Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Administrção - Obtenção E Recebimento

Trabalho sobre Obtenção e Recebimento de Materiais

   EMBED

  • Rating

  • Date

    December 2018
  • Size

    986.5KB
  • Views

    5,638
  • Categories


Share

Transcript

Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco OBTENÇÃO E RECEBIMENTO Recife – 2005 Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco OBTENÇÃO E RECEBIMENTO Recife – 2005 FOLHA DE APRESENTAÇÃO 1) NOME: Daniel Higor 2) NOME: Danúbia Oliveira 3) NOME: Denílson Vieira 4) NOME: Eduardo César 5) NOME: Gleidson Correia OBTENÇÃO E RECEBIMENTO VISÃO GERAL DO SETOR COMPRAS E ALMOXARIFADO DATA DA APRESENTAÇÃO: 20/09/2005 HORÁRIO DA APRESENTAÇÃO: 17h30 – 18h30 LOCAL: B 02 SUMARIO 1.INTRODUÇÃO................................................................ .....................................................06 2. AQUISIÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS................................................................... ...07 2.1 Recursos Materiais................................................................... ...............................07 2.2 Organização................................................................. ............................................07 2.3 O Sinal da Demanda..................................................................... ...........................07 3. GESTÃO DE COMPRAS..................................................................... ...............................08 3.1 MRP......................................................................... ...............................................08 3.2 Responsabilidade função de compras..................................................................... 09 3.3 Objetivos da função de compras..................................................................... ........10 3.4 Ciclo da função de compras..................................................................... ...............10 4. SOLICITAÇÃO DE COMPRAS..................................................................... .....................13 4.1 Sistema Just-in- Time........................................................................ .......................13 4.2 Sistema de reposição periódica................................................................... ............14 4.3 Sistema de ponto de pedido...................................................................... ...............14 4.4 Caixeiro- viajante.................................................................... .................................14 4.5 Contratos de fornecimento................................................................ ......................14 4.6 Softwares de planejamento e controle.................................................................... .14 5. ORDEM DE COMPRA...................................................................... ..................................16 6. CUIDADOS AOS COMPRAR..................................................................... .......................17 6.1 Inversão da posição comercial................................................................... .............17 6.2 Cuidado ao rejeitar uma proposta.................................................................... ........17 6.3 Classes de prazo de entrega..................................................................... ................17 6.4 Tentação da especulação................................................................. ........................18 6.5 Problema da embalagem................................................................... ......................18 7. CUIDADOS AO RECEBER..................................................................... ...........................19 7.1 Prazos de entrega..................................................................... ...............................19 7.2 Controle quantitativo................................................................ ...............................19 8. NOVAS FORMAS DE COMPRAR..................................................................... ................20 9. PARCERIAS................................................................... ......................................................22 9.1 Atingindo o Comakership................................................................. ......................23 9.2 Avaliação................................................................... ..............................................23 9.3 Modelo de Avaliação de fornecedor.................................................................. .....25 10. CONCLUSÃO................................................................... .................................................26 11. BIBLIOGRAFIA................................................................ ................................................27 RESUMO O presente trabalho tem como finalidade expor o funcionamento básico inicial da empresa que são da obtenção dos materiais (compras) e o recebimento (estocagem) mostrando cada etapa, os tipos, classificações, definições, metodologias de trabalho e o ideal para uma empresa. 1. INTRODUÇÃO A Administração é um conjunto de atividades com a finalidade de assegurar o suprimento de materiais necessários ao funcionamento da organização no tempo correto, na quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo melhor preço. O grau de importância de um órgão material está diretamente relacionado com o ramo de atividade da empresa. Porém, podemos garantir que a referida área sempre estará presente, pois qualquer atividade requer materiais e serviços. Diante do exposto, percebe-se o grau de importância de se otimizar as atividades relacionadas à Obtenção e Recebimento de materiais, assuntos descritos detalhadamente adiante. 2. AQUISIÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS 2.1 Recursos Materiais Recursos materiais são itens ou componentes que uma empresa utiliza nas suas operações do dia-a-dia, na elaboração do seu produto final ou na consecução do objeto social. Como tais são adquiridos regularmente, constituindo os estoques da empresa. Eles podem ser classificados em materiais auxiliares, matéria-prima, produtos em processo e produtos acabados. Os materiais auxiliares são não se incorporam ao produto final. Materiais de escritório e de manutenção são classificados como tal. São também chamados de materiais indiretos ou não-produtivos. Os materiais que se incorporam ao produto final, incluindo a embalagem, são classificados como matéria-prima. São também chamados de materiais diretos ou produtivos. Os produtos em processo são materiais que estão em processo de fabricação. Os produtos acabados são os materiais, agora já sob a forma de produtos finais, prontos para serem comercializados. 2.2 Organização Com o aumento da industrialização e a queda dos custos com mão-de-obra em muitos casos com materiais podem chegar a 80% do custo total da produção ou serviço. Com isso os departamentos de compras da empresas estão ficando cada vez mais complexos. 2.3 O Sinal da Demanda O sinal da demanda é a forma sob a qual a informação chega à área de compras para desencadear o processo de aquisição do bem material. 3. GESTÃO DE COMPRAS A função de compras assume papel verdadeiramente estratégico nos negócios de hoje, deixando a visão de que era uma atividade burocrática e repetitiva, além de um centro de despesas. O valor total gasto nas compras de insumos para a produção varia de 50 a 80% do total das receitas brutas, ou seja, um pequeno ganho na produtividade da função exercerá grande diferença nos lucros. Assim, torna-se muito importante o conhecimento e atualização das pessoas que trabalham nesta área, chamada de vários nomes como suprimentos, compras ou aquisições. O sistema tradicional o que havia era uma função de compras, isto é, uma negociação baseada em preço, prazo e qualidade. Esta burocracia seguia um procedimento que datava do início do século, integrando apenas o uso mais recente de computadores. Os pedidos internos eram gerados por meio do MRP (Material Requirement Planning), iniciava-se uma série de cotações a partir de um cadastro de fornecedores. O critério preço-prazo-qualidade era usado para escolher um deles. Ai então emitia-se um pedido de compra que alimentava o MRP com as datas e quantidades previstas para entrega, alertava-se o controle de qualidade para inspecionar o recebimento, preparava-se uma previsão de necessidades de fundos e a tesouraria incluía esta previsão no fluxo de caixa. Caso o produto fosse aprovado na sua chegara era encaminhado ao almoxarifado, caso reprovado, emitia-se uma nota fiscal de devolução e reiniciava-se a compra com outro fornecedor. 3.1 MRP O MRP (materials requerement planning) ou planejamento das necessidades de materiais é uma técnica que permite determinar as necessidades de compras dos materiais que serão utilizados na fabricação de um certo produto. A partir de uma lista de materiais (bill of material), que é obtida a partir da estrutura analítica do produto, e em função de uma demanda dada, o computador calcula as necessidades de materiais que serão utilizados e verifica de se há estoque disponíveis para o atendimento. Se não há material em estoque na quantidade necessária, ele emite uma solicitação de compra – ou uma ordem de fabricação – para itens que são fabricados internamente. A figura 1 mostra um esquema de funcionamento do MRP. Figura 1 – Esquema de funcionamento do MRP 3.2 Responsabilidade função de compras A função de compras não é de responsabilidade exclusiva do departamento de compras. Essa função é mais ampla e, se realizada com eficiência, envolve todos os departamentos da empresa. Obter o material certo, nas quantidades certas, com a entrega correta (tempo e lugar), da fonte correta e no preço certo são todas as funções de compras. Escolher o material certo exige insumos dos departamentos de marketing, engenharia, produção e compras. As quantidades e a entrega de mercadorias finalizadas são estabelecidas pelas necessidades de mercado. O Departamento de compras tem a responsabilidade principal de localizar fontes adequadas de suprimentos de negociar preços. O insumo vindo de outros departamentos é necessário para a busca e avaliação das fontes de suprimentos, auxiliando também o departamento de compras na negociação dos preços. Comprar é, nesse sentido amplo, responsabilidade de todos. 3.3 Objetivos da função de compras Essa função é responsável pelo estabelecimento do fluxo de materiais na firma, pelo seguimento junto ao fornecedor, e pela agilização da entrega. Prazos de entrega não cumpridos podem causar sérias perturbações para os departamentos de produção e vendas, mas a função de compras pode reduzir o número de problemas, além de adicionar lucros. Em média, as empresas gastam 50% de sua renda proveniente das vendas na compra de matérias-primas, componentes e suprimentos. Isso confere a função de compras um enorme potencial de aumentar os lucros. Em suma, os objetivos da função de compras podem ser subdivididos em quatro categorias: Obter mercadorias e serviços na quantidade e com qualidade necessárias; Obter mercadorias e serviços a menor custo; Garantir o melhor serviço possível e pronta entrega por parte do fornecedor; Desenvolver e manter boas relações com os fornecedores e desenvolver fornecedores potenciais. 3.4 Ciclo da função de compras 3.4.1 Receber e Analisar as requisições de compras As requisições de compra têm início com o departamento ou a pessoa que será o usuário final. No ambiente de MRP (Material Requirements Planning), o projetista libera um pedido planejado autorizando o departamento de compras a ir adiante e processar um pedido de compra. 3.4.2 Selecionar Fornecedores Identificar e selecionar fornecedores são importantes responsabilidades do departamento de compras. Para itens rotineiros ou para aqueles que nunca foram comprados antes, deve-se manter uma listra de fornecedores aprovados. Se o item não foi comprado antes ou se não houver um fornecedor aceitável em arquivo, deve-se fazer uma pesquisa. Se o pedido é de pequeno valor ou para itens padronizados, um fornecedor provavelmente poderá ser encontrado um catálogo, num jornal especializado ou numa lista telefônica. 3.4.3 Solicitação de Cotações Para itens maiores é geralmente desejável emitir uma solicitação de cotação. Trata-se de um requerimento por escrito que é enviado a um número suficiente de fornecedores para garantir que cotações competitivas e confiáveis sejam recebidas. Depois que os fornecedores completam e devolvem as cotações ao comprador, as cotações são analisadas quanto ao preço, obediência às especificações, termos e condições de venda, entrega e termos de pagamento. A escolha final baseia-se num equilíbrio entre os fatores técnicos e o preço. Geralmente, tanto o departamento requisitante quanto o departamento de compras estão envolvidos na decisão. 3.4.4 Determinação do preço certo Essa é uma responsabilidade do departamento de compras, intimamente ligada à seleção dos fornecedores. O departamento de compras também é responsável por negociar o preço, e tentará obter o melhor preço junto ao fornecedor. 3.4.5 Emissão da ordem de compra Ordem de compra é uma oferta legal de compra. Uma vez aceita pelo fornecedor, ela se torna um contrato legal para entrega das mercadorias de acordo com os termos e condições especificados no contrato de compra. O pedido de compra é preparado com base na requisição de compra ou nas cotações, e também em qualquer outra informação adicional necessária. Envia-se uma cópia ao fornecedor; o departamento de compra retém uma cópia e as outras são enviadas para outros departamentos, tais como contabilidade, o departamento requisitante e o departamento de recepção. 3.4.6 Seguimento de entrega O fornecedor é responsável pela entrega pontual dos itens pedidos. O departamento de compras deve garantir que os fornecedores realmente entreguem as mercadorias pontualmente. Se houver dúvida quanto ao cumprimento dos prazos de entrega, o departamento de compras deve descobrir isso a tempo de tomar as medidas corretivas. Isso pode envolver a agilização do transporte, fontes alternativas de suprimentos, um trabalho junto ao fornecedor para sanar os seus problemas ou a reprogramação da produção. 3.4.7 Recepção e aceitação das mercadorias Quando as mercadorias são recebidas, o departamento de recepção às inspeciona para garantir que foram enviados os itens corretos, na quantidade certa e que não foram danificados no transporte. Usando a sua cópia do pedido de compra e a bill of lading fornecida pelo transportador, o departamento de recepção aceita as mercadorias e escreve um recibo, observando qualquer variação. Se as mercadorias recebidas estiverem danificadas, o departamento de recepção avisará o departamento de compras e reterá as mercadorias para outra providência. Desde que as mercadorias estejam em ordem e não exijam mais inspeções, elas serão enviadas para o departamento solicitante ou para o estoque. 3.4.8 Aprovação da fatura do fornecedor para pagamento Quando é recebida a fatura do fornecedor, há três informações que devem concordar: o pedido de compra, o relatório de recebimento e a fatura. Os itens e as quantidades devem ser os mesmos em todos os documentos; os preços e suas extensões devem ser os mesmos no pedido de compra e na fatura. Todos os descontos e termos do pedido original de compra devem ser comparados com a fatura. É função do departamento de compras verificar esses aspectos e resolver quaisquer diferenças. Uma vez aprovada, a fatura é enviada ao departamento de contas a pagar. 4. SOLICITAÇÃO DE COMPRAS Por meio da solicitação de compras qualquer unidade organizacional ou mesmo um colaborador qualquer, manifesta a sua necessidade de comprar um item para uso em benefício da empresa. A solicitação de compra é enviada à área de compras que providenciará, seguindo procedimentos estabelecidos, a compra do material. A figura 1 mostra um modelo típico de solicitação de compras. Figura 1 – Modelo Típico de Solicitação de Compras 4.1 Sistema Just-in-Time O sistema just-in-time é um método de produção com o objetivo de disponibilizar os materiais requeridos pela manufatura apenas quando forem necessários para que o custo de estoque seja menor. O JIT, que é baseado na qualidade e flexibilidade do processo de compras, também pode disparar o processo de compras. 4.2 Sistema de Reposição Periódica Para determinarmos itens de estoque, recomenda-se a utilização do sistema denominado reposição periódica ou intervalo padrão. No sistema de reposição periódica, depois de decorrido um intervalo de tempo preestabelecido, um novo pedido de compra para certo item de estoque é emitido. Para determinar o quanto deve ser comprado no dia da emissão do pedido, verifica-se a quantidade ainda disponível em estoque, comprando-se o que falta para atingir um estoque máximo, também determinado anteriormente. 4.3 Sistema do Ponto de Pedido O sistema do ponto de pedido ou lote padrão é o mais popular método utilizado nas fábricas nas fábricas e consiste em disparar o processo de compra quando o estoque atinge um nível previamente determinado. O ponto de pedido é calculado em função do consumo médio e do prazo de atendimento. 4.4 Caixeiro-Viajante O sistema de caixeiro-viajante consiste em um vendedor visitar os clientes e verificar in loco se está faltando mercadoria no estoque para que ele, em comum acordo com o cliente, tire o pedido. O sinal da demanda, no caso, a falta de mercadoria, é identificada pelo caixeiro-viajante. Com a inovação dos sistemas de comunicações, a internet principalmente, este sistema está desaparecendo. 4.5 Contratos de Fornecimento Nos contratos de fornecimento o processo de compra é iniciado em função de uma necessidade de produção. Assim, quando o material se faz necessário, o próprio sistema de computador emite e envia uma ordem de compra. 4.6 Softwares de Planejamento e Controle Quase todas as empresas, a partir de um certo porte, já dispõem de softwares para o acompanhamento do processo de compras. Em muitos deles o pedido de compra é emitido pelo próprio computador, que esteja usando, para um dado item em estoque, o método do lote padrão ou do intervalo padrão. O acompanhamento é feito por um gráfico Gantt ou cronograma, para pedidos maiores e mais complexos. O status do pedido pode ser acompanhado por meio da verificação das fases pelas quais o processo passa. Quadro abaixo traz alguma destas fases. 5 ORDEM DE COMPRA A ordem de compra é um importante documento que permitirá uma amarração geral dos serviços de compras. Alguns pontos principais que deverão ser considerados nesta atividade: 1ª via – fornecedor: via em branco e dirigida ao fornecedor. 2ª via – seção de compras: cópia da seção de compras, que é arquivada por ordem de emissão. Tal via fará a função de protocolo e registrará as entradas no almoxarifado e considerações sobre os controles quantitativo e qualitativo. 3ª via – almoxarifado: nesta via pode-se omitir os preços e condições comerciais e incluir um espaço maior para registros de quantidade e qualidade dos materiais. 4ª via – contas a pagar: é muito importante a comunicação entre o setor de compras e contas a pagar e contabilidade. Esta via permitirá a inclusão no fluxo de caixa. 5ª via – controle qualitativo: através dessa via é solicitada inspeção, pelo controle de qualidade, do material recebido. 6. CUIDADOS AO COMPRAR 6.1 Inversão da posição comercial Um sistema de planejamento de produção fixa as quantidades a comprar na etapa final da elaboração do plano de produção.É necessário comparar as necessidades de materiais com as existências nos estoques de matérias- primas, para se apurar as necessidades líquidas distribuídas no tempo. A execução da compra será a primeira etapa executiva do programa de produção. O início das atividades de compra caracteriza-se como uma área com muitas facilidades de conflitos agravados pelos atrasos normais e habituais do planejamento. As pressões exercidas pelos setores de produção e faturamento reforçam a probabilidade de atritos na área de compras. Neste momento todos se esquecem dos atrasos no planejamento das vendas e na programação da produção. Um aspecto interessante é a inversão de atitude que se processa entre o comprador e o fornecedor após a emissão de pedido. Uma vez emitido o pedido, o comprador perde sua posição de comando e passa a uma atitude de expectativa, que antes era do fornecedor na concorrência para o fechamento do negócio. 6.2 Cuidados ao rejeitar uma proposta Os fornecedores devem ser informados, com clareza e honestidade, sobre as razões que acarretaram na recusa. Isso favorecerá entendimentos posteriores e uma melhoria na política do fornecedor, que poderá criar condição de apresentação de propostas que atendam aos interesses do comprador. Em alguns casos pode-se aplicar o sistema de "mercado aberto", que possibilita a todos os fornecedores, das diversas propostas de fornecimento. Entretanto, há casos em que boas partes do fornecimento são dadas a empresas que tradição nos serviços prestados. 6.3 Classes de prazo de entrega Deveremos distinguir inicialmente duas situações diferentes de suprimento: Suprimento de estoques de materiais de consumo, que admite certa elasticidade no prazo, por haver um estoque de proteção devido ao baixo valor destes estoques; Suprimento de programas de produção, não admitindo prazos grandes por serem estoques funcionais e normalmente com estoque baixo para evitar desperdício. 6.4 Tentação da especulação A tentação de conseguir melhores preços, obtendo grandes quantidades e, assim, economizar, é sempre forte. Mas deve-se comprar o estritamente necessário para o atendimento das necessidades da empresa. A experiência mostra que os custos de estoques excessivos ultrapassam as vantagens na negociação especulativa. Estoques excessivos cria um obstáculo à mentalização da produção. Outro problema é o "armazenamento de defeitos". Utilizando-se muito tempo após o recebimento, ficará impossível devolver o material com defeito ao fornecedor, acarretando em prejuízo. Em contra-partida, com estoques reduzidos, utiliza-se o material quase imediatamente, possibilitando a observação de defeitos (ou não) ainda no prazo de devolução do fornecedor, impedindo o "armazenamento de defeitos", reduzindo os custo de produção. 6.5 Problema da embalagem Pouca atenção é dada ao problema da embalagem: de acordo com o tipo de embalagem, as condições de fornecimento poderão variar consideravelmente. O fornecimento de líquidos em tambores terá preço reduzido. Mas, poderá ser mais conveniente para a empresa o recebimento em latas, pelo controle do consumo, facilidade de transportar e redução da contaminação, e ainda para evitar a exposição do produto com o ar, umidade e temperatura. Ao se esvaziar uma embalagem, sobra sempre um pouco de matéria-prima no interior da embalagem; quanto maior a embalagem, menor a perda. O balanceamento das vantagens do manuseio, da utilização e das perdas deve então merecer um estudo uma análise pela produção e pela área de compras. 7 CUIDADOS AO RECEBER 7.1 Prazos de entrega O comprador experiente conhece as conseqüências do não-cumprimento dos prazos de entrega por parte dos fornecedores. Pela inversão de papéis que ocorre após a entrega do pedido de compra ao fornecedor, torna-se necessário criar um instrumento de pressão para aumentar as garantias da empresa quanto aos cumprimentos dos prazos de entrega por seus fornecedores. Procura-se organizar um serviço de follow-up, para acompanhar o andamento dos fornecimentos e pressão para aumentar a eficácia. O comprador deverá estar preparado para criar rapidamente soluções emergenciais (que são onerosas) nos casos de fornecimentos atrasados, o que evitaria prejuízos muito maiores em virtude de paralisação da produção, atraso no atendimento de um cliente, e até perda na carteira de clientes. 7.2 Controle quantitativo Nas empresas grandes, o controle quantitativo é uma função do "serviço de recebimento de mercadorias". Nas empresas pequenas, tal serviço confunde- se com as funções do almoxarife. Ao chegar o material no recebimento, controlam-se as características do fornecimento e sua documentação pela cópia do pedido, conferindo-se as quantidades físicas. No recibo a ser fornecido ao transportador anota-se "sujeito ao controle de qualidade", nos casos em que a conferência de qualidade é demorada. Em nenhuma situação, os documentos fiscais devem ficar no recebimento, e devem ser passados à contabilidade. 8 NOVAS FORMAS DE COMPRAR O fenômeno da globalização, como não poderia deixar de ser, tem trazido grande impacto na forma como as compras são efetuadas. Hoje se fala em mercado global e em compras globalizadas. Uma das formas de compra que mais cresce atualmente é o EDI (eletronic data interchange), tecnologia para transmissão de dados eletronicamente. Por meio da utilização de um computador com acesso a internet é possível se conectar ao fornecedor independentemente da localização ou softwares utilizados. As ordens ou pedidos de compras além de outros documentos são padronizados e enviados sem a utilização de papel. Esta forma de comunicação e de transação tem os seguintes benefícios: rapidez, segurança e precisão do fluxo de informações redução significativa de custos facilidade da colocação de pedidos sedimentação do conceito de parceiras entre clientes e fornecedores. Para disseminar e facilitar a utilização da forma EDI de transações, foram criados padrões para as comunicações. Existem 2 padrões mais comuns: O europeu EDIFACT e o americano ANSI X12. Atualmente eles estão convergindo para uma unificação por meio da ANSI X400. Se comparado ao e-commerce, O EDI apresenta as seguintes vantagens: maior segurança nas comunicações e parceiros; dispõe de formato padrão para as transações; maior rapidez para altos volumes de transações. O EDI proporcionou que o relacionamento entre cliente e fornecedor evoluísse de tal forma que o processo de compra foi totalmente automatizado. A base do ECT é a informação e a relação de parceria entre as partes envolvidas. Por outro lado, com a difusão do uso de email como um veículo de transação comercial, ou o e-commerce. Basta estar ligado à internet para ter acesso a toda a rede mundial a qualquer instante. Um exemplo conhecido é o de livrarias virtuais, onde consultamos e compramos livros na internet, sem sair de nossas casas. A internet como veículo de comércio ganha a cada dia mais adeptos, pois apresenta uma série de vantagens em relação ao EDI como: investimento inicial baixo em tecnologia; atinge praticamente a todos na cadeia de suprimentos; pode ser operada em tempo real, praticamente; permite a interação homem-máquina além da máquina-máquina oferecida pelo EDI; maior flexibilidade nos tipos de transações. 9. PARCERIAS A verdadeira revolução da qualidade, introduzida em âmbito global nos últimos anos, trouxe consigo novas formas de abordagem no relacionamento cliente-fornecedor, no tocante às compras ou suprimento de mercadorias e/ou serviços. Na abordagem comum, as empresas consideravam o fornecedor como quase um adversário. Todo cuidado deveria ser tomado, pois era generalizada a idéia de que o fornecedor estaria sempre mal-intencionado, procurando auferir o máximo lucro à custa de eventuais descuidos do cliente. A fim de se garantir a empresa-cliente normalmente fazia várias cotações, envolvendo fornecedores concorrentes e tomava o máximo cuidado na hora de receber a mercadoria, fazendo detalhadas e dispendiosas inspeções. Como sempre, isto era válido tanto para um produto tangível como para os serviços. As relações eram de curto prazo, havendo o mínimo de contato entre as partes. Hoje em dia podemos dizer que estas situações estão tornando-se cada vez mais raras. Entre cliente e fornecedor, procura-se desenvolver um clima de confiança mútua, onde ambos saem ganhando. É o que se convencionou chamar de parcerias. Nestas situações o fornecedor ajuda no desenvolvimento do projeto do produto, na análise e melhorias do processo produtivo de seu cliente, garante a qualidade, abre sua planilha de formação de custos e preços e, em contrapartida, recebe um contrato de fornecimento por um período normalmente igual ao da vida do produto para o qual foi escolhido o fornecedor.um depende do outro. Há pouquíssimos fornecedores, em alguns casos apenas um, que chegam a se instalar nas proximidades e/ou trabalhar dentro da fabricado cliente para melhor servi-lo. A função do fornecedor não é apenas a de vender o produto. A relação, caracterizada pelo ganha- ganha, é de longo prazo, com contatos constantes, baseada na confiança (não é mais necessária a averiguação da qualidade pelo comprador: ele confia no seu fornecedor). Quando esta relação de parceria atinge um elevado grau de evolução traduzida em conceitos como os de confiança mútua, participação e fornecimento com qualidade assegurada, dá-se a ela o nome de comakership. "Percentual gasto em compras " "Setor "Compras sobre " "industrial "Vendas (%) " "Alimentos "63 " "Cigarro e produtos do "27 " "fumo " " "Confecções "49 " "Madeira "60 " "Gráfica "35 " "Petróleo "83 " "Equipamentos de "60 " "Transporte " " "Média do Setor Industrial"54 " Tabela 1 9.1 Atingindo o Comakership O relacionamento cliente-fornecedor se desenvolve a partir de uma atuação do cliente (comprador) sobre os seus fornecedores, procurando atingir um grau de entendimento e confiança mútua até então inexistente. As relações do tipo comakership não nascem repentinamente. Requerem um certo tempo de amadurecimento, de conhecimento prévio da capacidade do fornecedor e confiabilidade do cliente. Nesse processo, o cliente irá procurar atuar nos aspectos que possam trazer-lhe vantagens competitivas. Assim fará uma avaliação dos fornecedores e, se for o caso, o seu desenvolvimento para, finalmente, chegar à fase de negociação de uma parceria. 9.2 Avaliação Custos - Verificar se os custos estão compatíveis com o mercado, partindo do princípio que eles devem ser reduzidos. Qualidade - O relacionamento somente frutificará se o fornecedor dispuser de qualidade. Pontualidade - O fornecedor deverá possuir uma cultura de pontualidade nas suas entregas. Inovação- O fornecedor inovativo cria uma alavancagem muito importante no cliente-comprador, embora o mais comum seja a necessidade de atender a solicitações de inovações. Flexibilidade- É a capacidade que tanto o cliente quanto o fornecedor devem ter para rapidamente adaptarem-se às alterações e solicitações do mercado. Produtividade- É a capacidade que tanto o cliente quanto o fornecedor devem ter para rapidamente adaptarem-se às alterações e solicitações do mercado. Instalações- O cliente deve avaliar as instalações produtivas do fornecedor quanto ás condições mínimas de fabricar produtos de qualidade. Capacitação Gerencial e financeira- Verificar se o fornecedor dispõe de estrutura organizacional definida, com a cadeia decisória estruturada, possibilitando a identificação dos responsáveis pelas decisões. 9.3 Modelo de Avaliação de fornecedor 10. CONCLUSÃO No novo ambiente competitivo que se configura no mundo mais globalizado, a busca por uma posição única e sustentável, assim como a busca da maior eficácia operacional, através da logística e do gerenciamento da cadeia de abastecimento, fazem parte da estratégia de toda empresa que queira ser lucrativa a longo prazo. Esta mudança no ambiente empresarial nacional estabelece o imperativo para as empresas desenvolverem uma mentalidade competitiva, onde a meta principal deve ser obter um retorno superior dos investimentos a longo prazo. As organizações que conseguirem estabelecer um posicionamento para sua empresa e alinhar cada uma das atividades realizadas no processo logístico, baseado no conceito de custo total, criarão sistemas coesos difíceis de imitar e serão bem-sucedidas a longo prazo. 11. BIBLIOGRAFIA DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: Uma Abordagem Logística. São Paulo, Atlas, 1994. DIAS, Marco Aurélio P. Gerência de Materiais. São Paulo: Atlas, 1988. MARTINS, Petrônio G. e LAUGENI, Fernando P. Admisnitração da Produção. São Paulo: Saraiva, 1998. MESSIAS, Sérgio Bolsonaro. Manual de Admisnitração de Materiais. São Paulo: Atlas, 1989. MOREIRA, Daniel A. . Admisnitração da Produção e Operações. São Paulo: Pioneira, 1993. MOREIRA, Daniel A. .Introdução à Adminsitração da Produção e Operações. São Paulo: Pioneira, 1998. ----------------------- Relatório apresentado a POLI, como parte da avaliação do 1º Exercício Escolar da disciplina Administração, sob a orientação do Prof. Jurany Freitas. Ponderações Quesitos Peso Relativo PRODUTO Custo 10 Qualidade 14 Embalagem 7 Garantia 4 SERVIÇOS Pontualidade na entrega 10 Presteza no atendimento 5 Cortesia no relacionamento 2 Qualidade na expedição e transporte 3 Assistência técnica pós-venda 5 ENGENHARIA Pesquisa 2 Grau de inovação 9 Flexibilidade nas alterações 4 INSTALAÇÕES Equipamentos 9 Prédios 3 Adequação do layout 3 ADMINISTRAÇÂO/FINANÇAS Relações humanas – ambiente de trabalho 5 Relacionamento comercial com clientes 3 Capacidade financeira 2