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Analise Orçamentária De Itanhém Entre 2004 E 2008

Trabalho para disciplina de AFO - Adm. Financ. e de Orçamentos - EACH USP GPP. Objetivo foi analisar os orçamentos de 2004 até 2008, (Heilio Kohama). Publicado no blog gppusp.blogspot . PS.: cópia sem revisão final.

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1. Introdução Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. A transparência na gestão pública é tema que vem ganhando destaque nos cenários nacional e internacional. Ela nos permite fazer o controle social, constituindo mecanismo de capacitação do cidadão, fortalecimento da gestão pública e um exercício de cidadania. Um mecanismo estimulado para se atender essas exigências tem sido a enfase dada pelos governos federal e subnacionais na publicização de contas públicas, associadas aos mecanismos de e-government. O processo de transparencia vem crescendo e se aperfeiçoando, se moldando dentro de um contexto brasileiro de mais de 5000 municípios e se apresentando como um novo instrumento de grande importancia na construcao de uma sociedade e de um Estado mais democrático. Evidentemente nem todos os municipios estão preparados para este novo processo de tranparencia que se constroi. Como vimos na palestra do deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas, na V Semana de Politicas Publicas do curso de Gestão de Políticas Públicas da EACH-USP, 4400 municípios estão estagnados ou decadentes e muitos deles não possuem nem eletricidade durante todo o expediente, o que dizer então de acesso as novas tecnoligias necessárias para o processo de transparencia que se deseja. Dentre os municipios que disponibiliza suas contas públicas, nem todos o fazem de forma desejavel. A dificuldade que tivemos em encontrar municipios que apresentasse pelo menos as contas dos 5 últimos anos foi uma amostra do quanto ainda temos que caminhar pela transparencia. Mongaguá apresentou os dados dos últimos 5 anos, de 2004 até 2008. O objetivo do atual trabalho é analisar os quocientes de Balanços Públicos elaborados e expostos por Heilio Kohama, tomando como objeto de estudo so Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial, além dos limites de endividamento. Vamos a eles. 1.1 – Histórico e Condições Mongaguá – SP Origem do Nome  No século XVI, os primeiros habitantes de Mongaguá foram os índios Tupi-Guarani que habitavam em suas terras às margens dos rios Mongaguá e Iguapeú, onde a pescaria era farta. O nome de Mongaguá foi dados pelos índios, que quer dizer: "Água Pegajosa", Mongaguá teve outros nomes como: "Terra dos Santos dos Milagres" e "Terra dos Padres". O português Martim Afonso de Souza desembarcou na Ilha de São Vicente em 22 de Janeiro de 1532, criando o primeiro núcleo populacional do Brasil numa região de muita beleza natural. Nesta região encontra-se a cidade de Mongaguá que pertenceu por muitos anos a São Vicente. Foi criado em 24 de Dezembro de 1948 o Distrito de Mongaguá, pela Lei nº 233. Mongaguá, que pertencia a São Vicente, passou a incorporar o município de Itanhaém. Com a criação do Distrito de Mongaguá o desenvolvimento no setor comercial toma uma grande impulso. Em menos de 10 anos, após a criação do Distrito de Mongaguá, o movimentos de emancipação tomou conta de cada esquina, pois a cidade atendia às exigências da Lei de Emancipação. O povo é convocado para participar desse movimento. Só que esse sonho quase se torna um pesadelo, pois o IBGE, instituto que faz recenseamento, o qual publicara em 1950 os números de habitantes de Mongaguá: 444 homens e 382 mulheres num total de 826 habitantes. Graças a colaboração da Empresa Elétrica de Mongaguá que tinha o controle das moradias particulares, constatou-se que com a população flutuante da cidade, estavam cadastrados 6.000 habitantes.  Criação do Município Cumprida então as formalidades legais, foi marcada a 7 de Dezembro de 1959 o plebiscito determinado pela Assembléia Legislativa de São Paulo é marcado pelo juiz de 119ª Zona Eleitoral a eleição do plebiscito e com uma votação esmagadora o pleito foi aprovado. Em 31 de Dezembro de 1959 o governador, Jânio da Silva Quadros assina a Lei e Mongaguá é elevado a categoria de Cidade, pela criação do Município. A data do aniversário de Mongaguá ficou com a data do plebiscito de 7 de Dezembro de 1959 e não com a data da elevação a categoria de Município de 31 de Dezembro de 1959.  Localização e População Mongaguá é município do estado de São Paulo localizado na Região Metropolitana da Baixada Santista. A população estimada em 2006 era de 46.977 habitantes e a área é de 137 km², o que resulta numa densidade demográfica de 292,33 hab/km². Mongaguá é um dos 15 municípios paulistas considerados estâncias balneárias pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré- requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Balneária, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais. Sua topografia é 60% plana e 40% montanha. Em terreno plano nas zonas urbanas e rurais, a altitude é de apenas 2 metros em relação ao nível do mar. A distâncias de São Paulo é de 91 km e de Santos 43 km. A temperatura média anual na cidade é 22C. Mongaguá faz limites com os municipios de São Vicente ao norte, Praia Grande ao leste, Itanhém ao oeste e ao oceano ao sul. Dados do Censo 2000 estima a população total em 35.098, sendo urbana 34.942 e rural apenas 156. A Densidade demográfica é de 256,19 habitantes por km². Sua taxa de alfabetização é de 92,64% e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é 0,783. Estes dados são do Ipea data. O Municipio de Mongaguá é cortado pelos rios Branco e Aguapeú e cruzado pela Rodovia SP-55. A economia é baseado no turismo, de onde vem a maior parte de seus rendimentos, construção civil, comércio e serviços. 1.2 – Objetivos Objetivo geral Descrever e analisar a evolução dos balanços orçamentários, financeiro e patrimonial e endividamento do Município de Mongaguá no período de 2004 a 2008. Objetivos Específicos 1. Levantar os dados sobre as contas públicas disponibilizados pelo município, notadamente as peças dos Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial 2. Organizar as peças contabeis do periodo de 2004 a 2008, ressaltando os principais grupos de contas de cada, e ajustando as discrepâncias. 3. Elaborar os quociente referentes a cada Balanço, e efetuar a analise de sua evolução anual no período. 1.3 – Metodologia Os dados foram obtidos por meio de coletas em sitios na internet. Ou seja , dados fornecidos pela prefeitura e pelo Tesouro Nacional, entre outros, conforme preconiza a lei de transparencia nas contas públicas. A metodologia utilizada será baseada nos quocientes apresentados por Kohama (2000), de Balanço Orçamentário, Financeiro e Patrimonial e de Endividamento. A estrutura das fórmulas de cada grupo de quocientes será apresentada mais adiante. Na segunda seção deste trabalho será apresentada a estrutura e objetivos de cada balanço, e também os quadros de quocientes (com a respectivas formúlas) relativos a cada balanço. Na terceira secão serão apresentados os resultados e análises do comportamento dos quadros com os indicadores de cada um dos grupo de quocientes; e na quarta seção se procederá uma conclusão, com análise crítica sobre a condição das informações coletadas, a síntese da situação econômica e financeira de Mongaguá e sua situação comparada aos demais municípios brasileiros, e sugestões para futuros estudos. Análise dos Balanços Públicos No Balanço Orçamentário são apresentadas as realizações das receitas e despesas previstas e executadas, para cada bimestre e o acumulado do exercício em comparação com a suas respectivas previsões/fixações. Conforme preconiza a Lei de Orçamento Anual (LOA) do município. Suas principais rubricas são as das contas da Receita, prevista e executada/realizada; da Despesa, fixada e executada/realizada; e as contas de Saldos, essencialmente o de resultado orçamentário (Receita executada - Despesa executada), além de outros 3 de fácil dedução, e que são importantes para a analise do Balanço: excesso de arrecadação (Receita executada - Receita prevista), créditos adicionais (Despesa executada - Receita prevista), e equilíbrio orçamentário (Receita prevista - Despesa executada). O Balanço Financeiro demonstra as entradas e saídas de valores numerários e extra-orçamentárias executadas durante o exercício e de um exercicio para o outro. Ou seja, evidencia receitas e despesas orçamentárias e extra-orçamentárias bem como as disponibilidades em caixa e bancos que foram recebidas do exercício anterior e as que passarão para o exercício seguinte. O Balanço Financeiro demonstra a despesa efetivamente incorrida no exercício, ou seja, a saída de valor numerário disponível.  O Balanço Patrimonial demonstra a situação economica e financeira do ente, considerando os itens da realização financeira (direitos e dívidas) bem como os valores dos Ativos fixo do município, os bens públicos no exercicio fiscal. Sua principais rubricas são: Ativo (bens e direitos da Prefeitura ao final do exercício); e Passivo que são as obrigações devidas pelo município, da parte do Passivo, destacam-se: o passivo financeiro, que compreende a dívida flutuante, com contas como depósito e cauções, exigível e restos a pagar. Ativo e Passivo se dividem também em Financeiro e Não-financeiro. A soma dos dois é o chamado Ativo ou Passivo Real. 2. Estrutura dos Quocientes 2.1 – Quocientes do Balanço Orçamentário Quociente da Execução Receita (QER) Receita Executada Receita Prevista Esse quociente indica o quanto foi realizado de Receita Executada em comparação com a Receita Prevista, e o resultado normal deverá ser 1 ou maior ou menor do que 1, porém próximo de 1, ou seja, evidenciando que a Receita Executada esteve próxima da Receita Prevista. Caso seja muito acima ou abaixo de 1, deve-se procurar as causas e possíveis justificativas convincentes (KOHAMA, 2000, p.145). Coeficiente do Equilíbrio Orçamentário (QEO) Despesa Fixada Receita Prevista Esse quociente deve demonstrar quanto a Despesa Fixada é maior do que a Receita Prevista, pois revelará também o quanto foi aberto de Crédito Adicional, e o resultado normal será 1 ou pouco maior do que 1. Caso seja menor do que 1, a tendência é de considerá-lo normal, entretanto, deverá ser uma hipótese, na atualidade, atípica, que precisa ser verificada (KOHAMA, 2000, p.146). Coeficiente da Cobertura de Créditos Adicionais (QCCA) Excesso de Arrecadação Créditos Adicionais Abertos Esse quociente deve demonstrar quanto o Excesso de Arrecadação representa de cobertura para os Créditos Adicionais Abertos, e o resultado considerado normal será 1 ou maior do que 1. Caso seja menor do que 1, há que se verificar se foram feitas as demonstrações mensais da receita arrecadada, de acordo com o art. 29 da Lei nº 4.320/64, para servir de base para a abertura de créditos adicionais que se utilizam de excesso de arrecadação, e qual o motivo que deu causa ao quociente negativo (KOHAMA, 2000, p.147). Quociente da Execução da Despesa (QED) Despesa Executada Despesa Fixada Esse quociente deve demonstrar quanto da Despesa Fixada foi utilizado em Despesa Executada, e o resultado menor do que 1 será considerado normal. Dificilmente ocorrerá um resultado 1 e jamais poderá ser maior do que 1, porque, nesse caso, executar-se-á despesa sem autorização (KOHAMA, 2000, p.147-8). Quociente do Resultado Orçamentário (QRO) Receita Executada Despesa Executada "Esse quociente deve demonstrar quanto da Receita Executada serve de cobertura para a Despesa Executada" (KOHAMA, 2000, p.148). É razoável que todos esses quocientes flutuem próximos a 1, de preferência acima de 1 (exceto QED). Mesmo os quocientes em que seria desejável um valor maior que 1, relacionados com a ocorrencia de superávit, caso apresentem valor seja muito superior a 1, podem indicar que a despesa não está sendo adequadamente executada, o que pode indicar ineficácia na implementação de políticas públicas, em nome de uma torpe eficiência meramente em se evitar gastos. 2.2 – Quocientes do Balanço Financeiro Quociente da Execução Orçamentária (QEO) Receita Orçamentária Despesa Orçamentária "Esse quociente deve demonstrar quanto a receita orçamentária representa para o pagamento da despesa orçamentária" (KOHAMA, 2000, p.159). Quociente Financeiro Real da Execução Orçamentária (QFREO) Receita Orçamentária Despesa Orçamentária Paga "Observação: Despesa Orçamentária Paga = Despesa Orçamentária – (Restos a Pagar Inscritos no exercício + Serviço da Dívida a Pagar, que passa para o exercício seguinte)". (KOHAMA, 2000, p.159). Dever-se-á considerar normal o resultado 1 e bom o maior do que 1. Caso o resultado seja menor do que 1, deve ser considerado preocupante, pois a receita arrecadada será menor do que a despesa paga, pressupondo-se a utilização de recursos financeiros provenientes da receita extra-orçamentária para sua cobertura (KOHAMA, 2000, p.160). Quociente da Execução Orçamentária Corrente (QEOC) Receita Corrente Despesa Corrente Esse quociente deve demonstrar quanto a receita corrente recebida representa em relação à despesa corrente paga. Como é de se esperar, o desejável será que o quociente apresente um resultado maior que 1,00, pois assim estará representando que a receita corrente recebida é superior à despesa corrente considerada como paga, para efeito do balanço financeiro (KOHAMA, 2000, p.161). Quociente da Execução Orçamentária de Capital (QEOCap) Receita de Capital Despesa de Capital Esse quociente deve demonstrar quanto a receita de capital recebida representa em relação à despesa de capital paga. Nesse quociente, o que se espera é que o resultado seja menor do que 1, porém o mais próximo possível de 1,00 (KOHAMA, 2000, p.162). Quociente do Resultado dos Saldos Financeiros (QRSF) Saldo que passa para o exercício seguinte Saldo do Exercício Anterior Análise do Desempenho Econômico e Financeiro de Entidades da Administração Pública Direta: Tenderá a ser considerado normal o resultado de 1, ou pouco maior do que 1. Caso seja menor do que 1, deve-se verificar se as disponibilidades (saldo de caixa/bancos) refletem a movimentação financeira de origem extra-orçamentária, para se ter melhor base de análise e interpretação (KOHAMA, 2000, p.166). 2.3 – Quocientes para o Balanço Patrimonial Quociente da Situação Financeira (QSF) Ativo Financeiro Passivo Financeiro O resultado deste quociente deve ser analisado observando os seguintes detalhes: Entretanto, sendo menor do que 1, será considerado negativo: todavia, há que se verificar se existe algum Convênio registrado nas contas de compensação como direito contratual que não tenha sido realizado no exercício, mas com potencial para ser recebido em curto prazo, já que esse registro não consta do ativo financeiro e cuja despesa já tenha sido empenhada, causando a distorção no resultado desse quociente. Essa informação é importante, pois ajudará na análise e interpretação mais correta desse resultado (KOHAMA, 2000, p.175). Quociente da Situação Permanente (QSP) Ativo Permanente Passivo Permanente Esse quociente demonstrará o resultado da relação entre o ativo permanente e o Passivo permanente. O resultado esperado é que seja maior do que 1 ou, pelo menos, 1. (KOHAMA, 2000, p.176). Quociente do Resultado Patrimonial (QRP) Soma do Ativo Real Soma do Passivo Real "Observação: No caso do quociente apresentar o resultado menor do que 1, há que se verificar na Demonstração das Variações Patrimoniais as causas que originaram esse efeito patrimonial negativo (KOHAMA, 2000, p.183). Quociente do Limite de Endividamento (QLE) Divida Consolidada Líquida Receita Corrente Líquida Divida fundada é um dos componentes do passivo financeiro e representa as dividas que vencem nos anos seguintes. Quanto mais próximo de zero estiver indicará que a soma das obrigações de longo prazo é menor que a soma dos recebimentos correntes líquido. Quociente do Dispêndio da Dívida (QDD) Amortização + juros + demais encargos Receita Corrente Líquida A amortização, juros e demais encargos da dívida consolidada, referem- se a despesas classificadas nos elementos de despesas: E devem se adequar ao limite de 0,115 estabelecido nas Resoluções do Senado Federal nº 40/01 e 43/01. 2.4 – Indicadores de Endividamento de Municípios A Receita Líquida Real (RCR), consiste nas Receitas Correntes subtraidas as transferências correntes e deduções relativas ao Fundef (substituido pelo Fundeb), era utilizada como parametro estabelecido na resolução do Senado n.º 78 de 1998, para os limites de endividamento e operações de crédito, antes da Lei Complementar n.º 101, a LRF, e das resoluções do Senado que regulamentaram novos limites, n.º 40 e 43, de 2001. Os limites global para operações de crédito era de 18% e o com amortizações da dívida era de 13% da RLR. Relação entre Dívida Consolidada Líquida e Receita Corrente Líquida (DCL/RCL) Dívida Consolidada Líquida (DCL = Passivo exigível a longo prazo +obrigações de circulação)  Receita Corrente Líquida  Este indicador aponta quanto tempo em anos o município levará p/ pagar o DCL.  O quociente serve para aferição dos limites legais de endividamento, que não devem exceder 1,2 a Receita Corrente Líquida (1 no caso da RLR), tendo que, caso superior, ser reencaminhada até o limite num prazo de 16 meses, obrigatóriamente reencaminhando 25% do excedente no primeiro quadrimestre. Relação entre Encargos da Dívida Consolidada e Receita Corrente Líquida (EDC/RCL) Encargos da Dívida Consolidada Receita Corrente Líquida Juros e outros serviços divida/ RCL. O quociente 16 indica o cumprimento do limite de operações globais de crédito, que não deve exceder 16% da RCL (18% da RLR). Relação entre Amortização da Dívida e Receita Corrente (AD/RC) Amortização da Dívida Receita Corrente Amortização da dívida fundada/Receita Corrente. Tempo de Amortização da Dívida Total Líquida (TAD) Passivo Fianceiro – Ativo Financeiro Receita Corrente Este quociente indica o cumprimento do limite legal do comprometimento de receita com amortizações e encargos da dívida fundada, que não deve ultrapassar 11,5% da RCL (13% da RLR). Esses quocientes são essenciais para se averiguar o efetivo cumprimento do ente à sua responsabilidade fiscal, constituindo peças centrais da analise das contas públicas, para accontability do município. 3. Resultados e Análises do comportamento de Mongaguá 1. - Quocientes do Balanço Orçamentário – veja 2.1 "ANO "QER "QEO "QCCA "QED "QRO " "2004 "0,97 "1,01 "0 "0,85 "1,06 " "2005 "0,97 "1,03 "0 "0,8 "1,07 " "2006 "1,03 "1,05 "0 "0,79 "1,1 " "2007 "O,99 "1,09 "0 "0,84 "1,09 " "2008 "1,01 "1,1 "0 "0,89 "1,1 " Coeficiente de Execução da Receita (CER) A Prefeitura de Municipal de Mongaguá apresenta um CER equilibrado e com pouva alteração entre o previsto e o arrecadado de fato. Os valores estão próximos de 1 e nos anos de 2006 e 2008 ficam pouca coisa acima. Coeficiente do Equilíbrio Orçamentário (CEO) Neste coeficiente também vimos um equilibrio, exceto o ano 2007 e 2008, mas nada tão excepcional, demonstrando que nestes anos a despesa fixada ficou pouco acima da receita prevista. Coeficiente da Cobertura de Créditos Adicionais (CCCA) Não houve excesso de arrecadação nem abertura de créditos adicionais ou quando teve excesso, não foi feito abertura de créditos adicionais. Portanto, este coefiiente não se aplica ao município de Mongaguá. Coeficiente de Execução da Despesa (CED) Mongaguá tem apresentado equilibrio em gastos menores que o previsto. Se por um lado vimos responsabilidade por parte dos gestores com o endividamento. Por outro lado cabe perguntar se estão gerindo de forma correta o orçamento e se estão conseguindo executar o orçamento previsto no LOA. Coeficiente do Resultado Orçamentário (CRO) No período analisado, 2004 – 2008, houve mais receitas executadas que despesas. Não houve endividamento da prefeitura nestes anos. O coeficiente CED já havia indicado que não houve aproveitamento total dos recursos destinados aos projetos da prefeitura de Mongaguá. 3.2 – Quocientes do Balanço Financeiro – veja 2.2 "Ano "QEO "QFREO "QEOC "QEOCap "QRSF " "2004 "0,99 "1 "1 "0,31 "0 " "2005 "0,98 "1 "1,09 "0,2 "0 " "2006 "0,99 "1 "1,15 "0,11 "0,52 " "2007 "1,03 "1,05 "1,19 "0,13 "0,76 " "2008 "1,05 "1,11 "1,2 "0,17 "1,11 " Quociente da Execução Orçamentária (QEO) Para o período 2004/2008 Mongaguá apresentou equilibrio em suas finanças, sem apresentar déficit, houve superavit em todos os anos o que mostra equilibrio financeiro. Quociente Financeiro Real da Execução Orçamentária (QFREO) Considerando o regime de caixa para a Receita e para a Despesa orçamentária, a prefeitura de Mongaguá apresenta equilibrio no anos analisados. Estando pouco acima nos anos de 2007 e 2008. Quociente da Execução Orçamentária Corrente (QEOC) Os resultados são positivos em todos os anos analisados. As depesas correntes sempre são menores que as receitas, apresentndo superavit em todos os anos. Quociente da Execução Orçamentária de Capital (QEOCap) Em 2004 vimos o maior deficit quociente apresenta muita instabilidade, não podendo ser notada nenhuma tendência nos anos observados. São notáveis, porém, o grande déficit encontrado em todos eles. Sedo período analisado. Caiu em 2006 e voltou a crescer nos anos subsequentes. Quociente do Resultado por Saldos Financeiros (QRSF) Há uma tendência de alta no período 2004/2008. Isto é resultado do equilibrio orçamentário que tem apresentado, apesar da elevação nos últimos 3 anos, nota-se uma relação com o coeficiente QEO. 3.3 – Quocientes para o Balanço Patrimonial – veja 2.3 "Ano "QSF "QSP "QLE "QDD "QRP " "2004 "2.01 "2,9 "1,89 "0,01 "1,91 " "2005 "1,99 "1,02 "1,54 "0,01 "2,14 " "2006 "2,3 "5,4 "2,23 "0,01 "1,11 " "2007 "2,49 "3,7 "1,76 "0,01 "1,14 " "2008 "3,01 "2,25 "1,67 "0,01 "1,29 " Quociente da Situação Financeira (QSF) Em Mongaguá, o ativo financeiro em todos os anos analisados, com exceção de 2005, foi mais que o dobro do passivo. Sendo que no ano de 2008 este este indicador chegou a 3, sinalizando um grande superavit. Quociente da Situação Permanente (QSP) No longo prazo a situação em Mongaguá também é confortável. Entre 2004/2008, o ativo e passivo permanentes foram superiores a 1. Em 2006 apresentou o maior indice de 5,4 apresentando desde então tendencia de queda chegando a 2,25 em 2008. Quociente do Limite de Endividamento (QLE) Nos anos analisados, a divida de longo prazo teve variação. O pico foi registrado em 2006 e desde então tem apresentado queda chegando a 1,67 em 2008. O ideal é ter um índice 1, que deveria ser alcançado no ano de 2008. (Kohama, 2000:178-179) Quociente do Dispêndio da Dívida (QDD) Mongaguá vem cumprindo a lei no que tange a este indicador. Gastou no período estudado um valor inferior ao máximo definido por lei ( limite de 0,115 estabelecido nas Resoluções do Senado Federal nº 40/01 e 43/01) , sinalizando equilibrio nos gastos com amotização, juros e encargos da dívida. Quociente do Resultado Patrimonial (QRP) ) 2005 foi o ano em que apresentou maior superavit patrimonial, 2,14. Nos outros anos também houve superavit em Mongaguá, todos os anos forma maior que 1, o que é o desejavel neste indicador. 3.4 – Indicadores de Endividamento de Municípios – veja 2.4 "Ano "DCL/RCL "EDC/RCL "AD/RC "TAD " "2004 "1,46 "0,01 "0,01 "-0,16" "2005 "1,49 "0,01 "0,01 "-0,19" "2006 "1,99 "0,01 "0,01 "-0,21" "2007 "1,78 "0,02 "0,02 "-0,22" "2008 "1,9 "0,02 "0,02 "-0,25" Relação entre Dívida Consolidada Líquida e Receita Corrente Líquida (DCL/RCL) O endividamento de Mongaguá em 2006 e 2008 equivale a quase 2 anos de receitas . Em 2004 e 2005 este endividamento foi um pouco menor, mas mesmo assim sinaliza um endividamento considerável. Relação entre Encargos da Dívida Consolidada e Receita Corrente Líquida (EDC/RCL) No período 2004/2008 o pagamento de juros foi mínimo em relação às receitas correntes do município. Não houve grandes gastos associados ao endividamento em Mongaguá. Relação entre Amortização da Dívida e Receita Corrente (AD/RC) Mongaguá tem se comprometido muito pouco com o pagamento de suas dívidas, haja vista que os indicadores tem ficado bem próximos de zero, isto tem mantido o nível de endividamento constante, com pouco ou quase nada de pagamento do principal da dívida. Tempo de Amortização da Dívida Total Líquida (TAD) Como não existe deficit quando se considera ativo e passivo finaceiro em Mongaguá, esse indicador não se aplica ao município. 3.5 – Comentário Geral sobre os indicadores em Mongaguá. A Prefeitura de Municipal de Mongaguá apresenta um QER, QEO, QED equilibrado e com pouca alteração entre o previsto e o arrecadado de fato. Os valores estão próximos de 1 e nos anos de 2006 e 2008 ficam pouca coisa acima. O QCCA mostra que não houve excesso de arrecadação nem abertura de créditos adicionais ou quando teve excesso, não foi feito abertura de créditos adicionais. Se por um lado vimos responsabilidade por parte dos gestores com o endividamento. Por outro lado cabe perguntar se estão gerindo de forma correta, evitando endividamento da prefeitura nestes anos eles estão executando o orçamento previsto no LOA? O coeficiente QED já havia indicado que não houve aproveitamento total dos recursos destinados aos projetos da prefeitura de Mongaguá. Considerando o regime de caixa para a Receita e para a Despesa orçamentária, o QFREO apresenta equilibrio no anos analisados. Já o QEOC aponta superavit em todos os anos. QEOCap que em 2004 apresentou o maior deficit, apresenta muita instabilidade e em QRSF existe uma tendência de alta no período 2004/2008. Isto é resultado do equilibrio orçamentário que tem apresentado, apesar da elevação nos últimos 3 anos, nota-se uma relação com o coeficiente QEO. O QSF em Mongaguá apresenta ativo financeiro maior que o dobro do passivo no periodo 2004/2008. QSP no longo prazo a situação em Mongaguá também é confortável. Entre 2004/2008, o ativo e passivo permanentes foram superiores a 1. No QLE dos anos analisados, a divida de longo prazo teve variaçãocom pico 2006 e 1,67 em 2008. O QDD mostrou que o municipio vem cumprindo a lei no que tange a este indicador e o QRP em 2005 apresentou superavit patrimonial, de 2,14 o que se repetiu nos outros anos. Pelo DCL/RCL vimos que endividamento de Mongaguá em 2006 e 2008 equivale a quase 2 anos de receitas, sinalizando um endividamento considerável. A causa disto pode ser vista pelos EDC/RCL que aponta pagamento de juros mínimo em relação às receitas correntes do município. O AD/RC é outro indicador que aponta que Mongaguá tem se comprometido muito pouco com o pagamento de suas dívidas, isto tem mantido o nível de endividamento constante, com pouco ou quase nada de pagamento do principal da dívida. 4. Conclusões De positivo vimos pelos indicadores que Mongaguá tem apresentado pouco endividamento e compromotido pouco suas receitas para o pagamento. Tem apresentado superavit constantes, o que pode sinalizar não um compromisso sério como as conta públicas, mas uma falta de condução adequada na gestão para se fazer cumprir o orçamento proposto, LOA, no que tange as benfeitorias e serviços aos cidadãos de Mongaguá. Aparentemente, a equipe economica da cidade consegue fazer orçamentos que correspondem a arrecadação. Também não houve abertura de créditos extraordinários. Diversas obras executadas pela Prefeitura de Mongaguá no periodo 2004/2008 foram entregues destacando as obras que revitalizaram vários cartões postais da cidade. Entre eles foi reformado o Centro Cultural Raul Cortez e o Poço das Antas, um dos recantos ecológicos mais visitados pelos turistas, em Mongaguá, que recebeu várias melhorias. A prefeitura construiu mais um parque de skate, semelhante ao existente na área central, com arquibancada para 200 pessoas e bicicletário, em Agenor de Campos. Na mesma área, está em construção uma piscina semi-olímpica aquecida, com seis raias. Foi reconstruida a Praça Prefeito João de Barros Teixeira. Foram reformados o Pronto Socorro de Agenor de Campos e o Pronto Socorro Central. Mais uma etapa de obras de reurbanização da Avenida Governador Mário Covas Júnior, foi concluída. A relação de obras concluídas em dezembro inclui também a reforma e ampliação da EMEIEF Profª Célia Puppo de Jesus (Pluft), EMEF Barigui e a EMEF Pedro Fernandes Dante, capeamento asfáltico da Avenida São Paulo, urbanização do Canal 1, construção de mais um trecho do Canal 2, reforma do 1º e 2º Distritos Policiais, construção da galeria de águas pluviais da Avenida Sorocabana, beneficiamento da Estrada da Fazenda. A promessa de um investimento de US$ 3 bilhões na construção de um megaporto entre as pacatas cidades litorâneas de Peruíbe e Itanhaém, em São Paulo, causou enorme surpresa e expectativa na região. O projeto foi apresentado como a grande chance de desenvolvimento, mas também como a mais séria ameaça ambiental já imposta ao litoral sul e ao Vale do Ribeira. E pelo porte do empreendimento vai afetar também Mongaguá. A questão é saber se para o bem ou para o mal, pois os imensos cargueiros que devem atracar no futuro megaporto podem causar um desequilibrio ambiental que podera afetar a principal fonte de receita do municipío que vem de seu balneario, ou pelo contrário, os empregos e negocios gerados pelo porto pode alanvacar a economia. Apesar do bom momento em que passa a economia do Brasil, principalmente entre o periodo analisado, 2004-2008. Sabemos que as desigualdades existentes entre os municípios são grandes, tanto na capacidade de geração tributária quanto na qualidade dos gastos. Por certo, parte dessas desigualdades deriva das disparidades econômicas entre as cidades e regiões, mas parte pode ser eliminada com a disseminação das boas práticas de administração pública. Assim, aproveitar as possibilidades de receita que cada tributo ou taxa municipal pode gerar é imperioso ao gestor que deseja prover sua cidade dos melhores serviços públicos. No Brasil existem 5.559 municípios. Cada um deles possui potencialidades, carências e condicionantes particulares. Há os grandes municípios, como o de São Paulo, com seus 10,9 milhões de habitantes e mais de R$ 140 bilhões de PIB, e os pequenos, que apenas existem graças ao repasse do Fundo de Participação dos Municípios que é uma transferencia constitucional (CF, Art. 159, I, b), composto de 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados. Em todos estão presentes possibilidades capazes de contribuir com o desenvolvimento social, cultural e econômico do País. Um grande desafio é fazer com que os indicadores sejam ajustados de tal forma que possam ser empregados em vários cenarios, sem que haja uma discrepancia muito grande entre eles. Como podemos analisar as gestões públicas nivelando todos os municipios? Será que a única forma é separar por grupos equivalentes para que as analise possam refletir de fato a realidade da situação financeira dos municipios? O desafio esta posto, como criar melhores indicadores para conhecer de fato as realidades tão dispares deste Brasil continental? 5. Referencias bibliograficas KOHAMA, Heilio; "Balanços Públicos: teoria e prática - 2ª edição"; São Paulo. Editora Atlas. 2000 http://74.125.47.132/search?q=cache:GsGZHF6wiUMJ:www.tce.mt.gov.br/processo/ documento/num/74578/ano/2009/numero_documento/15611/ano_documento/2009/hash/ 0ed92e615bb802cc08a46a33e7ee55f1+qle+kohama&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br http://74.125.47.132/search?q=cache:- ESMmRJxv9kJ:www.apremerj.org.br/005/00502001.asp%3FttCD_CHAVE%3D4501+fundo+d e+participação+dos+municipios&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br MATARAZZO, D.C. – Análise Financeira de Balanços, abordagem básica e gerencial. 6º Ed São Paulo: Atlas, 2003. http://www.financasdosmunicipios.com.br/dados/ArquivosPDF/Revista_Multicidad e.pdf http://gppusp.blogspot.com/2009/11/v-semana-de-gestao-de- politicas_14.html . GESTÃO FINANCEIRA http://74.125.47.132/search?q=cache:UXSP7qH1UDoJ:www.portaldocooperativismo. org.br/sescoop/sescoop/relatorios- 2004/rel_gestao_financeira.doc+o+que+balanço+financeiro+para+kohama&cd=8&hl= pt-BR&ct=clnk&gl=br