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Apostila Análise Química Quantitativa

Conteúdo da matéria de Análise Quantitativa. Trabalhada pela Professora Magali

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CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA Disciplina: APOSTILA DE ANÁLISE QUÍMICA QUANTITATIVA Santo André 2009 SUMÁRIO DEFINIÇÕES 3 Soluções 3 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 3 ANÁLISE QUÍMICA 10 ANÁLISE TITRIMÉTRICA 12 Classificação da volumetria 12 Classificação dos aparelhos volumétricos 13 ALCALIMETRIA 21 Preparação e padronização do NaOH 22 Padronização com o PADRÃO: C8H5KO4 - biftalato de potássio 22 ACIDIMETRIA 23 Preparação e padronização do H2SO4 0,02 N, 0,1 N e 1 N 25 Retrotitulação com Leite de Magnésia 26 a 27 MÉTODO DO EDTA 28 Preparação e Padronização de Solução Padrão de EDTA 0,1 M 31 VOLUMETRIA DE OXI-REDUÇÃO 31 PERMANGANOMETRIA 32 PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DA SOLUÇÃO 0,1N DE KMnO4 33 IODOMETRIA 34 PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO 0,1N DE IODO 35 PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO DE TIOSSULFATO DE SÓDIO 35 Determinação de Concentração de água Oxigenada (H2O2 ) 35 Argentômetria 36 SOLUÇÃO DE NITRATO DE PRATA 0,1 normal 38 Método de Mohr 38 Método Volhard 42 MÉTODO DE FAJANS – INDICADOR DE ADSORÇÃO 43 GRAVIMETRIA 43 MÉTODO DE PRECIPITAÇÃO 45 DETERMINAÇÃO DE SULFATO E Fe+3 49 METODOS EXTRAS 50 a 67 DIAGRAMA FLUXOGRAMA 68 MODELO DE FLUXOGRAMA 69 EXERCÍCIOS 70 A 72 Bibliografia: 73 DEFINIÇÕES Soluções Um aspecto muito importante a conhecer em uma solução é a proporção entre a quantidade da substância dissolvida (soluto) e a quantidade que a está dissolvendo (solvente). Solução é uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias. Uma substância polar tende a se dissolver num solvente polar. Uma substância apolar tende a se dissolver num solvente apolar (tamanho médio das partículas é de 0 a 1nm). Coeficiente de Solubilidade (ou grau de solubilidade) é a quantidade necessária de uma substância (em geral, em gramas) para saturar uma quantidade padrão (em geral, 100g, 1000g, 1L) de solvente, em determinadas condições de temperaturas e pressão. Insolúvel quando o coeficiente de solubilidade é praticamente nulo (cloreto de prata e água e óleo são imiscíveis/ miscíveis água e álcool). Insaturadas: contêm menos soluto do que o estabelecido pelo coeficiente de solubilidade. Saturada: atingiram o coeficiente de solubilidade. Supersaturadas: ultrapassaram o coeficiente de solubilidade. Diluição as soluções: diluir uma solução significa adicionar a ela uma porção do próprio solvente puro. O volume e a concentração de uma solução são inversamente proporcionais. Mistura homogênea (única fase) Solução Mecanismo da dissolução: afinidades entre cargas. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1) Por que certas substâncias se misturam tão infinitamente a ponto de formar soluções enquanto outras não? Devido afinidade entre cargas, tamanho de partículas e soluções iônicas. 2) Por que umas substâncias são apolares e outras são polares? Devido à força intermoleculares (afinidades). 3) O que é força intermolecular? É o nome dado a atração existente entre unidades elementares. 4) O que são essas unidades elementares? -força de atração entre íons (ligação iônica M e NM) -força entre metais (mar de elétrons) -força numa substância apolar -força de London e Van der Waals -forças polares covalentes, ex: H2O. 5) O que é polaridade? Depende da polaridade das ligações estabelecidas entre átomos constituintes e sua geometria. Ligação polar: dipolo elétrico H(+ — O(- 6) O que é polaridade de ligação? É o resultado da diferença entre as eletronegatividades dos átomos que estão ligados. 7) Por que ocorre uma ligação covalente polar? Devido aos vetores dipolares, que terá uma direção, um sentido, e o resultado é sempre dado em módulo. 8) Quando ocorre ligação covalente apolares? Ocorre geralmente entre: Verificar tabela periódica (valor) "H-H "2,1 – "= 0 " " "2,1 " " "O-O "3,5 – "= 0 " " "3,5 " " "C-S "2,5 – "= 0 " " "2,5 " " "N-Cl "3,0 – "= 0 " " "3,0 " " As eletronegatividades são iguais, tendo a mesma simetria de cargas por isso são apolares. Já nas ligações covalentes polares o par eletrônico estará mais próximo do elemento mais eletronegativo e a distribuição de cargas será assimétrica (tem uma diferença de cargas). Ex: "H-O "2,1 – "= 1,4 " " "3,5 " " "C-O "2,5 – "= 1,0 " " "3,5 " " "N-H "3,0 – "= 0,9 " " "2,1 " " "H-Br "2,1 – "= 0,7 " " "2,8 " " 9) Por que a água tem o ângulo de 104º? As ligações entre oxigênio e hidrogênio são perpendiculares (90º), mas devido a eletronegatividade do oxigênio (carga –2) ser maior que o hidrogênio ocorre essa distorção de ângulo e também devido as pontes de hidrogênio. 10) O que são pontes de hidrogênio? É o nome dado a força de atração existente entre dipolos quando o hidrogênio está ligado a átomos de alta eletronegatividade e de pequenos valores atômicos. Ex: flúor, oxigênio, e nitrogênio. 11) O que é vetor polar? É o μ A – B valores de eletronegatividade μ Direção: da reta que une os centros dos dois átomos. Sentido: do átomo do elemento menos eletronegativo para o do mais eletronegativo. Módulo: produto da carga do dipolo (() pela distancia (d) entre os centros dos átomos. (( x d) Quanto maior o modulo do vetor, maior a polaridade da ligação. Ligação apolar H tetraédrica Ligação polar angular H2+ O-2 Voltando às ligações apolares De imediato não deveria existir as forças elétricas, pois as moléculas são apolares. Mas a movimentação intensa dos elétrons ocorre o cisalhamento provocando uma polarização momentânea das moléculas. As forças elétricas que surgem entre as moléculas polarizadas acabam deformando-as e transformando-as em dipolos induzidos, que são temporários e muitos fracos. É isso que justifica a dificuldade de se liquefazerem ou solidificarem as substâncias apolares, mas quando isso acontece as substancias só mantêm no novo estado graças a interações dessas forças (chamadas forças de London ou forças de Van Der Waals). Ponto de fusão (S – L) e ponto de ebulição (L – E) depende das massas moleculares. Quanto maior a massa maior PE e PF. (reações que ocorrem em uma refinaria). Por este motivo se tira por fracionamento que envolve ponto de ebulição e massa atômica. Outras observações em relação às soluções Quanto ao tamanho da partícula: Soluções apresentam tamanho de partícula _ 0 a 1 nm (Solução homogênea) Soluções Coloidais 1 nm a 1000nm (Sistema Coloidal). Ex: Fumaça de cigarro / maionese / suspiro e outros. Soluções sólidas: Ligas metálicas Soluções gasosas: ar atmosférico Solução liquida: a que vai preparar. O que eu tenho que saber em nível de soluções? Os índices nas fórmulas referem-se a: - índice (1): quantidades de soluto. Exemplo: m1 = massa do soluto - índice (2): quantidades de solvente. Exemplo: m2 = massa do solvente - sem índice: quantidade da solução. Exemplo: m = massa da solução (m1 + m2) UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO: 1 - Concentração em g/l é o quociente entre massa do soluto (m1) e volume da solução (V) unidade: g/L ou g L-1 Qual a diferença entre concentração em g/L e densidade? unidade: g/L ou g L-1 Densidade é ao quociente entre a massa da solução e o volume da solução. 2 – Título (em massa ou volume) em porcentagem: unidade: adimensional 3 – Concentração em ppm, ppb e ppt Partes por milhão (ppm) PPM: 1 parte em um milha 1 parte 1.106 partes 70 ppm (70g de soluto em 1.000.000 g de solução). Dado em massa. "Mil = 103 " "1L = 1000mL " "Milhão = 105 " "1m3 = 1000L " "Bilhão = 109 " " " 70 ppm (70 g de soluto em 1.000.000l). Dado em volume. 1 PPB: 1 parte em um bilhão 1 parte = 109 partes "1mg = 109L " "1mg = 105 m3 " "1g = 109 m3 " PPM (g / l) deve-se verificar as unidades PPB (mg / l) PPM (m / m) soluto PPM (V / V) solução 70g 106g soluto 70g 1 tonelada (solução) 70mg 1 Kg PPM = mg / l = (m / v) Titulo: também dado em volume pode expressar ppm (v / v). Devendo-se especificar os dados. 4 - Quantidades de matéria (Molaridade) é o quociente entre quantidade de matéria do soluto (n1) e volume da solução (V) Unidade: mol/L ou mol L-1 Sendo: n1 = quantidade de matéria do soluto (mol) e MM1 = massa molar do soluto (g/mol) 5 - Normalidade é o quociente entre número de equivalentes ( ) de soluto e volume da solução(V) unidade: N (normal) (Obs.: embora esta unidade de concentração seja ainda bastante utilizada na indústria química, ela não é mais recomendada pela IUPAC – União Internacional de Química Pura e Aplicada - desde a década de 1980, sendo a unidade mol/L a recomendada) Relações entre unidades de concentração: - g/L e mol/L: Sendo Portanto Relação entre N e mol/L: Diluição de soluções: Solução 1(antes da diluição): Solução 2 (após a diluição): Após a diluição desta solução, ou seja, adição de solvente, a quantidade de soluto não se altera, portanto a massa (m1) é a mesma antes e após a diluição: m1 (antes)= m1(após) ou C1 . V1 = C2 . V2 Esta mesma relação de concentração para associar à concentração em mol/L.: Solução 1(antes da diluição): Solução 2 (após a diluição): Após a diluição desta solução, ou seja, adição de solvente, a quantidade de matéria de soluto não se altera, portanto n1 é a mesma antes e após a diluição: n1 (antes) = n1(após) ou M1 . V1 = M2 . V2 [Obs.: nestas duas expressões não confundir os índices 1 e 2, que aqui têm o significado de antes (1) e após (2) a diluição, e não com soluto e solvente] Exemplo: Preparar uma solução partindo de uma solução estoque: Tenho aproximadamente 600 ml de solução de hidróxido de sódio 1,0 mol/L, quero transformar em 0,5 mol/L apenas 250mL. M1 . V1 = M2 . V2 1. 250 = 0,5 . V2 V2 = 500 ml (A solução final deverá ter um volume total de 500 ml) Como preparar? Transferir, quantitativamente, 250ml da solução de NaOH 1,0 mol/L para um balão volumétrico de 500 mL de capacidade e completar o volume com água destilada até a marca do balão. A solução resultante ficará com concentração de 0,5 mol/L. ANÁLISE QUÍMICA A análise química visa identificar os elementos (ou substância) existentes em um dado material e também determinar quanto há (dosagem) de cada elemento (ou substância) presente no material estudado. Uma aplicação importante da análise é a determinação da fórmula química. É por meio de análise química que ficamos sabendo, por exemplo, que a fórmula do ácido sulfúrico é H2SO4, isto é, que ele é formado por H, S e O na proporção de 2:1: 4 átomos, respectivamente. A análise química é utilizada, nos laboratórios e nas indústrias químicas, para milhares de determinações diferentes, tais como o grau de pureza dos reagentes, a concentração das soluções, as impurezas existentes na água, a composição das ligas metálicas, etc. O grande desafio da análise química moderna é identificar diferentes materiais, como por exemplo: quantidades mínimas de metais tóxicos na água, de gases nocivos ao ar, de impurezas existentes nos chips de computadores, de agentes de doping em atletas, de venenos usados em crimes quase perfeitos, etc. Para isso são empregados, atualmente, sofisticados métodos de análise instrumental. Um exemplo é o uso de aparelhos de espectroscopia, que realizam a análise interpretando as interações entre a matéria e várias formas de radiação – como a luz, a radiação ultravioleta, as ondas de rádio, etc. Esses aparelhos são acoplados a computadores que interpretam automaticamente os resultados obtidos, fornecendo rapidamente as respostas desejadas (um exemplo comum é o emprego da ressonância magnética, na medicina). Apesar dos avanços tecnológicos, a chamada análise química clássica continua em pleno uso, para identificação e determinação da dosagem de elementos (ou substâncias), em trabalhos mais simples. Vejamos então, em linhas gerais, como ela se processa. Partindo-se, por exemplo, de uma mistura, o primeiro passo da análise química clássica é a chamada análise imediata, que visa separar e purificar os elementos ou as substâncias existentes na mistura. Isso é feito empregando-se os métodos de separação ou desdobramento das misturas, filtração, destilação, etc. Após essa separação e purificação dos elementos ou substâncias, partimos para as chamadas análises elementares, que se subdivide em análise qualitativa e análise quantitativa. A análise qualitativa tem por objetivo determinar quais são os elementos ou as substâncias que foram separadas. Para isso, empregam-se reações de caracterização, isto é, reações químicas que denunciam a presença do elemento ou a substância pela formação de um precipitado, ou pela mudança de coloração, ou pela liberação de um gás conhecido, etc. Assim, por exemplo, podemos constatar se há ou não cloretos em uma solução adicionando AgNO3, se existirem cloretos, ocorrerá à reação: Cl + Ag AgCl (precipitado branco e sua formação denuncia a presença do íon cloreto). Também é possível verificar a presença de alguns elementos químicos através do teste da chama, que fornece cores específicas para diferentes elementos presentes. Após termos descoberto quais são os elementos ou as substâncias existentes no sistema em estudo, passamos a análises quantitativas, que , como o próprio nome diz, visa determinar o quanto há de cada elemento ou substância no sistema em estudo. A análise quantitativa pode ser feita por dois processos mais comuns: a análise gravimétrica e a análise volumétrica. ANÁLISE TITRIMÉTRICA A análise titrimétrica, também chamada volumetria ou titulometria, é um processo clássico de análise química quantitativa. Enquanto na gravimetria procura-se pesar um precipitado, na titulometria o que se faz é medir o volume de uma solução de concentração conhecida que reage com a amostra em análise. Em seguida, a partir do volume medido, determinam-se às quantidades desconhecidas, por meio de cálculos. Ponto de equivalência (PE): momento no qual a quantidade de matéria (n) de titulante é exatamente igual à quantidade de matéria do titulado, ou seja, quando titulante e titulado reagem estequiometricamente. Ponto final (PF): normalmente as titulações envolvem soluções incolores, e quando reagem formam também soluções incolores, ou formam precipitados ou soluções muito coloridas, sendo, portanto, difícil visualizar o ponto de equivalência. Para auxiliar o momento de parar a titulação, utilizam-se indicadores (soluções que mudam de cor, quando condições do meio reacional se alteram). Em uma titulação ácido (titulante) – base (titulado) com a presença de um indicador, quando atinge-se o ponto de equivalência a nácido é igual à nbase e para que ocorra a mudança de cor do indicador, um pequeno excesso de ácido é necessário. Portanto, o PF é um pouco depois do PE. Solução Padrão substância que, atendendo a certos requisitos, é considerada como padrão primário. Solução padronizada: substância que não apresenta os requisitos para ser um padrão primário, então precisa passar pelo processo de padronização quando uma solução desta substância é preparada. Classificação da volumetria 1. Acidimetria A determinação da quantidade de um ácido com o emprego de uma solução titulada de uma base. 2. Alcalimetria O inverso da anterior, aqui, determina-se à quantidade de uma base (álcali) com o emprego de uma solução titulada de um ácido. OBS: A acidimetria e a alcalimetria são os dois casos da chamada volumetria da neutralização. 3. Volumetria de precipitação Quando as duas soluções reagem produzindo um precipitado. Em geral. Ocorre entre dois sais com a formação de um sal insolúvel. 4. Volumetria de oxi-redução Quando determinamos a quantidade de um oxidante com o emprego de uma solução titulada de um redutor, ou vive-versa, nesse tipo de volumetria aparece vários casos particulares importantes como: 1. Permanganometria quando usamos solução titulada de KMnO4 2. Iodometria quando medimos o iodo liberado do KI por um oxidante. 5. Análise gravimétrica/gravimetria (latim gravis pesado) partindo-se de pesagem inicial e reações que favorecem a precipitação e lavagens sucessivas onde no final obtemos um precipitado do material que novamente é pesado e elaboram-se os cálculos. Classificação dos aparelhos volumétricos Faz-se necessário que toda pessoa que trabalhe em laboratório químico saiba distinguir e usar convenientemente cada equipamento volumétrico, de maneira a reduzir ao máximo o erro em análises. O equipamento volumétrico é marcado pelo fabricante para indicar a maneira de calibração (geralmente TD para "dispensar (ou transferir)" e TC para "conter"), mas também a temperatura na qual a calibração se aplica. Pipetas e buretas são calibradas com freqüência para transferir volumes específicos, enquanto frascos volumétricos são calibrados para conter líquidos. A medida de Volume A medida precisa de volume é tão importante em muitos métodos analíticos como é a medida de massa. Unidades de volume A unidade de volume é o litro (L), definido como um decímetro cúbico. O mililitro (mL) é 1/1000 L e é usado onde o litro representa uma unidade de volume inconvenientemente grande. O efeito da temperatura nas medidas de volume O volume ocupado por uma dada massa de líquido varia com a temperatura, assim como varia também o recipiente no qual está colocado o líquido, durante a medida. Entretanto, as maiorias dos equipamentos de medida de volume são feitos de vidro, o qual felizmente tem pequeno coeficiente de expansão. Conseqüentemente, as variações no volume em função da temperatura de um recipiente de vidro não precisam ser consideradas em trabalhos comuns em química analítica. O coeficiente de expansão para soluções aquosas diluídas (aproximadamente 0,025% / °C) é tal que uma variação de 5°C tem efeito considerável na confiabilidade da medida volumétrica. As medidas volumétricas devem tomar como referência alguma temperatura padrão; este ponto de referência é geralmente 20°C. A temperatura ambiente da maioria dos laboratórios fica suficientemente perto de 20°C de modo que não há necessidade de se efetuar correções das medidas de volume. No entanto, o coeficiente de expansão para líquidos orgânicos pode requerer correções para diferenças de temperatura de 1oC ou até menos. Pipetas As pipetas permitem a transferência, de um recipiente a outro, de volumes conhecidos, com precisão. Informações sobre os tipos comuns de pipetas estão na Tabela 1. Uma pipeta volumétrica ou de transferência dispensa um volume único, fixo, entre 0,5 e 200 mL (Tabela 2). Muitas destas pipetas têm códigos coloridos para fácil identificação de seu volume. Tabela 1 - Características de pipetas "Nome "Tipo de "Função "Capacidade "Tipo de drenagem# " " "Calibração*" "disponível (ml)" " "Volumétrica "TD "Dispensa de "1-200 "Livre " " " "volume fixo " " " "Mohr "TD "Dispensa de "1-25 "Até a linha de " " " "volume variável " "calibração " "Sorológica "TD "Dispensa de "0,1-10 "Sopra-se a última " " " "volume variável " "gota " "Sorológica "TD "Dispensa de "0,1-10 "Até a linha de " " " "volume variável " "calibração " "Ostwald-Folin "TD "Dispensa de "0,5-10 "Sopra-se a última " " " "volume fixo " "gota " "Lambda "TC "Contém volume "0,001-2 "Lava-se com " " " "fixo " "solvente " " " " " "apropriado " "Lambda "TD "Dispensa de "0,001-2 "Sopra-se a última " " " "volume fixo " "gota " "Eppendorf "TD "Dispensa de "0,001-1 "A ponta é " " " "volume fixo ou " "esvaziada por " " " "variável " "deslocamento " " " " " "com ar " * TC = conter; TD = dispensar # Um anel fosco perto do topo das pipetas indicam que a última gota deve ser soprada. Tabela 2 - Tolerâncias de Pipetas Volumétricas, Classe A "Capacidade, mL "Tolerância, ml " "0,5 "0,006 " "1 "0,006 " "2 "0,006 " "5 "0,01 " "10 "0,02 " "20 "0,03 " "25 "0,03 " "50 "0,05 " "100 "0,08 " As pipetas de medida ou calibradas são aferidas em unidades convenientes para que permitam a dispensa de qualquer volume, até uma capacidade máxima que varia de 0,1 a 25 ml. As pipetas volumétricas e calibradas são preenchidas até uma marca de calibração da parede externa; a maneira que a transferência é feita depende de cada caso em particular. Já que existe uma atração entre a maioria dos líquidos e o vidro, uma pequena quantidade de líquido tende a ficar retida na ponta da pipeta, depois que a mesma é esvaziada. Este líquido residual nunca é soprado da pipeta volumétrica ou de alguns tipos de pipetas calibradas. Algumas pipetas calibradas pedem que sejam sopradas (Tabela 1). Micropipetas manuais Eppendorf liberam volumes ajustáveis de líquidos da ordem de microlitros. Com estas pipetas, um volume conhecido e ajustável de ar é deslocado da ponteira descartável de plástico pressionando-se o botão no topo da pipeta, até uma posição desejada de volume. Este botão opera um pistão que força o ar para fora da pipeta. O volume de ar deslocado pode ser variado pelo ajuste de um micrômetro digital localizado na frente do equipamento. A ponteira de plástico é então inserida no líquido e a pressão do botão é liberada, fazendo com que o líquido seja levado para a ponteira. A ponteira é então encostada na parede do frasco receptor e o botão é novamente pressionado até a posição desejada de volume. Após um segundo, o botão é pressionado até uma segunda posição, a qual esvazia completamente a ponteira. As faixas de volume e as precisões de pipetas deste tipo estão mostradas na Tabela 3. Tabela 3 - Faixa e Precisão de Micropipetas Eppendorf "Faixa de volume "Desvio padrão ( L)" "( L) " " "1-20 "<0,04 @ 2 L " " "<0,06 @ 20 L " "10-100 "<0,10 @ 15 L " " "<0,15 @ 100 L " "20-200 "<0,15 @ 25 L " " "<0,30 @ 200 L " "100-1000 "<0,6 @ 250 L " " "<1,3 @ 1000 L " "500-5000 "<3 @ 1,0 mL " " "<8 @ 5,0 mL " Várias pipetas automáticas são disponíveis para situações que exigem dispensa repetida de um volume particular. Além disso, já está disponível no mercado uma micropipeta motorizada e controlada por computador. Este equipamento é programado para funcionar como uma pipeta, um dispensador de múltiplos volumes, uma bureta e como uma forma de diluir amostras. O volume desejado é inserido através do teclado e aparece num painel. Um pistão movido por um motor dispensa o líquido. Volumes máximos variam de 10 a 2500 L. Como usar sua pipeta As seguintes instruções dizem respeito especificamente a pipetas volumétricas, mas podem ser consideradas para o uso de outros tipos de pipetas também. O líquido é levado até a pipeta através da aplicação de um pequeno vácuo. Sua boca nunca deve ser usada para sucção já que há possibilidade de ingerir acidentalmente o líquido sendo pipetado. Ao invés da boca, deve-se usar uma pêra de borracha ou um tubo de borracha conectado à trompa de vácuo. Limpeza Use uma pêra para aspirar solução de detergente a um nível de 2 a 3 cm acima da marca de calibração da pipeta. Drene esta solução e enxágüe a pipeta com várias porções de água de torneira. Verifique se o filme de água na parede da pipeta é homogêneo ou se há rupturas do filme. Se houver rupturas, lave tantas vezes com detergentes quantas forem necessárias. Finalmente, preencha a pipeta com água destilada com um terço de sua capacidade e rode-a até molhar toda a sua superfície interna. Repita este procedimento com água destilada pelo menos duas vezes. A medida de uma alíquota Use uma pêra para aspirar um pequeno volume do líquido a ser amostrado para a pipeta e molhe sua superfície interna com este líquido. Repita isto com outras duas porções do líquido. Então, cuidadosamente, preencha a pipeta com um volume um pouco acima da marca de calibração (Rapidamente, substitua a pêra por seu dedo indicador para interromper a liberação do líquido. Certifique-se que não há bolhas no líquido e nem espuma em sua superfície. Incline um pouco a pipeta e enxugue sua parede externa com papel absorvente. Toque a ponta da pipeta na parede interna de um béquer (não o frasco para onde a alíquota vai ser transferida), e vagarosamente, deixe que o líquido escorra dando uma ligeira folga na pressão exercida pelo seu dedo indicador (Nota 1), até que o menisco do líquido alcance exatamente a marca de calibração da pipeta. Então coloque a ponta da pipeta dentro do frasco receptor da alíquota e deixe o líquido escorrer livremente. Descanse então a ponta da pipeta na parede interna do frasco por poucos segundos. Finalmente, retire a pipeta com um movimento de rotação para remover qualquer líquido aderido na sua ponta. O pequeno volume retido na ponta de uma). Pipeta volumétrica nunca deve ser soprada para ser liberada. Notas 1. O líquido pode ser retido de forma mais adequada com seu dedo indicador se este estiver ligeiramente úmido. Se a umidade for muito alta, o controle do nível do líquido fica impossível. 2. Enxágüe a pipeta muito bem após cada vez que for usada. Buretas Assim como as pipetas, as buretas são capazes de dispensar qualquer volume, até sua capacidade máxima. A precisão alcançável com uma bureta é muito maior do que com uma pipeta. Uma bureta consiste de um tubo calibrado usado para conter um titulante mais um sistema de válvula (torneira da bureta), pelo qual a vazão de titulante é controlada. Esta torneira é a principal distinção entre as buretas. A torneira de pinça consiste de um tubo curto de borracha com uma pérola de vidro bem ajustada dentro dele. Este tubo de borracha liga a bureta à sua ponteira. Somente quando o tubo de borracha é deformado, o líquido pode passar pela pérola de vidro. Um outro tipo de bureta é a equipada com uma torneira de vidro colocada dentro de um cilindro de vidro esmerilhado. Um lubrificante é colocado entre as paredes para selar a passagem de líquido. Algumas soluções, em especial as bases, provocam o travamento da torneira. Portanto, uma cuidadosa limpeza deve ser feita após cada uso. Torneiras de Teflon são comuns, pois não são afetadas pela maioria dos reagentes e não necessitam de lubrificação. Como usar sua bureta Antes de ser usada, a bureta deve estar muito limpa. Além disso, a torneira deve estar envolta com graxa para evitar que seja molhada com o líquido. Considerações Gerais sobre o Uso de Equipamentos Volumétricos As marcas de volume são feitas pelos fabricantes com os equipamentos volumétricos bem limpos. Um nível de limpeza análogo deve ser mantido no laboratório se estas marcas forem usadas com confiança. Somente superfície de vidro limpa sustenta um filme uniforme de líquido. Poeira ou óleo rompe este filme. Portanto, a existência de rupturas no filme é uma indicação de uma superfície "suja". Limpeza Uma breve agitação com uma solução quente de detergente é geralmente suficiente para remover graxa e poeira. Agitação prolongada não é aconselhável já que pode aparecer um anel na interface detergente/ar. Este anel não pode ser removido e inutiliza o equipamento. Depois de ser limpo, o aparato deve ser bem enxaguado com água de torneira e então duas a três vezes com água destilada. Raramente é necessário secar vidraria volumétrica. Evitando a paralaxe A superfície de um líquido confinado num tubo estreito exibe uma curvatura marcante, ou menisco. É comum utilizar a parte inferior do menisco como ponto de referência na calibração e no uso de equipamento volumétrico. Este ponto mínimo pode ser mais bem visualizado segurando-se um cartão de papel opaco atrás da coluna graduada. Ao se ler volumes, seu olho deve estar no nível da superfície do líquido para assim evitar um erro devido à paralaxe. Paralaxe é um fenômeno que provoca a sensação: (a) do volume ser menor que seu valor real se o menisco for "olhado" por cima da superfície e (b) do volume ser maior se o menisco for "olhado" abaixo da superfície do líquido. Higienização Limpeza do material de vidro Toda a vidraria utilizada em uma análise química qualitativa ou quantitativa deve estar perfeitamente limpa antes do uso, pois a presença de substâncias contaminantes pode induzir erros no resultado final da análise. Não existe um método ideal para limpeza da vidraria de laboratório. Um método que é próprio para uma determinada experiência pode deixar resíduos para uma outra. Toda vidraria geralmente é lavada com o auxílio de escovas e solução de detergente neutro, enxaguados com água corrente (torneira) e posteriormente três vezes com água pura (destilada ou deionizada) secando em um local protegido da poeira ou em estufas de secagem (exceto vidrarias graduadas). Para casos mais resistentes e para pipetas onde a escova não pode chegar é necessário uma solução de lavagem mais ativa. Algumas dessas soluções são mencionadas abaixo: Solução Alcoólica de Hidróxido de Potássio É um reagente desengordurante muito eficaz, de ação rápida. Preparo: Dissolvem-se 100 g de hidróxido de potássio em 50 mL de água e após o resfriamento completa-se a 1 litro com álcool etílico a 95%, agita- se e filtra-se com um funil de vidro sinterizado após 24 horas de decantação. Não deixe em contato com material volumétrico mais do que 5 minutos, pois ela ataca lentamente o vidro. Mantenha em frasco plástico (polietileno). Seu uso pode ser repetido mesmo após o escurecimento. Uso: Após deixar submerso o material por alguns minutos lavar com água abundante algumas vezes, usar posteriormente uma solução diluída de HCl para neutralizar traços da substância alcalina e lavá-lo novamente com água. Peróxido ácido Utilizado para limpeza de resíduos de natureza diversa, principalmente manchas marrons de MnO2 e compostos de ferro. Preparo: Mistura na proporção de 1:1 de H2O2 3%(m/v) e HCl 6 mol L-1. Uso: Deixar o material submerso por 24 horas no mínimo e lavar com água destilada algumas vezes. Não guardar a solução em recipiente fechado. Solução ácida Utilizada para limpar vidrarias destinadas a análise de metais. Preparo: solução de HCl 10% (v/v). Uso: Deixar o material submerso por 24 horas no mínimo e lavar a vidraria com água destilada ou ultra-pura, dependendo da aplicação. Secar o material em local isento de poeira. Práticas que devem ser evitadas durante a limpeza dos materiais volumétricos. Nunca aquecer um aparelho volumétrico, o qual pode se deformar. Não deixe o material imerso na solução de limpeza por muito tempo. Não utilize ar comprimido para secagem da vidraria, porque contém óleo do compressor e poeira do ambiente. Se existe a necessidade de secagem forçada, utilize nitrogênio gasoso para esse procedimento. Precauções quanto à segurança: Utilizar avental branco de mangas longas, óculos de segurança, luvas descartáveis, mascaras quando necessário e luvas de borracha quando trabalhar com ácidos concentrados. ALCALIMETRIA Objetivo: Preparar e padronizar uma solução de hidróxido de sódio 0,1 normal Material Erlenmeyer de 250 ml ou 125 ml; Bureta de 50 ml; proveta graduada de 100 ml; Becker de 100 ml e 250 ml; balão volumétrico de 500 ml ou 1000 ml. Reagentes Hidróxido de Sódio PA; água deionizada; solução indicadora fenolftaleína 0,1%; biftalato de potássio PA. PROCEDIMENTO 01: o procedimento inicia-se com a realização dos cálculos para se saber a massa que será necessária para se obter a concentração desejada de 0,1 N. Após os cálculos, deve-se pesar o NaOH (pa), ou seja, as 4g em um béquer de 100 ml ou 250 ml e dissolver com água destilada, após dissolução transferir para 1 balão volumétrico de 1 litro e completar com água deionizada até o menisco. PS. NaOH é altamente higroscópica e exotérmica. Eq = mol = 40 g/mol Eq = mol = 40 g OU nº. Eq = massa OU N = nº. Eq OH- 1 Eq V(l) N = m 0,1N = m m = 4,0g Eq V (L) 40.1 PS. Para eliminar o gás carbônico, adiciona-se 1 a 2g de BaCl2 p/ litro. Padronização com o PADRÃO: C8H5KO4 - biftalato de potássio O padrão primário do hidróxido de sódio é o biftalato de potássio, portanto deve-se realizar o cálculo da massa a ser pesada, lembrando que a normalidade do padrão deve ter a mesma da solução problema. Pesa-se a massa calculada do padrão em um erlenmeyer de 250 ml, dissolve com água e adiciona-se 2 gotas do indicador fenolftaleína. Titula-se com NaOH 0,1N até viragem (rosa bebê) pH 8,2. Deve-se 4 paralelos. N = massa ( 0,1 = m ( m = 0,40844 g Eq V(L) 204,22 0,02 3 NaOH(aq) + C8H5KO4 ( NaKC8H4O4 + H2O PREPARAÇÃO: indicador fenolftaleína Dissolve-se 1g de fenolftaleína em 60ml de álcool etílico anidro e completa- se até 100ml de água destilada. pH = 8,3 – incolor ou levemente rósea / 9,8 – vermelho ou pink. CÁLCULO DO FATOR: Fc = VT f = massa do padrão VR Eq. Do Pd. V(ml). N 1000 Podemos Padronização com HCl: pode-se padronizar com HCl preparado e fatorado. Toma-se 25ml desse HCl e adicione 2 gotas de fenolftaleína. Titula-se com NaOH 0,1N até viragem (rosa bebê) pH 8,2. Deve-se 4 paralelos. NaOH + HCl NaCl + H2O NEUTRALIZAÇÃO DO RESÍDUO GERADO: O produto que neutraliza o NaOH é o mesmo do HCl, ou bicarbonato de sódio (0,1N) C= 8,4 g/l em 1 litro de água destilada. Deve-se deixar o NaHCO3 secar durante 4 horas. (Eq = 84,01). SEGURANÇA: Devem-se usar óculos de segurança, luvas e avental. Cuidado com pesagem, você pode perder massa de NaOH pular e não perceber. ROTULAGEM DO FRASCO: NOME DA SOLUÇÂO; CONCENTRAÇÃO, DATA DO PREPARO, VALIDADE DE 90 DIAS OU PADRONIZAÇÃO SEMANALMENTE DE ACORDO COM O USO. ACIDIMETRIA Objetivo: Baseado no exemplo a seguir, faça os cálculos para preparação e padronização de uma solução de àcido Sulfúrico H2SO4 1 Normal, 0,1 Normal e 0,02 Normal. a) Devemos lembrar que equivalente do H2SO4 = 49 g/eq b) Calcular quanto devemos pipetar de ácido Sulfúrico de acordo com cada concentração. c) Faça os cálculos do sal carbonato de sódio de acordo com as concentrações dos ácidos. Exemplo de como preparar e padronizar uma solução de ácido clorídrico 0,1 normal Material Erlenmeyer de 250 ml ou 125 ml bureta de 50 ml; proveta graduada de 100 ml; béquer de 100 ml e 250 ml; balão volumétrico de 500 ml ou 1000 ml. Reagentes Ácido clorídrico PA; água deionizada; solução indicadora de metilorange ou alaranjado de metila 0,2%; carbonato de sódio anidro. NOTA1 Verificar sempre a pureza do reagente PA, converter a massa a 100% encontrada para massa equivalente a pureza do reagente. PROCEDIMENTO 01: o procedimento inicia-se com a realização dos cálculos para se saber o volume de HCl que serão necessários para se obter a concentração desejada de 0,1 mol/L. Após os cálculos coloca-se água destilada até a metade do balão volumétrico de 1 litro, em seguida, adicionam-se os 8,5ml de HCl com o auxílio de uma pipeta graduada, completa- se com água destilada até a marca do balão, fecha-se e agita-se, invertendo o balão três vezes para homogeneização. Eq = Mol = 36,5 g/mol N = 0,1 N ( 0,1N = 0,1M N = massa ( 0,1 = m ( m = 3,65g Eq. V(L) 36,5. 1 NºEq = massa ou Eq = mol Eq nº. H+ Eq = mol = 36,1 = 36,5 1 O HCl deve-se trabalhar em volume, em capela ventilada, pois desprende fumaça e cheiro irritante. d20ºC = 1,18 g/cm3 d = m ( 1,18 = 3,65 ( V = 3,09ml V V 3,09 37% x 100% x = 8,5 (aprox.) O mesmo volume é encontrado fazendo-se os cálculos em termos de concentração em mol/L: m1 = 3,65 g de HCl m = 9,86 g V = 8,4 mL Cálculo da massa do padrão primário necessária para a padronização – Tratamento térmico do Na2CO3 (carbonato de sódio anidro): secar em estufa a 100-120º por 3 horas, retirar e acondicionar em dessecador (com agente secante), fazer vácuo, e abrir somente no momento da pesagem. 2HCl(aq) + Na2CO3(aq) 2NaCl(aq) + CO2(g) + H2O nHCl = 2 . nNa2CO3 m = 0,1325 g de Na2CO3 ou m1 = 0,1325 g (PS. A normalidade do padrão deve ser a mesma da solução problema). INDICADOR: alaranjado de metila ou metilorange Dissolva 0,2g de metilorange em água quente, após resfriamento, filtra-se, se necessário e dilua com água até 100ml. pH = 3,1 – levemente vermelha / pH = 4,4 – laranja amarelado. PROCEDIMENTO 02: pesa-se em um erlenmeyer de 250 ml ou 125 ml a massa calculada de carbonato de sódio, adiciona-se em torno de 25 ml de água destilada. Adiciona-se o indicador metilorange e inicia-se a titulação com HCl na bureta. O ponto de viragem é obtido com a visualização da cor amarelo-vermelho. Deve-se fazer 4 paralelos. REAÇÃO ENVOLVIDA: 2 HCl + Na2CO3 2 NaCl + H2CO3 CÁLCULOS DO FATOR: Fc = VT f = massa do padrão VR Eq. Do Pd. V(ml). N 1000 NEUTRALIZAÇÃO DO RESÍDUO GERADO: O produto que neutraliza o HCl conc = 3,09 g/l é o bicarbonato de sódio na mesma concentração 0,1N. Deve-se deixar secar o bicarbonato por 4 horas, dissolver 8,4g em 1L de água (Eq Na2CO3 = 53,01) SEGURANÇA: Devem-se usar óculos de segurança, luvas e avental de mangas compridas para manusear o HCl. Deve-se fazer na capela. ACONDICIONAMENTO: Frasco Escuro de Vidro ou polietileno branco; Manter bem fechado em lugar seco e ao abrigo de luz. ROTULAGEM DO FRASCO: NOME DA SOLUÇÂO; CONCENTRAÇÃO, DATA DO PREPARO, VALIDADE DE 90 DIAS OU PADRONIZAÇÃO SEMANALMENTE DE ACORDO COM O USO. REALIZAR TETRAPLICATA RETROTITULAÇÃO Determinação de Hidróxido de magnésio em Leite de magnésia Uma das etapas mais importantes em uma análise é a amostragem, pois, em geral, apenas uma pequena porção do material de interesse será analisada, e esta deve ser representativa do todo. Muitas vezes a amostra não está em condições de ser diretamente analisada, já que a maioria dos métodos analíticos emprega soluções, e nem sempre o material é solúvel em água. Pode ser necessária à abertura da amostra, e o método empregado depende de sua natureza. Após a obtenção da solução pode ser necessária uma separação ou imobilização de interferentes. Outro fator importante é a escolha do método, que depende fundamentalmente da concentração do analito. Métodos clássicos são aplicados a macrocomponentes. Questionário: o que é amostragem? Quais as etapas de um processo de amostragem? Qual a diferença entre amostra homogêneas e heterogêneas? Dê um exemplo de cada uma. Qual o efeito do erro de amostragem no resultado da análise? Como é realizada a amostragem de uma suspensão? Por que é necessário realizar a abertura da amostra por dissolução com ácido em lugar de realizar a titulação diretamente na amostra? O que é titulação direta? E retrotitulação ou titulação de retorno? Volumetria de Neutralização À amostra é adicionado excesso (Va) de solução padrão de ácido (Ma), ocorrendo a seguinte reação: Mg(OH)2 + 2HCl ( MgCl2 + 2H2O + HClexc O excesso de ácido é titulado com solução padrão de NaOH: HClexc + NaOH ( NaCl + H2O Conhecendo-se o número de moles total de ácido (na) adicionado e o número de moles em excesso (naexc), determina-se o número de moles que reagiu (nar ( reagiu )) com o Mg(OH)2, através da regra de três: 1mol Mg(OH)2 ( 2 mol HCl nMg(OH)2 mol Mg(OH)2 ( nar mol HCl 2.nMg(OH)2 = 1.nar mol HCl nar = na - naexc naexc = nNaOH = MNaOH . VNaOH na = Ma .Va onde MNaOH e VNaOH são a concentração e o volume de NaOH gastos na titulação. ( nMg(OH)2 = 1/2(Ma .Va - MNaOH . VNaOH) % Mg(OH)2 = [(nMg(OH)2 . PM Mg(OH)2)/massa da amostra].100 prática Agitar vigorosamente o frasco de leite de magnésia. Pesar imediatamente, com o auxílio de um conta gotas, não mais que 0,4 ou 0,5 g da amostra em um erlynmeyer. Adicionar, com uma pipeta volumétrica, exatamente 25 mL de solução padrão de HCl 0,1 mol/L fatorado e agitar até dissolver completamente, tomando cuidado para que não haja perda. Adicionar 2 gotas de fenolftaleína ou vermelho de metila e titular com solução padrão de NaOH 0,1 mol/L fatorado. Repetir o procedimento pelo menos mais três vezes. Calcular a porcentagem de hidróxido de magnésio no leite de magnésia Calcular o desvio padrão relativo. Discutir os resultados baseado, pelo menos, no questionário acima. Titulometria de Complexação EDTA – Ácido Etilenodiaminotetracético C10H16N2 O8 Densidade: 0.86 g/cm³ Ponto de fusão: 237-245 °C (dec.) A titulometria de complexação baseia-se em reações que envolvem um íon metálico e um agente ligante com formação de um complexo suficientemente estável. A estabilidade dos complexos está relacionada com a capacidade de complexação do íon metálico envolvido e com as características do reagente. A relativa capacidade de complexação dos metais está baseada na divisão dos metais em ácidos de Lewis, segundo a classificação de Scwarzenbach: a) cátions com a configuração de metais nobres (alcalinos, alcalinos- terrosos e alumínio). Na formação dos complexos predominam forças eletrostáticas, de modo que as interações entre íons pequenos de carga elevada são particularmente fortes, conduzindo a complexos estáveis. b) cátions com subcamadas d completamente preenchidas cobre I, prata e ouro I. Estes íons têm um alto poder de polarização e as ligações formadas nos seus complexos têm caráter covalente apreciável. Os complexos são tanto mais estáveis quanto mais nobres são os metais e menos eletronegativo é o átomo doador do ligante. c) íons de metal de transição com subcamadas d incompletas. Entre as características do ligante que são reconhecidas como influente na estabilidade dos complexos em que estão envolvidas estão: a força básica do ligante, suas propriedades de quelação e efeitos estéricos. O termo efeito quelato refere-se ao fato de que um complexo quelatado, isto é, que seja formado por um ligante bidentado ou multidentado, é mais estável do que o correspondente complexo com ligantes monodentados; quando maior o número de ligações ao íon central, maior a estabilidade do complexo. Um outro fato que deve ser levado em consideração é a velocidade de reação. Para que um complexo tenha utilidade analítica é necessário que a reação seja rápida. Quanto à velocidade, os complexos classificam-se em lábeis e inertes. O termo complexo lábil é aplicado aos casos em que a substituição nucleofílica é completa dentro do intervalo de tempo requerido para fazer a mistura dos reagentes. O termo inerte requerido para fazer a mistura dos reagentes. O termo inerte é aplicado aos complexos que sofrem reações de substituição lentas. EDTA o ácido etilenodiaminotetracético pertence à classe de substâncias chamadas de complexonas ou quelões. A molécula é um ácido tetraprótico com dois átomos de nitrogênio. Apresenta, portanto, seis posições ligantes possíveis prótons são removidos. O EDTA, como agente complexante, forma complexos estáveis de estequiometria 1:1 com grande número de íons metálicos em solução aquosa. Esse reagente pode ser obtido com alta pureza, na forma do ácido propriamente dito ou na forma do sal dissódico dihratado. As duas formas possuem alta massa molar, mas o sal dissódico tem a vantagem de ser mais facilmente solúvel em água. Somente para valores de pH acima de 10 é que a maior parte do EDTA existe, em solução, na forma da espécie Y -4. Para valores de pH abaixo 10 predominam as outras espécies protonadas. Nesses casos, pode-se considerar que o íon H + complete com o íon metálico pelo EDTA. O valor de pH pode ser calculado e envolve o valor da constante de estabilidade absoluta e os valores apropriados das constantes de dissociação do EDTA. Os indicadores de metais são substâncias que formam sais complexos com o metal que é titulado, adquirindo coloração diferente daquela própria do indicador e de estabilidade menor que a dos complexos do metal com EDTA. Assim, a adição do indicador à solução problema, tem como primeiro efeito o de complexar uma fração equivalente dos íons metálicos presentes, adquirindo coloração característica do complexo metálico do indicador. Em seguida, titula-se com solução padrão de EDTA, operando numa faixa de pH definida. O EDTA após complexar inicialmente os íons metálicos livres, reage com os íons metálicos complexados pelo indicador, pois esse complexo e menos estável. Assim, a segunda complexação libera o indicador e, consequentemente, volta a sua coloração original; resulta, portanto, a possibilidade de reconhecer, com precisão, o ponto final da titulação. Se esse fenômeno não ocorrer, é que o íon metálico bloqueou o indicador não o liberando para o meio e com isso a coloração da solução não se altera no ponto estequiométrico, ocasionando erro de titulação. O ericromo T é um indicador metalocrômico. Sua aparência é de pó escuro, quase preto, com um leve brilho metálico. PREPARO DAS SOLUÇÕES 1) Solução do sal dissódico do ETDA 0,01 M (M/100) (Titriplex III) Pesar 3,723 g de sal dissódico da ETDA, dissolver em 100 mL de água destilada em balão volumétrico de 1000 mL, homogeneíze e complete o volume. 2) Solução Tampão (pH = 10 +- 0,1) ou Hidróxido de amônio R Dissolver 16,9 g de cloreto de amônio (NH4CI) em 143 mL de hidróxido de amônio concentrado (NH4OH), adicionar 1,179 g de sal dissódico do etilenodiamina tetracético dihidrato (Na2ETDA.2H2O) e 0,780 g de sulfato de magnésio heptahidrato (MgSO4.7H2O) ou 0,644 g de cloreto de magnésio hexahidratado dissolvidos em 50 mL de água destilada. Diluir com água destilada para 250 mL. A utilização de 1 a 2 mL desta solução tampão devem elevar o pH da amostra para 10 +- 0,1 no final da titulação. 3) Indicador Negro de Eriocromo T ou comprimidos de indicador-tampão MERCK (negro de ericromo T = sal sódico do ácido 2 hidroxi –1- (1'-hidroxinaftil- 2'-azo)-6- Misturar 0,5 g de negro eriocromo a 100 g de cloreto de sódio. 4) SOLUÇÃO DE CÁLCIO PADRÃO Pesar exatamente 1,0000 g de CaCO3 anidro e P.A. e transferir para um Erlenmeyer de 250 mL de capacidade. Adicionar aos poucos, com auxílio de um funil, solução de HCl (1:1) até dissolver todo o carbonato. Em seguida juntar 200 mL de água e levar à ebulição por alguns minutos para eliminar todo o CO2. Esfriar. Adicionar 2 a 3 gotas de vermelho de metila e ajustar a cor laranja intermediária pela adição de solução NH4OH ou HCl (1:1). Transferir toda a mistura para um balão volumétrico de 1 litro e completar com água destilada. Agitar para homogeneizar. Cada mL dessa solução equivale a 1,00 mg de CaCO3. 5) Padronização de solução de EDTA Pipetar 25 ml de solução de cálcio padrão e transferi-los para uma cápsula de porcelana juntando 50 mL de água redestilada. Adicionar de 1 a 2 ml da solução-tampão para obter um pH aproximadamente 10. Em seguida, juntar 0,05 g do indicador (mistura de 0,5 g de Negro de Eriocromo T com 100 g de NaCl guardada em frasco bem fechado). Titular com a solução de EDTA a ser padronizada, gota a gota, até desaparecer a última coloração avermelhada e aparecer à cor azul indicadora do ponto final da titulação. Cálculos: Fc = M2. V2/ M1. V1 ou V real / V teórico obs. Solução de EDTA 0,01 = Solução padrão de cálcio 0,01. VOLUMETRIA DE OXI-REDUÇÃO A reação entre o titulante e o titulado é de oxi-redução. Vamos estudar as duas mais importantes: a PERMANGANOMETRIA e a IODOMETRIA. PERMANGANOMETRIA Baseada nas reações de oxidação do permanganato de potássio, que podem ser: a) Em meio ácido: MnO4- + 8 H+ Mn+2 + 4 H2O + 5 elétrons +7 +2 b) Em meio básico: MnO4- + 4 H+ + 3 elétrons Mn+4 + 2 H2O +7 +4 PREPARAÇÃO DA SOLUÇÃO 0,1N DE KMnO4 Pesar cerca de 3,2g de permanganato de potássio (E = 31,61g), dissolver para 1 litro com água destilada, aquecer até ferver e conservar em aquecimento, abaixo da temperatura de ebulição, pôr 1 h. Depois de 2 ou 3 dias, filtrar em material livre de matéria orgânica. Guardar em frasco âmbar e em lugar protegido da luz, de vapores redutores e de poeiras. PADRONIZAÇÃO Pesar por volta de 0,134 g de oxalato de sódio puro e seco (105ºC – 110ºC). Passar para um erlenmeyer de 250ml, dissolver com 60ml de água destilada. Juntar 10ml de H2SO4 1:1. Aquecer à 80ºC – 90ºC e titular com o permanganato de potássio. A adição não deve superar 15ml por minuto, o último ml deve ser colocado gota-a-gota, tendo-se o cuidado de esperar que cada uma delas se descore antes de adicionar a próxima. O ponto final é indicado pelo aparecimento de uma coloração rósea persistente. A temperatura não deve ser menor que 60ºC, durante a titulação. QUESTÕES 1. Escreva a equação da reação envolvida na titulação. 2. O E do oxalato de sódio = 67g. Escreva a fórmula de cálculo do fator de correção do permanganato de potássio 0,1N. 3. Calcule o fator de correção do permanganato de potássio 0,1N 4. Faça um relatório completo da determinação do teor de água oxigenada na água oxigenada 10 volumes. IODOMETRIA CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS: O Iodo forma com o amido um complexo de cor azul (pode varias até o roxo). O Iodo é insolúvel em água, porém é solúvel numa solução aquosa de Iodeto de Potássio. O Ponto de Equivalência pode indicar a presença de iodo (a solução ficará azul na presença de amido) ou o total consumo do iodo (a solução passa de azul para incolor). A iodometria pode ser usada para determinação de Cloro Ativo, Peróxido de Hidrogênio, Ferrocianetos, Sulfetos, Ferro III etc. O MÉTODO ESTÁ BASEADO NA REAÇÃO REVERSÍVEL. I2 + 2e- 2 I- E do Iodo = Massa molar: 2 = 126,9g 0. -1 Δ = 0 – (-1) = 1 x 2 = 2 PREPARAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO 0,1N DE IODO Dissolver aproximadamente 36g de iodeto de potássio em 100ml de água destilada, juntar aproximadamente 12,8g de Iodo, dissolver. Passar para um balão volumétrico de 1L e completar o volume com água destilada. Deixar em repouso em lugar escuro por, pelo menos, dois dias, filtrar em placa porosa e guardar em frasco âmbar. PADRONIZAÇÃO Não existe padrão primário para o Iodo. A padronização será feita através de uma outra solução padronizada, no nosso caso será a solução de Na2S2O3 (tiossulfato de sódio). Passos a seguir: 1. Preparação da solução de Na2S2O3: Pesar 25g de tiossulfato de sódio, dissolver em água destilada fervida e à quente, adicionar 0,1ml de hidróxido ou carbonato de sódio. Resfriar e diluir a 1L adicionar 0,5 ml de clorofórmio, manter em frasco escuro durante, pelo menos, dois dias. 2. Padronização da solução de Na2S2O3: Adicionar 20ml da solução padronizada de KMnO4 em erlenmeyer munido de tampa, adicionar: 3g de KI, 50ml de água destilada e 5ml de HClconc. Deixar repousar no escuro por 5 minutos. Adicionar 50ml de água destilada e titular, vagarosamente, com o tiossulfato. Quando a cor se apresentar amarelada, adicionar 5 gotas de solução de amido. Titular vagarosamente até o desaparecimento da cor azul. Reações envolvidas: (A) 2 KmnO4 + 10 KI + 16 HCl 12 KCl + 2 MnCl2 + 8 H2O + 5 I2 (B) 2 Na2S2O3 + I2 Na2S4O6 + 2 NaI 3. Padronização da solução de Iodo: tomar 20ml da solução de Iodo, diluir com 100ml de água destilada e titular, vagarosamente, com a solução de tiossulfato de sódio 0,1N fatorada, até o aparecimento de uma coloração amarelada, adicionar 2ml de solução de amido 1% (recém preparada) e titular até o desaparecimento da cor azul. 4. Preparação da solução de amido a 1% pesar 1 grama de amido solúvel m balança analítica e adicionar 100 ml de água destilada fervente, solubilizar como se prepara uma emulsão (lentamente), após preparo, filtrar em algodão para evitar possíveis fibras que não tenha sido solubilizadas. Padronização da solução de tiossulfato 0,1 mol L-1 ( Usando Dicromato de Potássio) Para padronizar uma solução 0,1 mol L-1 de tiossulfato de sódio, pesa- se cerca de 0,13 g e não mais que 0,15 g (anotando até ± 0,1 mg) de dicromato de potássio puro e seco em estufa a 120°C por 2 V2 horas (padrão primário) e dissolve-se esta amostra em 50 mL de água. Adicionam-se ao meio 2 g de iodeto de potássio e 8 mL de ácido clorídrico concentrado. Homogeneiza-se c titula-se a solução resultante com tiossulfato, sob agitação constante, até que a cor castanha mude para verde amarelado. Neste ponto, adicionam-se 3 mL de solução de amido e continua-se a titulação até a brusca mudança da cor azul para verde puro. Em lugar do dicromato de potássio, diversas outras substâncias podem ser usadas como padrão primário, dentre as quais, iodato e bromato de potássio. Em meio ácido, os íons dicromato reagem com iodeto de acordo com a reação: Cr2O2/7 + 14H+ + 6I- 3I2 + 2CR3+ + 7H2O A velocidade dessa reação aumenta bastante com o aumento da concentração de íons H+, e por isso deve ser feita em solução fortemente ácida. No entanto, em soluções muito ácidas podem ocorrer erros devido à oxidação do iodeto pelo oxigênio do ar, mas fazendo-se a padronização pelo procedimento acima descrito, o erro na concentração final será minimizado. Com estes dados calcula-se a concentração da solução-padrão sabendo-se que cada mol de K2Cr2O7 (massa molar = 294,19 g mol"1) produz 3 moles de I2, que reagem com 6 moles de Na2S2O3. De tal modo que a quantidade de matéria em Na2S2O3 é igual à quantidade de matéria em K2Cr2O7 multiplicado por 6. Determinação de Concentração de água Oxigenada (H2O2 ) Pegue 10 ml de H2O2 preparada (pesar por volta de 3,036 gramas e avolumar para 100 ml em balão volumétrico) e acidule a amostra a ser titulada com 10ml de ácido sulfúrico 1:1 ou 5 ml de ácido sulfúrico concentrado PA. E titule com Permanganato de Potássio previamente fatorado. E da água oxigenada = 17,01g. H2O2 H2O + ½ O2 22,4 na CNTP 10Volumes = 10 L de O2 34g 11,2 L (CNTP) x= 10L= 10V Mol H2O2 = 34 g/mol Eq = 17 x= 30,36g N= massa/Eq x V(L) = n= 30,36/17X1 N= 1,786 Normal do H2O2 A viragem ocorre quando o nº. equivalentes de KMnO4 e igual ao número de equivalente de H2O2. Correção dos volumes gastos de KMnO4 (Eq= KMnO4 = 31,6) Exemplo de Titulação de KMnO4 e H2O2 V (ml) x fc / 1000 = 52, 3 x 1,000 / 1000 = 0, 0583 N= massa / Eq x V(L) = 1,786 = massa / 31,6 x 0, 0523 = massa 2,951g. H2O2 Conc. Apresenta uma concentração de 30% igual a 100V ou seja 10V = 3% 30,36g 30% 2,951 x = 2,917% Deve-se sempre fazer quatro paralelos da amostra preparada. Questões: 1- Escreva a formula de cálculo do fator de correção da solução de Tiossulfato de Sódio. 2- Calcule o fator de correção da solução Tiossulfato de Sódio. 3- Escreva a formula de cálculo do fator de correção da solução de Iodo. 4- Calcule o fator de correção da solução de Iodo. 5- Calcule a porcentagem de H2O2 obtida na analise da mesma. 6- Por que usamos amido como indicador em oxido-redução? 7- Por que a solução de amido deve ser preparada recentemente? Argentômetria Volumetria de precipitação quando as duas soluções reagem produzindo um precipitado. Em geral. Ocorre entre dois sais com a formação de um sal insolúvel. SOLUÇÃO DE NITRATO DE PRATA 0,1 normal Seca-se o nitrato de prata (mol = 169,88 g/mol) puro a 100 a 150°C durante 1 hora, pesar exatamente 17g até 0,1 mg, dissolve-se em água e completa-se a 1 litro. O nitrato de prata é um cristal incolor ou branco e é sensível à luz. É facilmente reduzido pelo contato com substancias orgânicas formando prata metálica. 100g de água dissolvem 122g (0°C) e 952g (100°C) e a solução é neutra. É pouco solúvel em álcool e benzeno. Coloca-se a solução de nitrato de prata em vidro escuro e conserva-se em lugar escuro e fresco. Método de Mohr Procedimento: Pesar de acordo com os cálculos a massa de cloreto de sódio dissolver em 50 ml de água e adicionar 1ml de solução de cromato de potássio titular com a solução de nitrato de prata preparada até que a turvação de AgCl fique marrom avermelhada. N = massa ( 0,1 = m ( m = 0,1170 g Eq V(L) 58,5 0,02 Reações envolvidas: Na Cl + Ag NO3 = Ag Cl +Na NO3 AgNO3 + K2 CrO4 = Ag2 CrO4 + 2 KNO3 Esta reação de titulação deverá ser feita em meio neutro (pH= 6,5 a 10, 5) e então se deve neutralizar previamente com bicarbonato de sódio ou acido nítrico conforme a solução seja acida ou alcalina. Isto porque a precipitação de Ag2CrO4 não ocorre em meio acido ou alcalino e haverá dificuldade na obtenção de ponto final nítido. Neste método, não se pode inverter a forma de titulação. Preparação da Solução de Cromato de Potássio Pesa-se 5 g exatamente de Cromato de Potássio e dilui-se e transfere quantitativamente para balão volumétrico e 100 ml. Após transfere-se para um frasco âmbar, coloca-se uma etiqueta com nome, data, e usa-se como indicador de viragem. CÁLCULO DO FATOR: Fc = VT f = massa do padrão VR Eq. Do Pd. V(ml). N 1000 Método Volhard a. Preparação de uma solução padrão de KSCN (tiocianato de potássio) 0,1 M Pesa, por diferença, ao redor de 9,7 g de KSCN seco a 120 – 150ºC por 1 – 2 horas em estufa, dissolve-se a amostra num mínimo de água em um balão volumétrico de 1 litro e a seguir eleva-se o volume até a marca do menisco. Nestas condições o KSCN é tomado como um padrão primário. b. Método de padronização da solução de KSCN Adicionam-se 20 mL de HNO3 10% (isentos de HNO2) 0,1N, 2 mL de uma solução de sulfato férrico amoniacal (como indicador), 50 mL de água em 25 mL de solução padrão de AgNO3 0,1N. mantém-se a temperatura da solução menor que 25°C e goteja-se solução de KSCN a ser padronizada até que a parte superficial fique levemente marrom. Observação: não se pode gotejar a solução de AgNO3 em solução de KSCN, sempre o inverso. 1 mL de solução padrão de KSCN 0,1N equivale às seguintes substâncias: Ag – 1,79 mg AgNO3 – 16,99 mg Hg – 10,03 mg HgO – 10,83 mg Reações: AgNO3 + KSCN AgSCN + KNO3 Fe+3+6SCN- Fe(SCN)6 Fator de correção KSCN (exemplo): N1.V1.f1 = N2.V2.f2 0,1.25.1,0462 = 0,1.25,7.f2 f2 = 2,6155 2,57 f2 = 1,0177 c. Preparação de uma solução saturada de sulfato férrico amoniacal Pesa-se 40 g de sulfato férrico amoniacal, dissolve-se num mínimo de água em um balão volumétrico de 100 ml e a seguir eleva-se o volume até a marca do menisco. Nestas condições o FeSO4 amoniacal é utilizado como indicador no método de Volhard. d. Preparação da solução de sulfato férrico amoniacal como indicador Deixar saturar 25 L de água com 9g de sulfato férrico amoniacal e goteja-se HNO3 6N até desaparecer a cor marrom da solução. e. Preparação de HNO3 6N Solução saturada (40%) de sulfato férrico amoniacal. Pesa-se 40g de FeSO4 amoniacal e dilui-se para 1000 mL. 6 = __m___ 63,016. 1 m = 378,096g d = m v 1,4 = 378,096 v v = 270 ml determinação da prata: O método Volhard é uma titulação de precipitação de Nitrato de Prata através de uma solução de Tiocianato de Potássio. Procedimento: Transfere-se 25 ml de uma amostra de nitrato de prata para um erlenmeyer de 250 ml, adiciona-se 1 ml de uma solução saturada de sulfato férrico amoniacal, acidifica o meio com 5 ml de HNO3 6 M e titula- se com a solução de tiocianato de potássio padrão a temperatura da solução deve ser menor que 25ºC. A primeira mudança perceptível de cor para o avermelhado ocorre cerca de 1%antes do ponto de equivalência porque os íons prata ainda estão presentes na superfície do precipitado, por adsorção. Após o aparecimento da primeira mudança de cor, continua-se titulando por agitação forte até o aparecimento de uma coloração marrom avermelhada, que persista mesmo sob forte agitação Calcula-se a concentração da amostra de prata recebida, em termos de molaridade e em gramas de prata por litro. AgNO3 + KSCN ( AgSCN + KNO3 Fe+3 + 6 SCN- ( Fe(SCN)6 N1V1F1= N2V2F2 Observações: Não se pode gotejar a solução de AgNO3 em solução de tiocianato de potássio deve ser sempre o inverso, ou seja, tiocianato de potássio no nitrato de prata. Um ml da solução-padrão de tiocianato de potássio a 0,1 N equivale as seguintes substâncias: Ag ( 10,79 mg AgNO3 ( 16,99 mg Hg ( 10,03 mg DETERMINAÇÃO DE Cloreto (Cl- ) A titulação de Volhard é realmente um procedimento para a titulação de Ag+. Para determinar o Cl-, é necessário uma titulação de retorno. Primeiro, o Cl- é precipitado por uma quantidade conhecida de uma solução-padrão de AgNO3 em excesso. Ag+ + Cl- ( AgCl (s) ppt branco O AgCl isolado, é o excesso de Ag+, ele é titulado com uma solução-padrão de KSCN (tiocianato de potássio) na presença de Fe+3. Ag+ + SCN- ( AgSCN(s) Quando todo o Ag+ tiver sido consumido, o SCN- reagirá com o Fe3+ para formar um complexo de cor vermelha. Fe3+ + SCN ( FeSCN2+ vermelho O aparecimento da cor vermelha indica o ponto final. Saber quanto de SCN+2 foi necessário para a titulação de retorno nos diz quanto de Ag+ é conhecida, a quantidade consumida pelo Cl- pode ser calculada. Na análise de Cl- pelo método de Volhard, o ponto final aparece lentamente, pois o AgCl se dissolve lentamente e é substituído pelo AgSCN. Para eliminar essa reação secundária, podemos filtrar o AgCl e titular o Ag+ apenas no filtrado. Bi e I-, cujos sais de prata são menos solúveis que o AgSCN, poderiam ser titulados pelo método Volhard sem o isolamento de precipitado do haleto de prata. Como o método de Volhard é uma titulação do Ag+, ele pode ser adaptado para a determinação de qualquer ânion que forme um sal de prata insolúvel. Procedimento: Transfira com uma pipeta 25 ml da solução de HCl* para um erlenmeyer de 250 ml e adicione 5 ml de ácido nítrico 6M. Adicione, então, 30 ml de nitrato de prata padrão 0,1 M (ou quantidade suficiente para um excesso de 2 a 5 ml). Agite para coagular o precipitado, filtre com um papel quantitativo e lave com grande quantidade de ácido nítrico muito diluído (1:100). Adicione 1 ml do indicador de sulfato férrico amoniacal ao filtrado combinado com as águas de lavagem e titule o nitrato de prata residual com tiocianato padrão 0,1 M que reagiu com o ácido clorídrico e use o resultado para obter a percentagem de HCl na amostra. *Para preparar a solução de HCl deve-se pipetar 10 ml do ácido clorídrico concentrado para um balão de um litro e completar com água destilada. MÉTODO DE FAJANS – INDICADOR DE ADSORÇÃO A determinação de cloreto usando-se um indicador de adsorção é chamada de método de Fajans. A amostra em solução contendo Cl- é recebida em um balão volumétrico de 100 mL e diluída até a marca. Pipeta-se uma alíquota de 25,00 mL desta amostra para um erlenmeyer de 250 mL, adicionam-se mais de 25 mL de água destilada, 10 ml de uma suspensão, 1% (m/v) de dextrina e 10 gotas de uma solução de 0,1% (m/v) de diclorofluoresceína. Titula-se a seguir com a solução-padrão de AgNO3 0,1 mol.L-1. é essencial uma agitação forte durante a titulação para se conseguir uma boa viragem do indicador. A dextrina é usada para impedir a coagulação excessiva do precipitado no ponto final, mantendo uma superfície exposta maior para a adsorção do indicador, melhorando a detecção do ponto final. O pH da solução deve estar entre 4 e 10. Se estiver muito ácido deve- se neutralizar usando CaCO3 sólido até saturar a solução e permanecer em suspensão. Este excesso não interfere no ponto final. Os indicadores de adsorção foram introduzidos por Fajans. São corantes orgânicos, ácidos ou bases fracas (ânionicos ou catiônicos, respectivamente), que acusam o ponto final através de uma mudança de coloração sobre o precipitado. A mudança de coloração se deve à adsorção ou à dessorção do corante como conseqüência de uma modificação da dupla camada elétrica em torno das partículas do precipitado na passagem do ponto estequiométrico. Assim, o aparecimento ou o desaparecimento de uma coloração sobre o precipitado servem para sinalizar o ponto final da titulação. Um exemplo de indicador de adsorção do tipo aniônico é a fluoresceína, que pode ser empregada para acusar o ponto final na titulação de cloreto com nitrato de prata. Em solução aquosa, aquele composto se dissocia parcialmente, fornecendo íons hidrogênio e fluoresceínato; a solução aquosa é verde-amarelada. A Ilustração 1 representa a dupla camada elétrica em torno de uma partícula de cloreto de prata em presença de excesso de íons Cl-(a) e em presença de íons Ag+(b). No primeiro caso, a partícula adsorve, primeira e primariamente, íons Cl-, íons Cl-(reticulares) e, secundariamente, uma quantidade equivalente de cátions. No segundo caso, a partícula adsorve, primariamente, íons Ag+(reticulares) e secundariamente, uma quantidade equivalente de ânions. Consideremos a titulação de uma solução de cloreto com nitrato de prata em presença de fluoresceína. Até o ponto estequiométrico, o ânion fluoresceinato não é apreciavelmente adsorvido pelo precipitado; e aquele ânion é repelido pelas partículas de AgCl negativamente carregadas com a adsorção de íons Cl. A solução apresenta, então, coloração verde-amarelada. Sobre passado, todavia, o ponto estequiométrico, as partículas de AgCl tornam-se positivamente carregadas com a adsorção de íons Ag+; nestas condições, os ânions do corante são adsorvidos secundariamente. AgCl : Ag+: In- O ponto final é acusado pela mudança de coloração sobre o precipitado, que passa de branco a vermelho, em virtude da deposição de fluoresceínato de prata na superfície do precipitado. Trata-se realmente de um processo de adsorção, pois o produto de solubilidade de fluoresceínato de prata não chega a ser ultrapassado. O processo é reversível e, como tal, o corante retorna à solução com adição de excesso de cloreto. Com os indicadores catiônicos, a adsorção do corante e a coloração do precipitado ocorrem na presença de um excesso de ânion do precipitado, isto é, quando as partículas se tornam negativamente carregadas. Figura 1 - Representação da dupla camada elétrica em torno da partícula de AgCl. As condições essenciais para o bom funcionamento dos indicadores de adsorção são as seguintes: a) o precipitado deve separar-se com uma superfície específica relativamente grande, pois o funcionamento dos indicadores de adsorção envolve fenômenos de superfície. Geralmente, a melhor mudança de coloração é obtida quando uma quantidade considerável do precipitado ainda permanece em estado coloidal no ponto estequiométrico. Grandes concentrações de sais neutros, principalmente de íons polivalentes, são prejudiciais devido ao efeito floculante. Às vezes é recomendável a adição de colóides protetores como a dextrina, amido, etc. b) O corante deve ser firmemente fixado pelo íon primariamente adsorvido pelo precipitado. Na maioria das titulações, o ponto final é assinado pela passagem do corante da solução para a superfície do precipitado. Então, na titulação de um ânion com um cátion precipitante, o indicador deve ser do tipo aniônico; por sua vez, na titulação de um cátion com um ânion precipitante, o indicador deve ser do tipo catiônico. Com indicadores catiônicos no primeiro caso, e aniônicos, no segundo, o ponto final é observado pela dessorção do corante. Há casos raros em que o corante se mantém adsorvido durante toda a titulação, mas sofre uma mudança de coloração na passagem do ponto estequiométrico. c) A nitidez do ponto final e a localização deste com relação ao ponto estequiométrico somente são satisfatórias em condições favoráveis das adsorbabilidades relativas dos íons presentes. A adsorbabilidade de íons análogos aumenta com a diminuição da solubilidade de seus compostos com o íon de carga oposta do adsorvente. Assim, a adsorbabilidade dos íons haletos de prata aumenta na ordem Cl-< Br-< I-; por sua vez, para a fluoresceína e derivados a ordem é: fluoresceína < eosina < eritrosina. A possibilidade de se usar fluoresceína, bem como os dois mencionados derivados, na titulação de haletos com nitrato de prata, depende das adsorbabilidades relativas do íon haleto e do ânion do corante sobre o haleto de prata. A eritrosina é tão fortemente adsorvida que mesmo o íon iodeto não pode competir com o não se presta para a titulação de qualquer dos três haletos com nitrato de prata. A eosina é ainda bastante fortemente adsorvida; não pode atuar como indicador na titulação de cloreto, mas é utilizável na titulação de brometo e iodeto. A fluoresceína é adequada para a titulação dos três haletos. d) o pH da solução deve ser ajustado, a fim de que possa ocorrer uma apreciável ionização do corante. A faixa de pH dentro da qual um corante é capaz de atuar como indicador de adsorção depende largamente da sua constante de ionização. Assim, a fluoresceína, que é um ácido muito fraco (pKa = 8), em pH 7 tem sua ionização reprimida, tanto que a concentração do respectivo ânion se torna insuficiente para acusar mudança de coloração satisfatória. A diclorofluoresceína, que é um ácido mais forte, é capaz de atuar em meio fracamente ácido (pH 4). A eosina, ácido mais forte, é usada em soluções ácidas com pH até 2. Determinação de Cloreto: Pesar de 0,1000g a 0,1100g da amostra para análise. Transferir para um erlenmeyer e dissolver com 50mL de H2O destilada. Acrescentar uma pequena quantidade de CaCO3 (sólido) para neutralizar a pequena acidez do meio. Acrescentar 10 gotas do indicador Fluoresceína e titular com intensa agitação até que o precipitado de AgCl adquira coloração levemente rosada, o que indica o ponto final da titulação. Observação: enquanto houver Cl- haverá formação de AgCl (sal branco). Anote o volume gasto e calcule a porcentagem. Reação: CaCO3 AgNO3 + NaCl AgCl + NaNO3 Cálculo: %NaCl = Vtit.M.Fc.Eq.100 1000 GRAVIMETRIA Enquanto na volumetria medimos volumes, na Gravimetria vamos medir massa. Objetivo: Determinar através de pesagem a porcentagem do produto em teste. A gravimetria consiste em separar e pesar, no estado de maior pureza possível, depois de um tratamento adequado, um elemento ou complexo de composição conhecida, que se encontre numa relação estequiométrica definida com a substância em análise. É importante a transformação ou radical que se quer analisar, em substâncias puras e estáveis, convenientes para se poder pesar. O peso do elemento, radical ou composto objeto de estudo é facilmente calculado conhecendo-se sua fórmula e a fórmula da substância pesada. Existem vários métodos de análise gravimétrica: Precipitação Volatilização ou Desprendimento Eletroanalítico Separação Física. A vantagem da gravimetria é que no elemento ou complexo separado podemos determinar impurezas e corrigir resultados. A desvantagem é o tempo necessário. O MÉTODO DE PRECIPITAÇÃO É o método mais importante. Consiste em precipitar o componente em análise na forma de um composto tão pouco solúvel (insolúvel) que a sua perda por solubilidade seja desprezível, separar por filtração e pesar depois do tratamento adequado. Podemos pesar: A – Na mesma forma de precipitado. Exemplo: Prata ( precipitar como AgCl e pesar como AgCl (após secar 130ºC – 150ºC) B – Transformando em substância com melhores propriedades para ser pesado. Exemplo: Ferro ( precipitar como Fe (OH)3 e pesar como Fe2O3 C – Transformando numa substância que não contém o componente objeto de determinação, porém que guarda com este uma relação estequiométrica conhecida. Exemplo: Para determinar Potássio se precipita como K4[PtCl6] e por redução obtemos e pesamos pt. CONDIÇÕES EXIGIDAS: A – Para a forma precipitada Ser praticamente insolúvel (Kps < 10-6). Obs. Para Kps. 10-8 o uso depende da Precisão Exigida. É desejável uma estrutura do precipitado que permita filtração e lavagem de impurezas o mais rápido possível. No caso, os precipitados como o oxalato de cálcio é o ideal. Precipitados amorfos, em particular os gelatinosos, como o hidróxido de alumínio é problemático, pois: apresenta filtração lenta, grande absorção de lavagem. Porém, caso necessário, pode-se usar o precipitado gelatinoso. É indispensável que o precipitado depositado se transforme facilmente e totalmente na forma a ser pesada. Observe o "anexo" relativo ao papel filtro. B – Para a forma pesada A composição deve corresponder completamente à fórmula química. Deve apresentar estabilidade química. Que o fator de conversão entre a forma pesada e o teor do elemento (ou substância) que se quer determinar seja o menor possível. Exemplo: Forma pesada Cr2O3, determinar: Cr Cr2O3 2 Cr 152g 104g Fator de conversão: 104 g = 0,7 152 g OBS: Os precipitados formados trazem para análise vários elementos. Tais elementos e os íons do precipitante devem ser facilmente eliminados por lavagem. (É vantagem usar um precipitante volátil como o NH4OH) QUANTIDADE DE PRECIPITANTE Um composto pouco solúvel precipita logo que o produto das concentrações (atividades) iguale ao Kps. Considera-se que houve precipitação total quando a quantidade do composto a precipitar restante na solução é inferior ao limite da precisão da pesagem (ou 0,0002g). A quantidade de precipitante é calculada estequiometricamente, em relação à quantidade da substância em análise (Obs. ou conhecemos o limite superior ou fazemos análise preliminar). Via de regra, usa excesso de precipitante (por exemplo, 1,5 vezes mais), para garantir que ocorra a precipitação total. Temos que tomar cuidado com a formação de complexos, o que poderia aumentar a solubilidade do precipitado. EFEITO DA TEMPERATURA Muitos compostos apresentam solubilidade diretamente proporcional à temperatura. Normalmente a solubilidade aumenta com o aumento de temperatura. INFLUÊNCIA DO pH O pH pode determinar se a precipitação será ou não completa. Por exemplo: o Mg (OH)2 precipita com pH = 11, 3, se o, pH > 11, 3, a precipitação é menos completa e com pH < 11,3 a precipitação é incompleta. RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES: Usar soluções suficientemente diluídas Adicionar lentamente o precipitante Manter agitação com Bagueta de Vidro (para evitar saturação) CUIDADOS ESPECIAIS A – Coprecipitação: precipitar junto com o "elemento" em análise, um outro elemento qualquer. B – Adsorção Exemplo: É o íon Ag+ e é o íon NO3 – C – Não lavar com água o precipitado para que não ocorra perda por solubilização (ainda que pequena, é uma perda importante). Cada forma precipitada tem um agente de lavagem apropriado. Determinação de Sulfato Dissolver uma amostra de sulfato de sódio em 30 mL de água destilada, adicionar 1 mL de ácido clorídrico concentrado e diluir à 400 mL. Aquecer a solução à ebulição e adicionar lentamente cloreto de bário 5%, a quente, sob agitação continua até precipitação completa. Após a sedimentação do precipitado por 1 ou 2 minutos, adicionar mais algumas gotas da solução de BaCl2 a fim de verificar se a precipitação foi quantitativa. Caso ainda ocorra precipitação, repetir esta operação, após sedimentação do precipitado, até que a adição da solução de BaCl2 não mais provoque precipitação. Deixar o béquer, coberto com vidro de relógio, em banho de água fervente por uma hora. Após repouso de 24 horas, decantar o líquido sobrenadante, com auxílio de um bastão de vidro, sobre papel de filtro (Whatman 42 ou SS 5893), previamente adaptado em funil de colo longo deixando no béquer o máximo possível de precipitado. Neste caso, sempre é aconselhável ao transferir-se o conteúdo do béquer ao papel, que o nível do líquido no papel de filtro ocupe, no máximo, a metade da altura do mesmo. Transferir o precipitado para o papel com o auxílio de água destilada fria e, a seguir, lavá-la com água quente até que o filtrado não dê mais reação positiva para cloreto (teste com AgNO3). Após escoamento total da última água de lavagem, dobrar o pape! filtro sobre o precipitado e, a seguir, transferi-lo para um cadinho de porcelana tarado, até peso constante, e efetuar a carbonização. Colocar o cadinho em mufla a 800°C por 30 minutos, transferi-lo para um dessecador. Pesar em balança analítica. A partir da massa de sulfato de bário, calcular a concentração de sulfato na amostra, em gramas, bem como o teor desse. Determinação de Ferro Dissolver 0,3 a 0,4 de sulfato ferroso amoniacal me 50 ml de água destilada em um becker de 600 ml. Em seguida, adicionar 2 ml de ácido nítico concentrado e aquecer por 3 minutos. Diluir à 200 ml com água e adicionar 20 ml de nitrato de amônio 30%. Aquecer a solução e adicionar lentamente de hidròxido de amônio 1:2 até a precipitação total de ferro, cerca de 40 ml. Deixar em repouso por 1 hora, filtrar em papel de filtro quantitativo (faixa preta) e lavar o precipitado com nitrato de amônio a 1% (no máximo 150 mL). Após escoamento total da última água de lavagem, dobrar o papel de filtro sobre o precipitado e, a seguir, transferi-lo para um cadinho de porcelana previamente tarado, até peso constante, e efetuar a carbonização. Colocar o cadinho em mufla a 900°C por 30 minutos, transferi-lo para um dessecador. Pesar em balança analítica. Determinar á porcentagem de ferro na amostra. QUESTÕES Qual é a cor do primeiro precipitado? Qual é a substância? Dê a equação de reação da sua formação? Qual é a cor da substância pesada? Qual é a substância? Dê a equação de reação de sua formação. Qual é o valor do fator de conversão da substância pesada em Fe +3? E em FeSO4? Qual é a % do Fe +3 na amostra? E a % do FeSO4 na amostra? Escreva uma fórmula de cálculo reduzida para encontrar o teor de Fe +3 na amostra? Principais papéis de filtro, utilizados em laboratórios. Papel de filtro Whatman " "Faixa Branca: papel lavado duas vezes com ácidos (HCl e HF). " " "Apresenta poros médios. É um papel "standart" para determinações" " "analíticas. Recomendado para precipitados cristalinos, como " "Nº. 40 "fosfato amoníaco magnesíaco, BaSO4 e PbSO4, recentemente " " "precipitados a quente. " " "Cinzas brancas: 0,015% " " " " " "Faixa cinza ou azul: papel lavado duas vezes com ácidos (HCl ou " " "HF), apresenta poros grandes. Filtração mais rápida do que as do" " "nº40. Quanto úmido é altamente resistente mesmo quando sujeito " " "às lavagens com solução alcalina quente, resiste em " "Nº. 41 "desintegrar-se. Sendo os poros mais abertos, facilita a " " "eliminação dos sais solúveis, por lavagens. Recomendado para " " "reter precipitados cristalinos médios, granulados de partículas " " "médias ou precipitados gelatinosos, por exemplo: SiO2, Fe (OH)3," " "Al (OH)3, R2O3 etc. " " "Cinzas: 0,015% " " " " " "Faixa Vermelha: papel lavado duas vezes com ácidos (HCl e HF). " " "Apresenta poros finos e tem velocidade de filtração muito " " "pequena. É usado em trabalhos quantitativos de precisão. É mais " "Nº. 42 "resistente do que o nº40. Recomendado para filtrações com " " "sucção. Retém precipitados finíssimos, como por exemplo: BaSO4 e" " "precipitado a frio. " " "Cinzas: 0,010% " " " " " "Papel lavado duas vezes com ácidos (HCl e HF). Não é muito " " "rápido nas filtrações. É idêntico ao nº40, porém, especialmente " "Nº. 43 "usado em determinações que exijam papéis livres de gorduras. " " "Cinzas: 0,015% " " " " " "Papel lavado duas vezes com ácidos (HCl e HF). Apresenta poros " "Nº. 44 "muito mais finos do que os dos nº40, 41 e 42. Um pouco mais " " "vagaroso na filtração do que o nº42. " PAPEL SCHLEICHER – SCHÜLL (Qualitativo ou quantitativo que deverá ser utilizado na filtração dos diversos precipitados). " "PRECIPITADOS "QUALITATIVO "QUANTITATIVO " "Alumínio "Hidróxido "604 "589 1 " "Bário "Carbonato "597 "5892 " "Cálcio "Carbonato "597, 595 "5892 " "Chumbo "Cloreto "597 "5892 " " "Cromato (ppt. Quente). "597 "5892 " " "Cromato (ppt. Frio). "602h (talvez com "5893 " " " "polpa) " " "Cobre "Carbonato "597 "5892 " "Cromo "Hidróxido Crômico "604 "5891 " " "Cromato de Bário "597, 595 "5892, 5895 " "Enxofre "Sulfeto dos 2º e 3º grupos "604, 597, 595 "5891, 5892 " " "analíticos " " " "Ferro "Hidróxido "604 "5891 " "Mercúrio "Sulfato "597 "5892 " " "Cloreto (calomelano) "597, 595 "5892 " "Prata "Sulfato "604 "5891 " " "Cloreto "597, 595 "5892 " CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS PRINCIPAIS TIPOS DE PAPÉIS DE FILTRO ANALÍTICO " "Whatman "Schuleicher-Schü"Munktells "J.Green "Macherey-Nag" " " "ll " " "el " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " "Quantitativ" " " " " " "os " " " " " " " "1 "595 " "795 "615 " " "2 "597 "100 "797 "616 " " "3 "598 " "798 " " " "4 "604 " "704 " " " "5 "602h " "702 "619 e.h. " " "30 " "0 "800 " " " " " "aprox. "aprox. " " " " " "(qtd.) "(qtd.) " " " "40 "5892 " "802 "640 M " " "41 "5891 " "801 "640 W " " "42 "5893 " "803 "640 DD " " " " " " "(Aprox.640D)" MÉTODOS EXTRAS Determinação do teor de hidróxido de cálcio, ácido citrico por volumetria numa amotra sólida. Materiais: 01 Bureta 01 Suporte Universal 01 Garra 02 Erlenmeyer de 250ml 01 pipeta graduada de 10ml Frasco lavador (com água destilada) Reagentes Ácido Clorídrico 0,1N Hidróxido de Sódio 0,1 N Fenolftaleína 1% Água Destilada PROCEDIMENTOS: Pesar aproximadamente 0,5 a 1,0g da amostra. Anotar corretamente a massa. Transferir para um erlenmeyer de 250ml, juntar, aproximadamente, 50ml de água destilada e 2 gotas de fenolftaleína. Titular com HCl 0,1N ou NaOH 0,1N seguindo as técnicas vistas. Anotar o volume gasto. Fazer a duplicata. Comparar o volume gasto com os outros grupos. QUESTÕES: (Deixe as resoluções indicadas) 1. Qual é o número de Eq do ácido e da base gasto? E o número de E do hidróxido de cálcio, Eq do ácido oxálico, cítrico, salicílico presente nas amostras? 2. Qual é a massa do hidróxido de cálcio, ácido cítrico presente nas amostras? 3. Qual é a porcentagem de hidróxido de cálcio, ácidos oxálicos, ácidos salicílico, ácido cítrico nas amostras? 4. Escreva as fórmulas do titulante e do titulado. Escreva a equação da reação envolvida na análise. 5. Elabore um relatório, dentro do rigor técnico. Cálculos da determinação do Teor de Ca(OH)2 por volumetria numa amostra sólida. (Exemplo) Correção dos volumes gastos de HCl. V x fc = 48,3 0,9803 = 0,0473 1000 1000 Massa de Ca(OH)2 Eq = massa / no. De OH = 74/2 =37 N= m/EqxV(L) = 0,l = m / 37 x 0,0473 = m =0,17501 g Porcentagem de Ca(OH)2 nas amostra pesadas acima de acordo com o método Massa em porcentagem de Ca(OH)2 0,17501 x 100% / 0,81 = 21,606% Deve-se fazer pelos 4 paralelos de amostras. GRAVIMETRIA Em uma análise gravimétrica utiiiza-se uma série de operações para se determinar a quantidade de um constituinte de uma amostra, por pesagem direta do elemento puro ou de um de seu derivado, cuja composição é conhecida e bem definida. Este procedimento analítico constitui-se num método de extensa aplicação na determinação de macroconstituintes de urna amostra. As principais vantagens da análise gravimétrica são: as operações unitárias são de fácil execução e utilizam-se equipamentos simples; entretanto, as desvantagens são: tempo muito longo para sua execução e sujeito a uma série de erros acumulativos. No procedimento de uma análise gravimétrica deve-se observar as etapas sucessivas que compõem esse tipo de análise, a saber: 1 - Preparação da Amostra; 2 - Preparação da Solução - Ataque da Amostra; 3 -Precipitação e Digestão; 4 - Filtração; 5- Lavagem; 6 - Calcinação ou Secagem; 7 - Pesagem; 8-Cálculos. 1 Preparação da Amostra A quantidade de substância utilizada numa análise química é de cerca de 1 g, todavia, deve-se tomar os cuidados e precauções necessárias para que essa pequena quantidade represente fielmente o material cuja composição se quer determinar. 2 Preparação da Solução - Ataque da Amostra Para início da análise gravimétrica é necessário que o elemento desejado esteja em solução. Prepara-se, portanto, uma solução conveniente através de um tratamento químico escolhido de acordo com a natureza da amostra a ser analisada. Faça um breve comentário sobre os reagentes mais utilizados para abertura (ataque) de amostra. 3 Precipitação e Digestão O elemento a ser dosado (macroconstituinte) é separado da solução preparada através da formação de um precipitado convenientemente escolhido em cada caso. 3.1 Solubilidade do precipitado Deve-se escolher um reagente precipitante que conduza à formação de um precipitado quantitativamente insolúvel. Usa-se um excesso do reagente para causar o efeito do íons comum, diminuindo a solubilidade do precipitado, com exceção dos casos em que há formação de complexo solúvel devido ao excesso desse reagente. A exatidão final de um método de análise gravimétrica está limitada, em parte, pela perda do precipitado devido à sua solubilidade no meio reagente e no líquido de lavagem empregado na purificação. Essas perdas alcançam, freqüentemente, sérias proporções, particularmente quando é necessário uma lavagem extensiva para assegurar um precipitado puro quando se deve usar um precipitado demasiadamente solúvel. Como é impossível eliminar completamente as perdas de solubilidade, deve-se ter um grande controle sobre os fatores que influem na solubilidade dos precipitados. As variáveis mais comuns que influem na solubilidade do precipitado são: temperatura, pH, concentração do reagente, concentração salina e concentração do dissolvente. 3.2 Características físicas do precipitado É importante o conhecimento prévio do tipo de precipitado que será obtido, pois, disto dependerá o tipo de filtração a ser empregado na separação do precipitado do meio de precipitação e indica, também a necessidade ou não de um certo tempo de digestão. A prática da análise gravimétrica abrange vários tipos de precipitados que se distinguem, principalmente, quanto ao tamanho das partículas. O tamanho das partículas é uma característica muito importante, pois dele depende, em grande parte, a qualidade do precipitado quanto a filtrabilidade. 1. Os precipitados cristalinos são os mais favoráveis para fins gravimétricos. As partículas do precipitado são cristais individuais bem desenvolvidos. Elas são densas e sedimentam rapidamente. Os precipitados cristalinos são facilmente recolhidos por filtração e, em geral, não se deixam contaminar por adsorção. 2. Os precipitados pulverulentos ou finamente cristalinos consistem de agregados de diminutos cristais individuais. São densos e sedimentam rapidamente. Às vezes, oferecem dificuldades à filtração, pois a presença de pequenos cristais obriga ao uso de filtros de textura densa e lentos. Os vãos existentes nos agregados oferecem condições favoráveis para a incorporação de substâncias estranhas. São exemplos os precipitados de BaS04 e CaC2O4. 3. Os precipitados grumosos, que incluem os haletos de prata, resultam de floculação de colóides hidrófobos. São bastante densos, pois eles arrastam pouca água. A floculação pode ser efetuada por adição de eletrólitos, aquecimento e agitação. Os agregados das partículas coloidais são facilmente retidos pêlos meios filtrantes usuais; eventualmente, é preciso cuidar para que, na lavagem do precipitado, não ocorra peptização. 4. Os precipitados gelatinosos resultam da floculação de colóides hidrófobos. São exemplos, os hidróxidos de ferro (III), alumínio, a síllica hidratada e os sulfetos metálicos. São volumosos, têm a consistência de flocos e arrastam quantidades consideráveis de água. Oferecem dificuldades à filtração e à lavagem e não podem permanecer por longo tempo em contacto com a água-mãe devido a sua grande superfície que provoca absorção de impurezas do meio. As características físicas de um precipitado dependem da natureza das substâncias, mas também, em certa medida, das condições de formação do precipitado e de sua evolução espontânea ou tratamentos posteriores. A formação de um precipitado é um processo cinético que tende para um equilíbrio. O controle de velocidade e outras condições, sob as quais se processa a precipitação, permite, em parte, influir nas características físicas do precipitado. Haja vista as características supracitadas, faça um esquema da formação de precipitados, partindo da nucleação, bem como um breve resumo abordando a formação de colóides. 3.3 Pureza do precipitado Quando, em solução, se precipita uma substância química, nem sempre, a mesma é separada com alta pureza, pois pode conter impurezas em proporções variáveis, conforme o precipitado e as condições em que se efetuou a precipitação. A contaminação do precipitado por substâncias que, por sua solubilidade, deveriam permanecer em solução denomina-se coprecipitação. Esta pode ser por adsorção sobre a superfície da partícula em contato com a solução ou por oclusão de substâncias estranhas durante o crescimento dos cristais das partículas primárias. As fases sólidas obtidas por precipitação, conforme as técnicas usuais da análise gravimétrica, estão sujeitas a diferentes formas de contaminação. A lavagem dos precipitados remove as impurezas contidas na solução-mãe mecanicamente retida pelas partículas e, também, pelo menos em parte, as impurezas superficialmente nelas adsorvidas. A simples lavagem é, entretanto, ineficaz quanto às contaminações provocadas por inclusão isomórfica e não isomórfica. f Não é possível estabelecer uma regra geral na obtenção dos precipitados gravimétricos, capaz de eliminar ou reduzir formas de contaminação. Contudo, o estudo de várias formas de contaminação permitiu fixar certas condições favoráveis para a separação de fases sólidas convenientemente puras. A precipitação em condição de baixa supersaturação favorece a formação de cristais grandes e bem desenvolvidos e, ao mesmo tempo, reduz a um mínimo a adsorção superficial e a oclusão. O recurso é ineficaz com relação à inclusão isomórfica ou não isomórfica e à pós- precipitação. O grau de contaminação por oclusão é largamente determinado pela velocidade de formação do precipitado. Esta, por sua vez, depende de vários fatores como a concentração da espécie a precipitar, a concentração da solução do reagente precipitante, a técnica usada na precipitação e a temperatura. 3.4 Digestão do precipitado É o tempo em que o precipitado, após ter sido formado, permanece em contato com a água-mãe. A digestão é o processo destinado à obtenção de um precipitado constituído de partículas grandes, o mais puro possível, e de fácil filtração. A digestão, efetuada em temperatura elevada, é um processo de recristalização, no qual as impurezas ocluídas passam para a água-mãe. Em precipitados gelatinosos basta uma fervura e o mínimo tempo possível para a filtração. Esse fenômeno é denominado, também, de envelhecimento do precipitado e constitui-se de um conjunto de transformações irreversíveis, depois que se formou. As partículas pequenas tendem à dissolução e à reprecipitação sobre a superfície dos cristais maiores, fenômeno denominado de amadurecimento de Ostwald. Quando o precipitado é constituído de partículas imperfeitas e fioculosas e, após o envelhecimento, tornam-se compactas e perfeitas, por dissolução do material dos vértices e arestas dos cristais e que se deposita sobre o mesmo cristal, esse fenômeno é denominado de amadurecimento interno de Ostwald. A necessidade ou não de um tempo de digestão é conhecida pelas características físicas do precipitado e de sua solubilidade. Os processos analíticos clássicos já especificam o tempo e a temperatura adequados para cada caso. Dê um exemplo no qual pode ocorrer a coprecipitação e, também, a pós- precipitação, sugerindo método(s) para evitar esses fenômenos. 4. Filtração É a separação do precipitado do meio em que se processou sua formação. A maneira como é feita a filtração dependerá do tratamento a que o precipitado será submetido na secagem ou calcinação, conforme o caso. Explique, no tocante a filtração por gravidade, quais os tipos de papel de filtro quantitativo empregados nessa técnica. 1. Filtração por sucção A filtração por sucção é utilizada quando se possui precipitados que passam através do papel de filtro. Para tanto, utiliza-se normalmente cadinho de Gooch com camada filtrante ou cadinho de piaca sintetizada, obedecendo a seguinte técnica: Adapta-se o cadinho filtrante a um kitassato através de uma rolha de borracha com tubo adutor; liga-se o conjunto a um frasco de segurança e este à uma trompa de água ou à uma bomba de vácuo. Pelo vácuo criado no kitassato, a pressão atmosférica impele o liquido através dos poros do filtro, retendo o precipitado. 5- Lavagem do Precipitado :Após a filtração do precipitado, deve-se submetê- lo a um processo de lavagem para remover parte da água-mãe que nele ficou retida e eliminar as impurezas solúveis e não voláteis. Durante a realização dessa operação, poderá ocorrer a peptização. Explique como se processa esse fenômeno e exemplifique. 6- Calcinação ou Secagem: Após a filtração e a lavagem, o precipitado deve ser secado ou calcinado para depois ser pesado. Assim sendo, explique quando se utiliza a secagem e a calcinação, respectivamente. Explique, também, como se deve proceder para tarar um cadinho e um pesa filtro. DETERMINAÇÃO DO TEOR DE Fe+3 POR GRAVIMETRIA 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS a) Certifique-se que não existem outros cátions do grupo III A b) Usar solução de NH4OH c) Kps do Fe (OH)3 = 10-36 (Kps = [ Fe+3].[OH-]3) d) O Precipitado é gelatinoso, vamos filtrar em papel, sem usar vácuo. e) O Agente de lavagem é o NH4NO3 2. TÉCNICA Pesar 0,5 g da amostra preparada pelo professor, dissolver em 40ml de solução de água e adicionar 10ml de HCl 1:1 e 2ml de HNO3 conc PA. Aquecer suavemente até cor amarelo claro (de 3 a 5 minutos). Diluir à 200ml com água destilada e aquecer a ebulição. Agregar lentamente e sob agitação de uma bagueta de vidro, solução de NH4OH (1:1) até ligeiro excesso (reconhecido pelo vapor desprendido). Ferver, suavemente, por 1 minuto. Esperar sedimentar. O líquido sobrenadante deve ser incolor (se não for, acrescentar mais NH4OH e repetir a operação). Filtrar e lavar três ou quatro vezes com NH4NO3 a 1% (lavar até eliminar todo Cl -), deixe escorrer totalmente uma porção antes de adicionar a outra. Se alguma partícula aderir ao agitador ou funil, usar um bastão de vidro "policial" e água quente para fazer a partícula retornar ao filtro. Quando a última porção do agente de lavagem escorrer, dobrar o filtro de papel e colocar no cadinho de porcelana (podia ser platina), previamente tacado (depois de aquecido ao rubro e resfriado em dessecador). Colocar o cadinho num triângulo de porcelana sobre um tripé de ferro. Aquecer com o bico de Bunsen, de maneira lenta (para não perder material) de modo que o papel seque e depois, ainda lentamente, carbonize (não queimar para evitar redução do ferro em análise). Quando todo papel carbonizar, aquecer o cadinho, mais fortemente e manter por 10 a 15 minutos o cadinho ao rubro. Depois esfriar um pouco e colocar no dessecador. Aguardar 30 minutos e pesar até peso constante (mais ou menos 0,00002g ou precisão da balança). Se não ficar "constante", repetir a calcinação. 3. QUESTÕES 1. Qual é a cor do primeiro precipitado? Qual é a substância? Dê a equação de reação da sua formação? 2. Qual é a cor da substância pesada? Qual é a substância? Dê a equação de reação de sua formação. 3. Qual é o valor do fator de conversão da substância pesada em Fe +3? E em FeCl3? 4. Qual é a % do Fe +3 na amostra? E a % do FeCl3 na amostra? 5. Escreva uma fórmula de cálculo reduzida para encontrar o teor de Fe +3 na amostra? MÉTODO DO EDTA O ácido etilenodiaminotetraacético, H4Y, comumente representado pela sigla EDTA, é sem dúvida a complexona mais utilizada e estudada dentro desta classe, apresentando aplicação ampla e geral em análise química1-3 por ser um produto industrial de baixo custo, especialmente na forma do sal di- sódico, Na2H2Y·2H2O. Preparação e Padronização de Solução Padrão de EDTA 0,1 M Preparação Para preparo da solução de EDTA, o sólido deve ser seco a uma temperatura de 80 ºC, por um período de dois a três dias, caso contrário pode perder águas de hidratação. O sólido quando seco deve ter sua composição concordante com a fórmula Na2H2Y·2H2O (massa molar de 372,24 g mol-1). Dissolver 37, 225 g de EDTA Sal Dissódico PA em um béquer contendo 500 ml de água destilada. Adicionar 8,0 g de NaOH PA e agite até dissolução total. Avolumar para 1000 ml com água destilada homogeneizando a solução. O ácido etilenodiaminotetracético, vulgarmente designado por EDTA é uma substância primária, pois pode obter-se puro, podendo ser seco a uma temperatura de 150 ºC sem perigo de decomposição, não é higroscópico, mas não é muito utilizado na preparação de soluções padrão, em virtude da sua baixa solubilidade em água. De preferência, na preparação de soluções padrão, utiliza-se o sal dissódico de EDTA, o qual é também uma substância padrão e apresenta a vantagem de ser solúvel em água. As soluções padrão de EDTA devem ser conservadas em frasco de polietileno, pois afetam o vidro. Para a realização da experiência de preparação de uma solução padrão de EDTA, é necessário o seguinte material: balança analítica, frasco de polietileno de 1 litro, copos de titulação, bureta de 25 ml, conta-gotas, funil de vidro, pipeta e proveta. Os reagentes utilizados são os seguintes: sal dissódico de EDTA, cloreto de amônio concentrado, carbonato de cálcio puro, negro de Eriocromio T (sólido), cloreto de hidroxilamina, álcool etílico e ácido clorídrico. Começa-se por pesar uma quantidade determinada de sal dissódico de EDTA. Num frasco de polietileno adiciona-se água deionizada e adiciona-se o EDTA pesado. Perfaz-se o volume até 1 litro e agita-se bem até à homogeneização completa. Padronização: Pesar com exatidão de 100 a 200 mg de Zinco metálico PA, previamente seco em estufa e mantido em dessecador. Dissolver em erlenmeyer com ácido clorídrico PA concentrado até dissolver (+- 10 ml). Adicionar 50 ml de água destilada. Adicionar 10 ml de hidróxido de amônio PA concentrado. Adicionar 0,5 g de indicador Preto de Eriocromo T. Adicionar 10 ml de formaldeído PA a 10 % v/v. Titular imediatamente com a solução de EDTA, preparada conforme indicado acima, até viragem para coloração azul. Determinado o volume de EDTA gasto na titulação, calcula-se a concentração deste. Cálculo: Fc (EDTA 0,1 M)= mg de Zn0 mL gastos de EDTA 6, 538 EDTA – preparação e padronização Cálculos Fc = ___mpesada___ Vgasto.M.65,38 1000 onde: m = massa pesada do zinco Vgasto = volume gasto de EDTA M = molaridade 65,38 = massa molar do zinco Capacidade de neutralização de ácidos por um comprimido de antiácido Outra experiência que pode ser considerada para ilustrar a volumetria ácido - base constitui-se em determinar a capacidade de neutralização de ácidos apresentada por comprimidos de antiácidos. Os comprimidos de antiácidos são compostos de uma variedade de substâncias que reagem com o ácido clorídrico do estômago que as neutraliza. Os mais comumente usados contêm bicarbonato de sódio, hidróxido de magnésio, carbonato de cálcio, hidróxido de alumínio e trissilicato de magnésio. Outras substâncias tais como aromatizantes, salicilatos e aspirinas são adicionadas em pequenas quantidades. Amostras que podem ser analisadas: Siludrox e Magnésia Bisurada. A capacidade de neutralização de cada comprimido é medida adicionando- se um excesso de uma solução padrão de HCl 0,5 mol L-1 a um comprimido previamente pesado, deixando-o reagir e depois titulando-se o excesso do ácido com uma solução padrão de hidróxido de sódio 0,25 mol L-1. Deve-se lembrar que a medida do pH da solução do comprimido em água pode fornecer alguma informação quanto a sua composição. Bicarbonato de sódio e hidróxido de magnésio formam soluções básicas de pH 8-9, enquanto que outros compostos são menos básicos, formando soluções de pH 6-8. Procedimento Tritura-se um comprimido em um almofariz e mistura-se com 25 mL de água destilada em um béquer pequeno. Agita-se por 5 minutos e depois mede- se o pH da solução, usando uma tira de papel indicador universal. Isto dará uma indicação boa do valor do pH. Para determinar a capacidade de neutralização, pesa-se um único comprimido em uma balança analítica e transfere-se para um erlenmeyer de 250 mL. Por meio de uma bureta, adicionam-se 50,00 mL de uma solução padrão de ácido clorídrico 0,5 mol L-1 ao erlenmeyer contendo o comprimido. Deixa- se a mistura repousar por 30 minutos, agitando-se casualmente. Adicionam-se então 4 a 5 gotas do indicador de fenolftaleína. Se neste ponto a solução ficar rosa, adicionam-se mais 10,00 mL de ácido clorídrico. Repete-se esta operação até se obter uma solução incolor. Titula-se a mistura resultante com uma solução padrão de NaOH 0,25 mol L-1. Calcula-se a quantidade de matéria do ácido clorídrico (em milimoles) neutralizada, por comprimido e a quantidade de matéria de ácido clorídrico (em milimoles) neutralizada por grama de comprimido. Considerando que o suco gástrico contém 0,4% (v/v) de ácido clorídrico, calcula-se o número de mililitros do suco gástrico neutralizados por um comprimido. Finalmente, pode-se escrever as equações balanceadas que representam a reação do ácido clorídrico com o NaHCO3, CaCO3, MgO, Al(OH)3 e MgSiO7. Determinação da acidez total de vinhos Vinhos são produzidos a partir de uvas. As uvas contêm quantidades significativas de vários ácidos orgânicos. Durante o processo de amadurecimento ocorre um decréscimo relevante na concentração de vários destes ácidos. Assim, o sumo de uva e o próprio mosto nada mais são do que soluções ácidas diluídas, contendo principalmente ácido tartárico, málico e cítrico. Comercialmente é de extrema relevância a presença desses ácidos, pois sem eles o gosto seria insípido, a cor seria anormal, e a deterioração do produto ocorreria rapidamente. Os vinhos disponíveis no comércio contêm os ácido do mosto e outros ácidos produzidos durante e após a fermentação alcoólica: acético, propiônico, pirúvico, láctico, succínico, glicólico, galacturônico, glucônico, múcico, oxálico, fumárico, e outros. Sem os ácidos, a fermentação formaria subprodutos indesejáveis, e os vinhos resultantes se estragariam durante e após a fermentação. O gosto azedo dos ácidos em vinhos é modificado (atenuado) pelo etanol, açúcares, e vários metais que estão presentes. O grau de acidez está também relacionado com a acidez total titulavel, o pH, a quantidade relativa de ácidos dissociados e não dissociados, e a quantidade relativa de cada um dos ácidos presentes. Dentro dos padrões comerciais, a acidez do sumo de uva fica no intervalo de 0,6 a 0,9% (expresso como a quantidade em gramas de ácido tartárico por 100 mL do sumo ou do vinho). Os vinhos secos de mesa têm uma acidez titulavel no mesmo intervalo. Os vinhos doces geralmente têm acidez no intervalo de 0,4 a 0,65%. Na fabricação do vinho é importante saber a acidez titulavel do mosto para poder determinar a quantidade correta de dióxido de enxofre que será adicionada e também decidir se é ou não necessária uma correção da acidez. Atentando-se para os ácidos que estão comumente presentes no mosto e no vinho (ácido tartárico, málico, acético, láctico, etc.) nota-se que são ácidos orgânicos relativamente fracos, de tal modo que quando o mosto ou o vinho for titulado com uma solução de uma base forte, no ponto final dessa titulação o pH será maior que 7, normalmente entre 7,8 e 8,3. Esta determinação está sujeita à interferência do CO2 dissolvido. Este erro pode ser minimizado diluindo o vinho com água quente, próximo da fervura, e depois deixando esfriar até a temperatura ambiente antes de titular. Geralmente esse erro é pequeno. Procedimento Transferir 25,00 mL de um vinho branco seco para um erlenmeyer de 250 mL. Adicionar 100 mL de água destilada e 3 a 5 gotas de uma solução de fenolftaleína. Para um vinho tinto ou rose pode-se usar uma diluição maior para contornar o problema da cor. É possível preparar e usar fenolftaleína 1% (m/v) em etanol 70% (v/v) para melhorar a detecção do ponto final. Titular com uma solução padrão de NaOH 0,1 mol L-1. A primeira cor rosada que permanecer por 20 a 30 segundos indica o final da titulação. A acidez titulável do vinho é normalmente expressa em ácido tartárico % (m/v); massa molar do C2H4O2(COOH)2 = 150,09 g mol-1. Lembrar que o ácido tartárico tem dois hidrogênios tituláveis até a viragem da fenolftaleína. Ácido tartárico (g /100 mL) = (Vb).(CNaOH).(150x9/2).(100) (1.000).(Vam) onde: Vb é o volume (mL) da solução de NaOH usada na titulação. CNaOH é a concentração da solução de NaOH. Vam é o volume (mL) da amostra titulada. Determinação de ácido acético em vinagres O ácido acético é um ácido fraco, tendo um Ka de 1,8 x 10-5. Ele é amplamente usado em química industrial na forma de ácido acético glacial 99,8% (m/m) (densidade de 1,053) ou em soluções de diferentes concentrações. Na indústria alimentícia é consumido como vinagre, que é uma solução diluída do ácido acético glacial (3,5 a 8% m/v). De fato, o ácido acético é o principal constituinte ácido no vinagre, mas outros estão presentes. Procedimento Uma alíquota de 10,00 mL de vinagre é cuidadosamente pipetada e transferida para um balão volumétrico de 100 mL e diluída até a marca com água destilada. Uma alíquota de 25,00 mL é removida do balão, com uma pipeta aferida, e transferida para um erlenmeyer de 250 mL. Adicionam-se aproximadamente 40 mL de água e 3 a 5 gotas de indicador de fenolftaleína. A mistura é cuidadosamente titulada com uma solução padrão de NaOH 0,1 mol L"1 até o aparecimento de uma leve coloração cor-de-rosa que persista por 30 segundos. Os vinagres são geralmente coloridos, mas após as diluições a cor não é suficientemente intensa que possa prejudicar a visualização do ponto final da titulação. Também, as pequenas quantidades de outros ácidos presentes são simultaneamente tituladas com o ácido acético e a acidez total é expressa em termos do ácido acético. É possível usar o alaranjado de metila como indicador nesta titulação de vinagre? Elabore uma explicação. Se o resultado da titulação devesse ser expresso como % (m/m) de ácido acético no vinagre, o que deveria ser mudado no procedimento recomendado? Suponha ainda que uma solução de ácido clorídrico consome a mesma quantidade de uma solução padrão de NaOH por unidade de volume que um vinagre comercial. Ignorando o aspecto da diferença no gosto, por que seria inaceitável o uso do ácido clorídrico no preparo de um molho de salada? Calcula-se a concentração do ácido acético no vinagre expressando o resultado em moles por litro e também em gramas de ácido acético por mL de vinagre. Determinação de Sulfato O método baseia-se na precipitação dos íons sulfato com cloreto de bário: Ba+2 + SO2/4- BaSO4(S) Solubilidade: 0,3 mg BaSO4 por 100 mL H2O a 26° O produto obtido é secado a 110°C e em seguida pesado, calculando-se daí a concentração de sulfato na amostra. Várias substâncias são coprecipitadas, provocando erro na determinação de sulfato. Por exemplo, a coprecipitação de BaCl2 conduz a resultado mais alto que o esperado, enquanto a coprecipitação de Ba(HSO4)2 leva a um resultado mais baixo 10 mesmo fato ocorre quando Fe2(SO4)3 ou Fe(HSO4)3 coprecipitam, pois durante a calcinação verifica-se a volatilização de H2SO4). Não se pode empregar reprecipitações sucessivas para a obtenção de um precipitado mais puro de BaSC4, porque não se tem um solvente adequado para dissolução deste composto. A melhor maneira de evitar a contaminação por coprecipitação é remover, a priori, as substâncias interferentes, através de uma precipitação, complexação ou qualquer outra transformação química adequada. Assim, os íons Fe3+ que são extensamente coprecipitados, geralmente como sulfato básico, podem ser eliminados por meio de uma precipitação prévia na forma de Fe(OH)3 ou pela redução a Fe2+, que não causam maiores problemas. Também íons de Cr3+ e A13+ são coprecipitados, ainda que em pequenas quantidades. A presença de Cr3+ deve ser evitada porque forma um complexo solúvel com sulfato, [Cr(SO4)2r. Íons NO3 e C1O3 interferem, mesmo em baixas concentrações, sendo coprecipitados na forma de sais de bário. Esta coprecipitação é minimizada usando-se pequeno excesso de bário na precipitação do sulfato. Neste caso, em que a tendência a coprecipitar é grande, a digestão do precipitado é recomendável. De um modo geral, adicionando-se a solução de sulfato à solução de bário os erros devidos à coprecipitação de cátions diminuem, mas os devidos a ânions aumentam. Na prática utiliza-se este procedimento para determinação de bário, sulfato e compostos de enxofre que podem ser quantitativamente oxidados a sulfato. Assim, por exemplo, pode-se determinar o teor de enxofre em compostos orgânicos oxidando-os a sulfato por fusão com peróxido de sódio em ampola de Parr ou pelo tratamento com HNO3 fumegante em tubo fechado, procedendo-se depois à precipitação com cloreto de bário. Chumbo e estrôncio podem ser determinados de maneira análoga à do bário, precipitando-os na forma de sulfato. Porém, como nestes casos a solubilidade é maior, deve-se tomar precauções especiais no sentido de reduzi-la, o que se consegue, no caso do SrSO4, pela adição de álcool à solução. Solubilidade do PbSO4: 1,4 mg por 100 mL H2O a 26°C Solubilidade do SrSO4: 15,4 mg por 100 mL H2O a 26°C Não se recomenda o método gravimétrico para padronização de H2SO4 por causa dos erros devidos à coprecipitação. Procedimento A solução original é diluída a 100,0 mL num balão volumétrico, com água destilada. Homogeneiza-se a solução e pipetam-se duas amostras de 25,00 mL, colocando-se em béqueres de 400 mL e diluem-se as alíquotas em seguida com 200 mL com água destilada. Adiciona-se ao frasco'21 l mL de HC1(1+1), aquece-se a solução à ebulição'3' e adiciona-se, gotejando rapidamente, 100 mL de solução quente de BaCl2 1% (m/v), através de um tubo capilar (ou pipeta, ou bureta)(4). Durante a adição do cloreto de bário, a agitação deve ser constante. Deixa-se o precipitado depositar por l ou 2 minutos e testa-se o líquido sobrenadante com gotas de cloreto de bário 1% (m/v) para verificar se a precipitação foi completa. Caso ainda ocorra a formação de precipitado, adicionam-se lentamente 3 mL de reagente, espera-se depositar e testa-se novamente, repetindo-se essa operação até se ter presente no meio um excesso de cloreto de bário(5). Deixa-se a mistura em banho-maria por uma hora e depois em repouso por 12 horas para haver digestão do precipitado'61, filtrando-se a seguir em Gooch de porcelana com camada filtrante de amianto previamente aferido. Lava-se o precipitado com água quente(7) (100 mL) em pequenas porções e depois com álcool. Seca-se em estufa'8' a 110°C por 2 horas, deixa-se em dessecador por l hora e pesa-se, calculando-se a porcentagem de sulfato na amostra. Se X é a massa do BaSO4 proveniente da precipitação do sulfato contido no volume da pipeta utilizada para a tomada da alíquota (25,00 mL), tem-se: CSO42- = X x 1.000 x 96,06 25,00x233.40 onde 96,06 g mol-1 é a massa molar do íon SO42-, 233,40 g mol-1 é a massa molar do BaSO4. Comentários (1) A precipitação de BaSO4 em soluções concentradas e frias dá produtos muito finos, que passam através do filtro. Entretanto é possível obter- se um produto filtrável se o precipitado é obtido a partir de soluções diluídas e a quente, após ser deixado um certo período de tempo em digestão. (2) Usa-se HC1 para evitar uma possível precipitação de íons interferentes, como fosfato, cromato e carbonato de bário. No entanto, um excesso de ácido deve ser evitado, pois a solubilidade do BaSO4 aumenta com o aumento da acidez do meio, por causa da formação de HSO4. (3) A supersaturação é menor em altas temperaturas. (4) A velocidade de adição do reagente afeta a filtrabilidade do precipitado de BaSO4 e a extensão em que vários íons estranhos são coprecipitados. (5) Deve-se ter excesso de reagente para que a reação seja quantitativa, pois a solubilidade do BaSO4 diminui pelo excesso de íons Ba2+. (6) Como há tendências de coprecipitar íons estranhos, a digestão é recomendável (no mínimo l hora). (7) Deve-se filtrar e lavar o precipitado de BaSO4 a quente, pois a velocidade de filtração é maior (principalmente quando se usa papel-filtro) e a perda por solubilidade não é significativa. (8) Quando se usa papel-filtro na filtração, deve-se calcinar o precipitado a 900°C em mufla. Neste caso deve-se ter cuidado para que não ocorra a redução do sulfato de bário a sulfeto de bário, pelo carbono. Se isto acontecer, pode-se recuperar o material reduzido, adicionando-se 2 gotas de ácido sulfúrico concentrado e calcinando-se novamente o sistema. Determinação do Cloreto O método baseia-se na precipitação dos íons cloreto com nitrato de prata: Ag+ + Cl- AgCl(s) Solubilidade: 0,2 mg AgCl por 100 mL H2O a 26°C. O produto obtido é seco a 110°C e pesado, calculando-se daí a concentração de cloreto na amostra. O AgCl precipitado não apresenta grande tendência em ocluir sais e portanto a presença de substâncias estranhas não causa erro significativo na análise, principalmente quando a precipitação é efetuada adicionando-se a solução de prata à solução de cloreto. A causa de erro mais séria é a lavagem deficiente do precipitado. Os íons brometo, iodeto, tiocianato e sulfeto interferem, pois formam com prata, em meio nítrico, precipitados insolúveis. A interferência de sulfeto é contornada eliminando-o da solução através de uma fervura prévia da solução ácida. Interferem também os íons de mercúrio (1) e chumbo (II), que formam precipitados insolúveis com cloreto. Certas espécies químicas, tais como NH3 e CN~ não interferem neste método porque a precipitação é feita em meio ácido. A própria acidez do meio também evita a interferência de ânions de ácidos fracos como acetato, carbonato, fosfato, arseniato e oxalato, que reagiriam com prata em meio neutro, íons que se hidrolisam facilmente, como por exemplo, Bi(III), Sb(III) e Sn(IV), ou íons que formam complexos estáveis com cloreto [exemplo, Hg(II)], causam interferências sérias e por isso devem ser removidos da solução antes de se efetuar a precipitação da prata. Este método é utilizado para a determinação de prata, cloreto, brometo, iodeto e tiocianato. No entanto, como a coprecipitação de substâncias estranhas juntamente com o Agi pode provocar erros sérios, invalidando os resultados obtidos, não se utiliza este procedimento para a determinação de iodeto, ainda mais que este íon se oxida muito facilmente. Outras formas oxidadas do elemento cloro podem ser determinadas por este procedimento, após uma redução prévia a cloreto. Assim, pode-se determinar gravimetricamente cloro (C12), hipoclorito (CIO-), clorito CIO2- clorato, ClO3- e perclorato CIO4-, reduzindo-os antes a cloreto com nitrito NO2-. Por outro lado, haletos orgânicos são também determinados por este método, após serem convertidos em haletos inorgânicos através de um aquecimento com HNO3 fumegante em tubo fechado (Método de Carins), ou por fusão com Na2O2. Uma outra aplicação deste procedimento é na determinação de carbonato, fosfato, cromato e arseniato que formam sais insolúveis com prata em meio neutro, mas são solúveis em meio ácido. O sal é precipitado corn íons prata em meio neutro, em seguida é filtrado, lavado e, posteriormente, dissolvido com ácido nítrico, após o que a prata é finalmente reprecipitada com cloreto em meio ácido e determinada como AgCl. Procedimento A solução original é diluída a 100,0 mL num balão volumétrico. Pipetam- se desta solução duas amostras de 25,00 mL transferindo-as para béqueres de 400 mL e procede-se da seguinte maneira com cada uma delas: dilui-se a 200 mL e acidula-se'" com \ mL de HNO3 (1+1) (a água destilada e o HNO3 usados deverão ser testados com AgNO3 para assegurar a ausência de cloreto). Precipita-se o AgCl pela adição lenta, com agitação, de um ligeiro excesso de solução de AgNO3 (0,8 g de AgNO3 em 20 mL H2O) a frio(2). A precipitação e as operações sucessivas devem ser feitas em ausência de luz(3). Após a adição da solução de AgNO3, aquece-se a suspensão quase a ebulição, agitando-a durante um ou dois minutos(4) para ajudar a coagulação do precipitado. Remove-se o béquer do fogo e deixa-se o precipitado depositar. Testa-se a completa precipitação do cloreto pela adição de poucas gotas de solução de AgNO3 no líquido sobrenadante. Se não ocorrer a formação de precipitados, deixa-se o béquer no escuro em repouso por l ou 2 horas antes de filtrar. Antes de se transferir o precipitado para um cadinho de Gooch aferido, lava-se o AgCl duas ou três vezes, por decantação151, com HNO3 0,01 mol L-1 a frio(6). Procede-se à filtração e removem-se as últimas partículas de AgCl com o "policial"* e lava-se o precipitado retido no Gooch com HNO3 0,01 mol L-1 (adicionado em pequenas porções) até que alguns poucos mililitros da água de lavagem, coletada num tubo, não se apresente turva quando testada com uma gota de HC1 0,1 mol L-1. Finalmente, lava-se o precipitado com l ou 2 porções de água para remover a maior parte do HNO3, coloca-se o Gooch \ hora na estufa(7) a 110°C, l hora no dessecador e pesa- se. Com a massa do AgCl obtida, calcula-se a porcentagem de cloreto na amostra. Sendo X a massa de AgCl proveniente da precipitação do cloreto contido no volume da pipeta utilizada na tomada da alíquota (25,00 m L), tem-se: Ccl- (g L-1) = X x 1.000 x 35, 45 25,00x143,32 onde 35,45 g mol-1 é a massa molar do átomo de cloro 143,32 g mol-1 é a massa molar do AgCl. Comentários (1) O HNO3 favorece a formação de um precipitado mais facilmente filtrável e evita precipitações de óxido, carbonato ou fosfato de prata. (2) Não se deve aquecer a solução antes de os íons Ag+ serem adicionados para não se perder o HCl por evaporação. 3) O AgCl se desproporciona pela ação da luz 2AgCl(s) 2Ag° + C\2 ara evitar esta reação indesejável deve-se recobrir exteriormente o béquer e o vidro de relógio com papel preto. Quando a redução se dá antes da filtração do precipitado, tem-se um erro positivo, pois o Cl2 proveniente da reação de desproporcionamento se combina com os íons Ag+ em excesso e volta a formar AgCl que fica misturado com a prata metálica formada na decomposição do precipitado. Quando o desproporcionamento do precipitado se dá após a filtração, o cloro produzido volatiliza-se (não se tem íons Ag+ disponíveis para reagir com o gás), gerando um erro negativo. (4) Agitação e alta temperatura ajudam a coagulação do precipitado que inicialmente se encontra no estado coloidal. (5) Filtra-se por decantação por ser mais efetiva a lavagem do precipitado no béquer, devido aos seus flocos. (6) O HNO3 0,01 mol L-1 é usado para retirar o excesso de íons Ag+ que ficam adsorvidos no precipitado e também para evitar a peptização do AgCl, que ocorre se este sal for lavado com água pura. O HNO3 é facilmente eliminado durante a secagem do precipitado. (7) O AgCl funde a 440°C, com redução na presença de substâncias orgânicas (havendo volatilização parcial). Deve-se fazer um aquecimento gradual para que não ocorra uma rápida contração do sólido, aprisionando moléculas de água no seu interior. Diagrama de fluxograma O fluxograma é um meio gráfico para a representação das etapas de um processo. Símbolos Básicos: a maior parte dos fluxogramas é construída a partir de poucos símbolos básicos. O símbolo de atividade é um retângulo que designa uma atividade. Dentro dele esta uma breve descrição daquela atividade. O símbolo de decisão é um losango que designa um ponto de decisão, a partir do qual o processo se divide em dois ou mais caminhos. O caminho tomado depende da resposta à pergunta que aparece dentro do losango. Cada caminho é rotulado, para corresponder a uma resposta à pergunta. O símbolo terminal é um retângulo arredondado que identifica, de forma forma inequívoca, o início ou término de um processo, de acordo com a palavra que esta dentro do retângulo. "Início" é usado para designar o ponto de partida do fluxo de um processo; "parar" ou "fim" são usados para designar o final do fluxo de um processo. O símbolo de documento representa um documento pertencente ao processo. A linha de fluxo representa um caminho de processo que liga elementos do mesmo, por exemplo, atividades ou decisões; a seta um fluxo indica a direção do fluxo. O conector é um círculo que é usado para indicar uma continuação do fluxograma. Modelo de Fluxograma Exercícios 1) Qual é a idéia geral de analise volumétrica? Cite três casos particulares de analise volumétrica. 2) O que é alíquota? 3) O que é solução padrão ou solução titulada? 4) O que é titulo? O que é titulo em massa de uma solução? Como ele é traduzido em fórmula matemática? Qual é o significado do título percentual em massa de uma solução? Numericamente, como ele varia? Qual a relação entre molalidade e Titulo? 5) Qual é o papel do indicador na solução? 6) O que é concentração comum de uma solução? Como é representada matematicamente? 7) O que é diluição e concentração de uma solução e como podemos representar matematicamente? Podemos usar para concentração somente ou para molaridade e normalidade, justifique? 8) O que é molaridade, normalidade e molalidade e quais as relações entre elas? E qual a relação entre concentração e molaridade, concentração e normalidade e o que é fração molar? Como se traduzem a sigla ppm e ppb? Qual é o seu significado? 9) O que é densidade de uma solução? Qual é sua unidade? 10) Calcule a concentração, em g/L, de uma solução de nitrato de potássio, sabendo que ela encerra 60g do sal em 300cm³ de solução. R: 200g/L 11) Calcule a massa de ácido nítrico necessário para a preparação de 150mL de uma solução de concentração de 50g/L. R: 7,5g 12) Qual a massa dos íons Na (sódio) existentes em 200ml de solução de NaOH de concentração igual a 80g/L? R: y = 9,2g de íons Na+ 13) Uma solução contém 8g de cloreto de sódio e 42g de água. Qual é o titulo em massa da solução? E seu titulo percentual? R: titulo= 0,16=16% 14) Uma solução de um dado soluto foi preparada a partir de 160g de água. Se o título da solução é 0,2, calcule a massa do soluto. Justifique se essa é uma solução concentrada ou diluída. R: 40g de soluto 15) Uma solução encerra 15g de carbonato de sódio em 135g de água e tem densidade igual a 1,1g/mL. Calcule: O título em massa da solução. R: titulo=0,1=10% A concentração da solução em g/l. R: C= 110g/L. 16) Na cidade de São Paulo, por exemplo, a qualidade do ar é considerada inadequada se o teor de monóxido de carbono (CO) atingir 15ppm(v/v). Nessa situação, qual é o volume de CO existente em cada metro cúbico de ar? R: 0,015L de CO/m³ de ar 17) Na crosta terrestre existem, em média, 70 ppb (m/m) do metal prata. Qual será a massa de prata existente em 1 tonelada da crosta terrestre? R: 0,070g de Ag 18) Qual é a molaridade de uma solução de iodeto de sódio que encerra 45g do sal em 400ml de solução?(Massas atômicas: Na =23; I =127) R: 0,75mol/L 19) O permanganato de potássio pode ser utilizado como germicida no tratamento de queimaduras. É um sólido brilhante usado, habitualmente, como reagente comum nos laboratórios. Considere a dissolução em meio ácido de 0,395g deste sal em água suficiente para produzir 250ml de solução. Qual será a molaridade resultante? R: 0,01M 20) Calcule a massa de hidróxido de sódio necessária para preparar meio litro de solução 0,2 molar (massas atômicas: H=1; O=16; Na=23). R: m= 4g de NaOH 21) 500ml de solução contêm 10g de sulfato férrico 100% dissociado. Calcule a molaridade do sulfato férrico e dos íons férrico e sulfato, em mols por litro (massas atômicas: Fe=56; S=32; O=16).R.MFe2(SO4)3=0,05mol/L;MFe2(SO4)3=0,05mol/L;Fe 0,10 mol/L; SO4=0,15mol/L 22) Diluindo 100ml de solução de cloreto de sódio de concentração igual a 15g/L ao volume final de 150ml, qual será a nova concentração? R: 10g/L 23) 40ml de ácido clorídrico, de densidade 1,18g/ml e com 36,5% de HCl em massa, são diluídos a 200ml. Qual a molaridade da solução final? R:M=2,36mol/L 24) Um caminhão-tanque tombou e derramou 400 litros de ácido sulfúrico, (H2SO4 98g/mol ), de concentração 6,0 mol/l para dentro de uma lagoa. Para amenizar os danos ecológicos decidiu-se adicionar bicarbonato de sódio, NaHCO3 (84 g/mol), à água da lagoa. Calcule a massa mínima de NaHCO3 necessária para reagir com todo ácido derramado. R.403,2 Kg 25) O eletrólito empregado em baterias de automóvel é uma solução aquosa de ácido sulfúrico. Uma amostra de 7,5 ml da solução de uma bateria requer 40,0 ml de hidróxido de sódio 0,74 mol/l para neutralização completa. Calcule a concentração em quantidade de matéria do ácido na solução da bateria. R.2,0 mol/L 26) Um volume igual a 25 ml e uma solução de ácido acético 0,06 mol/l é titulado com 15 ml de solução de hidróxido de sódio, NaOH (aq) . Qual a concentração em quantidade de matéria da solução básica? R. 0,1 mol/L 27) O carbonato de sódio, Na2CO3, produzido pela solvay, é usado no tratamento das chamadas "águas duras", nas indústrias de vidro e de sabão em pó e nos processos de branqueamento. Sua solução aquosa é fortemente alcalina. Qual a concentração em mol/l de uma solução 1,2 N de carbonato de sódio? R. 0,6 mol/L 28) Uma dada solução de hidróxido de sódio, NaOH (aq) , contém 24% em massa dessa base. Sabendo-se que a densidade da solução é 1,25 g/ml, qual a sua concentração em equivalente por litro? R. 7,5 eq/L ou normal 29) Qual é a concentração em quantidade de matéria de uma solução aquosa de etanol, C2H6O (l) (46 g/mol), de concentração igual a 4,6 g/L? R. o,10 molal ou mol/Kg 30) Qual a molalidade e a concentração em quantidade de matéria de uma solução feita pela adição de 15,24 g de iodo, I2, em 500 ml de álcool etílico, C2H6O, sabendo-se que a densidade do álcool etílico é aprox. 0,8 g/ml. Despreze qualquer variação de volume que possa ter ocorrido. R. 0,15 mol/Kg ou molal 31) Qual a molalidade (concentração em mol/kg ou molal) de uma solução que contém 34,2 g de sacarose C12H22O11, dissolvidos em 200 g de água? R. o,5 molal ou mol/Kg 32) Calcule a fração em quantidade de matéria do soluto e solvente de uma solução preparada pela adição de 390g Na2S e 360g de H2O. R 0,2 e 0,8. 33) Leite de vaca em média 45g de lactose C12H22O11, por litro. Qual fração em quantidade de matéria da lactose no leite?(considere o leite formado de água e lactose, com d= 1g/ml). R. aprox. 2,4. 10ˉ³. Bibliografia: JURAN, J. M. A qualidade desde projeto: novos passos para o planejamento da qualidade em produtos e serviços. São Paulo: Thomson Pioneira. MORITA, Tókio. Manual de Soluções, Reagentes e Solventes. Editora: Edgard Blücher. FELTRE, Ricardo. Físico-Química. São Paulo: Moderna, volume 2. COVRE, Geraldo José. Química: o homem e a natureza. São Paulo: FTD. VOGEL. Análise qualitativa. São Paulo: HARRIS, Daniel C. Análise Química Quantitativa. Rio de Janeiro: LTC, 2005. BASSET, J. Denney, R. C., Jeffery, G. H. e MENDHAM, J.;(1981);Vogel;Análise Inorgânica Quantitativa; Guanabara Dois, RJ. ALEXEEV, V. (1972) Análise Quantitativa; Livraria Lopes da Silva Editora Porto. OHLWELER, O. A. (1981); Química Analítica Quantitativa, 3a Edição; Livros Técnicos e Científicos Editora S/A, Rio de Janeiro. BACCAN, J.C. de Andrade, O. E. S. Godinho, J. S. Barone . Química Analítica Quantitativa Elementar. São Paulo : Edgar Blücher Ltda. Ed. 3ª edição revista, ampliada e reestruturada. ----------------------- ETEC Júlio de Mesquita 1T =103Kg ou 106g ou 109mg Sim Início Instalar medida Receber, verificar e processar. Correto? Fazer correções Inspecionar Não Sim Inspeção exigida? Sim Passa? ?÷Òø¥ùEútûü§üYý*þ.þJþLþdÿDˆ°üvÊI[?]ïïïïïïïÞÜÔÉ»»»»»»Contatar Fornecedor Não Não Processar & Certificar Autorizar pagamento P3 P2 Processar para contas a pagar Preparar cheque Final