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Alvenaria Estrutural

Detalhamento de Etapas da execução da alvenaria estrutural

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DETALHES CONSTRUTIVOS DE ALVENARIA ESTRUTURAL Argamassa, graute, modulação, modulação 20 1 Argamassa A argamassa tem a função de fazer a ligação entre os blocos estruturais, fazendo uma uniformização dos apoios entre eles. Comumente a argamassa para assentamento é composta de cimento Portland, cal e areia fina. Argamassas compostas apenas por cimento e areia, não devem ser utilizadas, devido a sua alta rigidez e baixa capacidade de absorver deformações. Entretanto, argamassas mais fracas, compostas apenas por cal e areia, também não são recomendadas devido a sua baixa resistência a compressão e pouca aderência, prejudicando assim a resistência da parede. Uma argamassa ideal deve possuir resistência à compressão da argamassa deve ser próxima a 70% da resistência do bloco utilizado. De acordo com Désir (2014), para se obter um bom desempenho de uma alvenaria estrutural, a argamassa deve distribuir as cargas de compressão na área dos blocos compensando imperfeições e variações dimensionais. Ela deve absorver as deformações resultantes da compressão, variações térmicas, retração, recalques sem romper, ela ainda tem a função de vedação da parede contra água e entre outros. A argamassa possui dois estados diferentes: o estado plástico é o estado em que a argamassa possui boa trabalhabilidade, capacidade de retenção de água e boa velocidade de endurecimento. O estado endurecido possui boa aderência, resistência a compressão e baixa retração. Quanto maior a concentração de cimento na argamassa, maior a sua resistência e quanto maior a concentração de cal, melhor a sua trabalhabilidade, entretanto maior concentração de cal diminui a resistência. Traços A relação entre as proporções de cimento, areia, cal e água é denominada traço, ele define a resistência e aplicação da argamassa. O traço mais comum utilizado é: 1 saco de cimento Portland 0,01 m³ de Cal 0,133 m³ agregado miúdo 40 cm³ de água Traços básicos de argamassas. Cimento Cal Areia Resistência Utilidade 1 0,25 3 17 Mpa Traço muito forte, possibilidade de fissurar (Pouco utilizado) 1 0,5 4,5 12 Mpa Traço forte, utilizado para esforços de tração 1 1 5 a 6 5 Mpa Utilizado em alvenaria de edificações de baixa altura 1 2 8 a 9 2,5 Mpa Traço fraco, utilizado em alvenaria de vedação. Fig. 1.1: Assentamento de Alvenaria Estrutural em bloco cerâmico Fonte: Google Imagens Fig. 1.2: Assentamento de Alvenaria Estrutural em bloco de concreto Fonte: Google Imagens Fig. 1.3: Assentamento de Alvenaria Estrutural em bloco de concreto Fonte: Google Imagens 2 Graute O graute é o concreto com agregados finos, alta fluidez e baixa retração. Seu traço pode ser composto basicamente por areia e cimento ou graute grosso: areia, cimento e brita. É muito importante que o graute apresente boa trabalhabilidade, boa fluidez, boa coesão, boa aderência, baixa retração e resistência a compressão superior a 14 Mpa. Funções do Graute na Alvenaria Estrutural O graute serve principalmente como estrutura de reforço para alvenaria estrutural, suas funções são: Preenchimento de Canaletas e formar cintas, vergas e contravergas Preenchimento dos furos nas regiões com cargas elevadas, cargas distribuídas em vão curtos. Preenchimento dos furos dos blocos formando pilares Preenchimento dos furos onde tem as armaduras (agulhas), alinhando a barra de aço no centro e unindo a armadura com a parede. 2.1 Traço do Graute Parsekian et al (2010) traços de graute mais recomendados para obras de pequeno porte e de baixa altura. Graute fino 1 saco de cimento; Até 35 dm3 de cal; Até 88 dm3 de agregado miúdo; Até 37 litros de água Em volume de material seco esta dosagem corresponde a um traço de 1:3 a 4 Graute grosso 1 saco de cimento; Até 35 dm3 de cal; Até 66 dm3 de agregado miúdo; Até 35 litros de água O traço correspondente é 1:2 a 3; 1 a 2 Fig. 2.1: Graute dos pilares internos do Bloco Fonte: Google Imagens Fig. 2.2: Graute das canaletas Fonte: Google Imagens Fig. 2.3: Graute das canaletas superiores, vergas e contravergas Fonte: Google Imagens 3 Modulação A modulação em alvenaria estrutural é o acerto das dimensões em planta e do pé direito da edificação levando-se em consideração as dimensões dos blocos. Essa adaptação das medidas da edificação tem a função de adaptar o projeto a alvenaria a fim de se evitar cortes dos blocos ou ajustes na execução das paredes que influenciem na sua resistência. A modulação mais usual de blocos estruturais é Linha 15, que são blocos com 14 cm de largura + 1cm de argamassa. Fig. 3.1: Detalhamento de Blocos Estruturais Cerâmicos, Modulação 15 Fonte: Google Imagens 4 Modulação 20 A modulação 20 é um tipo de modulação bastante utilizado, no entanto tem o inconveniente do comprimento não ser proporcional à largura do bloco. Para ser possível a amarração direta entre paredes é necessário a utilização dos blocos 14 x 19 x 34 cm e 14 x 19 x 44 cm. As dimensões dos cômodos são, na maior parte múltiplas de 20cm, havendo alguns casos em que as dimensões ficam diminuídas de 5cm. Fig. 4.1: Detalhamento 1ª Fiada Modulação 20 Fonte: Google Imagens Fig. 4.1: Detalhamento Amarração, Modulação 20 Fonte: Google Imagens REFERÊNCIAS Désir, M. Jean. Alvenaria Estrutura, NAPEAD – UFRGS, Porto Alegre-RS, 2014. Disponível em: < http://www.ufrgs.br/napead/repositorio/objetos/alvenaria-estrutural/creditos.php>. Acesso em: 22 de Março de 2016. Selecta Soluções em Blocos. Itu-SP, 2014. Disponível em: < http://www.selectablocos.com.br/ae_intro.html>. Acesso em: 20 de Março de 2016.