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Anomalias Climáticas El Niño La Niña

Anomalias Climáticas El Niño La Niña

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Componente Curricular – Geografia Prof. Evandro Chaves de Oliveira Aula # 1 Anomalias Climáticas EL NIÑO e LA NIÑA IFES – 2011 Instituto Federal do Espírito Santo – IFES / Campus Itapina El Niño e La Niña Entenda os fenômenos e como eles causam mudanças na circulação da atmosfera, causando secas e enchentes em várias partes do globo Instituto Federal do Espírito Santo – IFES / Campus Itapina O que é El Niño? Desde o descobrimento das Américas há registros da ocorrência do El Niño. Pescadores peruanos observavam anos em que havia a ocorrência anômala de águas quentes na costa do país e a enorme redução da quantidade de peixes próximo à época do Natal, dando o nome de El Niño ao fenômeno (menino Jesus, em espanhol). Instituto Federal do Espírito Santo – IFES / Campus Itapina É o aquecimento anormal das águas superficiais do Pacífico Equatorial Oriental. S S S Tem duração típica de 12 a 18 meses; Reaparece normalmente em intervalos de dois a sete anos; Evolução típica: Ø Inicia no começo do ano; Ø Atinge a máxima intensidade durante Dezembro do mesmo ano (e Janeiro do ano seguinte); Ø Enfraquece na metade do segundo ano. Instituto Federal do Espírito Santo – IFES / Campus Itapina Como funciona a circulação sem a ocorrência de El Em anos sem El Niño , há forte movimento Niño e La Niña? ascendente (de ar úmido e quente) e baixa pressão atmosférica na superfície (favorecendo a formação de nuvens e chuva) na região da Indonésia e sectores norte/nordeste da Austrália Enquanto que há movimento subsidente (de ar seco e frio) e alta pressão atmosférica na superfície (inibindo a formação de nuvens e chuva no Pacífico Leste, principalmente na costa Oeste da América do Sul. Aquecimento das águas na costa oeste da América do Sul. Enfraquecimento dos ventos alísios. Modificação da circulação geral da atmosfera. As principais consequências de El Niño são: a alteração da vida marinha na costa oeste dos EUA e do Canadá e no litoral do Peru; o aumento de chuvas no sul da América do Sul e sudeste dos EUA; secas no Nordeste brasileiro, centro da África, Sudeste Asiático e América Central e tempestades tropicais no centro do Pacífico. Instituto Federal do Espírito Santo – IFES / Campus Itapina Instituto Federal do Espírito Santo – IFES / Campus Itapina NO MUNDO: a estrutura das águas mais quentes observadas no Pacífico Tropical durante um evento El Niño pode variar de um episódio para outro, contribuindo para as variações dos impactos gerados por este fenómeno. (um dos mais fortes do século) aumentou a TSM próximo do Peru em 5ºC (muito mais fraco) anomalias quentes avançaram para Este até ao Pacífico Central, aumentando a TSM de 1ºC. Instituto Federal do Espírito Santo – IFES / Campus Itapina ü Fenómeno contrário ao El Niño, ou seja, o arrefecimento das águas superficiais no Pacífico Equatorial, Central e Este. ü Como o El Niño, a La Niña também varia em intensidade. Instituto Federal do Espírito Santo – IFES / Campus Itapina O QUE ACONTECE EM ANOS DE LA NIÑA • Ressurgência mais intensa na costa oeste da América do Sul. • Intensificação dos ventos alísios. • Modificação da circulação geral da atmosfera. Instituto Federal do Espírito Santo – IFES / Campus Itapina A La Niña pode significar precipitação intensa nas seguintes regiões: v v v Sul da Ásia (durante a monção); Norte e Nordeste da Austrália;  Africa do Sul, Norte da América do Sul; v America Central e Hawaii. Apresenta médias pluviométricas próximas ou um pouco acima das médias do período de El Niño. Instituto Federal do Espírito Santo – IFES / Campus Itapina Instituto Federal do Espírito Santo – IFES / Campus Itapina Impactos no Brasil do El Niño Região Norte - Diminuição da precipitação e secas, aumento do risco de incêndios florestais. Região Centro-Oeste – Não há evidencias de efeitos pronunciados nas chuvas desta região. Tendências de chuvas acima da média e temperaturas mais altas no sul do MS. Região Nordeste – Secas Severas Região Sudeste – Moderado aumento das temperaturas medias. Não há padrão característico de mudanças das chuvas. Região Sul – Precipitações abundantes principalmente na primavera e chuvas intensas de maio a julho. Aumento de temperatura média. Instituto Federal do Espírito Santo – IFES / Campus Itapina Impactos no Brasil do La Niña Região Norte – Aumento precipitações e vazões dos rios. das Região Centro-Oeste – Área com baixa previsibilidade. Região Nordeste – Aumento precipitações e vazões dos rios. das Região Sudeste – Área com baixa previsibilidade. Região Sul – Secas Severas Instituto Federal do Espírito Santo – IFES / Campus Itapina Clima & Agricultura lidando com riscos El Niño - Safra Verão Manejo Culturas - Sul do Brasil • • • • Começar a plantar no início do período recomendado áreas grandes Estar com a estrutura para o plantio preparada muitos dias com chuva Não plantar com o solo exageradamente úmido compactação Obedecer esquema de rotação de culturas Instituto Federal do Espírito Santo – IFES / Campus Itapina Clima & Agricultura lidando com riscos El Niño Soja - Sul do Brasil • Escolha da cultivar ao acamamento • Sanidade das sementes • População de plantas plantas/ha • Investir em tecnologia soja resistência a doenças e estado e tratamento 300 mil a 400 mil em geral, ano bom para Instituto Federal do Espírito Santo – IFES / Campus Itapina Clima & Agricultura lidando com riscos El Niño Milho - Sul do Brasil • • • Sanidade das sementes Adubação nitrogenada Investir em tecnologia estado e tratamento lixiviação em geral, ano bom para milho Instituto Federal do Espírito Santo – IFES / Campus Itapina Clima & Agricultura lidando com riscos El Niño Cereais de Inverno - Sul do Brasil Trigo - Cevada - Triticale - Aveia ➨ Regra geral: colher – Colheita antecipada técnico – Risco da generalização sob acompanhamento qualidade e mercado Instituto Federal do Espírito Santo – IFES / Campus Itapina Clima & Agricultura lidando com riscos La Niña - Safra Verão ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ Diversificar épocas de semeadura Usar cultivares de ciclos diferentes Sistemas conservacionistas de umidade no solo (plantio direto na palha) Plantio com umidade suficiente para o estabelecimento da lavoura Semeadura um pouco mais profunda Instituto Federal do Espírito Santo – IFES / Campus Itapina Clima & Agricultura lidando com riscos La Niña - Safra Verão ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ Manejo de pragas (E. lignosellus, em milho) Manejo integrado de pragas em soja (controle natural menos eficiente, n.d.e) Doenças em soja (Oídio, ev. resistente) Soja Sorgo Milho Financiamento Opção Proagro/Seguro Uso de irrigação, quando disponível Instituto Federal do Espírito Santo – IFES / Campus Itapina