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Aplicação Da Moldagem Industrial Na Substituição De Material Metálico Por Plástico...

O presente trabalho visa descrever alguns parâmetros básicos e técnicos para o desenvolvimento tanto de projetos quanto de peças produzidas apartir de moldes, bem como, demonstrar através de um estudo a substituição de metal por polímero, através de um molde de injeção, em de parte de um equipamento agrícola chamado esparamador de uréia a lance.

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Aplicação da Moldagem Industrial na Substituição de Material Metálico por Plástico em Equipamento Agricola. Eduardo Bortolin (FAHOR) [email protected] Everton Freddi (FAHOR) [email protected] João Guilherme Weiller (FAHOR) [email protected] Leandro Vianna Fernandes (FAHOR) [email protected] Resumo No contexto atual a evolução tecnológica esta cada vez mais presente tanto no campo quanto na cidade. Um dos processos industrais em que ocorreu uma cresente e continua evolução aos longos dos anos foi à moldagem industrial. Apartir disso o presente trabalho visa demonstrar alguns parâmetros importantes deste processo desde o projeto até a confecção de moldes. Na mesma linha de ação o presente trabalho irá fazer uma descrição desse processo através de um projeto de produto, onde será feita a substituição de material metálico, por material polimérico, em um equipamento agrícola chamado esparamador de uréia a lance, visando assim avaliar as possíveis vantagens econômicas da utilização dos processos de moldagem, na confecção deste equipamento agrícola. Palavras chave: Moldagem, Equipamento Agrícola, Polímeros, Substituição de Materiais. Introdução Na década de 1940 a utilização de peças injetadas de material plástico restringia-se a alguns produtos de no máximo alguns poucos gramas. Com o cresimento do mercado desses produtos devido a sua alta aplicabilidade houve ao longo dos anos uma constante evolução, tanto que atualmente, temos moldes com áreas projetadas de até 1m², e peças plásticas produzidas apartir de moldes pesando até 20 kg. Em paralelo a essa evolução que ocorreu no processo de moldagem industrial a agricultura brasileira também passava por um período de mudanças. Nesse período houve um enorme advento de novas tecnologias, e novos modelos de máquinas agricola no país. Na sua grande maioria essas máquinas eram quase que totalmente compostas de metal e aço. Porém hoje em dia, em virtude de questões financeiras, cada vez mais se trabalha em busca de novas alternativas de materiais que possam substituir os metais, e ao mesmo tempo fazer com que o equipamento agrícola não seja prejudicado em virtude disso. Apartir da análise dessas considerações, o presente trabalho visa descrever alguns parâmetros básicos e técnicos para o desenvolvimento tanto de projetos quanto de peças produzidas apartir de moldes, bem como, demonstrar através de um estudo a substituição de metal por polímero, através de um molde de injeção, em de parte de um equipamento agrícola chamado esparamador de uréia a lance. 2. Revisão da Literatura 1. Projeto de Produtos 2.1.1 Introdução Para se obter um bom desempenho da peça, evitando-se inconveniências posteriores que provoquem um aumento de custo, é necessário que os seguintes fatores sejam analisados: 1. É possível moldar o produto nas formas desejadas? 2. Qual será o material plástico indicado para este produto? 3. A conformação e a determinação das medidas do produto são compatíveis com as exigências requeridas em sua aplicação? 4. O método de moldagem é o mais conveniente para a forma e o material do produto? 5. Relacionar o desenho do produto e os tipos de moldes mais apropriados. 6. Determinar o custo de acordo com a produção requerida. 2.1.2 Características Técnicas e Aparência do Produto Há produtos normalmente utilizados em eletroeletrônica, que requerem somente características técnicas, aplicações mecânicas e conjuntos de peças não visíveis, não exigindo, portanto maiores preocupações com a aparência. Por outro lado existem produtos que não necessitam de dimensões rígidas, mas cuja aparência é bastante importante, tais como, brinquedos, utilidades domésticas, adornos, etc. 2.1.3 Desenho de Produto e Desenho de Molde Considerando que o molde é a ferramenta que dará as dimensões e a forma do produto faz-se necessário um estudo criterioso das dimensões das cavidades, levando em consideração a contração do material a ser utilizado. 2.1.3.1 Contração Na produção de peças de material plástico a contração é muito importante devendo ser atentamente considerada, pois refletirá nas dimensões do produto moldado, além de influir sobre os seguintes itens: 1. A solidez, pois a contração pode provocar aumento das tensões e danos ao produto. 2. Devido a instabilidade dimensional a contração pode não ser uniforme em toda a peça e causar danos ao produto. 3. O plástico se contrai duas a cinco vezes mais que o metal. No inserto de partes metálicas, a contração que estará agindo sobre o metal, não irá fazer com que ele se deforme, mas poderá causar rupturas no plástico ao redor do mesmo. 4. As tolerâncias do plástico a ser moldado nem sempre são constantes, pois estas dependem de vários fatores. Em um erro de tolerância poderá haver aumento da contração. 5. No molde a forma da peça é reproduzida em negativo. Por essa razão deve-se calcular um aumento de contração na peça ligeiramente inferior na fêmea e superior no macho. 2.1.4 Normas para desenho do Produto Algumas vezes a criação de novos produtos de material plástico dependendo de sua forma geométrica traz sérios problemas na hora da elaboração do projeto e construção do molde. A simplicidade do projeto é o requisito principal de uma peça. É aconselhável como regra geral fazer uma análise funcional da peça. Um exemplo complexo é o coletor de ar de um motor a explosão. Este tipo de peça possui características eminentemente técnicas que devem ser estudadas atentamente em relação a sua forma e dimensões. Em primeiro lugar deve-se ter grande estabilidade dimensional em virtude da necessidade de encaixes precisos. Como esta peça leva insertos metálicos, suas espessuras devem ser construídas e distribuídas de tal maneira que o material plástico garanta um perfeito isolamento e não trinque em virtude da contração. 2.1.5 Estudo Experimental Quando a análise funcional deixa dúvidas em relação ao perfeito funcionamento, ou quando a resistência de algumas partes deve-se fazer um estudo experimental de todas as características funcionais. Podemos para isso tomar como base objetos similares ao que se está analisando. Atualmente existem peças plásticas prototipadas, uma cópia perfeita de uma peça real e do mesmo material plástico escolhido. 2.1.6 Redução do custo sem comprometer a Qualidade A moldagem de peças de material plástico requer geralmente ferramentas muito caras, sendo necessária uma produção em grande escala para que seja economicamente viável. O custo do material plástico empregado representa uma grande parte do custo total da peça, razão pela qual é interessante diminuir o máximo seu peso sem comprometer a solidez. Esse procedimento além da economia evidente do material plástico possibilitará também um menor tempo de moldagem e a conseqüente economia no custo da produção. 2.1.7 Projeto de Peças Plásticas As peças ao serem projetadas precisam preferencialmente apresentar paredes com espessuras uniformes. Peças maciças ou de paredes grossas devem, sempre que possível, ser evitadas, pois seu resfriamento não é uniforme o que pode provocar defeitos. Em peças plásticas os furos devem estar longe das proximidades de nervuras, em uma distância que seja equivalente a um terço ou pelo menos á metade do seu diâmetro. As curvas nos produtos moldados eliminam possíveis torções na peça. 2.1.8 Postiços e Insertos Algumas vezes por exigências de construção ou funcionais é necessária a colocação de insertos metálicos nas peças: 1. Para rasgos internos ou externos que precisam resistir a esforços elevados. 2. Para peças empregadas nas indústrias eletrônicas que necessitam de contatos terminais, condutores, etc. 3. Para peças que devem acoplar-se ou sustentar outras partes mecânicas rotativas. 4. Para peças que devem conter circuitos magnéticos isolados, interruptores. 5. Para peças que necessitam esforços internos, tais como volantes de automóveis, etc. A colocação de insertos metálicos pode causar alguns problemas, exigindo uma técnica especial ligada aos seguintes fatores: 1. Tipo de material plástico empregado e o efeito da pressão de moldagem requerida. 2. Método de moldagem empregado em relação ao tipo de inserto metálico. 3. A grande variedade de tipos de insertos. Os principais métodos de colocação de insertos são: 1. Incorporação do inserto durante a moldagem. 2. Colocação do inserto após a moldagem sob pressão. 3. Colocação do inserto após a moldagem por rebitado ou remachado. Os insertos metálicos usados com maior freqüência são os roscados. A fixação dos insertos pode ser de diferentes tipos: 1. Por meio de estrias cruzadas na superfície cilíndrica. 2. Através de estrias longitudinais em um canal de côncavo circular. 3. Com as extremidades rebaixadas e a parte maior do diâmetro estriada, entre outras. É necessário calcular uma espessura adequada de material plástico em volta do inserto. A espessura do material plástico onde se colocara o inserto deve ser suficiente para evitar que na superfície oposta forme uma saliência. Quando ocorrem esforços o inserto e não o plástico deve suportar sua pressão. Em alguns casos é necessário que se usine o inserto metálico após a injeção. 2.1.9 Resfriamento do Produto O produto injetado deverá ser resfriado através da passagem de água corrente dentro das cavidades do molde, sendo que, a entrada da água devera ser situada na parte mais distante possível do canal de injeção, e a saída precisa estarem mais próxima possível do bico de injeção. O canal de injeção devera ter no mínimo o diâmetro da maior espessura da peça moldada para que não se solidifique antes da mesma. 2. Projeto de Moldes 2.2.1 Introdução O molde da injeção é uma unidade completa com condições de produzir peças moldadas. Suas cavidades possuem as formas e as dimensões da peça desejada. Ao se projetar um molde de injeção, as primeiras considerações se referem ao peso, tamanho e desenho da peça, para então se decidir sobre a localização e a quantidade de cavidades no molde. Baseando-se no peso e no tamanho das peças é possível definir o tipo de máquina injetora ideal para as mesmas. Também é necessário conhecer algumas características importantes do material plástico a ser moldado, tais como, contração, fluxo e abrasividade. 2.2.2 Considerações Básicas Na construção de um molde é indispensável que suas placas fiquem perfeitamente paralelas após a usinagem. O projeto básico do molde depende dos seguintes fatores: 1. Tamanho e forma da peça. 2. Numero de cavidades. 3. Tamanho e capacidade da máquina em que o molde será usado. 4. Todos estes fatores estão interligados com o tamanho e o peso do objeto moldado, limitando o número de cavidades e determinando também a capacidade necessária da máquina. 5. Face de abertura do molde, ou seja, linha de separação entre as duas metades do molde, normalmente, a linha de separação das duas metades de um molde deixa marca, portanto, a linha de abertura deve ocorrer em uma parte que o visual da peça seja funcional. 6. A extração da peça normalmente é considerada junto com a linha de separação. 7. Os pontos de entrada nas cavidades, geralmente estão no centro das peças ou nas arestas das mesmas. 2.2.2.1 Força de Fechamento A área projetada total da peça determina a força de fechamento necessária para manter o molde fechado durante a injeção. É importante notar que a área projetada inclui os canais. Para um fluído hidráulico, como a água, a força de fechamento requerida por um centímetro quadrado da área projetada é igual à pressão aplicada pela rosca de injeção. 2.2.2.2 Pressão de Injeção Para uma determinada pressão da rosca, a pressão exercida em cavidades dependerá da peça a ser injetada (relação direta) e da viscosidade do material (relação inversa). A área projetada determina a força de fechamento. O peso da peça a ser injetada determina a capacidade da máquina na qual deverá ser colocado o molde. 2.2.2.3 Capacidade da Máquina A capacidade de uma máquina injetora é geralmente medida pela quantidade de gramas de poliestireno possíveis de serem injetados de uma só vez. Uma medida melhor de capacidade é dada pelo volume de plástico deslocado em uma operação de injeção. Freqüentemente os moldes são usados em máquinas que trabalham no limite máximo de sua capacidade, produzindo peças com uma qualidade inferior. O uso prolongado da capacidade máxima pode resultar num desgaste prematuro (por excesso de uso) das resistências, bombas e válvulas. 2.2.2.4 Fluxo do material no Molde O comprimento de fluxo do material depende de vários fatores. Por isso é muito difícil se obter valores sobre o fluxo. Uma das maneiras de quantificá-lo é determinando a relação de fluxo, que é dada pela relação entre seu comprimento e a espessura da parede. A determinação desses valores é muito importante para o projetista do molde, pois serve como um guia para a confecção do mesmo. 2.2.2.5 Contração Devido á propriedade de contração do material plástico quando resfriado, deve-se adicionar uma tolerância de contração nas dimensões do molde quando este é projetado, para que a peça final atinja o tamanho desejado. Do ponto de vista do desenho do molde duas variáveis principais devem ser consideradas. A primeira delas é a espessura da parede da peça cuja contração é afetada sensivelmente pela velocidade de resfriamento. A segunda variável trata da diferença entre a contração no sentido longitudinal e transversal do fluxo, a qual também depende das condições de processamento. 2.2.3 Componentes de um Molde A constituição de um molde segue o princípio típico de montagem de placas de aço. Os componentes do molde de injeção são: placa de fixação inferior, coluna ou espaçador, bucha-guia, coluna-guia, pino extrator, extrator de canal, placa porta-extratora, placa impulsora, pino de retorno, placa suporte, postiços, bucha de injeção, anel de centragem, placa de fixação superior, placa de montagem de postiços superior e inferior, cavidade e canal de distribuição. Algumas características dos componentes do molde, como por exemplo, as saídas, que controlam a saída do gás e do ar precisam ser bem observadas para que a peça possua a qualidade adequada. 2.2.4 Bucha de Injeção Também chamada de bucha do canal de injeção, é um componente do molde através do qual o fluxo de material plástico procedente da máquina injetora penetra até as cavidades do molde. O canal de injeção do molde é afunilado. O afunilamento padrão é 10 mm por 300 mm. O orifício da bucha do molde deve ter no mínimo três mm de diâmetro, com um comprimento menor possível. Na injeção com cavidade única, o diâmetro do canal de injeção na entrada da cavidade deverá ser de aproximadamente o dobro da espessura da peça. Se for pequeno poderá ocorrer delaminação do material ou calor excessivo nesse ponto. Um diâmetro muito grande por sua vez requer um ciclo maior para permitir a solidificação do canal de injeção. 2.2.4.1 Características da Bucha Ela é feita de aço cromo-níquel, constituída de um assento esférico, ou em ângulo, onde é alojado o bico do cilindro de injeção. O furo da bucha que forma o canal de injeção é quase sempre redondo, polido, e cônico, para facilitar o fluxo de material e a extração do canal. A conicidade varia entre 2º a 5º. 2.2.4.2 Dimensões O comprimento da bucha de injeção deve ser o mais curto possível para que o resfriamento seja rápido e os ciclos de injeção curtos. Geralmente o comprimento da bucha é de 5 a 10 vezes o do diâmetro, o que permite um bom rendimento. 2.2.5 Cavidades 2.2.5.1 Introdução A cavidade de moldagem é normalmente composta por duas partes: a unidade fêmea que modela a parte externa da peça, e o núcleo ou unidade macho, que configura sua parte interna. A cavidade pode ser obtida por: 1. Usinagem, que utiliza três métodos distintos: Fresamento; utilizando máquinas fresadoras do tipo ferramenteiras, copiadoras ou com CNC comando numérico computadorizado. Eletroerosão; por meio de descargas elétricas realiza uma usinagem de precisão mesmo em materiais endurecidos. Cunhagem; obtém a cavidade pela prensagem de um ou vários modelos contra um bloco de aço especial montado sob blocos de apoio. 2. Fundição, que também pode ser de três tipos: Simples; feitas com ligas de zinco ou alumínio. Consiste em fundir esses metais com um modelo de aço similar a peça plástica a ser moldada dando a forma desejada a cavidade. Metalização; de utilização recente esse método permite obter ambas as metades de um molde. Consiste em metalizar diretamente um modelo padrão em madeira, metal, plástico ou qualquer outro material que esteja montado em uma placa de apoio. Fundição de precisão; consiste em fazer um molde da cavidade em cera e cobri-lo com cerâmica refratária. 3. Eletrodeposição consiste em recobrir um modelo de acrílico, ou qualquer outro plástico rígido, com uma camada condutiva de prata por deposição química, sobre a qual são depositados 5 a 8 mm de liga de níquel cobalto. 2.2.5.2 Materiais para Cavidades A seleção dos materiais com os quais se confeccionará as cavidades irá depender dos seguintes fatores: precisão requerida, número esperado de produção, processo de obtenção da cavidade escolhida e acabamento e tratamento térmico disponível. É importante observar que os materiais empregados na construção das cavidades e dos machos, requerem normalmente tratamento térmico. Em alguns casos os moldes podem ser construídos com materiais não-ferrosos como o cobre. 2.2.5.3 Obstruções Não deverão existir cortes na cavidade ou componentes que impeçam a retirada da peça do molde. Esse cortes podem ser feitos por partes móveis ou pinos laterais, que necessitam ser retirados antes que o mecanismo de injeção expulse a peça moldada. Uma peça difícil ou complexa pode ser moldada em duas ou mais partes e montada posteriormente, com custo inferior, em alguns casos, de uma única peça injetada. 2.2.5.4 Conicidade Em todas as superfícies perpendiculares á linha de separação dos dois moldes deve existir uma conicidade adequada. 2.2.5.5 Considerações possíveis para o Cálculo da Resistência das Cavidades O cálculo preciso da resistencia das cavidades do molde é quase impossível de ser obtido para as aplicações comuns, mesmo naquelas que tenham perfil regular. É comum portanto, basear-se nas formas básicas simples e considerar uma ampla margem de segurança. Por exemplo, a cavidade é submetida a uma alta pressão interna provocada pelo material injetado. É essencial assim, determinar-se a espessura da parede capaz de manter a deflexão da cavidade sob a carga abaixo de um máximo especificado. Se a deflexão for mantida dentro dos limites especificados, os níveis de calor da tensão também serão satisfatórios. Este método se aplica razoavelmente bem apenas para cavidades onde o comprimento da parede é igual ou menor que a profundidade da mesma. Para cavidades quadradas ou retangulares de proporções normais são possíveis aproximações simples incluindo: 1. Cálculos baseados na consideração de cada parede da cavidade como uma viga fixa com carga uniforme. 2. Cálculos baseados na consideração de cada parede da cavidade como uma viga livremente apoiada, com carga uniformemente distribuída. 3. Cálculos baseados na consideração da cavidade como um pórtico com carga uniforme interna. 4. Cálculos baseados na consideração de cada parede da cavidade como uma placa retangular livremente apoiada com uma carga uniforme Efeitos da pressão de fechamento e da retenção da placa de suporte são ignorados. A pressão máxima na cavidade no qual esses cálculos se baseiam é de 650 Kg/cm². Precisa-se ter um cuidado especial com as cavidades de blocos montados, particularmente as cavidades sólidas com base postiça. Aqui a deflexão não deve permitir que a folga entre as peças separadas aumente a um determinado grau que possibilite a entrada de material. Os cálculos são baseados nas cavidades de blocos sólidos devendo-se observar que com moldes de blocos montados qualquer desajuste ou perda de rigidez ou resistência pode gerar resultados consideravelmente inferiores. O primeiro método de cálculo baseia-se na fórmula padrão da viga fixa: y = W L4 / 384 EI Onde: y = Deflexão da parede lateral W = Carga no interior da cavidade L = Comprimento interno da parede da cavidade E = Módulo de elasticidade I = Momento de inércia da parede da cavidade A espessura da parede necessária para permitir uma deflexão máxima especificada pode ser obtida pela equação: t = [W L4 / 32 Eyd] ¹/³ Onde: t = Espessura da parede da cavidade d = Profundidade total da parede Na prática, no entanto, os lados da cavidade de um molde não atendem totalmente os requisitos básicos de fixação da extremidade, nos quais se baseia a fórmula da viga fixa, e o método pode conduzir a deflexões consideravelmente maiores quando em serviço. Outra aproximação possível consiste em considerar os lados da cavidade como vigas livremente apoiadas de acordo com a fórmula básica: y = 5W L4 / 384 EI Assim a espessura da parede para uma dada deflexão y é dada por: t = [5W L4 / 32 Eyd] ¹/³ Esta fórmula é a mais comumente usada fornecendo a maior espessura da parede para uma dada deflexão entre todos os métodos. Isso proporciona uma margem de segurança maior uma vez que, em muitos moldes, uma espessura da parede acima da necessária, não tem maiores consequencias. No entanto uma aproximação mais racional é oferecida quando se considera o molde como sendo um pórtico. Desta forma os efeitos sobre os cantos são considerados. A deflexão para fora de uma parede da cavidade provocará um momento em torno de cada canto das extremidades da parede o que tenderá a causar a deflexão para dentro das paredes com ângulo reto em relação a primeira. A cavidade é considerada como um pórtico com carga uniforme interna, com a premissa usual de que os cantos permanecem retos e fixos no espaço. O efeito da pressão de fechamento e o efeito de retenção da placa suporte são novamente ignorados. Partindo-se da premissa de que os cantos permanecem em ângulo reto conclui- se que as inclinações nos cantos do pórtico (viga) devem ser iguais. Todos esses cálculos aplicam-se a cavidades retangulares, tendo em vista que em situações mais complexas a cavidade deve ser considerada como um retângulo baseado nas maiores dimensões. Uma possibilidade de aproximação bastante diferente consiste em considerar cada lado da cavidade como uma placa retangular uniformemente carregada e livremente apoiada. Assim a fórmula fornece a deflexão máxima aproximada pela equação seguinte, onde C é uma constante tabelada: y = C p d4 / Et³ 2.2.5.6 Deflexão das Cavidades Cilíndricas O aumento do raio de um cilindro sob pressão interna (deflexão) é dado pela equação: u = {(rp/E)[(r²+R²)/(R²-r²)]+m} Onde: u= Aumento do raio interno r= Raio interno original R= Raio externo original M= Coeficiente de Poisson 2.2.5.7 Outras considerações possíveis para o cálculo de Resistência das Cavidades As dimensões das paredes das cavidadesdevem ser calculadas para oferecer resistência contra a força de fechamento do molde e da pressão de injeção do material plastificado no interior da cavidade. A linha de abertura do molde está sujeita a impactos repetitivos pela ação de fechamento da máquina injetora. Se a pressão de injeção for baixa para injetar determinadas peças isso poderá ser desprezado. Mas para evitar tais problemas é necessário calcular adequadamente a força de fechamento, selecionar o material para confecção do molde para resistir a tensão de compressão (tração), e calcular a respectiva área de contato na linha de abertura do molde. Para determinar a força de fechamento para o molde deve-se multiplicar a área projetada da moldagem pela pressão de injeção ou algo equivalente. A pressão de injeção depende de vários fatores, como fluidez do material, temperatura de plastificação, temperatura do molde, entre outros. Como regra bastante prática e próxima pode-se dar um valor médio de pressão de injeção de 300 a 1100 Kg/cm². 2.2.5.8 Dimensionamento do tamanho e do material para base de Molde O tamanho da base do molde é determinado por colocação das cavidades, sistema de alimentação das cavidades, sistema de extração utilizado, sistema de controle da temperatura, sistema de acionamento de engrenagens (quando utilizado), colunas, buchas, guias ou dispositivo específicopara os moldes. Depois de calculada a dimensão necessária do molde, é preciso acrescentar a largura e o comprimento final deste, para a fixação. Com as dimensões finais verifica-se a disponibilidade de bases padronizadas e se satisfazem as condições de layout das cavidades. 2.2.5.9 Dimensionamento dos Calços De uma maneira geral, na construção de moldes, os calços formam um U para o sistema de ejeção das peças. A pressão de injeção pode causar deflexão nas placas suportes das cavidades suportadas pelos calços. Além disso, essa deflexão causará rebarbas nos produtos. Para evitar esse problema, são colocados alguns suportes em locais estratégicos que não interfiram com os pinos de extração e retorno. Para determinação dos calços e suas distâncias, a fórmula de viga bi-apoiada pode ser adotada. 2.2.5.10 Alinhamento das duas metades de um Molde A colocação da bucha guia com a coluna guia de um molde permite um desalinhamento máximo de 0,006 cm e um mínimo de 0,004 cm. Na pratica essas tolerâncias são menores, e podem ser medidas, dependendo do caso, pela colocação de cada metade do molde em posição fixa, e movimentando a outra metade contra um relógio comparador. Mesmo que os cálculos sobre o desalinhamento possam estar dentro da tolerância requerida, é indicado incorporar outros recursos para assegurar o alinhamento. 2.2.5.11 Disposição das Cavidades A distribuição das cavidades dentro do molde deve considerar os diferentes caminhos que o material injetado percorre para atingi-las. 2.2.5.12 Escolha do número de Cavidades 1. Número de cavidades; o número de cavidades a ser projetado em um molde é determinado, principalmente, pelo custo da peça e pela produção necessária em um certo período. 2. Tamanho do molde e resistência; o tamanho do molde depende do número de cavidades, do custo da peça e/ou das máquinas injetoras disponíveis. Geralmente não são necessárias múltiplas cavidades quando a produção requerida é baixa, ou quando a peça for grande, ou ainda quando o custo do molde deva ser mantido baixo. A determinação do efeito de múltiplas cavidades sobre o custo da peça é bastante similar para qualquer caso, a não ser em situações muito especiais. Além das considerações econômicas e de prazo, recomenda-se também avaliar a disponibilidade das máquinas injetoras, as propiedades das peças injetadas em múltiplas cavidades, a manutenção dos moldes, o localonde será feita a injeção. 2.2.6 Coluna-guia e Bucha-guia Estes itens são componentes do molde confeccionados em aço cromo-níquel, endurecidos e retificados, tendo por função a localização das duas metades do molde. 2.2.7 Pinos de Extração São barras de aço cromo-níquel ou aço prata, usinadas, endurecidas e retificadas, e são empregadas nos moldes de injeção com variadas funções tais como: extrair produtos, retificar o conteúdo do canal da bucha de injeção, e retroceder o mecanismo extrator. Para extrair o produto os pinos mais usados são os cilíndricos, os rebaixados e os com rebaixo em meia-cana. Para extrair o conteúdo do canal da bucha de injeção, o pino extrator pode ser do tipo com retenção em ângulo, com canal de retenção em côncavo, e com ângulo reverso. Também existem pinos de retrocesso do mecanismo extrator. 2.2.8 Saída de Gases Cada cavidade deve ser ventilada adequadamente para permitir a saída do ar e de gases presos quando for penetrada pelo plástico. Naturalmente, o plástico não poderá fluir perfeitamente na cavidade sem que o ar escape. Quando esse fato vital é esquecido, os resultados inevitáveis são peças incompletas, zonas queimadas, junções fracas, mau acabamento, marcas de fluxo ou cavidade preenchida vagarosamente. As saídas de ar devem ser incorporadas na linha divisória das duas partes do molde, com uma profundidade de 0,05 mm, e largura de 3 a 6 mm, estendendo-se desde a cavidade até o exterior do molde. A profundidade de saída de ar deverá aumentar levemente á medida que se distancia da cavidade, de tal modo que não haja obstrução com o uso. Uma saída de ar deverá ser colocada em todos os pontos da linha divisória do molde onde ocorra uma junção. A junção produzida pela intersecção do fluxo do plástico, que flui ao redor de um pino ou macho, pode ser minimizada instalando-se uma saída especial, mais larga, chamada cavidade auxiliar de solda. 2.2.9 Classificação dos Moldes Os moldes de injeção classificam-se de acordo com o sistema de alimentação e com o sistema de extrusão. Os sistemas de alimentação e extração são influenciados pelos seguintes fatores: forma do produto, material plástico a ser empregado e máquina injetora. 2.2.10 Sistema de Alimentação das Cavidades A alimentação das cavidades pode ser direta ou indireta. Todo o percurso do material plástico fundido, desde a máquina injetora até a cavidade do molde, é composto, normalmente, de canal de injeção da bucha, canal de distribuição, entradas ou ponto de injeção, produto moldado e poço frio 2.2.10.1 Canais de Distribuição Os canais de distribuição transferem o material desde o bico até as entradas das cavidades. Canais com pequenas seções transversais (muito finos) necessitam de altas pressões de injeção e levam mais tempo para preencher as cavidades; canais maiores permitem um melhor acabamento nas peças injetadas e minimizam linhas de junção de fluxo e tensões internas. Canas excessivamente grandes também podem causar problemas em razão dos seguintes fatores: 1. A solidificação dos canais é mais demorada. 2. O peso dos canais é maior, diminuindo a capacidade útil da máquina e de plastificação. 3. Canais largos produzem mais rebarbas, aumentando o custo e a possibilidade de contaminação. 4. Em moldes de duas placas com mais de oito cavidades, a área projetada do sistema de canais aumenta significativamente as dimensões projetadas das cavidades, reduzindo a força de fechamento efetiva. Canais circulares são mais recomendados, pois apresentam uma superfície de contato mínima entre o plástico e o molde, minimizando as perdas de atrito. Os canais totalmente circulares precisam ser trabalhados em ambas as metades do molde. Apesar dos custos adicionais de ferramentaria, estes canais permitirão uma melhor injeção. Canais de seções semicirculares ou retangulares não são recomendáveis. Pelo fato do material plástico possuir um tempo relativamente pequeno de fusão, os canais de alimentação devem ser mais curtos e diretos possíveis, evitando a solidificação do material no seu interior. Não há necessidade de se polir a superfície dos canais. Pelo contrário, superfícies não polidas têm a vantagem de reter a película do material frio adjacente ás paredes, facilitando a sua liberação para o interior das cavidades. Em moldes com muitas cavidades, o layout das cavidades e canais deverá ser posicionado de tal forma que a distância a ser percorrida pelo plástico, desde a bucha até as cavidades, seja a mesma. 2.2.10.2 Sistema de Alimentação Indireta O caminho do fluxo do material plástico, do bico de injeção da máquina até as cavidades onde é moldado, normalmente é formado por canal de injeção da bucha, poço frio, canais de distribuição e entradas ou ponto de injeção, constitui o sistema de alimentação indireta. Neste sistema o material passa através do canal da bucha de injeção, ao canal primário, aos canais secundários e pelas entradas antes de chegar às cavidades. O sistema de alimentação deve ser o mais curto possível para reduzir as perdas de pressão e calor do sistema. Neste sistema o componente conhecido como poço frio que em algumas situações se faz necessário, nada mais é, de que um prolongamento do canal da bucha. . 2.2.10.2.1 Entradas A entrada ou ponto de injeção é um canal ou orifício que liga o sistema de alimentação à cavidade e possui uma superfície pequena em comparação com o restante do sistema de alimentação. Suas principais funções são: 1. Esfriar o material na entrada logo que a cavidade esteja cheia de plástico. 2. Permitir a separação entre o sistema de alimentação e o produto de forma manual ou automática. 3. Reduzir marcas no produto. 4. Reduzir a necessidade de compactação. A entrada controla a velocidade do fluxo do material na cavidade e também o seu "empacotamento". A peça deve estar localizada num lugar pouco ou nada visível, pois deixa marcas de imperfeição na peça. A localização ideal é o mais próximo possível do centro da peça, a fim de minimizar as distâncias que o material deve percorrer para encher a cavidade. Quando o projeto da peça impedir este posicionamento, deve-se utilizar uma entrada maior, ou várias entradas por cavidade, permitindo um enchimento mais rápido. Na maioria dos casos, a entrada é limitada pela posição da cavidade e a linha divisória do molde. É preferível colocar a entrada na seção mais espessa da peça, que demora mais para se solidificar, evitando-se, assim, marcas de "chupado". Como já vimos, a "distância de fluxo" é o comprimento do caminho que o plástico percorre desde a entrada até a extremidade oposta da cavidade. A expressão "razão de fluxo" significa a relação entre a distância de fluxo e a espessura da seção nominal da peça. Cada material plástico possui um limite de razão de fluxo, de acordo com suas propriedades reológicas. O posicionamento das cavidades no molde, independente de sua quantidade, deverá ser simétrico em relação ao eixo do bico de injeção, para assegurar uma distribuição uniforme de pressões. Freqüentemente estas necessidades determinam a localização das entradas. Não existem medidas teóricas ideais para uma entrada. A escolha de seu tamanho é normalmente baseada na experiência. O sistema de alimentação indireta pode ser classificado em oito tipos distintos, de acordo com as entradas que possuírem. São elas: entrada restrita, entrada em leque, entrada tipo flash, entrada capilar, entrada em aba, entrada submarina, entrada em anel e entrada em disco. 1. Entrada Restrita: é a abertura que existe entre o canal de alimentação e a cavidade onde é moldado o produto. É utilizado para a alimentação lateral ou pelo centro, sendo adequada particularmente para materiais de fácil fluxo. Vantagens: - Solidifica rapidamente; - Produz a necessidade de manter a pressão final para captação; - Pode ser cortada com maior facilidade; - Melhora a aparência do produto Desvantagens: - Não é recomendada para materiais viscosos. 2. Entrada Restrita Circular: As entradas circulares e as semicirculares podem ser relativamente grandes e oferecem pouca resistência ao fluxo de material. Em geral, esse tipo de entrada tem diâmetro de 0,75mm a 1,5mm, ou uma área correspondente a mesma secção para formas retangulares. Esse tipo de entrada é conveniente para reduzir as tensões internas ocasionadas pela orientação do fluxo, mas requer tempos maiores de solidificação do material. 3. Entrada em Leque: a entrada tipo em leque não é mais nada do que a entrada circular achatada, usada para peças com grande área e paredes finas, como por exemplo, visores de relógios. A espessura dessa entrada não deverá ser maior que a metade da espessura da peça. A largura depende do tamanho da cavidade. 4. Entrada tipo Flash: a entrada tipo flash foi recentemente desenvolvida e se aplica para áreas grandes e planas. Um canal secundário paralelo a cavidade é alimentado pelo canal principal. A distância entre a cavidade e o canal de distribuição, neste caso, é geralmente de 0,5mm com largura variando de acordo com o tamanho da peça. A desvantagem da entrada tipo flash é o longo canal de distribuição que tem de ser moído. 5. Entrada Capilar: a entrada capilar é usada sempre que o tamanho do desenho do projeto permite, porém, não deve ser empregada com materiais muito viscosos ou sensíveis ao calor. A entrada capilar é a melhor maneira de controlar o fluxo de entrada para a cavidade sendo d extrema importância para balancear as entradas dos moldes com muitas cavidades. Devido as suas pequenas dimensões, a entrada capilar se solidifica rapidamente permitindo ciclos curtos de tensões reduzidas. A principal desvantagem é que, quanto maior a entrada mais veloz se tornará o fluxo do plástico fazendo com que parte da energia cinética seja convertida em calor e, e casos extremos causando queima ou degradação do material. 6. Entrada em Aba: a entrada em aba é uma solidificação da entrada capilar, utilizada nos casos onde o material que entra não pode ser dirigido diretamente contra um obstáculo. A espessura da aba deve ser de ½ a 2/3 da espessura da peça. O comprimento deverá ser o dobro da largura. 7. Entrada Submarina: a entrada submarina é uma modificação da entrada em aba com a entrada em aba com a entrada se localizando abaixo da linha de abertura. A entrada é afunilada convergindo em 3º a 5° desde o canal até a entrada com a finalidade de permitir uma fácil extração devendo possuir cerca de 0,8mm de diâmetro. 8. Entrada em Anel e Disco: as entradas em anel e disco são modificações do tipo leque. A entrada tipo anel é usada para peças cilíndricas ocas e tubulares. A entrada tipo disco é usada em aberturas circulares na peça. 2.2.10.2 Sistema de Alimentação Direta Neste sistema o material plástico flui diretamente do canal da bucha de injeção para a cavidade. É classificado de acordo com os tipos de entrada de injeção que podem ser: - Entrada Direta - Entrada Restrita com Câmara Quente - Entrada Restrita com Canal Isolado - Entrada com Canal Quente 1. Entrada Direta: neste tipo o produto sai com a moldagem do canal da brecha de injeção que deverá ser posteriormente retirada. 2. Entrada Restrita com Câmara Quente: neste método o produto sai livre da moldagem do sistema de alimentação. 3. Entrada Restrita com Canal Isolado: na alimentação com canal isolado o diâmetro dos canais de distribuição varia entra 12 mm a 20 mm, permitindo que o material plástico permaneça quente e fluido em seu interior. Esse sistema é utilizado em moldas de injeção para moldagem de produtos simples, com alta escala de produção, onde o funcionamento automático do molde livra o produto do sistema de alimentação. 4. Entrada com Canal Quente: o sistema de alimentação com canal quente é constituídos por canais dentro dos quais o material plástico é mantido numa temperatura elevada, pronto para ser injetado nos ciclos seguintes. Os canais são usinados em placas auxiliares dentro do molde e aquecidos por elementos de calefação incorporados nas mesmas. Este tipo é usado em moldes com cavidades múltiplas para produção em alta escala. 2.2.10.3 Injeção com Sistema de Câmara Quente O que é câmara quente: é um conjunto de elementos eletromecânicos que, quando instalados em moldes de injeção de termoplásticos, mantém em seu interior o canal de injeção em estado plástico de fusão controlada. Vantagens da utilização dos Sistemas de Câmara Quente: Há uma grande melhoria no processo de injeção pelos seguintes pontos: 1. Simplificação de projetos e fabricação de molde - Elimina as placas flutuantes e extratoras dos nais móveis; - Elimina pinos sacadores com ajustes cônicos, colunas longas, puxadores e limitadores; - Reduz em alguns casos até 30% o tempo de construção; - Otimização do layout do molde, devido ao melhor balanceamento das cavidades. 2. Redução da pressão de injeção nas cavidades. 3. Devido à redução do volume, há possibilidade da utilização de máquinas de menor parte. 4. O equipamento de refrigeração terá menor parte. 5. Há redução do custo da mão-de-obra direta. 6. Redução do custo da matéria-prima. 7. Possibilidade de preenchimento das cavidades com espessuras menores. 8. Melhoria das propriedades físico-mecânicas da peça injetada. 9. Redução de contratações e chupagens. 10. Melhoria da qualidade visual à medida que o material preenche a cavidade na temperatura ideal. 2.2.11 Sistema de Extração Como já foi feito um produto moldado que se resfria na cavidade do molde sofre contração. Se o produto moldado não tiver forma interna como, por exemplo, um bloco sólido a contração se dará das paredes da cavidade para o centro possibilitando uma técnica simples de extração. No entanto, se o produto moldado possui forma interna, sua contração se dará sobre o macho e neste caso é necessária uma técnica de extração efetiva. As considerações mais importantes quanto ao desenho de um mecanismo de extração são: - Diâmetro dos pinos deve ser tão largo quanto o desenho permitir. Se os pinos são poucos ou de pequeno diâmetro a pressão exercida por eles pode ser suficiente para distorcer a peça ainda quente. - Deverão ser colocados tantos pinos quanto possível, sem interferir na tubulação de refrigeração. - Os pinos deverão empurrar de forma uniforme a peça moldada para retirá- la de maneira suave e sem distorções. A pressão necessária para extrair a peça ajustada da cavidade depende dos seguintes fatores: - Ângulo de saída nos lados; - Área de contato; - Polimento dos lados; - Pressão de injeção (ou grau de empacotamento); - Presença de agentes desmoldantes, tanto no plástico, quanto na superfície do molde. O Sistema de Extração subdivide-se em: - Placa Impulsora: que pode ser: por pinos, por camisa, por lâmina, por ação retardada, por placa extratora e por tirante; - Ar Comprimido; - Núcleo Rotativo. 2.2.11.1 Sistema de Extração por Placa Impulsora Neste sistema, o deslocamento dos elementos que atraem o produto moldado é efetuado por meio de uma placa chamada, "placa impulsora", que faz parte do molde. Esta placa é ocasionada diretamente pela máquina injetora. O sistema por placa impulsora pode ser por? - Pinos; - Camisa; - Lâmina; - Ação Retardada; - Placa Extratora; - Tirantes. 2.2.11.2 Sistema de Extração por Pinos É o tipo de extração mais comum por ser o de mais fácil colocação no molde. O produto moldado é extraído pela aplicação de uma força provocada por uma ou várias barras cilíndricas chamadas pinos extratores, que são fixados na placa impulsora. 2.2.11.3 Sistema de Extração por Camisa Esse tipo de extração é composto por uma bucha cilíndrica cementada, temperada e retificada, montada na placa impulsora. É comumente usado em peças tubulares ou partes cilíndricas da moldagem. Para reduzir o atrito quando o pino apresentar um diâmetro pequeno aumenta- se o diâmetro interno da camisa em uma determinada extensão. 2.2.11.4 Sistema de Extração por Lâminas Nesse tipo de extração são utilizadas lâminas finas em geral feitas de aço cromo-níquel cementadas, temperadas e retificadas, rigorosamente planas para um perfeito funcionamento. São freqüentemente usadas na extração de produtos com nervuras finas e profundas que seriam de difícil extração por outros métodos. 2.2.11.5 Sistema de Extração por Ação Retardada É aplicada principalmente em moldes automáticos onde a extração da moldagem cisalha o ponto de injeção antes de extrair o canal. Os pinos de extração do produto estão normalmente presos a placa impulsora. O pino que extrai o canal e o ponto de injeção é colocado na mesma placa, passando livremente através dela e regulando a ação de retardamento por meio de outras placas. Iniciando a extração a peça se move para fora da cavidade por meio de pinos e ao mesmo tempo cisalha a entrada submersa. 2.2.11.6 Sistema de Extração por Placa Extratora É um tipo de extração que consiste na colocação de uma placa ajustada que envolve a base da unidade-macho. Emprega-se onde a área de extração é uma aresta viva. O pino guia e a bucha guia são cementados temperados e retificados na placa. Entre a placa extratora e o macho há uma folga de 0,25mm, com um ângulo mínimo de 5º para evitar o atrito entre os dois. 2.2.11.7 Sistema de Extração por Tirantes Neste tipo de extração o deslocamento dos elementos que realizam a retirada da peça é provocado por tirantes, cujos externos são fixados um na parte móvel e outro na parte fixa do molde. Os tirantes são geralmente feitos de barras de aço de baixo teor de carbono, podendo ser barras chatas, cilíndricas e/ou com funcionamento telescópico. 2.2.11.8 Sistema de extração por Ar Comprimido Consiste na introdução de ar comprimido entre a face do molde e o produto moldado. É um método eficiente para a desmoldagem de determinados tipos de peças como caixas ou recipientes. O ar é introduzido no ponto mais afastado da linha de contato de tal forma que separe definitivamente a moldagem da parede do molde antes que possa haver escape do ar. Além de fazer uma extração positiva esse método elimina o vácuo produzido quando a moldagem de tipo fechado é retirada da unidade macho. A entrada pode ser controlada pelo operador da máquina injetora por meio de uma válvula externa, que também pode ser operada por controle automático. 2.2.11.9 Sistema de Extração de Núcleo Rotativo É um sistema baseado na rotação dos núcleos (macho ou fêmea) roscados que podem ser operados por: - Cremalheira e pinhão; - Engrenagens helicoidais; - Parafusos sem fim e engrenagens. É usado para grandes e rápidas produções ou em produtos cuja rosca automaticamente durante ou depois da abertura do molde. 2.2.12 Tipos de Moldes 2.2.12.1 Molde de Injeção de Duas Placas Este molde é constituído essencialmente de duas placas, uma com a cavidade fêmea e a outra com o punção macho. Vantagens: - Podem ser usados todos os tipos de entradas; - É conveniente para injetar grandes áreas. Desvantagens: - Entrada direta para apenas um produto; - Alta porcentagem de refugo do plástico proveniente do sistema de alimentação. 2.2.12.2 Molde de injeção de três placas Além das duas placas já conhecidas, uma do lado fixo e outra do lado móvel, este molde apresenta uma terceira placa conhecida como placa flutuante ou central. Ela possui na entrada uma parte do sistema de distribuição e uma parte da forma do produto. Na posição de abertura, esta terceira placa é separada das outras duas, permitindo a extração da peça moldada de um lado, e do canal da bucha de injeção, com o resto do sistema de alimentação do outro. Os moldes de três placas são ideais para cavidades múltiplas com injeção central. 2.2.12.3 Molde de injeção com partes móveis Moldes com partes móveis são aqueles que, em suas cavidades ou em parte delas, apresentam elementos que se movem em uma segunda direção. Estes moldes são empregados quando algum detalhe do produto provoca retenção que impede sua extração. 2.2.13 Resfriamento do Molde O resfriamento do molde é necessário para reduzir a temperatura do material plástico quente, injetado na cavidade até um ponto de solidificação suficientemente rígido para permitir extração da peça. A velocidade de transmissão de calor determina o tempo de resfriamento necessário, tempo este que aumenta proporcionalmente ao quadrado da espessura da parede no molde. A velocidade do resfriamento depende da temperatura do molde que por sua vez influencia o fluxo do material, sua contração e a aparência do produto moldado. O resfriamento deverá ser feito a uma velocidade adequada para se obter um produto com as características desejadas. Cada parte da moldagem deve apresentar temperatura compatível para extração. Um resfriamento uniforme através do molde não alcançará esse objetivo uma vez que a temperatura do fluxo do material plástico decresce do ponto de alimentação da cavidade para o interior da mesma. 2.2.13.1 Canais de Refrigeração Em sua maioria, os moldes de injeção são resfriados com água, através de canais de refrigeração existentes nos mesmos. Esses canais podem ser furados diretamente no molde ou feitas com tubos de cobre alojados neste envolvidos por uma liga de baixo ponto de fusão. O resfriamento por meio de furos é o método mais comum por ser mais conveniente e econômico. 2.2.13.2 Métodos de Refrigeração A refrigeração pode ser feita: - Para machos em série; - Na unidade-macho; - No macho através de tubos de cobre; - Na unidade fêmea. 2.2.13.3 Resfriamento com Água Em geral as máquinas de injeção incorporam registro para tubulações de água ajustadas para controle de quantidade de água necessária para manter a temperatura ideal dos moldes. As tubulações são ligadas a entrada e saída dos moldes, por meio de tubos flexíveis. Uma temperatura através da superfície do molde provoca diferentes velocidades de refrigeração resultando em tensões térmicas na peça injetada. Não é aconselhável, portanto, manter as duas metades do molde com diferenças de temperaturas superiores a 20º C uma vez que um diferencial provoca distorções na peça. O molde deve ser mantido em uma temperatura constante, mais baixa que o ponto de distorção do plástico para que este fique rígido. A circulação de água deverá ser controlada em cada uma das metades do molde. Geralmente é preferível manter a cavidade (ou superfície aparente) a uma temperatura superior a do macho (ou superfície não aparente) para se obter um acabamento brilhante sem sacrificar o tempo do ciclo. Sempre que um molde for instalado na máquina deve-se observar o fluxo de água nos canais, verificando que estes não estejam entupidos e que a bomba de circulação de água esteja trabalhando apropriadamente. Quando se trabalha com moldes de ciclo rápido ou peças muito pesadas, aconselha-se o uso de água gelada para uma retirada mais rápida do calor. Os seguintes pontos devem ser observados pelo projetista do molde: - O meio de resfriamento, não deve ser colocado muito próximo da superfície do molde por que provoca pontos mais frios, além de produzir falhas de moldagem, tais como linhas de união do material; - A quantidade de resfriamento deve ser suficiente para manter a temperatura do molde quando este estiver em produção máxima. - As conexões de entrada e saída do molde devem estar do mesmo lado, e normalmente, na parte posterior da máquina a fim de não restringir os movimentos do operador; - As grandes diferenças na temperatura da água de resfriamento entre a entrada e a saída ou através dos circuitos de derivação devem ser evitadas. 2.2.13.4 Cálculo do Resfriamento com Água Para obter q quantidade de calor Qc (k cal), a ser extraída do molde, por hora é utilizada a fórmula: Qc ( cp. ( T1 – T2) + L) Onde: m massa do material plástico injetado por hora (kg/h) cp = calor específico do material T1 = temperatura de injeção do material T2 = temperatura do molde L = calor latente de fusão do material Alternativamente, se o calor total por quilograma de material plastificado for conhecido teremos: Qc = m x a m = massa de material plástico injetado (kg/h) a = conteúdo total de calor material plastificado (kcal/kg) O peso da água (m2) que deve circular por hora para dissipar o calor é deduzido por: H = km2 (T2 – T4) Onde: m2 = peso de água circulada (kg/h) T3 = temperatura de saída da água (Cº) T4 = temperatura de entrada da água ( Cº) H = quantidade de calor extraído por hora (kcal) 2.2.13.5 Refrigeração a Ar Este método é utilizado quando a refrigeração por meio de água for difícil, ou quando se deseja um resfriamento lento. 2.2.14 Materiais para Construção de Moldes Os aços utilizados na fabricação de moldes devem ser resistentes as tensões e fáceis de usinar. Uma dureza superficial adequada permite: - Suportar os efeitos da erosão dos materiais termoplásticos rígidos; - Resistir ao desgaste, especialmente em grandes produções; - Manter na superfície um alto grau de polimento. Como regra geral, as partes do molde em contato com o material plástico fundido e os elementos móveis que suportam atrito devem ser tratadas. Os métodos usados para tratamento superficial são a têmpera ao ar, em óleo e cementação. A têmpera ao ar geralmente empregada para assegurar uma deformação mínima, enquanto que a cementação é usada para obter uma dureza máxima superficial. Devido a limpeza, a têmpera em óleo facilita o polimento das partes onde o produto é moldado. Além dos requisitos fundamentais é importante que o aço seja de fácil usinagem e tenha a estrutura homogênea. 2.2.14.1 Seleção de Aços de Tratamento Térmico e de Tratamento de Superfície No processo de injeção de plásticos há uma ampla variedade de produtos, matéria-prima, e de produção que não é possível fixar um padrão de poucas combinações de aços e tratamentos. Fatores a considerar para a seleção do aço e dos tratamentos térmicos são o que se podem chamar de "Requisitos Especiais", em particular a resistência a corrosão e a polibilidade condição muito importante neste segmento em função das necessidades do produto. Estas propriedades são intimamente relacionadas com a qualidade do aço utilizado e com o tratamento térmico aplicado. 2.2.14.2 Aços Indicados Os aços como SAE1020 e SAE1045 são de uso corrente no Brasil e são oferecidos por fabricantes nacionais e também por importadores. É importante notar que os aços indicados são para a seleção padrão para moldes de injeção de plásticos. Em função de requisitos especiais, o mercado de aço oferece outras opções. Por exemplo, a grande variedade a disposição do mercado que apresenta polibilidade superior aos 420 convencionais. 2.2.14.3 Tratamentos Térmicos Indicados O tratamento térmico tem como principal função conferir propriedades mecânicas elevadas ao aço. No entanto, por atuar diretamente na macroestrutura do aço, ele acarreta sempre, como feito colateral indesejado a deformação. Ela é inevitável e na maior parte dos casos imprescindível. São apresentados dois tipos de tratamentos térmicos recomendados. Envelhecimento: Tratamento de endurecimento aplicado a uma classe específica de aços, que tem como característica a baixa temperatura de tratamento. Vantagem em relação à têmpera: como as temperaturas são abaixo da temperatura são abaixo da temperatura crítica, não ocorrem deformações devido a transformações micro estruturais, e se restringe, portanto, aquelas causadas pelo efeito de temperatura apenas. Por terem temperaturas bem próximas, na maioria dos casos é interessante utilizar diretamente a Nitração, conferindo simultaneamente endurecimento e camada de resistência ao desgaste. Têmpera em Vácuo: A têmpera é um processo conhecido de endurecimento. No caso específico de moldes para injeção de plástico recomenda-se o tratamento em fornos a vácuo devido à ausência de danos a superfície. No caso de banhos de sais fundidos ou fornos sem atmosfera, é comum a ocorrência de "absorção" de sal ou impureza nas porosidades naturais da superfície do aço, o que necessariamente prejudicará o posterior polimento. Têmpera em vácuo, além da melhoria na qualidade superficial apresenta também melhor homogeneidade no que se refere a aquecimento e resfriamento. 2.2.14.4 Conclusões Como visto o processo de seleção de aço, tratamento térmico e de superfície é um processo dinâmico em que há relação entre um e outro. Mas é um processo que tem de ser conduzido com vista no "todo" da ferramenta, incluindo-se aí a produção desejada, tipo de polímero, condições de trabalho, disponibilidade de aços no mercado nacional, tipos de tratamentos térmicos e suas características, e finalmente considerações quanto á necessidade ou não de tratamento de superfície, os tipos disponíveis e características. 2.2.15 Aplicações de Revestimentos depositados na via PDV Os revestimentos via PDV apresentam-se como uma excelente alternativa para a solução dos problemas de dureza, desgaste e corrosão. Isso decorre de propriedades como altíssima dureza – entre 2400 e 4000 Vickers – resultando em alta resistência a abrasão e alta estabilidade química, que são as condições que beneficiam a resistência a corrosão. 2.2.15.1 Requisitos básicos necessários para o tratamento superficial do molde O aço adequado para ser utilizado em moldes de injeção, deve obedecer a critérios baseados em fatores como, a produção desejada, a abrasividade do polímero e o acabamento almejado. Outras condições que também devem ser levadas em consideração são: a polibilidade do material, a resistência a corrosão e o nível de deformação no tratamento térmico. Com isso, o material deve sofrer um tratamento térmico adequado e um tratamento superficial, que resulte em uma longa vida útil desse molde. 2.2.15.2 Problemas freqüentemente encontrados em moldes Os problemas freqüentemente encontrados em moldes estão relacionados: - A abrasão; - A corrosão; - Ao desgaste adesivo; - A adesão do produto, dificuldade de extração. 2.2.15.3 Exemplos de Aplicação de Revestimentos Alguns exemplos de aplicação de revestimentos em moldes são: moldes para injeção de bancos de automóveis e ferramentas em PS cristal. 2.2.15.4 Conclusão Os benefícios que as camadas PDV podem trazer estão resumidos a seguir: - Menor desgaste por erosão; - Desmoldagem facilitada do produto final; - Melhor acabamento do produto; - Menor tendência a corrosão; - Diminuição da freqüência de repolimento; - Diminuição de aderência. 2.2.16 Diretrizes básicas para projeto de moldes para injeção de plásticos Algumas diretrizes básicas devem ser observadas na elaboração de qualquer projeto de plásticos. São detalhes que quando bem observados, facilitam e fundamentam as diversas fases desses projetos. 2.2.16.1 O Início do Projeto Em primeiro lugar deve-se fazer um estudo preliminar do desenho do produto a injetar ou então ter uma amostra do mesmo. Nunca é demais lembrar que o ideal, é o projetista conhecer todo o equipamento da ferramentaria. 2.2.16.2 O Projetista e a Ferramentaria Todo projeto deve ser elaborado em função do equipamento disponível na ferramentaria onde será executado o molde, o que possibilita que o projetista tenha condições de executar seu projeto utilizando as máquinas operatrizes de forma racional, ou seja, sem sobrecarga em determinado setor. 2.2.16.3 Lista para elaboração de um projeto de moldes de Injeção de Termoplásticos A maioria dos manuais, e/ou livros apontam requisitos e listas de indicações, para uma melhor elaboração de um projeto de moldes. Essas listas na maioria das vezes devem ser seguidas visando projetos de moldes cada vez melhores. 2.3 Substituição de Material Metálico por Polimérico através do Processo de Moldagem por Injeção: Descrição do Molde a ser Utilizado. A constituição de um molde segue o principio tipico de montagem de placas de aço em determinada ordem, afim de obter-se a estrutura basica do molde de injeção, podemos detalhar as principais parte que constituem o mesmo. 1-Placa de fixação inferior contruída com aço SAE 1045 (aço carbono comum); 2-Placa porta-extratores juntamente com os pinos extratores; 3-Lado da placa inferior do molde contruida com aço AISI P20 (aço ferramenta); 4-Coluna-guia; 5-Lado da placa superior do molde contruída com aço AISI P20 (aço ferramenta); 6-Anel de centragem juntamente com a buxa de injeção(buxa de injeção padrao com injeção direta) contruída com aço cromo-níquel endurecido; 7-Bucha-guia; 8-Sistema de refrigeração; 9-Canais de alívio de gases; 10-Canal de distribuição; 11-Cavidade. 3. Métodos e Técnicas De inicio é interessante destacar que segundo Gil (1987) pesquisa cientifica é um procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas propostos. Na construção do presente trabalho inicialmente foi buscada uma maior familiaridade com o problema proposto, através da utilização de um ramo da pesquisa científica conhecido como pesquisa exploratória. Segundo Gil (2003) a pesquisa exploratória constitui o primeiro passo de todo trabalho científico. Visa, sobretudo quando é bibliográfica, proporcionar maiores informações sobre determinado assunto, facilitar a delimitação de um tema de trabalho, definir objetivos ou formular as hipóteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de enfoque para o trabalho que se tem em mente. Em um segundo momento, procurou-se comparar as duas situações propostas no trabalho em relação ao problema proposto inicialmente. Para isso foram feitas análises comparativas, tanto em relação a características requeridas no problema, quanto em relação a custos finais nas duas situações. Para facilitar a realização das análises descritas acima foi utilizado o método científico de pesquisa comparativa. Gil (2003) aponta que a pesquisa comparativa é utilizada para comparar situações diferentes, em que se procura analisar as vantagens e desvantagens de uma situação em relação á outra. É importante salientar que a base primordial do presente trabalho se caracteriza em analisar e descrever o problema inicial. Bem como sugerir a solução mais adequada para o mesmo. Portanto o uso da pesquisa cientifica juntamente com os seus mais diversos ramos, tem uma importância fundamental na realização do presente trabalho, pois serve como principal suporte teorico-tecnico, para a análise e entendimento das soluções e processos propostos. 4. Resultados e discussões No decorrer do presente trabalho foram descritos os principais passos a serem seguidos para confecção de determinada peça de um esparramador de uréia a lance a partir do processo de moldagem por injeção. É interessante acrescentar que a peça base utilizada neste estudo é uma peça de metal (aço SAE1008) que atualmente é utilizada nos esparramadores de uréia convencionais. Partindo do princípio que a peça base é construída de metal e, portanto sofre com as intempéries do dia a dia vindo a ter problemas relacionados à corrosão e desgaste, foram avaliados diversos materiais poliméricos com o intuito de se encontrar um material que possuísse as mesmas características mecânicas do aço SAE 1008, a fim de propor a realização da substituição desse aço por o material polimérico mais adequado. A partir das avaliações realizadas foi observado que o polímero policarbonato era o mais indicado para a substituição proposta em virtude das suas propriedades mecânicas se assemelharem ás do aço SAE 1008. Nesse contexto foram realizados cálculos de custeio da peça quando fabricada em metal (situação real), e da peça quando fabricada em policarbonato (situação proposta), a fim de definir qual material apresenta a maior vantagem financeira em relação a sua construção em larga escala. 4.1 Análises do Custo da Peça fabricada em Metal (Aço 1008). A peça fabricada em metal possui características próprias, como peso, espessura, entre outras. Na indústria a peça em questão normalmente é fabricada a partir de chapas metálicas que passam por processos de corte e usinagem a fim de proporcionarem à peça as características necessárias. A seguir são apresentadas tabelas que relacionam as características das chapas e os custos de cada processo que as mesmas sofrem até formarem a peça final: "Relação de Comprimento da Peça " "Diâmetro da Peça (m) " "0.20 " "Área da Peça (cm) " "3,14 " "Comprimento Total da Chapa Usada (m) 4 " Tabela 1: Relação de Comprimento da Peça. A seguir é apresentada tabela em que está definido o custo total da matéria- prima utilizada na confecção de uma peça em metal: "Relação da Peça de Metal – Características –Custo " " " "Custo da Matéria-Prima (R$) 2,80 " "Peso da Peça (Kg) 1.700 " "Custo Total da Matéria-Prima (R$) 11,20 " Tabela 2: Custo da Matéria-Prima. A peça fabricada em metal passa basicamente por dois processos de transformação usinagem e corte antes de atingir o formato desejado. A tabela a seguir demonstra os custos mais utilizados nas indústrias para estes dois processos: "Custo do Processamento do Aço 1008- Peça de Metal " "Processo Tempo (h) " "Custo (R$) " "Usinagem 0.25 " "3,00 " "Corte 0.25 " "3,00 " Tabela 3: Custo de processamento do Aço 1008. Após análise dos custos de processamento do metal juntamente com os custos de matéria-prima é obtido o custo total da peça. A tabela a seguir apresenta o somatório do custo total da peça quando esta for fabricada em metal (aço 1008): "Custo da Peça Fabricada em Aço SAE 1008 " "Custo Total da Matéria-Prima (R$) 11,20 " "Custo Total do Corte (R$) " "1,25 " "Custo Total da Usinagem (R$) 1,25 " "Custo Total da Peça (R$) " "13,70 " Tabela 4: Custo Total da Peça Fabricada em Aço SAE 1008. É importante salientar que na realização do cálculo do custo da peça fabricada em metal não esta sendo levado em consideração o custo da mão-de- obra para a confecção da mesma. Outro ponto de relativa importância na realização dos cálculos e definição do custo da peça de metal se deve ao fato de que ao longo do tempo as máquinas envolvidas nos processos de fabricação da peça sofrem cumulativa depreciação. O valor dessa depreciação é incluído no custo total da peça tornando-á assim um pouco mais cara. 4.2 Análises do Custo da Peça Fabricada em Plástico (Policarbonato). Com intuito de reduzir os custos da peça fabricada em metal foi analisada a possibilidade de se fabricar a peça em material polimérico. Inicialmente é importante salientar que toda a vez que se desejar realizar a substituição de um material metálico por um material polimérico devem ser feitos cálculos de resistência mecânica do metal para que seja escolhido um material polimérico que possua caracteristicas mecânicas semelhantes as do metal que se deseja substituir. Após realização de todos os cálculos de mecânica necessários o material escolhido para se realizar a substituição foi o polímero policarbonato pelo fato do mesmo possuir características de resistência mecânica muito semelhantes as do aço SAE 1008. Com a definição do material a ser utilizado foram realizados cálculos de custeio para a fabricação da peça afim de verificar se o seu custo final era menor que o custo total da peça em metal. Em um primeiro momento foi realizada análise comparativa dos preços de mercado para processos de injeção afim de definir o custo total da hora máquina. A tabela a seguir demonstra os resultados dessa análise: "Preço da Máq. Injetora no Mercado Necessidades da Peça " "Ciclos por Hora "Ciclos por Hora " "100 "29 " "Custo do Molde "Custo do Molde " "12000 "- " "Custo da Hora Máq.(R$) 20,00 "Custo Total da Hora Máq.(R$) " " "6,00 " Tabela 1 : Custo total da Hora Máquina. Após análise e determinação do custo total da hora máquina para confecção da peça em policarbonato é avaliado o custo total da matéria-prima que será utilizada na fabricação da referida peça. Cabe ressaltar que na determinação do custo da materia-prima é levado em consideração o valor de mercado para o quilo do policarbonato, porém é necessário enfatizar que na análise do custo total da matéria-prima é utilizado o peso total que a peça de policarbonato terá quando confeccionada por completo. A tabela apresentada a seguir demostra valores de mercado para o quilo do policarbonato, bem como avaliação e definição do custo total da matéria- prima a partir do peso total da peça: "Custo Total da Matéria-Prima " "Preço do Policarbonato (Kg) em reais 0,90 " "Peso Total da Peça (Kg) " "1.700 " "Custo Total da Materia-Prima (R$) 1,53 " Tabela 2 : Custo Total da Matéria-Prima. Dadas as análises de custo da matéria-prima e custo da hora máquina, é determinado o custo total da peça, conforme demonstra a tabela a seguir: "Custo Total da Peça Fabricada em Policarbonato " "Custo Total da Hora Máq.(R$) 6,00 " "Custo Total da Mão de Obra (R$) 4,00 " "Custo Total da Matéria-Prima (R$) 1,53 " "Custo Total da Peça (R$) 11,53 " Tabela 3 : Custo Total da Peça Fabricada em Policarbonato. Um ponto importante que deve ser levado em consideração na determinação do custo total da referida peça é o custo da mão-de-obra. O custo da mão-de- obra é determinado a partir do custo da hora da máquina que é utilizada para confeccionar a peça em policarbonato. A hora da máquina custa em média 20,00 reais. Nesses casos a mão-de-obra custa em torno de 1/5 do valor do custo da hora máquina, por isso o custo total da mão-de-obra é definido como sendo 4,00 reais. Deve se ter em mente que o custo total da peça em policarbonato acima descrito serve apenas como base de análise para a confecção de uma peça. Em uma produção em série devem ser levados em consideração outros fatores aqui não mencionados. 5 Conclusão Partindo do princípio de que a evolução da utilização dos plásticos e seus derivados tem ocorrido de forma muito rápida e significativa o presente trabalho procurou destacar alguns pontos importantes da moldagem industrial dando uma ênfase maior ao processo de moldagem por injeção. Nesse contexto foram definidos alguns parâmetros importantes e que devem ser observados tanto no projeto quando na confecção de produtos através da moldagem industrial por injeção. Com intuito de inserir o conteúdo abordado no contexto do nosso dia-a-dia foi avaliada uma situação ploblema relacionada com o processo de moldagem. Inicialmente tinhamos uma peça constituida de metal aço 1008 que compunha um esparamador de uréia a lance, estando sujeita a intempéries do tempo e das suas variadas condições de trabalho. A partir dai foi proposta uma substituição do material metálico que constituia a peça por um polímero através do processo de moldagem por injeção. Ao longo de toda a análise da situação ploblema foram aplicados os mais variados ramos do conhecimento partindo desde cálculos matemáticos até avaliações de resistência e compatibilidade de materiais. Após avaliação da situação ploblema concluiu-se que o material mais indicado para a referida substituição era o policarbonato, poi este material possuia características de resistência mecânicas semelhantes as do aço SAE 1008, além de possuir um preço bem mais em conta quando comparado com o preço do material inicial da peça. Através da comparação final dos valores de custo total da peça, quando esta for confeccionada em ambos os materiais, se chegou a conclusão de que a substituição do metal aço SAE 1008, pelo polímero policarbonato é vantajosa pois a peça quando confeccionada em metal atingiu o preço final de treze reais e setenta centavos, ao passo que a mesma peça quando fabricada em policarbonato teve como preço final o valor de onze reais e cinquenta e três centavos. Outro fator determinante na escolha do policarbonato como mais vantajoso se deve ao fato de que este material não sofre com as intempéries do tempo portanto não adiquirindo ferrugem e corrosão ao longo dos anos. Sendo assim uma vez que este material possui as mesmas características de resistência do Aço SAE 1008, o mesmo é muito vantajoso com relação ao referido metal. Analisando a solução proposta pode-se observar o quanto importante é o estudo dos mais diversos ramos e inovações da tecnologia com o intuito de sempre buscar melhores soluções para os ploblemas que norteiam o dia-a-dia tanto nas indústrias quanto nas universidades e institutos de pequisa. Neste contexto está incluida a ciência dos materiais que nos trás com o advento do plástico os mais variados processos de modelagem industrial dentre os quais está incluida a moldagem por injeção. A solução proposta se baseia em substituição de material através do processo de moldagem por injeção, processo este que embora já conhecido se apresenta ainda com um variado leque de opções a serem exploradas. O futuro da injeção é um desafio para toda industria. Um crescimento contínuo bem como o sucesso de novas aplicações, requer a combinação de esforços envolvendo tanto transformadores e projetistas quanto fabricantes de máquinas e matérias-primas. 6 Referências Bibliográficas HARADA , Júlio. Moldes para Injeção de Termoplásticos.: Projetos e Principios Básicos São Paulo.Artliber Editora , 2004.p. 65-220. GIL , Antonio. Fundamentos da Pesquisa Cientifica. São Paulo .Editora Ática,2001.