dando atenção a um caso bem simples, uma portadora sem modulação com uma onda co-senoidal interferente, com amplitude A1 e freqüência fp + .fI . Assim, o sinal total que entrará no demodulador será a soma de duas co-senóides v(t) =AR cos Ȧpt +AI cos(ȦP + ȦI)t de modo que como se segue da construção fasorial indicada na Figura 7.3. Para valores arbitrários de AR e A1 estas expressões podem ser ainda mais simplificadas. Entretanto, caso a interferência seja pequena comparada à portadora, o diagrama fasorial da Figura 7.3 mostra que a envoltória resultante é essencialmente a soma dos componentes em fase, enquanto o componente em quadratura determina o ângulo da fase. Isto é, se A1 «AR, então CONHECIMENTOS ESPECIFICOS 37 de modo que (3) onde O mesmo resultado pode ser obtido a partir de expansões de primeira ordem da Eq. (1). Por outro lado, se A1 » AR, a análise pode ser efetuada tomando-se a interferência como referência e decompondo o fasor referente à portadora, o que fornece como seria de se esperar. A Eq. (3) mostra que a onda interferente modula a amplitude e a fase da portadora, semelhantemente a uma modulação tipo tonal, com freqüência fI onde o índice de modulação é m1. Por outro lado, com interferência forte, pode-se considerar a portadora como modulando a onda interferente. Mas, em ambos os casos, a freqüência da modulação aparente é a freqüência diferença, fI. EXERCÍCIO - Considerar o caso da interferência causada por reflexões devidas a um avião em baixa altitude, de tal modo que A1 |AR e fi = vfp/c, onde v é a velocidade relativa e c a velocidade da luz no vácuo. Mostrar então que RV (t) = I2AR cos ( S vP t/c)I. CONHECIMENTOS ESPECIFICOS 38 Interferência em Modulação Linear Suponha que um sistema AM com detecção de envoltória sofre uma pequena interferência de amplitude. O emprego da Eq. (2a) desta seção, mais (5b) e (6) da Seção 7.1, permite concluir FIGURA 7.3 Diagrama fasoriaL para co-senóides interferentes. que o sinal de saída será da forma Posto que . Semelhantemente, para detecção síncrona ter-se-á que: porque vI(t) = AR + A1 cosȦI t (ver Seção 7.3). A componente contínua da Eq. (5) pode ou não ser bloqueada. De qualquer modo, qualquer interferência na banda fp ± W produzirá um sinal detectado cuja amplitude depende apenas de A1, a amplitude do sinal interferente, desde que AI«AR. O leitor deve estar imaginando por que nos preocupamos com esta questão cuja solução é simples, se quase que somente por inspeção. A razão é dupla. Em primeiro lugar, como se pode inferir da Eq. (1), as complicações multiplicam-se rapidamente quando a interferência é acentuada ou a portadora sofre modulação; em segundo lugar, ocorrem algumas das diferenças interessantes e significativas em modulação exponencial. CONHECIMENTOS ESPECIFICOS 39 Interferéncia em Modulação Exponencial Com um detector de fase ou de freqüência, a interferência detectada poderá ser determinada inserindo-se a Eq. (2b) desta seção em (Se) e (Sd) da Seção 7.1. Por conseguinte, para LfíI < W onde fj aparece como um fator multiplicativo na Eq. (7), mas não em (6), devido ao fato de haver uma diferenciação de 4~ (t). Comparando as Eqs. (6) e (7) com (4) e (5), e lembrando que AI /AR << 1, pode-se chegar à conclusão de que a modulação exponencial é menos vulnerável às interferências de pequena amplitude, relativamente à modulação linear, considerando iguais todos os demais fatores. Além disso, das Eqs. (6) e (7) pode-se concluir que a FM é menos vulnerável que a PM, quando I fI I é pequena, posto que uma interferência detectada é proporcional tanto à amplitude como à freqüência da onda interferente. Os sistemas do tipo PM, como ocorre com a modulação linear, apenas são sensíveis à amplitude da onda interferente. Esta última diferença pode ser entendida com o auxilio de algumas considerações físicas bem simples. A intensidade de um sinal detectado em FM depende do máximo desvio de freqüência. As ondas interferentes com freqüências próximas à da portadora não podem causar modificações significativas na freqüência da resultante, de modo que seus efeitos interferentes são reduzidos. Quanto maior a diferença entre fP e fP + fI , mais acentuado será o desvio de freqüência, de modo que se pode esperar que a saída demodulada seja proporcional a IfII. Entretanto, para PM o desvio de fase máximo depende somente das amplitudes relativas, como indica o diagrama fasorial da Figura 7.3. O desempenho de um sistema tipo FM — ou PM — em relação às interferências, pode ser melhor entendido pela plotagem da amplitude do sinal sem filtragem y(t), em função de If1I, como indica a Figura 7.4. Como é óbvio, YD(t) = y (t) para IfI < W, mas y (t) é um sinal que inclui freqüências no mínimo até BT/2, posto que HR (J) permite — como já foi mencionado —a passagem da faixa ± BT/2 (desde que se suponha que BR | BT), e BT/2 geralmente excede W, para modulação tipo exponencial. A Figura 7.4 ilustra que, quando a interferência é devida a uma estação tipo co-canal,* então fP+fI | fP, se IfII for pequeno e a FM é menos vulnerável. Inversamente, a modulação de fase (PM) apresenta um desempenho bem superior no que tange à interferência tipo canal adjacente, onde IfII é relativamente acentuado. Mas, qualquer CONHECIMENTOS ESPECIFICOS 40 que seja a situação, um filtro passa-baixa com banda W deve seguir o demodulador, de modo a eliminar os componentes da interferência detectada que estão fora de banda da mensagem, mas não rejeitados pelo filtro de pré-detecção — isto é, a interferência em W < < IfII < BT/2. Esta filtragem de pós-detecção é desejável, mas não é uma necessidade para os sistemas com modulação linear, posto que a largura de faixa destinada à transmissão não émaior do que 2W. CONHECIMENTOS ESPECIFICOS 41