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Administração E Liderança

estudo biblico

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Ministério da Igreja IBADEP Instituto Bíblico da Assembléia de Deus Ensino e pesquisa IBADEP IBADEP - Instituto Bíblico da Assembléia de Deus Ensino e Pesquisa Av. Brasil, S/N° - Eletrosul - Cx. Postal 248 85980-000 - Guaíra - PR Fone/Fax: (44) 3642-2581 / 3642-6961 / 3642-5431 E-mail: íbadep a ibadep.com Site: www.ibadep.com Aluno(a):............................................................................ DIGITALIZAÇÃO ESDRAS DIGITAL E PASTOR DIGITAL AEADEPAR - Associação Educacional das Assembléias de Deus no Estado do Paraná IB A D E P - Ins tit uto B íbl ic o das A ss e m b lé ia s de Deus no E s ta d o do Par an á Av. Brasil, S/N° - Eletr osu l - Cx. Postal 248 8 59 8 0 -0 0 0 - Guaíra - PR Fo ne/Fax: (44) 3642-25 81 / 364 2-6961 / 3642-54 31 E-m ai l: ib a d e p @ ib a d e p .c o m Site: w w w .i b a d e p .c o m Administração e Liderança P e s q u is a d o e adaptado pe la E qu i pe Redato ri al para Curs o e xcl us iv o do 1BADEP - Ins tit uto Bíblico das Igrejas E v a ng é lic as A ss e m bl é ia s de Deus do Esta do do Paraná. C om aux ílio de ad aptação e e sb oç o de vários ensinadores. 4 a E di ção - Abril/2005 Todos os direitos reserv ad os ao IB A D E P Diretorias CIEADEP Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. José Pimentel de Carvalho - Presidente de Honra José Alves da Silva - Presidente Israel Sodré - I o Vice-Presidente Moisés Lacour - 2o Vice-Presidente Ival Theodoro da Silva - I o Secretário Carlos Soares - 2o Secretário Simão Bilek - I o Tesoureiro Mirislan Douglas Scheffel - 2o Tesoureiro A E A D E P A R - Conselho D eliberativo Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. José Alves da Silva - Presidente Ival Teodoro da Silva - Relator Israel Sodré - Membro Moisés Lacour - Membro Carlos Soares - Membro Simão Bilek - Membro Mirislan Douglas Scheffel - Membro Daniel Sales Acioli - Membro Jamerson Xavier de Souza - Membro A E A D E P A R - C onselho de A d m in istr a ç ã o Pr. Perci Fontoura - Presidente Pr. Robson José Brito - Vice-Presidente Ev. Gilmar Antonio de Andrade - I o Secretário Ev. Gessé da Silva dos Santos - 2o Secretário Pr. José Polini - I o Tesoureiro Ev. Darlan Nylton Scheffel - 2o Tesoureiro IBAD EP Pr. Hércules Carvalho Denobi - Coord. Administrativo Pr. José Carlos Teodoro Delfino - Coord. Financeiro Cremos 1) E m um só Deus, et er n am e n te su bsistente em três pessoas: O Pai, Filho e o Espíri to Santo. (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29). 2) Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé n o rm a ti v a para a vida e o caráter cristão (2Tm 3.14-17). 3) Na concep ção virginal de Jesus, em sua morte vicária e ex piatória, em sua ressur reiç ão corporal dentre os mortos e sua asc ensão vitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9). 4) Na pe ca m in os id a de do h o m e m que o destituiu da glória de Deus, e que s om ent e o arr ep en dim en to e a fé na obra ex pi at ór ia e re de nt or a de Jesus Cristo é que pode res tau rá -l o a Deus (Rm 3.23 e At 3.19). 5) Na neces sidad e ab sol ut a do novo nasc ime nto pela fé em Cristo e pelo p o d e r atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para to rn ar o ho me m digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8). 6) No perdão dos pe cados, na salvação presente e pe rfeita e na eterna j u s ti fi c a ç ã o da alma recebid os gra tuitam en te de Deu s pela fé no sacrifício efetuad o por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9). 7) No ba tismo bíblico e fe tua do por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Es pírito Santo, c onf orm e det er mi nou o S e nh or Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl 2 . 12 ). 8) Na ne ce s si da de e na po ssi bi li da de que te m o s de viver vida santa me dia nt e a obra e xp ia t ó ri a e re de nto ra de Jesus no Calvário, através do pode r regenerador, in sp ir a d o r e sa n ti fic ad or do Espíri to Santo, que nos capac ita a viver co m o fiéis te st em un ha s do po de r de Cristo (Hb 9.14 e l P d 1.15). 9) No ba tis mo bíb lic o no Espírito Santo que nos é dado por Deus m e di a n te a int ercessão de Cristo, com a ev idênc ia inicial de falar em outras línguas, c onf orm e a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7). 10) Na at ual idade dos dons esp irituais dis tr ib u íd o s pelo Espírito San to à Igreja para sua edific açã o, c on fo rm e a sua so ber ana vontade ( I C o 12.1-12). 11) Na Se gu nd a V i n d a premilenial de Cristo, em duas fases distintas. Pr im e ir a - invisível ao mun do, para ar re ba ta r a sua Igreja fiel da terra, antes da Grande T ri bu la çã o; s egu nda - visível e corporal, c om sua Igreja glorificada, para rein ar sobre o mun d o dura nte mil anos ( l T s 4.16. 17; I C o 15.5154; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14). 12) Que todos os cr istãos co m pa r ec e rã o ante o Tr ibu nal de Cristo, para receb er re c o m p e n s a dos seus feitos em favor da c au s a de Cristo na terra (2Co 5.10). 13) No ju í z o vin douro que re c o m p e n s a rá os fiéis e co nd en a rá os infiéis (Ap 20.11-15). 14) E na vida eter na de gozo e felic ida de para os fiéis e de tristeza e to rm en to para os infiéis (Mt 25.46). Metodologia de Estudo Pa ra obter um bom ap ro v e ita m en to , o aluno deve estar c on sci en te do porqu ê da sua dedi caç ão de tempo e e sf or ço no afã de galgar um degrau a mais em sua for mação. Le m br e -s e que você é o autor de sua história e que é neces sár io atualizar-se. D e s e n v o lv a sua c ap ac idade de raciocínio e de solução de problemas, bem com o se integre na p ro b le m á ti c a atual, para que possa vir a ser um el emento útil a si m e sm o e à Igreja em que está inserido. C onsc ie nt e desta realidade, não apenas acu mu le c onte údos visando prepar ar- se para provas ou tr abalhos por fazer. Tente seguir o roteiro sugerido abaixo e c o m p ro v e os resultados: 1. Devo cion al: a) Faç a u m a oração de a gr ad eci me nt o a Deus pela sua salvação e por pro porc io na r-l he a oport u n i d a d e de est ud ar a sua Palavra, para assim ga nha r almas para o Reino de Deus; b) C o m a sua hum ildade e oração, Deus irá iluminar e di re c io na r suas faculd ade s me nta is através do E sp íri to vSanto, d e sv e nda nd o mistérios contidos em sua Palavra; c) Para m e lh o r aprove itam ent o do estudo, temos que ser organiz ado s, ler com prec isão as lições, m e di ta r c om atenção os conteúdos. 2. Local de estudo: Vo c ê p re cisa dispor de um lugar próprio para est uda r em casa. Ele deve ser: a) Bem arejado e com boa il um ina ção prefe rên cia , que a luz venh a da esquerda); (de b) Isolado da circ ula çã o de pess oa s; c) Longe de sons de rádio, tele vis ão e conversas. Disp osi çã o: Tu do o que fa z em o s por op ç ão alcança bons resultados. Po r isso ad qu ira o hábito de estudar volu n ta ria m e nte , sem im posi ç ões . C o ns ci en tiz e- se da im p o r tâ n c ia dos itens abaixo: a) E s ta b el ec er um horário de estudo extra clas se, di vi di nd o- se entre as dis ci plin as do cu rrículo (disp en se mais te mp o às maté ria s em que tiver m ai or dif iculdade); b) Reservar, d ia ria m e nte , a lgu m tempo para de sc an so e lazer. Ass im , q u a n d o estudar, estará de sli gad o de outras ativid ad es; c) C oncen tra r- se no que está fazendo; d) A do tar uma co rre ta p os tu ra (sentar-se à mesa, tronc o ereto), para ev ita r o c ans aço físico; e) Não pa ssar para outra lição antes de d om in a r bem o que estiv er e st udan do; f) Não ab usar das c a p a c id ad e s físicas e mentais. Q ua ndo pe rc ebe r que está c an s a do e o estudo não alcança mais um bom r e nd im e nto , faça uma pausa para descansar. A pr o v e it a m e n t o das aulas: C ada dis ci plin a a pre sen ta car acterísticas próp rias, e nv o lv e n d o diferentes co m po rta m e nto s: racio cínio, analogia, int er pre ta ção , ap licação ou si m p le sm e n te ha bil ida des motoras. Todas , no entanto, e x ig em sua pa rti cipação ativa. alcançar me lho r ap ro ve ita m en to , procure: Para a) C o la b o ra r para a m a nut en ção da d is ci pl in a na sala-de-aula; b) Parti cip ar a ti va m en te das aulas, dando c ola bor açõ es e sp o n tâ n e as e pe rg unta ndo qua ndo algo não lhe ficar be m claro; c) A no ta r as ob ser va çõ es c o m p le m en ta re s m on ito r em cadern o apropriado. do d) An otar datas de prova s ou entrega de trabalhos. Estud o extraclasse: O b se rv a nd o as dicas dos itens 1 e 2, você deve: a) Faz er dia ria m e nte as tarefas propostas; b) Reve r os co nt eú d os do dia; c) Pr ep a ra r as aulas da semana seguinte. Se c ons tata r al guma dúvida, anote-a, e apre sen ta ao mon itor na aula seguinte. Procure não d e ix ar suas dúvidas se acum ule m. d) Materiais que poderão ajudá-lo: ■ Mais que uma versão ou tradução da Bíblia Sagrada; ■ Atlas Bíblico; ■ D ic io ná r io Bíblico; ■ En c ic lo p é d ia Bíblica; ■ Livros de Histórias Gerais e Bíblicas; • ■ Um bom dic ionário de Português; ■ Livros e apostilas assunto. que tratem do m esm o e) Se o e stu do for em grupo, ten ha sem pr e em mente: ■ A ne ce s si da de pessoal; de dar a sua c ol abo ra çã o * O direito de todos os in te gr an te s opinarem. C om o ob te r m e lh or ap ro v e it am en to em avaliações: a) R ev i se toda a ma téria antes da av aliação; b) P e r m a n e ç a cal m o e seguro (você estud ou! ); c) C o n c e n tr e -s e no que está fazen do; d) Não te nh a pressa; e) Leia a te nt am e nt e todas as quest õe s; f) R e s o lv a prim eir o as que stõ es ma is acessíveis; g) H a v e n d o tempo, re vise tudo antes de e ntre gar a prova. B o m D ese mp en ho! Currículo de Matérias > E du c a çã o Geral 03 H is tór ia da Igreja 09 Ed u ca ção Cristã n/ 03 G eo grafi a B í b l i c a ' / > M ini st ério da Igreja CU Ética Cristã / T e o lo g ia do Obreiro 0 9 H om il é ti c a / H e r m e n ê u t i c a 1^-/ 09 F a m íli a Cristã ^ 0 3 A dm in is tra ç ão E c le si ás ti c a s / > Te olo gia , 09 B i b l i o l o g i a x / CQ A Trindade 0 3 Anjos, Ho me m, P ec ado e Salvação 03 He resi o lo g ia 03 Ec le si olo gia / M is s io lo gia J > Bíblia 03 Pentateuco CQ Livros Históricos 03 Livros Poéticos 03 Profetas Maiores 03 Profetas Menor es 03 Os Ev an ge lho s / Atos 09 Epí stolas Pauli na s / Gerais d A pocalipse / E s c at ol ogia Abreviaturas a.C. - antes de Cristo. ARA - A lm e id a Rev is ta e A tua lizada ARC - A lm e id a Revi sta e Corrida AT - Antigo T e s ta m e n to BV - Bíblia Viva BLH - Bíb lia na Li ngu ag e m de Hoje c. - Cerca de, a p r oxim a dam en te , cap. - capítulo; caps. - capítulos, cf. - confere, com par e. d.C. - depois de Cristo. e.g. - por exem pl o. Fig. - Fig urado. fig. - figurado; figurad am en te, gr. - grego hb. - hebraico i.e. - isto é. IBB - Im p r en s a B íb lic a Brasileira Km - S ím bo lo de quilo me tro lit. - literal, literalmente. LXX S e p tu a g in ta (versão grega do Antigo T e st am ent o) m - Sím bo lo de metro. MSS - m a n us c ri to s NT - N ovo T e s ta m e n to NVI - N ova V e rs ã o Internacional p. - página. ref. - referência; refs. - referências ss. - e os seg uin tes (isto é, os ve rsículos c o n se c utiv os de um c apí tu lo até o seu final. Por e xem pl o: I P e 2.1ss, significa IP e 2.1-25). séc. - século (s). v. - versículo; vv. - versículos. ver - veja s índice Lição 1 - A I g r e j a ................................................................. 15 Lição 2 - Organização da I g r e j a ........................................ 41 Lição 3 - A Administra ção da I g r e j a .............................. 67 Liçã o 4 - 0 L í d e r ...................................................................99 Li ção 5 - A L i d e r a n ç a .................................................... 125 R ef er ên c ia s B i b l i o g r á f i c a s ............................................ 151 Lição 1 A Igreja Na ling ua ge m co mu m, o vocábulo Igreja tem um significado muito amplo. É aplicado ao e di fí c io em que se realiza o culto cristão; a uma c o n g re g aç ão de adoradores crentes; a um e sta bel eci me nt o religioso; a de ter mi na do tipo de ord em eclesiástica; ao c on ju n to de todos os crentes em Cristo, e a um grupo local de discípulos cristãos assoc iados num pacto com prop ós itos religiosos. Este último si gnifi ca do é o c o m um e nte en co n tr ad o no N ovo Te stam ento. O vocáb ulo 7 ‘igrej l u / - ^ n i - d j í pa lavra g r e g a i e kk le si c r j que si gnifica j^chamado para f o r a gi) ue k ” para fora, e “k l e s i s ” , chamad o. Entre os gregos, o termo de sig na va um grupo de pessoas dotad as do privi légio e c id a d a n ia inc um bid os de certas funções públicas ad mi nis tra tiv a s importantes, c on v o c a d o , ou ch am ad o para fora, dentre a massa c om um do povo. No N ovo Te s ta m en to , a “E k k l e s i a ” é um grupo de pessoas c ham a da s e separadas da mu lti dã o com um, em virtude de uma vocação divina, e sc ol h id a para serem santas, investidas nos pri vil ég io s e incu mbi da s dos dever es de cidad an ia no reino de Cristo. C on fo rm e o NT, uma Igreja cristã é um grupo de pessoas div in a m e n te ch amadas e s ep arad as do mundo, batizadas sob prof issão de sua fé em Cristo, 15 unidas em aliança para o culto e o serviço cristão, sob su pr em a a ut ori da de de Cristo, cuja Pa la v ra é sua única lei e regra de vida em todas as que stões de fé e prática religiosa. A Igreja é a represe nta nte de De us na terra; é o corp o de Cristo e o meio através do qual Ele se ex pre ss a ao mundo. É o único órgão de rede nçã o que Deus tem no mundo. A Igreja é um or gani sm o divino (o Corpo de Cristo) em me io a am biente estranho. O que é, ou não é a Igreja! ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ " ■ " A Igreja não é um edifício material - hierosulos', A Igreja não é uma deno min açã o; A Igreja é o f unda m e nto de Cristo (Mt 16.18); A Igreja não é um e m pr e en dim en to nacionalista; A Igreja é o povo de Deus dentro da raça huma na (G1 3.28); A Igreja não é a c o nti nua ção do j u d a í s m o (Mt 9.16); A Igreja é o vinho da nova aliança em novos o d r e s 1; A Igreja não é o reino de Deus. “O reino de Deus é mais am plo que a Igreja e en v o lv em o universo, as h o s t e s 2 angelicais bem com o os santos do Antigo T e s t a m e n t o ” ; A Igreja não é um plano paren téti co de Deus; A Igreja é o fruto da vontade de Deus (Ef 1.2-11); A Igreja é o eterno pro pósi to de Deus (Rm 8.2630); p ro pó s ito de Deus define-se assim: • D e fin id o em vista (Ef 3.11). 1 S a co fei to de p ele e d e s t i n a d o ao t r a n s p o r t e de l íq ui d os ; 2 T r o p a ; e x ér c i t o . 16 • No grego p r o t i t h e m a i : c oloc ar diante de; expor; pr in c ip a lm e n te para ser c on tem pl ad o (Ef 3.11). ■ A Igreja é o mistério de Deus (Dt 29.29); * A Igre ja é a Nação Santa ( I P e 2.9); ■ As e t n i a s 1 na raça hu ma na, ju de us, gentios, e a Igreja de Deus; ■ A Igreja é uma frat e rn id a de ( K o y n o n i a ). P r o p ó s i t o d e D eu s p a r a c o m a I g r e j a . Em Efésios 3.10,11 diz: “Para que agora, pela igreja, a m u lti f o rm e sab ed ori a de Deus seja c on h e c id a dos prin c ip a do s e potestades nos céus, segundo o eterno pro pós ito que fez em Cristo Jesus nosso S e n h o r ” . O prop ós ito de Deus com a Igreja é sem dúvida, a pregação do E v a ng e lh o a toda cri at ura ao redor do mundo. Ela é a grande agência do reino de Deus aqui na Terra; é in c u m b id a de levar os pecadores a Cristo. E a de posit ári a da impo rt ant e m e n sa g e m que este mu n do j a m a is ouviu. A Ig r e ja Universal. E o conjun to de todos os salvos em todas as épocas e lugares. É a Igreja de Cristo in de pen de de den om in a çã o, núme ro de m e m bro s ou abran gên ci a territorial. Falando no sentido de no mi na cio na l dizemos que há de no mi naçõ es com pouco s m e mb ros da Igreja Universal, porque vive m com o não salvos. Ser me mbro da Igreja Universal não quer di z er somen te ser me mb ro 1 População ou g ru p o social que apresenta r e l a t i va h o m o g e n e i d a d e cu l tu ra l e l i n g ü í s ti c a, c o m p a r t i l h a n d o h i st ó r i a e o r i g e m co mu ns . 17 de uma Igreja local; ne m se é me mbr o de ss a Igreja por tocar ou cant ar no coro ou por faz er qu a lq u e r outro serviço, mas para isso é preciso ser no va criatura, uma criatura nasc ida de novo; caso contrário, não subirá com o Se n h o r na sua vinda. Se não n a sc e r de novo e viver de acordo co m os ensinos bíblicos não é me mbr o da Igreja de Cristo no sentido real. A salvação não é privi légio de n e nhu m a de no mi na çã o; alguns pre te ns io s a m en te afir ma m, mas estão en ganados! Jesus não fun d ou n e nhu m a d e nom in a çã o, o que ele fundou e in a ug ur ou no dia de Pente cos te s foi a sua Igreja, verdadeira, im a c ul ad a e c om pr a da por seu sangu e de rra m a do na cruz. A V e rd ad e ira Igreja de Cristo é aq uela que o serve em novida de de vida e pau ta o viver cristão pelos en sinos sagrados. > Asp ec tos dentro do co nceito de Igreja Universal: ■ Ig reja I n v i s í v e l : São os fiéis no Senhor, aqueles que estão den tro da Igreja visível. ■ Igreja O r g a n i s m o : C om o org an is mo , é uma c o m u n id a d e de crentes unidos em Cristo pelo Espí ri to Santo; dotad a de dons e min is tério s para a per fe iç oa m e nt o dos santos (Ef 4.11- 16); a Igreja o rg a nis m o precede a Igreja org an ização. ■ Igreja M i l i t a n t e : É a c o m u n id a d e cris tã que pere gri na em direção ao de sc a nso eterno, revestid a pela a rm ad ur a de Deus para vence r o inferno (Mt 16.18). Esta luta co ntr a as hostes do ma ligno , c ont ra o pecado, que é c o m p ro m e ti d a com a pr e ga ção do Ev a ng e lh o de Cristo, a fim de promover a salvação dos pecadores. R ep r es e n ta d a por todas as igrejas locais: min istro s, m em br os, que gu ard am a unidade do Es pírito Santo pelo vínculo da paz (Ef 4.3-16). 18 ■ Ig reja T r i u n f a n t e : É o grupo inc ontável de cristãos que estão nos céus, arreb at ada pelo Seu Se nh or e Salva dor Jesus Cristo, é a Igreja livre da ação do pecado, reina nd o com Cristo, é a m e sm a Igreja Universal do mund o inteiro, agora unida com Cristo nas Bodas do Cordeiro, depois de trocar a espada pela pa lm a da vitória, as lágrimas pelos cânticos, e a cruz pela coroa. ■ Asp ect o Inclusivo da I g r e j a : A Igreja é c o m p o st a de pessoas de todas as raças, tribos, línguas e nações! A Ig reja Local. R epr ese nta uma parte pe q uen a da Igreja Universal. É form ada pelo conj unto de salvos por Cristo de um deter min ad o local, cidade, distrito ou munic ípio. Den tro do aspecto geral a Igreja é um grupo unido no m esm o propósito e fé, um corpo c oo per and o com outros de semelhante natureza. Um estudo do N ovo Te s ta m e n to de mo nst ra c lar am e nte que a Igreja local tem uma impo rt ânc ia s u p e r l a t i v a 1. A Igreja local é uma célula viva do corpo de Cristo, atuando na c om unid a de onde está situada. Não de vem os limitar este co n ce ito à reunião dos crentes no prédio da Igreja. A Igreja Pri mi tiv a se re unia para a adoração e edifica çã o, em diversos lugares, nas sinagogas, em edi fícios públicos ou dom icílios particulares. Portanto, não est a va m reunidos em um único lugar; os crentes ma n ti n h a m suu cond içã o de sal da terra e te stemunhas de Cris to na sociedade em que viviam. 1 Q u e e x p r i m e uma q u a l i d a d e em gr au mu i t o alto, ou no mais alto grau. 19 A Igreja local é u m a ex pre ssã o do corpo de Cristo na co m u n id a d e onde habita, e é ta m b é m o represe nta nte de Deus para e van g e liz ar e testific ar aos pecadores ness a região em particular. E ne ce s sá rio que haja uma Igreja e sta b e le c id a que possa e x p re ss a r a vontade e os propó sito s de Deus, co m p le ta n d o sua missão no mundo. Não se pode c on si de ra r c o m p le ta a obra de e van ge lis mo , c o nq ua nt o não haja igrejas estabelecidas. A Missão da Igreja Qual o p ro p ós ito de Deus ao m a n te r a Igreja no M undo? Qual sua fin al ida de ou missã o? A Bíblia ensin a que a Igreja está no mund o para uma missã o tríplice: p (1) A do r aç ão (glor ificação ao nome de Deus). A Igreja é um precioso tesouro de Deus na qual Ele se deleita. A ad oração é prec iosa para Deus. Eis a missã o da Igreja: ador ar e glorific ar a Deus em espírito e em verdade (At 13.13). 0 (2) Ed ifi ca çã o (a pe rfe iço am en to, fortal ec im en to, c res ci me nto dos salvos). Esta é uma missão q u a l i t a t i v a 1 que a Igreja tem para con sig o mesma. O ensino é a s a lv a g u a r d a 2 dos que são ganhos para Cristo. A te nd en do às necessidades do m e m b ro e, desta maneira, fortalecendo e ed ifi can do a Igreja (Ef 3.14-21; 4.1116; G1 4.19,20; Jo 17.15-23; IP e 3.15; 2Pe 3.18). 1 Q u e e x p r i m e ou d e t e r m i n a a(s) q u al i d a d e ( s ) . 2 P r o t e ç ã o e g a r a n t i a ( de d i r e i t o , de l i b e r d a d e , de s e g u r a n ç a ) c o n c e d i d a s p or a u t o r i d a d e ou i n s t it u i ç ã o a um i n d iv í d u o , a uma c o l e t i v i d a d e , a um e s ta t ut o. fi (3) E v a n g e l i z a ç ã o (testemunho). É a nu nc ia r o Ev a ng e lh o e o seu poder, a um en ta nd o o n úm e ro de salvos (At 1.8; M t 28.18-20; Lc 24.47). É ev id en te que a Igreja deve dar o m á x im o de imp ul so à parte evan ge lís tic a de sua missão. G a nh ar almas é a ma ior missão da Igreja, não é, to da via a única. Todo o bom trab al ho de e van ge liz aç ã o deve ter em mente a p re s er v a ç ão dos frutos e a t ra n s fo rm a ç ão desses frutos em ga nhad o re s de almas. A m e lh o r form a para isso, é a edific açã o, orga n iz aç ã o de igrejas respo nsá vei s, isto é, igrejas que c o n ti n u e m a ev ang e liz aç ã o (At 19.10). Paulo de m or ou -s e dois anos em Éf es o e todos os da Ásia ouv iram o Ev a n g e lh o , o que possib il ito u, po s ter ior me nte , João es c re v er as cartas às sete igrejas da Ásia. Aspecto Exclusivo da Igreja Os c o m po ne nt es de uma Igreja viva e bíblica deverão: * Te r c o n h e c im e n to ortodoxo, vivo e ex p er im en ta l de Seu salvador, a co m p a n h a d o de ve rdadeira c o n v ic ç ã o de pecado e sede de salvaç ão, sem co nfia r em seus próprios méritos e obras para salvar-se; ■ Te r fé, e deve ser c ar act er iz ada por uma entrega total a Cristo e firme cren ça no que a Bíblia revela; ■ Te r sua ação, co nduta e frutos p a u t a d o s 1 de ve rd a de ir a re g en era ção (Mt 7.20; G1 5.22). 1 R i s c a d o c o m t r a ç o s p a r a l el o s . R e l a c i o n a d o , a r r o l ad o . 21 Governo Eclesiástico Este é, sem dúvida, ass unto de grande i mp ort ân ci a, e deve ser tratado à luz da Bíblia. A falta de co n h ec im e n to do m od o de e xer ce r o governo da Igreja te m trazido sérios p ro bl e m a s, tanto a ela com o aos seus pastores. Há ministros que co pi am formas de governo m u n d a n a s para, através delas, g ove rn a re m a Igreja de D eus, isso nunca poderá dar bons resultados. A única f o r m a para dirigir e go ve rn a r a Igreja está na Bíblia, a P a la v ra de Deus. Jesus é o único legis lad or para a Igreja - não resta dúvid a de que Cristo é o ca be ç a da Igreja: não só no sentido de Igreja Univ er sal , mais tam b é m no de igrejas locais. Pela ressurr eição, Ele foi co nst it uíd o cabe ça da Igreja que é o Seu corpo: a ca be ç a é a parte su perior do cor po e é ela que governa. Assim é Cristo em re lação à Igreja (Ef 1.22; 4.15; 5.23; Cl 1.18; 2.10), por isso Ele é tam bé m o único le gi sl ad or para a Igreja. A n in gu é m cabe o direito de criar doutrinas, leis e do gm a s que não e ste ja m c la r am e nt e ex plícitas na Bíblia. > O governo da Igreja não é: ■ D e m oc r ac ia - gover no do povo (onde são coloca dos e tirados os gove rna nte s, e os elege por meio de votos, através de pro pa ganda, muitas vezes desonesta); ■ D ita d ur a - onde apenas um h om e m faz e desfaz tudo que quer, mas a Igreja de Cristo quem dirige é sua cabeça, que é Cristo. 22 > O gov erno da Igreja é: * > Te oc r át ic o - isto é, governo de Deus, onde o po de r e as leis em an a m de Deus: o en sin o é de Deus, a do utri na é de Deus e o seu có di go é a Bíblia, a Pa la vra de Deus. Os m in is tro s são eleitos por Deus e são dados à Igreja por Deus. Alguma s igrejas se j a c t a m de tere m o seu governo b a se a do no sistema de m ocr át ic o, mas nós da mo s graças a Deus pelo governo teocrático. Gove rno da I gre ja na terra. Na terra, De us usa os seus mi nis tro s, o qual escolhe e c ap ac ita com dons e os dá à Igreja, para governá-la. Tu do feito através de Cristo, o cab e ç a da Igreja. Os min is tro s ope ram com o po de r e na direção do Espírito Santo, que é o guia no gover no da Igreja. Na lis^a dos dons m ini st eria is está escrito que De us pôs governo na Igreja ( I C o 12.28; Rm 12.8). O go ve rno da igreja na terra é e x e c u ta d o pelo corpo de ministros. U m a igreja cristã é uma so ciedade com vida coletiva, org a n iz a d a de c o nfo rm id a de com algum plano definido, a da pta do a algum propós ito esta b e le c id o, que ela propõe realizar. Por conse guin te, con ta co m seus oficiais e ord e na nç a s, suas leis e re g ula me nt os, apropriados para a a dm in is tr a çã o de seu go ve rno e para o cu m p ri m e n to de seus propósitos. Ex is te m três formas especiais e larga men te diferentes de go ve rno eclesiástico, que tem obtido pr e va lênci a nas c om u n id a d e s cristãs através dos séculos passad os, e que c ont inu a sendo m a n ti d a com diferentes graus de sucesso, cada uma das quais reiv in dic an do ser a fo r m a original e primitiva. 23 Formas de Governo E p is c o p a l ou P r e lá ti c a. Fo r m a em que o poder de g o ve rn a r descansa nas mãos de prelados ou bispos dio c es a nos, e no clero mais alto; tal como sucede nas igrejas roman as, grega, an gli can a, e na maior parte das igrejas orientais. Os de fe ns or e s desta form a de gov erno de claram que Cristo, co mo o cabeça da Igreja, tenha confiado o co ntro le da Igreja na terra a uma ord e m de oficiais c h a m a d o s bispos que seriam os sucessores dos a pós tolos. É a s i l h u e t a 1 mais antiga de governo de Igreja local. Episcopal vem do termo grego “e p i s k o p o s ”, que si gnifica “ s u p e r v i s o r ” , a tradução mais freqü en te desse termo é “ b is p o ” ou “superintendente”. Pr e sb it e r ia n a ou O l i g á r q u i c a . F or m a em que o po de r de gove rn a r reside nas a ss em bl éi as, sínodos, pres bit éri os e sessões; é o que sucede na Igreja escocesa, luterana, e nas várias igrejas pres bit er ian as . Esse sist em a tem um co ntrole menos c e n tr aliz a do que o mode lo episc opa l confia na lider an ça de represen taçã o. Seus esc olhidos (g eral me nt e escolhidos por eleição) para ser re pr e se nta nt e s diante da Igreja lidera m nas atividades n or ma is da vida cristã (adoração, doutrina e admin is tra ção ). O perfil pre s bi te r ia no de co nstituição e cl es iás tic a deriva seu nome do mi nistério bíblico p r e s b u t e r o s (presbítero, ancião). N o rm a lm e n te na f or ma de governo pres biter iana , a Igreja é regida por níveis. 1 D e s e n h o r e p r e s e n t a t i v o do perfi l de uma p e s s o a ou o b j e t o , s e g u n d o os c o n t o r n o s q u e a sua s o m b r a p r o j et a . 24 C o n g r e g a c io n a l ou I n d e p e n d e n t e . f<\ 3 C om o o próp rio nome sugere seu e n fo q u e de autoridade recai sobre a cong re gaç ão, sobre o próp rio corpo local de crentes. Nesta fo rm a de gov e rn o a entidade pratica o a uto- gove rno , pois cada Igreja individual e local ad m in is tr a seu próp rio go ve rno med ia nte a voz da m a io ri a de seus memb ros ; é o que acontece entre os ba tistas, os c ong re ga c io na is , os indep end en te s, e alguns outros grupos ev an gél ic os . Esse sistema é o que dá mais aut ori da de para os m em bro s co mun s da Igreja. É o que mais se a p ro x im a da de m oc r ac ia pura. Nean de r, de sta c ad o historiador, diz a respeito do pe río do primitivo: “ As igrejas eram ensina da s a se go v e rn a re m por si m e s m a s ” . “ Os irm ãos e sco lh ia m seus pró pr ios oficiais dentre seu pró pr io n ú m e r o ” . “ No toc ant e à eleição de ofi ciais eclesiásticos, o p rin c íp io antigo c o nti nuou sendo seguido: o c o n s e n ti m e n to . da c o m u n id a d e era ne cessário para a va lid ad e de q u a lq u e r elei ção semelhante, e ca da m e m b ro tinha a lib e rd a de de oferecer razões por sua o p o s i ç ã o ” . M o sh ie m diz a respeito do pri m eir o século: “Naqueles tempo s prim iti vos , cada Igreja c ris tã era co mp ost a do povo, dos oficiais pres identes , e dos assistentes ou diáconos. Essas de vem ser as partes co mp onen te s de cada sociedade. A voz pri ncipal pe rtencia ao povo, ou seja, a todo o grupo de c r i s t ã o s ” . “O povo reunido, por c onseg uin te, el egia seus pró pr io s governantes e m e s t r e s ” . A respeito do segun do século, ele acrescenta: “U m pres iden te, ou bispo, pres ide sobre cada Igreja. Ele era cria do pelo voto c om um do p o v o ” . “Durante uma grande parte desse século, to da s as igrejas c onti nu a ra m sendo com o no princí pio , independentes umas das outras, cada Igreja era uma 25 espécie de p e quen a rep úblic a ind ep endente, go v e rn a n do -s e por suas próprias leis, bai xad as , ou pelo menos ap ro vad as pelo p o v o ” . Questionário ■ Ass ina le com “ X ” as al te rnativas corretas 1. “E k k l e s i a ”, deriva-se de uma pa lav ra grega a)IÃ1 Que significa “c ham ad os para f o r a ” b)l I Que significa “ch am ad os para d e n t r o ” c)l | Que significa “ch am a do s de f o r a ” d)| I Que significa “ch am a dos de d e n t r o ” 2. A m is são tríplice da Igreja a)| I A doç ão, edificação e b ) 0 A doração, edificação c)| | A doção , dedicação e d)l I Adora ção , dedicação aqui no m un d o é e va nge liz aç ã o e e v an g e li z aç ã o e va ng e liz aç ã o e juízo , 3. F o r m a de governo onde a a uto ri da de recai sobre a c on gre gaç ão , sobre o próprio corpo local de crentes a)l I Epi sco pal ou prelático b)| I Pr esb ite ria no ou oligár quico c)l I Ep is c op al e oligá rquico d ) 0 Cong regac ion al ou i n d e pe nde nt e ■ M ar q u e “ C ” para Certo e “E ” para Err ad o 4.|£l A Igreja é o f un da m e nt o de Cristo, o reino de Deus, um plano parentético do Pai 5 . E Igreja militante é a c o m u n id a d e cristã que p e re gri na em direção ao de sc an so eterno, revestida pela a rm a du ra de Deus para ven cer o inferno 26 Corpo Eclesial O pa drã o bíblico para e s c o lh a dos presbíteros e diá co no s nos foi dado pelo apóst ol o Paulo em IT im ó te o 3.1-13. Ha vi a presbíteros e d i á co no s na Igreja de Filipos, c onfo rm e Filipen se s 1.1. O apóstolo Paulo instruiu a Tito que c o nst it uís se pr e s bí te r os na Igreja de Cre ta (Tt 1.5; Cf. At 20.17-35). O corpo eclesial constitui ba si c a m e n t e de dois ofícios: (1) Pastor, M in is tr o, Anc ião, Pre sb íte ro, Bisp o. Os v oc áb ul os acima são e m p re g a d o s para designar o m e sm o ofício, pois si gnificam o f ic ia lm e nt e o m esm o (At 20.17 ,28 ; l T m 3.1; Tt 1.5-7). A p a la vr a “ pr e s b it é r io ” é e m p r e g a d a para desig na r o c o nj un to ou o corpo de past or es e de presb íteros que c o o p e r a m no governo da Igreja. Deve haver um corpo de pre sbíteros na Igreja local, pois as Escrituras se ref e re m ã ex ist ênc ia de pr e s bí ter os ou anciãos nas igrejas. Atos 14.23 diz assim: “E, pro m o v e n d o -l h e s em cada Igreja a ele iç ã o de presbíteros, depois de orar com jejuns, os e n c o m e n d a ra m ao Se n h o r em que haviam c r i d o ” . Ti ago 5.14,15 instrui que qu a n d o alguém adoece alguém, c h a m e m os presbíteros da Igreja para ungir com óleo. Paulo esc re veu a Ti móteo: “e de ve m ser con sid erad os me re ce do re s de do br ad a honra os presbíteros que pr e s id em bem, com e s p e c ia li d a d e os que se afa diga m na palav ra e no e n s in o ” ( l T m 5.17). A Tito, o apóst ol o r e c om en do u igualmente: “ ... para que... em cada cidade, co nsti tu íss e pre sb íter os, c on fo rm e te p r e s c r e v i ” (Tt 1.5). De Mil et o, Paulo 27 m an d o u c h a m a r os pres bít eros da Igreja de Éfeso (At 20.17). P o r essas pass ag ens , há a b u n d an te s precedentes bíblicos que auto riz am a e x is tê nc ia de pre sbíteros na Igreja. T a m b é m se pode rá ver, pelo e xa me das Esc rit ura s, que o presbítero é um ob re iro que exerce um m in is té rio do Evangelho. Pedro escreveu: “ Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero co mo eles... pastoreai o reba nho de Deus que há entre vós... Ora, logo que o Su pre mo Pa s to r se ma nifestar, re cebereis a i m a r c e s c í v e l 1 coroa de gló ri a ” ( I P e 5.1-4). Não há dúv ida que Pedro foi pre g a dor e a póst ol o da mais alta ordem. Ele instruía aos min istros que c ui da s s em do rebanho. T a m b é m afirmou ser ele mesm o um “p r e s b í t e r o ” que ex ortava os outros pres bíteros. Assim sendo, co n cl u í m o s que um pre sb ítero ou um ancião exerce um ministério. Q ua nd o João escr ev eu a se gu nd a e terceira epístolas, a si mesmo desi gnou-s e de “ p r e s b ít e r o ” ,(2Jo 1; 3Jo 1). Com referê ncia aos pre sb íter os, em Atos 11.30; 15.2,4,6,22,23; - 16.4; 20.1 7,28 e 21.18, e pa rt ic u la rm e n te nos trechos de Tito 1.5,7, é evidente que os voc ábu los “pr e s b ít e r o ” (ancião) e “b i s p o ” (su pe rvi so r) são sinônimos, e que a mb os se referem a home ns consa gra do s, a líderes oficiais das igrejas. Parece claro que a palavra “p r e s b í t e r o ” se refere ao ho me m em sua exper iên ci a esp iritu al, e que o termo “ b i s p o ” a seu cuidado. A conclus ão a que se pode chegar, baseada nos pará grafo s acima, portanto, é a seguinte: nas igrejas cristãs prim itivas havia plura lid ad e de presb ítero s ou anciãos. N outras palavras, cada Igreja tinha certo núme ro de homens c onsa gra dos que servia 1 Q u e não m u r c h a . I n co r r u p t í v e l , in a lt e rá v el . 28 com o pastores. Nos dias dos apóstolos Paulo e Pedro, o Nov o T e s ta m e n to aind a não estava c om ple to, pelo que não havia ta m b é m padrões fixos a seguir, atra vés dos quais fossem re so lvi das todas as questões. A Igreja de Cristo est av a pa ssa nd o pelo processo de recebei' a re velação total da parte de Deus. A fim de s alva gua rd a r a verdade e re s gu ar dá -l a das “ in te rp reta çõ es pa rt ic u la re s ” (ver 2Pe 1.20), foi plano de D eu s que houvesse, em cada ag ru pa m en to evang élic o, um corpo de homens dirig ido s pelo Es pírito Santo, que p ude ss e m c om par ar entre si suas impres sõe s divinas, de fin in do ju n to o p e n s a m e n to e a mente de Deus no toc an te à Sua verdade re la tiv a às igrejas. Ig u alme nt e, nesse períod o f or m at iv o, a questão de al guém ser um pastor era algo in te ir a m e nte novo para todos, ha ven do ne ces sid ad e do s ur gim e nt o e aper fe iç oa m e nto de muitos obreiros dessa categoria, med ia nte pad rão de vida conveniente. Através da associação uns com os outros, c om p a r ti lh a v a m eles o minist éri o das igrejas primitivas, e e st a v a m assim c apa ci tad os a o b s e r v a r as práticas uns dos outros, a p ren den do m u t u a m e n t e da e xper iê nc ia coletiva. Isso de se nvo lve u com p r e s t e z a 1 aqueles líderes das igrejas que, i nd ub it a ve lm e nte , foram capaz es de as s um ir maiores r e s po nsa bil id a des , como a tarefa de e st ab elece r novas igrejas e treinar novos pr esbítero s ou anciãos. Mas, que havia certa dis tin ção nas fileiras desses pres bít ero s pa rece ficar en ten di do em I T im ó te o 5.17, onde lemos que alguns labora vam na P a la v ra e no ensino. Isso in dic a ria que esses tinham uma c ap ac id ad e maior, en qu an to que outros eram m en os capac itados. Alguns talvez se o c up as s em no c ui dad o dos pobr es , na 1 L i g e i r e z a , p r o n t i d ã o . R a p i d e z , a gi li da de . 29 m ú s ic a ou na visitação pess oa l e funç õe s pastorais s em el han te s. Esses homens eram a poiad os e estimados pela Igreja, con forme IT i m ó t e o 5.17,18, onde a T i m ó te o é rel embrado que o obreiro é digno do seu salário. Igualmente os pres bít er os ou anciãos podem servir em outras funções espi ri tua is, até m esm o como re s p o n sá v ei s por co ng regaçõ es ou igrejas, estando c ap a c it ad o s a exer cer em e v e n tu a lm e n te o ministério de pastor. (2) D iá c o n o s . Os primeiros di áco no s fo ram escolhidos pelos crentes, segundo está regis tra do em Atos 6.1-7, para a te nd e r aos interesses te mp ora is da Igreja. D iá c o n o significa “ ministro ou s e r v o ” . Participação do Membro no Governo da Igreja Não resta dúv ida de que os m e mb ros devem p a rt ic ip a r do governo da Igreja. M e s m o sendo uma te ocracia, como j á foi dito, a Igreja não pode deixar de ter a pa rticipação, e m b o ra relativa, dos que a ela perte nce m. A relação de pa rti c ip a çã o do povo no go ve rn o da Igreja deve ser opera do pelo menos em três sentidos: (1) C oop er and o. A fim que os g ov er na nte s tenham c ond içõ es de de se m p e n h a r as suas funções sem embaraço. Essa c o o pe r aç ão é ex tens a e com eça com a contri bui çã o com os dízimos e as ofertas, a fim de que não venha faltar o necessá rio à m a nute nçã o da obra em todas as suas áreas de ação, desd e o sustento dos obreiros à c on str uçã o de te mplos e a ma nu te nç ã o do patri môn io. 30 (2) A p o ia n d o as D e cis õ es. A poi an do as d eci sõ es e de ter m in a çõ e s do m ini st ério que da parte de Deus lhe são r e c o m en da da s, c um pr in do tudo com alegria, e sp e c ia lm e n te no sentido da c on ser va ção da doutrina, como p od e m o s ob ser var fazi am os irmãos na igreja prim iti va (At 15.28-31). (3) R e c o n h e c e n d o que p ro vé m de Deus. O M ini st ér io da Igreja é dado por Deus e é uma vocação celes tial; não se trata de prof iss ão de c aráter social, de um emp rego, e m b o ra tenham os min istros direito a sustento. Por isso de vem ser o b e dec id os c om alegria (Hb 13.17). Não ha vendo o be di ên ci a, a partic ipa ção perde o sentido e a razão de ser. Filiação O ingre sso na Igreja Universal é pela ex per iê nc ia de salvaç ão e não pelo ba tismo em água. Todav ia, tornar-se m e m br o da organização, da Igreja local, através do ba tis m o em água, que nada mais é do que o te st em un ho pú bli co e externo da deci sã o de c on tin u a r segui ndo a Jesus, iden tif ic an do-s e com Ele e com o Seu povo na terra. F or ma s de to r na r -s e me mb ro. Na era ap ostól ica, qua ndo havia apenas “ um só Senhor, uma só fé, um só b a ti s m o ” , e não ex ist ia m d en om in açõ es co m suas div ergências, o ba tis mo do con vertid o por si, o co nst it uía me mbr o da Igreja, o ut org an do-lh e im e dia ta m en te , todos os direitos e privilégios de m e m b ro em plena comu nhã o. Ness e sentido, “ o ba tis mo era a porta de entrada na Igreja l o c a l” . 31 A tu al me nte , a situação é difer en te ; e ainda que as igrejas de sejem receber novos m e m b ro s , são precav ida s e caute losas para re ceb ere m pessoas que não viva m em co n fo rm id a d e com os padrõe s bíblicos. > Assim, se aceita um me mb ro na Igreja: 1) Pelo ba ti sm o (Mt 28.19; At 2.38). É necessário que seja d e v id a m e n te casado ( I C o 7.2,10,11; Hb 13.4) ou solteiro, e que tenha e x p e r im e n t a d o a salvação pela fé em Jesus. 2) Por carta de trans fe rên ci a. Q u a ndo e xp ed id a por Igreja da me sm a fé e ordem. 3) Po r ac la m aç ã o. Ap lic a- se a várias situações. To da s, porém, ex ig em que a Igreja que receberá o m e m b ro j á o tenha ob ser vad o e co ns id e ra do positivo o seu m odo de viver. Pes soa s receb ida s de outros grupos rel igi os os devem ser obs er va da s cu ida do sa me nte , a fim de desco brir em se de fe nd em doutrinas co ntrárias às dou tri nas bíblicas que esp os am os. De ve haver e nt en di m en to be m definido acerca do sustento da Igreja, pelo m e m b ro a ser recebido, pois é possível que não se sinta responsável, quanto aos díz im os e ache que outros é que devem levar a carga financ eira da obra. O candi da to deve estar ci ente das norm as de santidade. De ve o pastor instruir os novo s membro s nas verdades ess en cia is para o d e s e n v o lv im e n to da Igreja; e som ente os que estão pl e n am en te doutri nados pode rão ser adm iti do s como me mbr os . 32 > A Igreja poderá receber, ta m b é m , por aclamação: a) M em br os evangélicas. b) M em br os de transferência. de or ga ni z aç õe s igrejas que não g e nu in am en te dão carta de c) M em bro s cujos d o c u m e n t o s foram extra viad os. > Além do que prescre ve o estat uto , deve o me mbro: » a) Consagrar-se; a b) Ap re nder a levar as almas a Cristo; c) Honrar, respeitar, s u st e n ta r a obra com díz im os ; A d) A ssistir aos cultos; e) Votar nas várias re uniões; f) Par ticipa r da Ceia; g) Visitar e ser visitado; ^ h) T o m ar parte nas a ti vid ad es da Igreja; <■ i) Ser separado, ev en tu a lm e n te , para obreiro local. > Perigos a serem evitados: a) Pensar o pastor s om ent e no número de membro s; b) Pensar demais em apoio financ eiro ou social; ( c) Ter na Igreja, co mo me mb ro s, pessoas que não ) qu erem se c o m p ro m e te r com o bom exemplo; / d) Ter na Igreja, co mo me mb ro s, pessoas que c rê em K em doutrinas diferentes; c) Aceitar com o m e m bro s pe ssoas que se s ep a ra ra m ^ br u sc ame nt e de suas igrejas originais. 33 Cartas Recomendação. Deve ser e x p ed id a apenas a m e m b ro s em c om un hã o com a Igreja e que farão uma viagem te m p o rá ri a a um ou mais lugares. A valid ad e da p rim eir a a pre sen tação é de 30 dias. Cas o o m e m br o vá p e rm a n e c e r em lugar fixo, mais de 3 me ses , o ideal é levar carta de mudança. Mudança. A carta de m u d a n ç a é l e g a d a 1 a m e m b ro s em c om unhão c om a Igreja e que e st e ja m tra ns fer ind o resi dên ci a para outra localidade onde e x is t a Igreja da me sm a organiz açã o. Declaração. No caso de um me mbr o q u e re r trans ferir -s e para uma Igreja aceita com o evang élic a, mas que não seja da m e sm a fé e ordem, p ode m os dar-lhe uma declaração, d iz en do que foi membr o da Igreja de tanto a tanto, sendo, agora, desligado do rol de m e m b ro s a pedido. Apresentação. Ent re co ngr eg açõ es de um m e s m o c am p o ou muni cí pio po de -s e dar uma carta de ap res en ta ção . Pode ainda ser usada para pessoas que, de pa ss a g e m ou mud ança, são apenas co ngregados e não m em br os. Em todos os casos ver també m questã o de praz o, destino, portador. Antes de receber qua lq ue r p e ss oa de outra Igreja, é bom c onsu lt ar o pastor ou r e s p on sá ve l de sua 1Repassada, passada. 34 Igreja, pro cu ran do saber, se, na verdade, não ex ped e qu a lq u e r do c um en to para pessoas que m u d a m de organiz açã o, ou se a pe sso a não está do c u m e n t a d a por outros motivos. O tra ta me nto de qua lq ue r destes casos deve ser feito com sabedoria. As cartas de mud a nç a ou r e c o m en d a ç ão podem ser r e v o g a d a s 1 em q ua lq uer ocasião, antes de serem usadas, se, no e n te n d e r da Igreja, ho u ve r motivos suficientes para tal ação, co n fo rm e disp osi ti vos e s ta tu tá r io s 2. A Disciplina na Igreja A dis ci pl in a é uma benção, e uma n e c e s s id ade na Igreja (At 5.1-11; 2Ts 3.6-14; ^ n T > (J 6 . 17JJT^ IC o 5). Jesus falou sobre "a dis ci pli na (Mt 18.15-17). Deus é um Deus de ordem. C om o um pai dis ci pli na seus filhos na famíl ia (Hb 12.5-11), assim deve haver dis ci pli na na Igreja. Ap esa r da Igreja não ter co ndição de obri ga r a co nsc iê nc ia do me mb ro, ela tem de ju l g a r sobre a ob ser vaç ão dos ensinos bíb licos e cristãos por parte dos que a ela perte ncem . Sem dú vid a um dos fund am en tos da Igreja é a disciplina. N e n h u m a ins tit uiç ão tem co nd iç õe s de atingir os seus ob je tiv os se os m e m br os não o bed ece rem às disciplinas. > Para en sinar é preciso antes aprender. ^ Daí surge à n e ces sid ad e do ob reiro fre qü e n ta r re gu la rm e nte as Esco las Bíblicas, ler bons livros e estud ar a Bíblia, para ser um obreiro aprovado. 1 T o r n a r nulo, sem e fe i t o; f a z er q u e d e i x e de v i go r ar ; a n u la r , i n v a li d a r , r evocar . 2 R e l a t i v o a, ou c o n t i d o e m e s ta t u t o ( s ) . 35 O ob jetivo da dis ci pli na visa tanto pr ep ar ar bons cren tes com o bons obreiros. Pela leitura das epístolas de Paulo, nota-se que ele se dedicav a mais ao ensino que à pre gação, e até mesm o as suas m en sag en s eram saturadas de ensino. Salomão, por e xem pl o, maior sábio do seu tempo, porque recebeu sua sabedoria dir e ta m e n te de Deus, repartiu-a com todos os seus, e qua nd o foi visitado pela rainha de Sabá, o que mais a im pr es si on ou foi j u s t a m e n t e a dis ci pli na dos servidores de Sal omã o ( l R s 10.4,5). A disci plina pelo en sino é mais ef iciente que a correção. Assim, se o past or de seja ver uma Igreja bem disciplinada, a regra áurea é: “M an da estas coisas e e n s in a - a s ” ( l T m 4.11). > Prop ósito da disciplina. Principal objetivo da disci plina é tr a n s fo rm a r vidas e form ar caracteres. O e xem pl o é um fator impor tante na disciplina. O que ensin a precisa pri m ei ra m e nte dis cipli nar -s e a si mesmo, a fim de dar o exem pl o. Quem ensina, precisa viver o que fala. Jesus fez uso desse método de ensino, e foi isso que garantiu a sua autoridade. Ele c en s uro u os mestres fariseus porque ensi na va m, mas não praticavam. Por isso m e sm o não tinha m autoridade! “Não se deve c on sid erar a dis cipli na com caráter negativo, com o castigo por parte da Ig re ja ” . A discip lina tem car áter positivo: ■ C orrigi r uma má situação (2Co 7.9); > ■ Resta ura r o caído (G1 6.1; Mt 6.14,15); ■ M an te r o bom te st em u n h o da Igreja ( l T m 3.7); ■ Adv ertir os demais m e mb ros para que não se ' d e scu ide m ( I C o 5.6,7); 36 ■ A pe lar à c o n s c iê n c ia do of e ns or para que pense sobre sua conduta. > Mo tivos para disciplina. ■ C o n d u ta de so rd en a da ou de sa pr ov a da pela P a l a v r a \ y de Deus (2Ts 3.11-15); ■ I m or alid ad e ( I C o 5); n/ ■ Espírito co n te n c io s o , divis or (Rm 16.17,18; 2Co ’ 13.1; l T m 3.15,20); ■ Pr opaga ção 3.10,11); de falsas doutrinas, heresias (Tt ■ Filiaç ão à o r g a niz aç ã o ou Igreja inc om pa tív el com o cristia nis mo . > M éto do s do pro c e d im en t o na dis ci p lin a que Jesus ^ en sin ou em M at e u s 18.15-18. ■ N" m e d id a do possível, deve-se tratar o pro b le m a ^ entre as pe ssoas afetadas. ■ Duas ou três test emu nha s, v / ■ Não se a rre pen de nd o o ofensor, ou se o caso, to ma r p r o po r çõ e s e chegar ao c o n h e c im e n to de muitos, de ve- se levar a Igreja. ■ Caso se recuse hu m ild e m e nte a re c o n h e c e r sua falta, e a pe dir perdão, deve o ofe ns or ser de sli gad o do rol de memb ros (Mt 18.18; 2Ts 3.14; IC o 5.11). Arre pe nd en do-s e , que seja pe rdoado, se a falta não for tal que ex ija de sl ig am e n to imediato. ■ Se o caso for de flagrante esc â nd al o para a Igreja, ao ser c o m p ro v a d o , deve ser im e di a ta m en te desligado, tudo, porém com j us tiça. 37 / j ^ J > C aso s especiais de disci plina a pli cad a por muitos. Casos de perdão para pe ssoas que exercem cargos na igreja ou liderança. Ex : R eg e n te de coral ao se ar re p en d e r deve voltar i m e d ia ta m e n te a e x ercer a função? E neces sár io um te mp o de prova, no qual a pesso a tem de de mo nst rar a rre pe nd im en to . Pr ecisa-se dar tempo para que a Igreja veja o a rr e p e n d i m e n to e restab eleça a co nfiança. N unca se deve fa ci lit ar tanto a ponto de se p en sar que o pecado é coi sa tão simples que a Igreja nem seque r se incomoda. > A tit ud e do pastor frente di s c i p li n a do membro. ao p ro c e di m en to de ■ De v e min istrá-la com espírito de hum ild ad e e de a m o r (G1 6.1); ■ A disci plina não é um castigo, ela visa redim ir e restaurar; ■ Tu do o que tem espírito de r e p r e s á l i a 1 ou re v a nch e é carnal e dificulta a subm iss ão da pessoa; * O bom pastor dá a vida e deve esta r ansioso pela volta da ovelha que se perdeu. ■ A dis cipli na deve ser aplic ada impar ci al men te; ■ A dis ci pli na nunca deve se tr a n s fo rm a r em arma nas mãos do pastor ou dirigente, com o meio de im po r a sua própr ia vontade: N ada há mais re pro vá vel que a m ed r o nt ar membros com dis ci plin a para colocá-los na linha. Além do mais, pastor não é ditador. E, sim, um guia e ex em p l o do redil ( I P e 5.1-3). 1 D e s f o r r a , v i n g a n ç a , d e s p i q u e , d e s f o r ç o , r e ta l i a ç ã o . 38 Questionário ■ Assina le com “X ” as a lte rna ti vas corretas 6. Foram esc olh id os pelos crentes (segundo At 6.1-7), para atend er aos int ere sse s te mp ora is da Igreja a) 13 Os prim eir os diá con os b)| I Os prim eir os anciãos c)l I Os prim eir os presb ítero s d)| I Os prim eir os pastores 7. O ingresso na Igreja Unive rsal a)l I É pelo ba tis mo em água b ) 0 É pela e xp e r iê n c ia de salvação c)l I E pelo ba tis mo no Es pí ri to Santo d)l I E pelo c ada st ro no rol de m em bro s 8. Quanto aos perigos a ser em evitados pelo pastor, é incerto dizer que a)| I Não deve ele s o m en t e pe nsa r no n úm e ro de membros b)l I Deve nao pe ns a r d em ai s em apoio financ eir o ou social c ) @ Deve aceitar c o m o m e m bro s pe ssoas que se separaram b ru s c a m e n te de suas igrejas originais d)l I Não deve ter na Igreja, como me mb ro s, pessoas que crê em em doutrin as diferentes ■ Mar que “C ” para Certo e “E ” para Errado 9.|fc| A carta de a p re se nta çã o é p ass ad a aos m e m b ro s que estejam tra nsf e rin do para outra localidade 10.[£] O que en sin a pre c isa p ri m ei r am e nt e dis ci pli nar se a si me sm o, a fim de dar o e xem plo Lição 2 O rg an ização da Ig reja A o rg a ni z aç ã o da Igreja local é apresenta da, em sentido fig ur ado , na descrição que o apóst ol o Paulo faz de Cristo de qu em todo o corpo, be m ajustad o e co nso li da do, pelo auxílio de toda ju n ta , s eg undo a j u s t a coop era ção de ca da parte, efe tua o seu p ró pr io aumen to para a ed ifi c aç ã o de si m esm o em a m o r ” (Ef 4.16; 2.21). T r ata -s e s im ple sm e nte da inte gra ção de cada ju n ta e pa rte f o r m a n d o uma unida de, a fim de que, como c o nju nto c omp le to, tudo funci one com vida, eficiência e ha rmonia. > Os obje tiv os da organiz açã o eclesiástica. O pr o p ó s it o da org a niz aç ã o da Igreja é tríplice. sDj z J E m p r im e ir o lugar, tem que mo ld a r-s e à natureza de Deus. O Senh or Deus é mu ito ordeiro. Seu grande unive rso celestial m o v im e n ta - s e co m tal precisão que poss ib il it a aos a st rô nom os pr e v e re m o momento ex ato dos eclipses, o a p ar ec im e nto dos cometas e outros f e nôm e no s celestes. Deu s ins truiu os filhos de Israe! a se loc omo ve rem em de ter mi na d as fo rm açõ es, atendendo condições de pre ced ên ci a, e s ta be le c e nd o a posição exata de cada tribo no a ca m pa m en to , em relação ao labernáculo que fic a va no centro. 41 Quan do Cristo m ulti pl ic ou os pães para os cinco mil homens, orde nou que todos se asse ntassem em grupos de cem e de ci n q ü en t a (Mc 6.39,40). O própr io corpo humano é obra de Suas mãos, sendo uma m a r a v il h a de precisão e organização. A si ncr onização das batidas cardíacas com a funç ão res pir atóri a dos pulmões ; o pro ce sso digestivo e sua relação com o si stema ne rvoso e com todas as partes do corpo se ajustam na mais pe rfeita ordem e c oo pe ra ç ão , fun c io na nd o au to m á tic a e in v ol u nt a ri a m e nt e , tudo posto em m o v im e n to pela mão do ha bi lid os o Criador. Pode ria alguém d uvi da r da sabe doria de Deus em tão bem org a ni z ar e c o rr e la ci o n a r a Igreja, que é o corpo de Seu próp rio Filho, com a mais exata pr e c is ã o? C ertamente está em pe rfe ita ha rm on ia com o plano e os métodos de Deus, que a Sua Igreja, a mais s el e c io na da de toda a criação, ten ha pelo menos o m e s m j grau de ha rm onia e unidade, no seu modo de ser, co mo qua lqu er outra obra. Em segu ndo lugar, o prop ós ito de or ga niz aç ã o da Igreja local visa a pro v e r o m á xi m o de eficiência. Uma t u r b a 1 de dez mil pe ssoas poderia ser de rro ta da por cem soldados, med ia nte ordem e fo rm açã o técnica de ação. Do m e sm o modo, a Igreja local, per feita me nt e unida e onde cada qual ocupa o seu de vid o lugar (Mc 3.34), pode real iza r muito mais para Deus do que uma grande e d e so r g an iz a d a massa de crentes. Há muito trabalho a ser feito por este mundo afora. O b vi a m en te faz parte do bom senso alguém se p re pa rar para a re alização dessa tare fa da man eira mais e ficiente possível. 1 M u l t i d ã o e m d e s o r d e m. M u i ta s p e s s o a s r e u n i d a s ; povo. 42 Em terceir o lugar, o fim c o l i m a d o 1 por essa org an iz açã o da Igreja local é a sse gurar a p r o b i d a d e 2 em sua ad mi nis tra ção , j á que um pe queno grupo po de rá m o n o p o li z a r a po sse e os privi légios legais, se a Igreja local não for d e v id a m e n te organizada. Pode o c orre r algu ma pa rc ia li dad e na dis tri buiç ão das ta refas do ministé rio e das a ti vid ad es da ass embléia. Não ha v en d o registros nem qu a lq u e r sist em a de controle, po de rá oco rrer in jus tiç a no a te n d i m e n to aos m e m bro s como, por exem pl o, nos casos de visitação. > Org a ni z aç ão c o m p o s t a de regen erad os. 'Yv - V\ Ao p e nsa r-s e sobre a orga niz aç ã o de uma Igreja local, p re s su p õ e -s e a ex ist ên c ia de um gr upo de pe ssoas r e a lm en te n asc id as de novo. Esse é o único material com que se po de levan tar a Igreja local, pois não há outro fu n d a m e n to além daq uele que j á foi posto, a saber, Jes us Cris to ( I C o 3.11). A Igreja c o m p õ e - s e da queles que p e rt e n ce m ao reino espiritual (Mt 18.3; Jo 3.3). Q u a lq u e r outro material que não seja almas nasci da s do alto, será co mo madeira, feno e palha, que será c o n su m i d o pelo fogo, naquele dia ( I C o 3.12,13). Quão ins ens at o é o pa st or que edifica com ma terial perecível. > Argum en tos a fa vo r do rol de me mbros. C o n ta n d o co m o bom material, co m o j á de finimos, o pa st or pode lançar-se tr an qüilo na or ga niz açã o de uma Igreja local. O simples fato de co nse gui r uma a gl o m e ra ç ã o de pe ssoas para pre s ta r culto não si gnifica que esteja edi fic and o uma Igreja. D eve haver ato de in s tit uir e pôr em ordem a Igreja. O p rim ei ro pa sso em direção a torna r a Igreja 1 M i r a d o , v i sa d o, o b s e r v a d o . 2 I n t e g r i d a d e de c a r á t e r ; h o n r a d e z , p u n d o n o r . 43 local em um orga nis mo vivo, é re c o n h e c e r certo núm ero de memb ros , havendo fortes razões para a fo rm ula ç ã o de um rol de membros. Em pri m ei r o lugar, a n e ce s si d a d e instintiva de cada crente é de perte nce r a um lar espiritual. Tal com o a pessoa dese ja pos suir um iar e ali viver, assim também as novas criaturas em Cristo anela m por pertencer a uma Igreja que c o n s id e re m com o sua. Em q u a lq ue r obra org a niz ad a , há certa c on diç ão de estab ilidade que n a tu ra lm e nte atrai o povo, que não se arriscaria a associar-se a algo transitório. A fim de a ten de r a essa ne ces sid ad e e de c o n ta r com um lugar onde os crentes po s sa m sentir-se em casa, dandolhes a sati sfa ção de “ p e rt e n ce r” a essa casa, é m i s t e r 1 criar uma org an iz açã o c o m po st a de seus próprios membros. Outro motivo pelo qual deve hav er um a rr ol a m e nt o definido de me mbr os , é que isto é bíblico. Nos dias dos apóstolos e da Igreja Pr im iti va , consta que “ ... dos restantes, ning ué m o us av a ajuntar-se a eles; poré m o povo lhes tri butava grande admiração. E crescia mais e mais a multidã o de cre ntes, tanto home ns co m o mulheres, agregados ao S e n h o r ” (At 5.13,14). Dá a e nt end er que havia um arr o la m e nto bem como uma distinta linha de d e m ar ca ç ão entre os discí pulos e os infiéis. Por isso deve e xis ti r o rol de membro s, que evita p r o m i s c u id a d e 3 e co nfusão. Pod e- se perceber c lar am en te , em bom núme ro de pa ssagens, que se fazia a con tagem dos me m br os , e disso havia registros. No dia de Pe nt eco st es os irmãos eram 120 (At 1.15). Qua se três 1 P r e c i s o , n e c e s s á r i o ; u rgente. 2 L e v a n t a m e n t o , i n v en t á r i o, lista. 3 Q u a l i d a d e de p r o m í s c u o ; mi st ur a d e s o r d e n a d a e c on f us a. Dizse d e p e s s o a q u e se e nt r eg a s e x u a l m e n t e c om f a c i l i d ad e . 44 mil foram acres cen ta dos à Igreja naquele dia (At 2.41). Mais tarde o núme ro a u m e n t o u para cerca de cinco mil (At 4.4). As inscrições que c o nce rn e m à d is ci plin a de ix am claro que havia uma nítida linha de separa ção o lado em que se e n c o n tr a v a m os memb ros e o outro, onde p e rm a ne c ia m aq ueles que não podiam p a rt ic ip a r da c o m u n h ã o ( I C o 5.12,13). O apóstolo Paulo re c o m e n d o u que a c o n g re g aç ão em Corinto e x cl u í ss e de seu rol aquela pe sso a iníqua. Aqui temos uma s ituação dos que es ta va m “d e n t r o ” e dos que est a va m “fo r a ” , o que é possível s om en te com um rol de m em bro s. O próprio S e n h o r ins truiu que, após os passos pre limina res ap ro pr ia d os em direção à reco nci li açã o, se o irmão se m o s tr a ss e irr eco nciliável, de ver ia ser reputado c o m o gentio e pub licano (Mt 18.17). Isso o poria fora do p á l i o 1 da c o m u ni d a de, r e qu e re nd o que c om eç a ss e tudo de novo se de sej ass e yoltar a fazer parte da mesma. Essa e x ig ên c ia ta m b é m revela a vontade de Jesus, no sentido de que haja de fin iç ão exata sobre a si tuação dos crentes. Tito 3.10 orde na a rejeição do herege após a p rim eir a e se g u n d a advertência. C om o po deria haver a rejeiçã o se não houv ess e pelo me nos um grupo definido do qual pu de ss e ser e xcluí do? Veja tam bé m 2Te ssa lo n ic en se s 3.6,14,15. Ex iste ainda uma outra razão em favor do rol de me mb ro s. E lógico do po nto de vista de qu a lq u e r e mp re en di m en to . Q ua nd o pe sso as crentes f r eq üe nt a m uma Igreja e fazem in v e st im e n t o s nela como seu lar espiritual, ad quirem por ela um interesse maior. Cas o o templo seja de p ro pri ed a de de alguém (do pastor, por ex emplo), e esse alg uém mais tarde o vende e mu da -s e 1 Ma nt o, c ap a. para outra cidade, ent ão os que tiverem c o la b o r a d o ali sentirão que de uma hora para outra se viram desabrig ad os , e co mo neg ar que tais s en ti m en to s são perfe ita me nt e ju s to s? Dar aos crentes o direito de voto no con tro le da prop ri eda de da Igreja parece el ementar. Igu almente, supondo que a alguém seja dado o direito de votar, só por se achar pr es ent e a uma re união de me mbr os , equ ivale ria a dar a est ra nh os , ou àqueles que rarame nte freqüentam a Igreja e que não deviam c on st a r do rol, o direito de c on tr o la re m as pro pr iedades da Igreja tanto quanto os m e m br os ativos, os quais são fiéis em sua freqüê nci a e que ali r e a lm en te têm feito inv est im en to s. Isso seria uma in jus tiç a e ocasiona ria pro te st os jus tos . Ora, ambas as p o s si bi l id ad e s são ev itadas m e di a nt e o simples e x pe di e nte de ha ve r um rol de m e m bro s , e em que a posse da pr o p r ie d a d e tenha sido feita em nome da Igreja. Isso não é apenas sensato e e m in e n te m e n te ju sto, mas tam bé m desf ruta de apoio bíblico que confirm a esse princípio. Em R om an os 12.17 a co ns e lh a que façamos coisas direitas e honestas pera nte todos os homens. E 2C orí nti os 8.21 nos reco men da : “ ... pois o que nos pr eo cu pa é pr oc e d erm os h on e st a m e nt e , não só perante o Senhor, co mo tam bé m diante dos h o m e n s ” . > Norma s para tor nar-se membro. Antes que possa ser d e te r m in a d a e reco nhe ci da uma lista de memb ros da Igreja, é necessário re so lv er a questão das exigên ci as me di a nte as quais serão aceitos os membros. A questã o da aceitação ou rejeição de me mbros, ou seu de sl ig am e n to de finitivo, não pode ficar a critério pessoal do pastor ou de seus auxiliares diretos. Dev e ha ver uma nor ma escrita, ba sea da na 46 Pala v ra de D eu s, med ia nte a qual se ch eg ue a decis õe s imp arciais. N a ju s t i ç a secular a plic am - se as regras sem ol ha re m pe ssoa s; e por que não p r o c e d e r do m e sm o mo do em nosso meio? Só pode h av er c o n fi a n ça e s atisfação entre o povo, qua nd o há um e n te nd i m en to qua nto às qu a lif ic a çõ e s de c a n did a to s a membro s. Mas, se as regras forem m e ra m en t e “ s u b e n t e n d i d a s ” , darão ensejo a muit os de se nte n di m e nt os . N a d a m e lh or do que di sp or de um do c um en to de finido, s em pr e imparcial, j a m a is inf lu enc iá vel pelos a r gu m e nt os , e que possa p re s tar tr a n q ü il a m e n te o v e r e d i c t o 1 ad eq ua do a cada q ue stã o em debate. É mister, portanto, que haja um claro e n te n d i m e n to sobre o que está e n v o lv id o nas questões, e que isso seja registrado em li ngu a ge m si mples e c o n c i s a 2, sendo então a pr ova do pelo voto voluntário dos m e m b ro s da Igreja, ou pelos m e m b ro s oficiais que são por ela responsável. Isso p or á fim a toda a rg u m e n ta ç ã o e c ontri bu ir á para a ad mi nis tra ção h a r m o n io s a das at ividades da Igreja. A e xp er iê nc ia vital do no vo n a s c im e nto é im pr es ci n d ív el para que alguém se torne me mb ro de u m a __Igreja local (2Co 5.17). M as, dev erí am os co n te n t ar - n o s apenas com a m e ra c o nf is sã o de fé e a re ci taç ão da sentença: “Creio em Jesus Cristo como Filho de D e u s ? ” . M ui to s são os grupos que se têm asso ciad o à base de tão insu fic iente fu nda me nto . E tudo indica que ne ss e sc re b ajih os há muitos não j r e g e n e r a d o s y Dev eri a hav er algo de mais espec ífi co em m a té ri a de ex igências para que alguém se to rn a sse me mb ro. O Sen ho r nos ord e na nestes termos: “ Por isso, re tir a i- vo s do meio 1 J u í z o p r o n u n c i a d o em q u a l q u e r ma té ri a. 2 S u c i n t o , r e s u m i d o . P r e c i s o , exat o. 47 deles, s e pa ra i- vos ...” (2Co 6.17). E Ele ta m b é m nos instruiu~~como segue: “ Sede santos, porqu e eu sou s a n t o ” ( I P e 1.16). D iz -n o s ainda que “ Se a lguém amar o mundo, o amor do Pai não está ne le ” ( l J o 2.15). E tã mbem: “ Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas (certos pecados citados nos ve rsículos 3 à 5) vem a ira de Deus sobre os filhos da d e s o b e d i ê n c i a " (Ef 5.6). Que de ve m os fazer em face dessas E sc rit ura s? H a ver ía m os de aceitar em nossas igrejas, c om o membro s, aqueles que de m on st rar em a mo r ao m un d o ? Se a ira de D eu s rep ousa sobre os tais e se de m an ei ra âTgTímã~éntrárao no reino (G1 5.19-21), que direito temos nós de aceita-los na Igreja? Que c oe r ên c ia haveria nis to? Da parte de todo c an did at o a me m br o , de veria haver a d e cla ra ção de finida acerca da re nú nc ia ao pecado e às coisas do mundo, co m pTènà ^compreensão sobre este ponto. Se af ir m a rm os que a nossa doutrina é co rre ta e bíblica, e que temos ex per iê nc ia com Deus, então a co erê nc ia re q u e r que espere mo s dos m e m br os de nossas igrejas um alto padrão de vida e e xp e r iê n c ia espiritual. Mas, se nos sa Igreja não é dif erente das demais, nesse caso, por que ex ist imo s com o d e n o m in a ç ã o separada? Esse é um desafio direto. (O c r is tia nis m o em vários aspe ct os se acha dividido em muita s de n om in a çõ e s e seitas). A m en os que haja clara ju s ti fi c a ti v a para nos sa e xis t ên c ia separa da com o d e no m in a çã o, estamos c o n den a do s por estar au me nt an do o núme ro dessas divisões. N oss a próp ri a existência, como Igreja, exige que tenh amo s um padrão mais el evado de a c e it a ç ã o .d e membros;(ê^u g ^ q u è ^ h aja certas q u a li fi c ações') impo st as aos que que ira m tor nar-se m e m br os de nossas igrejas. Se a Igreja for pura e santa, g oz ar á da 48 aprov a çã o de D eu s e dos homens. O pe ca do cru cificou nosso Mestre. Este mundo vil é ini m ig o da graça de Deus. A Igreja está a c am in ho de uma pá tria santa e celestial, e nós ad oramos a um Deus santo. Isso torna necessá rio que os crentes se a p ro x im e m o mais possível do estad o “ sem m á cu la nem ruga, nem coisa semelh an te, mas antes, seja santa e sem defeito, como Igreja g l o r i o s a ” (Ef 5.27). D eu s derr am ar á Suas bênçã os sobre uma c o m u n h ã o limpa, de santos, e não sobre aqueles que aco lhe m o pe ca do e o m u n d a n is m o em seu meio. O povo, se m e lh a n te m e n te , aprecia a co er ên c ia de uma vida santa da parte daqueles que faz em tão vigorosa prof iss ão de fé. De sse modo as boc as serão fechadas e os c ora çõe s ficarão co nv en c id os da real ida de dessa m a ra vi lh os a salvação. A Diretoria É muito destac ado o lugar do corpo a d m in is tr a tiv o da Igreja local. A pós a esc o lh a dos p resb íteros e di áco no s é c o n ve ni e nte e bíblico que haja uma c o n sa g ra çã o pública desses irmãos. Ao serem se le c io nad o s os prim eiros diá con os , estes foram a pre sen tados aos apóstolos, os quais oraram e im p u s e ra m as mãos sobre eles (At 6.6). Isso dará aos presb íteros e di áco no s “c erto p r e s t í g io ” pera nte a Igreja, além de d e m onst ra r p u b li c a m e n te que o pastor os aceite sem restrições. O secretário da Igreja, esc olh ido pelo presb itério , é o guardião e res p on sá ve l por todos os do c u m en t o s im por tante s, atas, etc. Suge re -se que haja pelo m en os uma reuniã o mensal do presb itério , a não ser por m ot iv o de força maior. E ess a reuniã o deve ser le vada a efeito, quer haja assuntos de re le vân ci a a 49 I _______________________________________________________________ tratar, quer não. H av erá sempre n e ces sid ad e de c o m p a n h e ir i sm o e con selh o, e de um pe río do de oração fe rv or os a em favor do bem -es ta r espiritual de toda a Igreja. De ve m -s e lavrar atas c on tendo todas as m o ç õ e s 1 aprovad as em cada reunião. E seria co n ve ni e nte que o secretário lavrasse em ata os assuntos tratados, e se c heg ara m ou não à aprovação. Além da re união do presbitério é neces sár io que o pastor se re úna com as outras c omi ssõ e s da Igreja. Há os oficiais da E s c ol a D om in ic al com os quais terá de en trev istar-se, e deve estar pres ente às reuniõ es sem anais ou men sai s dos profes sores e obreiro s da E sc ola D om ini ca l. Se h o uv e r um grupo org a ni z ad o da moc ida de, o p a st o r será a u to m a tic a m e nt e m e m br o ex-ofício de sua diretoria. O past or não deve c on si de ra r que fazer-se pres ente a essas reuniões seja um privilégio, mas, sim, um dever. O pa sto r é o líder de cada de par tam en to, bem co mo da Igreja em geral. Seu intuito, ao fazer-se presen te a essas reuniões, é o de cont rib uir com seus c on sel h os e exer cer uma infl uên ci a benéfica, visando a pr im ora r o c o nh ec im e nt o dos crentes e a at ividade espiritual. Sua pres enç a não deve de form a alg uma a baf ar ou in tim id ar e nem tirar deles a re s po ns a bi lid a de no trabalho. O pa sto r deve dar valor à sab ed ori a e às opiniões deles, enco raja ndo suas iniciativas. Jam ai s deve pa ssar à frente desses subor din ad os, naqu ele s de talhes que são le git im am en te deles. Caso tenha qu a lq u e r sugestão a fazer, que o faça ao me mb ro encarr eg ad o, e este entre em con tato com os demais. 1 P r o p o s t a , e m uma q u e s t ã o , ou r e l a t i va a s s e m b l é i a ; p r o p os t a . assembléia, a qualquer 50 a c e r c a do e s t u d o d e uma i n c i d e n t e q u e s u r j a nessa Questionário ■ Assinale c om “ X ” as alternativas co rretas 1. O p ro pós ito da org a ni z aç ã o da Igreja é tríplice. Em prim eiro lugar a ) @ Tem que m o ld a r - s e à nat ure za de Deus b)| | Visa p ro v e r o m á x im o de efic iê nc ia o D é as s e gu ra r o ajuste em sua a dm in is tr a çã o d)i I Visa e q u ip a r de el evado nível de eficácia 2. R e c o m e n d o u que a c ongre gaç ão e xclu ís se de seu rol uma pessoa iníqua a)l I O ap ós to lo Pedro b)| I O ap ósto lo Tiago O r a O apóst ol o Paulo d)l I O ap ós to lo João em C ori nto 3. É coer ent e dizer que, o resp onsáv el por tod os , os d o c um en to s im p o r ta n te s , atas, etc, da Igreja é o a ) D Di ácono b)| I C o o p e r a d o r c)| I P res bít ero d ) @ Secre tár io ■ M ar qu e “C ” para Certo e “E ” para Errado \ 4.[C1 Ao p e n sa r- s e sobre a org an iz açã o de uma Igreja local, p re s su p õ e -s e a ex ist ên c ia de um grupo de pessoas re a lm e n t e nascidas de novo 5 .It l A qu est ão da aceitação ou rejeição de m e m br os , ou seu de sl i g a m e n to de finitivo, dev erá ficar a critério pessoal do past or 51 Im óveis e E q u ip am en to s No que diz respeito aos imóveis e ao e q u ip a m e n to da Igreja, pode-se dizer algo. O profeta p Ageu ins truiu ao povo que ouvis se a ord em do Senhor: “ Subi ao monte, trazei m ad ei ra e edificai a c a s a ” (Ag 1.8). E acr escentou que Deus havia am al diç oa do a m e s s e 1 do campo, “ ... por causa da minha casa, que p e rm a ne c e em ruínas, ao passo que cada um de voz corre po r c aus a de sua própria c a s a ” (Ag 1.9). Todavia, qua ndo a casa de Deus ficou te rminada, foi p ro n u n c ia d a sobre ela a bênção do Senhor. “ A glória desta últ im a casa será ma ior do que a da primeira, diz o Senh or dos Exércitos; e neste lugar darei a p a z .. .” (Ag 2.9). C hegou o tempo em que os filhos dos profetas dis ser am a Eliseu: “Eis que o lugar em que hab ita mo s contigo é estreito demai s para nó s .. .” (2Rs 6.1). E solic itar am- lhe a p ermi ssã o de ed ificar um lugar mais espa çoso; e Eliseu co nse nt iu nisso e ainda os ajudou nesse e m pre end im ent o. Sal omã o edificou uma vasta casa: “ ... porque o nosso De us é ma ior do que todos os d e u s e s ” (2Cr 2.5). “Te nd o os sacerdotes saído do santuário, uma nuvem en che u a casa do Senhor, de tal sorte que os sac erdote s não puderam p e rm a n e c e r ali, para ministrar, por c aus a da nuvem, porque a glória de Deus en che ra a casa do S e n h o r ” ( l R s 8.10-11). É verdade que após ha ve r sonhado com a es ca da cujo topo atingia o céu, Jacó declarou ao despertar: “Na verdade o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia. E, temendo, disse: quão temível é este 1 S e a r a e m b o m e s t a d o de se cei far. C e i f a , c ol he i ta . 52 lugar! É a casa de D eus, a porta dos c é u s ! ” (Gn 28.16,17). Naquele local nad a havia além da pedra que havia usado com o tr av ess ei ro , e que erigiu com o coluna, de rra ma nd o óleo sobre essa pedra. É a p resen ça de Deus que m o tiv a o lev an ta m e n to de uma casa de Deus. Por outro lado, está d iv in a m e nte registrado que os filhos de Deus lhe edific aram ta be rn ácu lo s e templos, nos quais Ele c o n d e s c e n d e u 1 em habitar. E do c o n h e c i m e n t o geral que p re ci sam os estar fisic am ente bem ac o m o d a d o s , em certo conforto, para nos a sse ntar mo s tra n q ü il a m e n te a fim de darmos atenção às questões da alma e do espírito. Ass im com o o corpo é o veículo em que nossa nat ure za espiritual está contida, do m e s m o mo do, o edifício de uma Igreja é o meio necessá rio às final ida de s esp irituais e o local onde adoramos a Deus. Também a Igreja deve pos su ir uma a par elhag em de som que pe rm ita uma audição, por parte dos ouvintes e, dos que a estão utilizando, da m e lh or maneira possível. É um de par ta m e nt o da Igreja onde é necessá rio in v e st im e n t o consid erá ve l. Em alguns casos, gasta-se e x c e s s iv a m e n te com co nst ru çõ e s e o rn am en taç ões, sendo m in im iz a do o interesse pela q ua lid ad e sonora p ro d u z id a para àqueles que vão às reuniões, gerando assim um fruto negativo em função da má qualidad e dos e q u ip a m e n to s sonoros. Não é aco n se lh áv el invest ir grandes fortunas co mo fez Salom ão, qua nd o existe a urgente n e ces sid ad e de re cu rso s co ns ag rado s com que po ssa mo s fina nc iar a p ro c la m a ç ã o do Ev a ng e lh o até às e xt re m id a de s da terra. Po r outro lado, cu m pre -n os pr o cu rar a beleza si mples nas casas de oração que le vantarmos. 1 T r a n s i g i r e s p o n t a n e a m e n t e , c e d e r , a nu i r à v o n t a d e ou ao r og o d e a lguém. 53 P lanejam ento para o T em plo O te mp lo que consiste em um único salão é quase sempre o primeiro passo na criação de uma Igreja. C on fo rm e for aumen tan do em n úm ero e capac ida de fin anceira, será lógico e ap ropriado pro vid en ci ar melho res acomod aç ões para os diversos usos: o ga binete do pastor, uma sala de oração, salas amplas para a E sc ola Dominical que é div id id a em classes, salão para reuniões diversas, berçário biblioteca. O Se nh or atende à nossa fé ativa, quando damos um pa sso à frente e pr oc ura mo s à expans ão nece ssária ao d e s e nv ol v im e nt o de Sua obra. Manutenção É para a glória do Senhor, que, as igrejas sejam e qui pad as de mo do a abrigar c on fo rt a v e lm e n t e o público. O m e sm o deve dar-se com os mó ve is da Igreja. Bancos e assentos co nfortáveis, púlp ito s bem co nf e cc io na do s, cadeiras, qu ad ros -neg ro s, mapas e todo o e q u ip a m e n to que se torne ne ces sár io para o trabalho eficiente, de vem ser provid en ciad os . O ex te ri or do edifício, o j a r d i m e todo o imóvel de ve m ser conse rvad os em boa ordem e sempre limpos. Os ho m e ns procuram a ap arência das coisas e são esses hom en s que pro curamos ga nhar para Deus. Um letreiro atraente deve ser c o lo ca d o em lugar apropri ad o no templo, pois o templo, em si, já constitui um con vite aos tr a n s e u n t e s 1 a entrarem. Uma pro vid ê nc ia su m am en te interessante é a divu lg a ç ão do 1 I n d i v í d u o q ue vai a n d a n d o ou p a s s a n d o ; p a s s a n t e , c a m i n h a n t e , a nd a nt e , v i a nd a nt e . 54 núm e ro do telefone e que tal n úm e ro a par eça tanto na lista te le fô nic a com o nos s a g u õ e s 1 de hotéis da cidade. S em pre deve ser fácil aos estran hos a localização da Igreja para que os intere ssa dos saibam onde se reu nir com os irmãos. Cerimônias Talvez seja um tanto difícil para um p r e ga dor não litúrgico do Ev a n g e lh o , efe tuar ce r im ô n ia s eclesiásticas. No entanto, isto faz parte de seu dev er e ministé rio diário, e d e ver ia familia riz ar- se com todas as cer im ôni as a que um m ini st ro é ch am a do a realizar, a pr en den do a oficiá-las co m dig nidade e correção. As pessoas em favo r das quais, tais ce r im ô n ia s são rea lizad as, co n si d e ra m -n a s como m o m e n to s relevantes em suas vidas. Del as pa rticipa m com p ro f u n d o respeito e re ve rência. Se não realiza rmo s nesse espírito de re ve rência, elas perderão, o propós ito e os ben ef ício s para os quais fo ra m instituídos. Não qu e re m o s dizer com isso que dev a haver rituais inf le xí v eis, artificiais, mas antes, certa ordem digna que honr a a ocasião. Em muita s de ssas oportu ni dad es estar ão pr esentes ob s erv ado res que são revestidos de certa auré ola sagrada. Se um min istro violar a s an ti dad e da ocasião, será um grande ch oque para tais pe sso as e as levará a pe rd e rem o respeito por ele e por sua Igreja. Por essas razões, todos os min is tro s de v e r ia m co nd uzir as dive rs as cer im ôni as e cl es iás tic as co m dig nidade e decoro , co nta ndo ao m esm o te mp o com a pres enç a e as bênçãos do Senh or nessas ocasiões. 1 S al a de e n t r a d a , r e c e p çã o. 2 C o r r e ç ã o m o r a l ; d e c ê nc i a. D i g n i d a d e , h o n r a d e z . C o n f o r m i d a d e do e s t i l o do o r a d o r , do e s c r i t o r , c om o a s s u n t o de que trata. 55 A c erim ô n ia de c a s a m e n to . A c e r im ô n ia de casam ento , em particular, deve ser c u id a d o s a m e n t e observ ada , e sp e c ia lm en te em lugares onde tem valor legal. . Antes de rea liz a r a cer imônia, será ne cessário que o mi nis tro se familiarize co m as leis do país onde o c a s a m en to está sendo efetuado. Os min istros de v e m conh ece r bem as regras de sua de nom ina ção , que d iz e m respeito ao seu direito de oficiar cer im ônia s de cas amento. O min istro ja m a is deve realizar uma c e r im ô n ia de cas am ent o sem prévia in ve stigação sobre o estad o civil das pe ssoas que irão se casar. E se p e rs is ti re m dúvidas quan to aos cand ida tos , fará be m em inve st iga r p e ss oa lm en te , nas fontes, antes de prosseguir. O minis tro não pode correr o risco de pr ej udic ar sua posiçã o na Igreja, por m ot iv o de descuido em tão im port an te questão, casa ndo pe ssoas que n ã o sejam solteiras ou viúvas. U m a vez seguro da autoridade legal e da aprova ção ecles iástic a no casa mento, deve em seguida e x am i n ar os papéis do casal. T e rm in ad a a cer imôn ia, deve o minis tra nte pre e n c h e r o for mulár io e o bt e r as assinaturas n ece ssárias das te st emunhas. E nt ão será feito o registro p e rm a nen te no livro a pro pri ad o para esse fim e ex igido pelas auto rid ad es do país. Es se livro deve ser c u id a d o s a m e n t e guardado. C ada min istro te nha todo o c uida do em amolda r-s e às mi nú c ia s das leis do país onde serve. Se o m a tr im ôn io tiver de ser e fe tuado no templo ou numa casa particular, c o n v é m que an tec ip a dam en te se faça um ou mais ensaios. O ministro, o noivo e a sua te st em un ha de vem ap ar ecer defronte do altar, o m ini st ro de rosto voltado para o auditório, en quant o que o noivo e sua te st e m u n h a 56 estarão à e s qu e rd a do ministro, p a r c ialm en te de frente para o auditório. Ent ão a noiva, que m arch ará lentamente, sob o a co m p a nha m en to de mús ic a nupcial, para e nco nt rar -se com o noivo, perante o altar. O noivo a acolherá ali á e squ erd a, e então am bos se voltam de frente para o minis tro , que iniciará a cer imônia. A c erim ôn ia fú n e b r e . Na ce le b ra ç ão de funerais será aconselhável ao novo pa sto r familiar iz ar- se com os c ost um es da região. Há grande va riedade de co st um es , no toc ante à ce ri m ôn ia fúnebre. Nas cidades me nor es e áreas rurais também há difere nç as, às vezes grandes. R ec o m e n d a- se que o novo p a st o r não busque alterar os co stu m es da c o m unid a de onde o funeral é efet uad o, mas antes, adapte-se aos c o st u m es locais na me did a do possível. Esses c ost um es variam qu a nto à hora e dia da seman a e se vai haver ou não um culto a beira do túmulo, com a j á co stu m eira ce ri m ônia final. A verifi ca ção prévia acerca de todas essas questões será p ro ve it os a e ajudará o pa st or a não violar as tradições de sua c om uni da de, liv rando-s e de censu ra ou culpa. O m ini st ro deve atend er aos desejos dos parentes do mort o tanto quanto possível. D eve usar os cânticos dese ja dos , planej and o a cel e br a ç ão para ser breve ou longa, con forme a von ta de e xpr ess a da família. O culto da C eia do S e n h o r . ' \ _ Z ”1 O p a st o r deve a nu nciar co m a devida a ntec ed ên ci a o culto de Santa Ceia ex or ta n do os crentes a ate n ta re m para a prep a raç ã o espiritual, e avisar aos n ã o- c on ve rt id os acerca do perigo de tomá -la sem esta rem de vi d a m e n te pre parados. E im por ta nt e que 57 os m e m b ro s e nte nd a m que só deve ir à me sa do Senh or aquele que estiv er com o co ra çã o lim po e sem pecado ( I C o 11.27-32). Por isso todo o que desej ar pa rticipar da C ei a do Senhor deve pr ep arar o coração. O que e sti ver em pecado deve a rre pen de r- se e pro curar o perdão. Em caso de ha ver ra ncores e desgostos entre alguns dos me mbros, estes d e v e m re co nci li ar- se antes de a pr o x im a re m -s e da mesa do Senhor. O pastor ta m b é m deve a nu nci a r que tanto ele co mo os demais obreiros estão disp ostos a ajudar esp ir it u a lm en t e a quem lhes pedir. Dep ois da e xo rt a çã o, co nvém que todos se en tre guem à oração e à m e di ta çã o diante de Deus. Ao oficiar a cel e br a ç ão da Ceia do Senhor, que o past or prossiga c al m a e rever ent eme nte . É uma ce r im ô n ia solene e sagrada e, devido à pre sen ça do E sp íri to Santo em todo o seu transcurso, deve-se es p e ra r que produza ricas bênçãos espirituais. N a tu ra lm e n t e que, os pres bít eros e diáconos, co o p er ar ã o com o pastor nesse culto, como tam bé m os m in is tro s visitantes. M ed ia nt e claro e n te nd i m en to , est ab el eci do de antem ão co m os co o pe r ad ore s , deve pr ev al ece r ord e m e si stema durante a celebração. Depois que os c o o per ad or e s tiverem tom ad o suas posições, co nv ém que sejam lidas pa ssa gen s apropriadas, pr e fe re n ci a lm e nt e IC o rí n t io s 11.23 à 26 ou 31; opdonalrnFhtêT-- Mateus ~2 6 .17-20,26-29; M arcos 14.12,17, 22-25; ou Lucas 22.7-20. G er al mente é de bo m alvitre e xp lic ar que se trata de culto de Co mu nh ão , mas que os não batizados s eja m ad vertidos a não partic ipa rem . Após uma oração, o minis tro lerá novam ent e a por çã o c once rne nte ao pão 1 A l v i t r a m e n t o . N ot í c i a , n o v i d a d e , no va . e en tre gar á o e le m e n to aos diácon os , para que o dis tri bu a m si st e m a ti c a m e n te entre o povo. G e ra l m e n te a Santa Ceia é c ele br a d a ao término do culto, no primeiro sábado do mês, ou no prim eiro do m in go do mês, pela manhã. Não se deve apressar esta cer imôn ia. Ela é um ato solene e de ve- se esperar que os p ar tic ip an tes recebam ricas bênçã os da parte do E sp íri to Santo ao p e rm a nec e re m em sua pres enç a durante a cer imôn ia. O b atism o em á g u a s . ^>1(9 O ba tis m o em águas, por im ers ão , deve ser realizado no bat is tér io da própr ia Igreja, ou em uma lagoa, praia ou rio. O ministro dev erá c ertificar -se, acim a de q u a lq u e r dú vida, que o ba ti z an d o c o m p re e n d e be m o ato e que te nha re al me nt e e x p e r im e n t a d o o novo nascimento. E nt re vis ta s prepar atóri as com os ca nd id a to s são a s s a z 1 opor tun as . Es sa c eri mô nia , co m toda a prop ri eda de , pode ser re al iza da co mo parte do culto notur no de do m in go , posto que esteja un ida à c onfi ssã o de Cristo com o Salvador. A sol en id ad e e a nat ure za sagrad a da ocasião de vem ser sentidas tanto pelos c a n di da to s co mo por toda a ass embléia. No m om e nto ap ro pria d o o pa sto r entre gará o púlpi to a um minis tro c ole ga ou auxiliar, e nqu ant o ele e os c and ida tos se retirarão aos vestiários a fim de se p re pa ra r em para o batismo. O p a st o r deve entrar prim eir o na água, e os c and ida tos c om p a r e c e rã o um a um; ou então, se a c er im ôn ia for e fe tu ad a em lugar espa ço so, o grupo inteiro de c a ndid a to s pode rá apar ecer ao m e sm o tempo. Após uma oração, o 1 B a s t a n t e , s u f i c i e n t e , ou mui to. 59 of ic ia nte se col oca rá em posiçã o de e fetu ar a sua im p o r ta n te tarefa. ■ O ba tiz and o será orientado a c ol o ca r as mãos e n tr e la ç a d as sobre o peito (mãos s u p e r p o s t a s 1). ■ O b a ti z an te col oca rá a mão que vai sup ort ar o peso do ba tiz an do um pouco abaixo da nuc a deste e, le v a n t a n d o a outra mão ao alto, fará as seguintes pe rguntas: • O(a) irmão(a) crê que Jes us é o Sa lv a dor e Se n h o r de sua vida? • Pr om et e viver para Ele du ra nt e toda a sua e xis tê nc ia ? • Es tá disposto a o b e d ec e r in c o n d ic io n a lm e n te ? à sua Pala vra ■ Apó s ou v ir o “ S i m ” do can did at o, o oficiante dirá: S e g u n d o a tua co nfis são, o teu te st em u n h o e a o rd e m de nosso Se nh or Jesus Cristo, eu te batizo em no m e do Pai, e do Filho e do Espí ri to Santo. E m s eg uid a co locará a out ra mão sobre as mãos post as do ba tizando, e, co m fi rm eza e delicadeza, e, mais que tudo, mu ito r e ve re nt em e nt e , o inc linará para trás até submer gi- lo tota lm en te, co m a ma ior rapid ez, le van ta ndo-o logo para a p os içã o ereta e o c o n d u z in d o a quem esteja ajudando. ■ D u ra n te a realização do ba tis mo , o oficiante deve a ca ut el ar -se quanto à má c o m p o s t u r a 2 de algumas p ess oas, esp e c ia lm en te irmãs. (Esta r e c om en da ç ão é feita para que tão solene ato não se torne uma ocas iã o para esc ândalos ou gracejos). ■ O of ic ia nte terá sua ve st i m en ta be m ap resentável, 1Posto em cima. 2 Seriedade ou correção circunspeção, modéstia. de 60 maneiras; comedimento, inclusive us and o gravata, para bem re c o m e n d a r- s e ao m ini st ério que exerce, e, ao m e sm o tempo, desta car -se dos demais que irão às águas do batismo. ■ Se ho uver algu ém enfe rmo ou com d ifi cu ld a d e de locomo ve r-s e, a co ns el ha- se batizá-lo por último, por ser mais pr u d e n te e oportuno. ■ Ao con clu ir o ba tismo , o oficiante fará uma oração, após dar ciência ao dir igente do traba lho que conclui o ato. R ecepção de m e m b r o s . Na rec ep ç ão de m em bro s na Igreja, os candida tos j á terão sido e x am i n ad o s e feito sua de claração c o n c o r d a n d o com os c ost um es e do ut ri na s da Igreja a que estão se unindo. Es sa c e r im ô n ia é sim ple sm e nt e o “e s te n d e r a d e s t r a 1 da c o m u n h ã o ” àqueles que j á ha v iam sido regu la rm e nt e a d m iti do s com o me mbros. Os c and ida tos serão de duas classes: (1) A queles que for am ad mitidos por c on fis são de fé e ba tis m o em águas; (2) Os ad mi tid os por carta de m u d a n ç a e n v ia d a por Igreja irmã. A m bo s p od e rã o ser recebid os do m e s m o modo. C o n v ém que os novos m e mb ros sejam rec eb id os im e dia ta m en te antes do culto de Ceia para que pa rti ci pe m da m esa do Se nh or j á com o membro s. A p resen ta çã o de c r ia n ç a s . Na a pr ese nta ção de crianças p o d e r- s e- á en toar um cânti co infantil, ao m esm o tempo em que os pais trazem as cria nça s à frente. O m ini st ro vai ao e ncontro deles. Pas sa ge ns bíblicas apro pri ad as p od e m 1 A mã o d i rei ta. 61 ser c ita das, co m o M ar co s 10.13-16 ou M ate us 19.1315, etc., que p ro va m que a apre sen ta ção de cr ianças ao Se n h o r não é o bat is mo infantil p ra ti c ad o em certas d e n om in a çõ e s. “ O ba tis m o bíblico re a liz a r- se -á após a c onfis sã o de f é ” . E ntã o o pa sto r diri gir -s e-á à Igreja ou aos am igos ali reu nidos mais ou menos nestes termos: “M eu s qu e rid os , a famíl ia é uma ins tit uiç ão divina de te r m in a d a por Deus, desde o princípio. As crianças são h eran ças do Senhor, en tre gue por Ele aos pais, para que c u id e m delas, p ro te ja m- na s e as tre ine m para a Sua glória. É m is te r que todos os pais r e c o nh eç am essa ob rig aç ão e re s po nsa bili da de perante Deus, no tocante a isso. J o q u e b e d e , nos dias antigos, criou nas coisas de Deus seu próp rio filho Moisés, após tê-lo dedi cad o ao Senhor. A n a rec on he c eu que seu filho Samuel pe rtencia ao Senhor. A virgem M aria ta m b é m troux e o menino Jesus ao templo. Os pais de nos sos dias, s e m e lh a n te m e n te , devem re c o n h e c e r a sua sagrada obr ig a ç ão para com seus filhos, e ntr eg and o- os n o v a m e n t e nas mãos do Se n h o r que lhe confiou. Ao faz ere m assim, re c o n h ec em e ratif ic am p u b li c a m en te a re s p o n s a b il id a d e que têm de criá-los no temo r e a d m o e s ta ç ã o do Senhor, no c am in ho da retidão e piedade” . D ev e, pois, dirigir-se o pa sto r aos pais nos seguin tes termos: “A vista de Deus e na pr es enç a de todas estas te st em unh as , os irmãos p ro me te m so le n e m e n te criar seus filhos no temo r e na a dm o e s ta ç ã o do S e n h o r ? ” E ainda: “P r o m e t e m di li g e n c ia r desd e cedo para que seu filho (ou filha) aceite a J esu s Cristo como S a lv a do r e S e n h o r ? ” . “E ta m b é m p r om e te m , tanto qua ndo d e pen de r dos irmãos, que seu fil ho(a) veja nos irmãos ex em plo s de vidas cristãs pie do sa s e c o e r e n t e s ? ” . E então, tom a ndo a 62 c r ia n ç a nos braços, ou im p o n d o as mãos sobre sua cabeç a, o pa st or dirá: “No n o m e do Se nho r Jesus, de di co esta criança (nome da cria nça ) a Deus e ao Seu santo se r v iç o ” . E em seguida fará uma oração de de dicação. A cong reg ação , te rm in a da a dedicação de todas as crianças, p o d e rá en to ar um outro hino infantil, em co nclusão. Outras Cerimônias Ex is te m algumas outras cerim ônia s que p e r t e n c e m mais a p ro pri a da m en te às in c um bê n cia s dos re s p o n sá v e i s e c onven çõ es e st a du a is ou regionais de nt ro da de no m in a çã o, do que aos encargos de um p a st o r local. R ef er im o- no s à d e d ic a ç ão de um templo, ao la nça m e n to de uma p e dr a fu nd am en tal , e à or d e n a ç ã o de min is tro s do Eva ng el ho . Perturbação ao Sossego Alheio C on fo rm e a legislaç ão em vigor no país, co n st i tu i- s e co nt ra ve nçã o penal (f ica nd o o infr ator sob as pen as da lei) q u a lq uer p e rt ur ba ç ão ao sossego alheio, por meio de: ■ G rit aria ou algazarra; ■ Ex e rc íc io de prof issã o i n c ô m o d a ou ruidosa, em de sa c ord o com as pre scr iç õe s legais; ■ A bu so de in st rum en tos son oro s ou sinais acústicos (b u z in a ou apito); ■ Pr o v o c a ç ã o de animal, ou não pr oc ura nd o im pe d ir b a ru lh o pro du zi do por animal sob a sua guarda. É bom atent armo s pa ra isso, pois algumas igrejas tê m sido fechadas por pe rtu rb a ç ão ao sossego 63 alheio (exces so de ba rul ho) , pelas prefeituras do m un ic íp io onde estão localizadas. Para evitar t ra ns to rn os com os vizinhos e c om a lei, evite barulho a cim a dos decibéis permitidos. Questionário ■ Ass in a le com “X ” as alter nat iva s corretas 6. Ante s de realizar a c e r im ô n ia de c as am ent o, será ne ce s sá rio que o minis tro se fa m ili a riz e com a ) 0 As leis do país onde o cas a m en to está sendo e fet uad o b ) D O s c onvid ado s do casal a se casar c)l I As leis da Igreja onde será re alizado o cas a m en to d)l I A lin guagem e o ra tó ri a para esse tipo de c er im ônia 7. Q u a nt o ao past or no culto da Ceia do Senhor, é inc erto dizer que a)| I D eve avisar aos nã o -c o n v e rt id o s acerca do perigo de tomá -la sem e st a re m preparados b)l I De ve exor ta r aos cren tes a at entarem para a p rep ara çã o espiritual c)[y| Dev e anun ciar no dia da cel ebração, para que fiquem surpresos e espe rto s a não errarem d)[ I D eve pr os seg uir c al m a e re ve re nt em e nt e ao ofic ia r a celebr aç ão da C ei a do Senhor 8. P a s sa g e n s apropriadas para Ceia do Senhor a )8§ Pr ef er e nc ia lm en te M at e u s 26. 17- 20, 26- 29 b)[Xl Pre fe re nc ia lm en te I C o r í n t i o s 11.23 à 26 ou 31 c ) @ Pr ef er e nc ia l m en t e M ar co s 14.12,17, 22-25 d)fli] P r ef er e nc ia l m en t e Lucas 22.7-20 64 M ar qu e “C ” para C ert o e “E ” para Errado 9.IM O prof eta Ageu ins tru iu ao povo que ouvi sse a ordem do Senhor: “ Subi ao monte, trazei m a de ir a e edificai a c a s a ” l O . d O batis mo em águas, por aspersão, deve ser realizado no bat is tér io da próp ri a Igreja, ou em uma lagoa, praia ou rio 65 Lição 3 A A d m in istração da Igreja *7? IL A d m i n i s t ração é um con ju nt o de princ ípios , normas e funç õe s destinadas a ord en ar , dirigir e co ntr ola r os e sf orços de grupos de in div íd u o s para ob te nçã o de um r e s ulta do comum. Po r ex te ns ã o, função que e st ab el ece as diretrizes da e m pr e sa , de fo rm a a org an iz ar os fatores de p ro duçã o e co n tr o la r os resultados. Jcr A A d m in is tr a ç ã o E c le si ás ti c a é essencial à fo rm açã o do pastor. Es cr ev e o pro f es so r Pl ín io M ore ir a da Silva: “Ass im co mo o pastor pass a a ter uma visão me lh or de sua fu nç ã o com o c on se lh e iro , depois que estuda Ps ic o lo g ia Pastoral; de mestre, depois que estuda E d u cação Rel igiosa: de {jp reg ad oiy depois que estud a jHxjmilética^i ele só vai e n t e n d e F m e s m o a sua função de pastor, depois que e st u d a r A dm in is tr a ç ão Eclesiástica. Só assim, ele e n co n tr ar á o verd ad eiro signific ad o do título que o s te n t a ” . Não é bem sucedido em seu m ini st ério por não ter n e n h u m a noç ão de A dm in is tr a ç ã o Ec le siástica. Entret ant o, os ju iz e s , profetas, reis e os apóstolos foram not áv ei s adm ini st rad ore s. O E s c ri to r da E p ís to la aos Hebr eus afirma que M oisés foi fiel em toda a casa de Deus (Hb 3.2). O grande le gis lador, em outras pa lavras, soube a dm in is tra r p r o f i c i e n t e m e n t e 1 os bens sagrados. 1 C o m c o m p e t ê n c i a , c a p a c i d a d e , h a b i l i d a d e , d es t r e z a . 67 O Se nh or Jes us e x or ta -no s a sermos ad m in is tr a d o re s prec avi dos (Lc 14.28-32). O que sign ifi ca “ A dm in is tra ç ão E c l e s i á s t i c a ? ” . Ad mi n is tra ç ão E c le s i á s ti c a é o estudo dos div ersos assu nto s ligados ao traba lho do pastor no que tange a sua função de líder ou a d m in is tr a d o r principal da Igreja a que serve. L e m bre m o- no s que a Igreja é s im ulta ne a m e nt e , orga nis mo e org an ização. É o povo de De us orga niz ado para a ten der à missã o que Deus a c on st it uiu nu m tríplice a s p e c to: ■ Es pir it ual v / ■ Social v / ■ Ec o n ô m ic o {/* A org anização de uma Igreja local consiste em arti cu la r o seu governo. E a a dm in is tra ção dessa, c on sis te em pô-la em fun ci onam en to . Alguns ass ev era m que é mais fácil e st a b e le c e r uma or ga niz açã o que fazê- la funcionar. Mas c e r ta m e nt e a sabed oria que cap a c ita alguém para c on st i tu ir uma org anização bíblica, ta m b é m deveria c ap ac itá-l o a cuidar da sua adminis tra ção . Toda via , d e ve- se adm iti r que a p a ciê nc ia ne ce s sá ri a para cuid ar do fu n c io n a m en t o de talhado d u m a máquina, do reparo de peças e de seu uso con tín uo, em muitos casos falta ao gênio do indivíduo que a co nstruiu. Seja com o for, é a bso lu t am e nte necessário que uma Igreja seja não apenas be m organizada, mas que represente um o rg a n is m o vivo, adm inis trad o de mo do eficiente e fiel. Da mesma man eira que a or ga niz açã o de uma Igreja c o me ça com a a g l u t i n a ç ã o 1 dos m em bro s, a a dm in is tr a çã o da Igreja visa a m an te r unidos tais me mbr os . Cria-se uma no rm a de aceitação de me mbr os , um arrol am en to definido. 1 U n ir , r e u n ir , ligar. 68 Daí por dia nt e cabe ao past or adotar s em pr e esse padrão de a cei tação e dis ci pli na dos m e m b ro s faltosos; para que pe rm a neç a nítida a linha de s epa ração entre os que são m e mb ros e os que não o são. Co nse rve s em pr e atualiza do o rol de m e mb ros da Igreja. Q ua nd o houver ocorrê nci as graves, deve- se re mo ve r do rol o nome das pe ssoas e n vo lv id a s - com as que fale ce ra m ou m u d a ra m para outras cidades. Estas última s po de m ter os nom es arrolad os em um rol de ina tivos, na hipóte se de a usê nc ia te mporária. Qu an to àqueles que se de svi am ou d e ix am de viver segundo o pa drã o bíblico, de ve m m e re ce r uma atenção particular. As instruções que o Se nhor Jesus dá em Mateus 18.15-17 de vem ser seguidas à risca. Gálatas 6.1 é outra pa ss a ge m bíblica que prec isa ser observada: “ Irmãos, se alguém for su rp re en d i d o n a lg um a falta, vós, que sois espirituais, corrig e- o com o espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas ta m bé m t e n ta d o ” . Faz parte da in c u m b ê n c ia do servo do Se n h o r instruir, hu m il d e m e n te , aqueles que se opõem: “ ... dis ci pl in an do co m ma ns id ão os que se opõe, na ex pe c ta tiv a de que Deus lhes co nc e da não só o a rre pe nd im en to para re c on he c er em pl e n a m e n te a verdade, mas tam bé m o retorno à sensatez, liv rando -se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativ os por ele, para c um pri re m a sua vo n ta d e ” (2Tm 2.25,26). Após uma pe rs istê nc ia séria, am oro sa, com oração, s em el ha nte à lo nga ni m id a de de Deus, pode obter resul tad os pos itivos; caso c ontrá rio será neces sár io to ma r m e did as disci pli nar es, re tir an do seus nomes do rol de m e m b ro s (2Ts 3.6,14,15; IC o 5.2,13). E ss a ação não deve ser to m a da pe ss o a lm en t e por qu em 69 quer que seja, mas em consulta co m pre sb ítero s e diáconos. En t re t an to , não deve ha ver ne g li g ê n ci a nem fr aq ue za ness es casos, pois Deus é santo, e Ele' re p ree ndeu s e v e ra m e n te a Igreja de P érga mo , por pe rm iti r que c o nt in u a ss em em seu meio, os que ad ot av am a do utri na de Balaão; e em Tiatira, por tolerar o e ns in o da quel a mulher, Jezabel (Ap 2.14,20). O Se n h o r não deixa pa ssar os p e ca do s nas igrejas. E ain da apoiou a igreja de Efes o por não poder tolerar os in íqu os (Ap 2.2). A Administração Patrimonial Eficiente A direção dos negócios da Igreja deve ser eficiente e co mp le ta. Alguns pastores são com o o h om e m que edi fic ou sobre a areia, e se de sc u id a m disso. Os bens e a pro pri ed ad e onde cu ltu am a Deus, se não for em c erc ad os de pro vid ên ci as legais correm riscos de pre ju íz os incalculáveis. O no me e ender eço da Igreja local devem co nst ar c la r a m e n te no título de com pra , d e v id am en te quitado e re gi st ra do no Car tório de Im óveis. Isso evi ta rá q u a lq u e r dúvid a sobre a le git im ida de da posse. D e ix a r de fazê- lo é rea lment e perigoso. C om essa prov idê nc ia, caso haja uma perda acidental do título original, pode -s e obt er uma cópia por certidão. É prudente c on se rv a r todos os doc um en to s im port ant es (títulos, papéis de seguro, e outros) em local à prov a de fogo ou no cofre de um banco. O secretário é o guardiã o oficial dos d o c um en to s da Igreja, q u a lq ue r que seja a na tu re za destes. Mas o pastor deve ter acesso aos m esm os, sempre que queira. 70 A Administração Eclesiástica Sob o Ponto de Vista Bíblico O ad m in is tr a d o r é um e sp e c ia li st a na arte de tr a b a lh a r com pessoas. Sente-se vito ri os o quando ajuda outros a fazer bem o seu trabalho. A a dm in is tra çã o pe rfe ita e stá nos céus. O pr óp ri o Deus e st ab el ece u regras fixas para o universo. O un ive rso teve o seu p la nej am e nto , seis for am os dias da c ria ção (Pv 8.22). N e n h u m a Igreja vive sem a d m in is tr a çã o, assim co mo n e n h u m a e m p r e s a sobr ev ive de so rg an iz a da . Muit os ex em plo s bíbl ic os vêm de ho m e ns que fo ra m verda deiro s a dm in is tr a d o re s, quer na c o n d u ç ã o dos ass untos re la ci ona do s c om a obra de Deu s, quan to na so b re v iv ên c ia de seu povo: J etro, J o sé no Egito, M oisés, D avi, D a n ie l, en tre outros. E m muitos casos, a B íb li a tem sido ci tada por sua de m on st raç ã o de pri nc íp io s ad mi nis tra tiv o s. V e ja m o s alguns exemplos: C o n se lh o de Jetro a M ois és (Êx 18.13-27); ^ j a Davi divide os sacerdotes em 24 turnos - ma iorais do santuário e ma iorais da casa de Deus ( l C r 24); • Sa lo m ã o recebeu todas as orienta çõe s para co n st r u çã o do templo, e org a ni z aç ã o de seu rein a do (2Cr 3). ■ E outros como: J • A técnica ad m in is tr a ti v a de Jo sé do Egito; "■/• A rec onstr uç ã o N eemias; • de J e r u sa lé m por Esdras e Jesus c onv oc a os d is cí pu lo s, após instruí-los cu id ad o s a m en t e, ou to rg o u - lh es auto rid ad e e poder, e os en vio u ao cam po; e antes de m u lt ip l ic a r os cinco pães, ord en ou a seus 71 discíp ulos que m a n d a s s e m a m ult id ã o assentarse em grupos de ce m e cinqüenta, na tu ra lm e n te para lhes faci lit ar o trabalho. A Administração Secular > J Possui três grandes áreas: 1) P e s s o a l: cui da das pe ssoas de que c om põe a firma, p re oc upan d o- s e c om a situação dis ciplinar, a integração, o tr e in a m e n to , a p r o du ti vid ad e , a ad mi nis tra ção , a dem issã o, as férias, a su bstituição e etc. 2) F in a n c e ir o : despesas. an ali sa a rec eita e p ro g r a m a de 3) O rg a n iza çã o e M éto d o s (O & M): es tu d a e p e sq u is a a m a n e i ra de a e m p re sa operar, es ta be le c e nd o as se qü ê nc ia s mais lógicas e o tempo preciso. O Que é Administrar A pa lav ra “ a d m i n i s t r a ç ã o ” é orig in ári a do latim e significa lit e ra lm e nt e “ su stentar co m as m ã o s ” . A d m in is tr a r é e sse n ci a lm e n te , “fazer fu n c io n a r um s i s t e m a ” . A d m in is tr a r é a um só tempo: ■ P r e v e r : É p rep ara r- se para o futuro, com a ne cessária a nt ec e d ê n c ia através de p ro gra ma s de ação. É p r e d e t e r m i n a r uma ação. * O r g a n iz a r : É re un ir meios e recursos mate ria is e hum anos, d is tr ib uíd os r a c io na lm en te e de tal forma h a rm o n iz a d o s que p o s sa m f unc io na r com o um todo, e sem soluçã o de continuidade. 72 ■ C o m a n d a r : É d et erm in ar as p r ov id ê nc ia s , a fim de que toda a or ga niz açã o fun ci one de acordo com as no rm a s vigentes. ■ C oordenar: É manter o o rg a nis m o em fu n c io n a m e n t o h o m o g ê n e o 1 e in te gra do em suas diversas atividades. É p r o p o r c io n a r o d e s e n v o lv im e n to de cada órgão, p ro cu ran do m a nt e r o e qu ilí brio do sistema ope rac iona l. D e ssa forma, e vit ar-s e- ão atritos, pe rda de tempo e c om p li c a ç õ e s indesejáveis. ■ C o n t r o l a r : (Organ izaç ão ) aval ia r e regu la r o trab al ho em an dam e nt o e acabado. A Administração dos Bens da Igreja A Igreja não é uma s oci e da de com fins lucrativos nem o seu objetivo é co me rci al . O principal alvo da Igreja é a prega ção do Ev a nge lh o, a pro pa ga ção do Rein o de D eu s no mundo. To da via , ela possui bens ma teriais como: temp los , casas de mo ra dia s, veículos e etc. A a dm in is tr a ç ã o patrimonial da Igreja deve ser e ficiente e com pleta. Origem dos Bens da Igreja Os bens da Igreja provem, e s pe c ia lm en te , da co ntri buiç ã o sist e m á tic a dos seus m em br os, isto é, dos díz imos e das ofertas. O principal resp onsáv el pela a d m in is tra çã o da Igreja é o pa st o r presid ente o qual, é claro, deve fazer a sua a d m in is tra çã o sempre de acordo com os demais m e m b ro s da diretoria, bem co mo co m a Igreja. 1 Cu j as p a r t es ou u n i d a d e s não a p r e s e n t a m a p r e s e n t a m d e s i g u a l d a d e s , altos e b ai xos . 73 ou quase não O a dm in is tr a do r dos bens não deve ser um di tador, e sp e c ia lm en te levan do -s e em conta que a pr o p r ie d a d e não é sua, mas da entidade. A a dm in is tr a çã o não deve ser feita em prove ito próprio. Há casos de en riq ue ci m en to por adm ini st ração d o l o s a 1 dos bens da Igreja. O obreiro é um de spe ns eir o de Deus, tanto das coisas e spi ri tua is co mo das materiais, portanto, devem ser fiéis. O a dm ini st rad or nunc a deve sob rec ar rega r de dívidas a Igreja. Se isso vier acontecer, tor nar-se-á a ad m in is tra çã o em de seq uil íbr io, po de ndo levar a Igreja ao descrédito. Departamento de Administração (Área Principal) S e c r e ta r ia . Este é um órgão de grande im p or tân ci a para o bo m f u n c io na m en to de uma Igreja organizada. P ode rá fo r n ec er a direção, se bem a tu al iz a da nos seus serviços, in fo r m aç õe s de todas as a ti vid ad es pr ogra ma da s, bem c o m o atend er às mais diversas solicitações. > In sta la ç õ es da S ecreta ria . Para um perfeito des e m p e n h o de suas ativid ad es, deve a Igreja d is por de um local (sala) própr io para a secretaria, e de fácil acesso para os me mb ro s. A sala deve ser bem il um in a da e agradável, gera ndo boa impressão. Na secre ta ria deve-se ter todo o m ob ili á ri o necessário para o bom a nd am en to dos traba lho s pertinentes à secretaria. 1 D o l o - Q u a l q u e r ato c o n s c i e n t e c o m q u e a l g u é m i nduz, m a n t é m o u c o n f i r m a o u t r e m em er r o; m á - fé , l ogr o, f r a ud e , ast úc ia ; maquinação. 74 > A tr ib u içõ e s do S e c re tá r io (D ireto ria ). É n e ce s sá ri o que o secretário p o s su a hab ili da de pro fi ssi onal para o de se m p e n h o da função. Q ua ndo o volume de tr a ba lh o exigir que dê ex p ed ie n te em tempo integral, e o secretário da diretoria não dispõe de tempo para tal, deve desi gn ar alguém para que o faça, sob a sua su per visão. O s ec re tá rio deve pos sui r as seguintes qualificações: M atu ri dad e espir itu al; ' / Ed uca ção ex em p l ar ; Boa caligrafia; Boa redação; Ser zeloso; v Se possível p o s s u ir tempo. > V arian d o de a c o rd o com o e sta tu to , p r in cip a is a tr ib u iç õ e s do sec r etá r io são: as Lavra r atas da A ss e m blé ia, em livro próprio, assiná-las e apre sen tá -la s para a pr ovaçã o nas ass em blé ia s seguintes; Assinar, c om o pre sidente, oficiais da Igreja; os do c u m en t o s M ant er em dia o fichário de m e m br os e todos , os serviços rel a ci o n a d o s à secretaria; ^ C o n fe c c io n a r e e x p e d ir toda a c o rr e s p o n d ê n c ia sob sua r e s ponsa b ili da de ; M an te r a tu al iz a do s todos os dados estatís tic os \ / na sua gestão; P re st ar relat óri o de suas atividades; Tr ata r co m afa bi lid a de e amor cristão todas as \ J pessoas que n e c e s si ta m de seus serviços; 75 ■ C u m p r i r outras pr ovi dê nc ias d e te r m in a d a s pela di re ção da Igreja; ■ D i f ic il m e n te um secretário lavra as atas no m o m e n to em que a assembléia se re al iza a não ser em c o n v en ç õ e s em que as sessões seguintes ex ig em a leitura da ata da sessão anterior (g e ra lm e nte as sessões das igrejas são mensais, o que facilita a co nfe cç ão da ata com maior atenção e cuidado); ■ Ap onta r, então, os assuntos de m an eira clara e objetiva. O trabalho torna-se mais fácil quando o secre tário recebe a ordem do dia; ■ O la nç a m e nt o da ata deve ser feito na me sm a sem a na da realização da A ss e m blé ia, pois o te mp o e as múltip las oc upaçõ es apagam de nos sa mente fatos im po rt an te s que, no m o m e n to da sessão, não foram anotad os ; ■ Os a p o nt am en to s não devem ser feitos num ped aç o de papel qualquer, para ev itar o perigo de extravio. Um bloco especial é o ideal. Tão logo term ine a sessão, deve o bloco ser levado à guar da da secretaria; ■ As dúvida s quanto às decisões to ma da s devem ser tiradas no mo m e nt o com o pa st or da Igreja. > C o m p e tê n c ia do S ecretário (F u n c io n á r io ). Q ua se sempre é do sexo femin ino , recebend o da Igreja o seu salário e tendo, inclusi ve, sua carteira assina da e todas as obr igações sociais satisfeitas (CLT - C on so li d a ç ã o das Leis do Trabalho). Função: ■ R e c e p c io n a r todos os m e m b ro s e visitantes dura nte o exp edi en te da semana, que tenham algo a tratar; 76 ■ D ig it a r ou d a til og ra fa r as c orr e sp o n d ê n c ia s de rotina; E A te nd er às soli ci taç õe s da diretoria; ■ C o n fe c c io n a r o bo letim D om in ic al e da Igreja; da E s c o la Bíblica ■ Pr o v id en c ia r cópias dos d o c u m e n t o s a serem e n c a m in ha dos às A s s e m b lé ia s Gerais; * C o n fe cc io n a r cart ões de m e m b r o s ; ^ ■ A te nd er te le fo ne m as du ra nt e o exped iente, pr es tan do as in fo r m aç õe s perti ne nte s; ■ C ontr ol a r a ss e n ta m e n to s nas fichas dos me mb ros da Igreja ( m ud a nç a, r e c om en da ç ão , deslig ame nto , etc); ■ E nde re ç ar e p o s ta r cartas, im pr es so s e pacotes; ■ O rga niz ar arqu ivo s; receb er, classificar, dis tri buir e a rq ui va r as c o rr e sp o n d ê n c ia s ; ■ A te nd er as en co me nda s; r e c lam a ç õ es e ped ido s; faz er ■ A c o m p a n h a r e verifi ca r o e st oque de material; * Pla ne ja r a rotina do escritório. > D o c u m e n to s de um a Secretaria: Rol de M em br os . A e la b o r aç ã o do Rol de M e m b r o s de uma Igreja é de gra nde im p or tân ci a, pois através dele todas as in fo r m a ç õ e s serão obtidas p ro nta m e nte . É ele o registro de todos os m e m bro s b a ti z ad o s nas águas. O Rol pode ser de m e m b r o s ativos e inativos. Há o rol per ma nen te , que revela qu an to s m e mb ros ao todo j á pa ss a ram pela Igreja. Nele, são incluíd os os no m e s de m e mb ros por or de m de chegada. C ha m a-s e, ta m b é m , o livro de registros n u m é ri c o s dos m e m b ro s da Igreja. E ss a n um e ra çã o deve ser in in te rr up ta no 77 registro dos no me s, pois nas futuras c o m e m o r a ç õ e s pode r-s e- á verifi ca r qua is os m e m bro s mais antigos. N un c a se substitui um n o m e já registrado, s om en te para aprovei tar o nú m e ro , em caso de morte ou e xc lu s ã o do rol. O núme ro dado a um membr o ja m a is deve ser outro. Questionário ■ A ssinale com “X ” as al te rnativas corretas 1. C onj unt o de pri nc ípi os , no rm as e funções dest in ada s a ordenar, dirigir e c ont rol ar a)| IPa st ore ar b)| ISub or di na ç ã o c)| IPresidir d)FZl A dm in is tra ç ão 2. É o estudo dos div erso s assuntos ligados ao trab al ho do pa sto r no que tange a sua função de líder a)| I A dm in is tr a ç ão Geral b)[R| A dm in is tr a ç ão Ec le si ás tic a c)l I A dm in is tra ç ão O rg an izaci ona l d)| | A dm in is tr a ç ão Se c ul ar e Ci entífica 3. É co erente di z er que, lavra r atas da A ss e m b lé ia a)l IÉ atributo do pa st or da Igreja b)| 1 É atributo do presbíter o da Igreja c ) @ É atributo do secretário da Igreja d)| I É atributo do tesou reiro da Igreja ■ Mar que “ C ” para Certo e “E ” para Errado 4 . RH Igreja é uma soci ed ad e c om fins luc rativos e seu alvo é a pr e ga ção do E v a n ge lh o 5.FCI O principal re s po nsá vel pela a dm in is tra çã o da Igreja é o secretário 78 As Igrejas e o Direito Tributário Os te m pl os de sti nados a p rá tic as de fé, na verdade, as igrejas, à sem e lh a nça de todas as pe ssoas ju rí di ca s, estão sujeitas às normas de tri buta ç ã o, com base no p rin c ip io da igualdad e de todo s pe ra nte a lei. Todav ia, em vi rt ud e da e xc e lê nc ia da po s iç ã o da Igreja na o rg a ni z aç ã o da sociedade, e ao prin cíp io fu nda me nta l e p é t r e o 1 da lib e rd a de religiosa, o leg is lad or c on st it u in te , para esta ins tituição, de term in ou um tra ta m e nt o trib utári o ex ce pc io nal , e sp e c if ic an d o - o na C onst it ui çã o Fe de ral , entre as limi ta çõ es c on st i tu c io n a is ao po de r de tr i b u ta r do Estado. A ss im co ns ta da Carta C o n s ti tu c io n a l no seu artigo 150: Seção I I Das Lim itações do Poder de Tributar Art. 150. Sem p r e ju í z o de outr as g a r a n ti a s a s se g u ra d a s ao con tribuinte , é ved ado à União, aos Estados, ao D is tr it o F e d e r a l e aos M uni cípio s: I - ex ig ir ou a u m e n t a r tributo sem lei que o estabe leça ; II - in s tit ui r tr a ta m en to de sig ua l entre c o ntr ib ui nt es que se e n co nt r e m em s it uaç ão equivalente, proibida q u a lq u e r di st inç ão em razão de oc u p a ç ã o p r o f i s s i o n a l ou f u n ç ã o p o r eles exercida, in d e pe nd e nt e m en te da d e n o m in a ç ã o j u r í d i c a dos rendimentos, títulos ou direitos; III - c o b r a r tributos: a) em relaçã o a f a t o s ge ra dor e s oc o r r id o s antes do inicio da vi gência da lei que os h o u v e r instituído ou au me nta do; 1 C o m a p a r ê n c i a o u r e s i s t ê n c i a de p e d r a; p e t r o s o . 79 b) no m esm o exercício f i n a n c e i r o em que haja sido p u b l i c a d a a lei que os instituiu ou aumentou. I V - util iz ar tributo com efeito de confisco; V - e s ta b e le c e r limitações ao tráfego de p e s s o a s ou bens, p o r meio de tributos inter esta dua is ou int er municipais, ressal vad a a co brança de pe d á g io pe la utilizaç ão de vias c o ns er vad as pelo P o d e r Público; VI - in st itu ir impostos sobre: a) pa tr im ônio , renda ou serviços, uns dos outros; b) tem plos de qu al qu e r culto (grifo nosso); c) patr im ônio, renda ou ser viços dos par ti d o s políticos, inclusive suas fundações, das en tid ad es sindicais dos trabalhadores, das instituições de e d uca çã o e de assis tênci a social, sem f i n s lucrativos, a ten d id o s os requisitos da lei; d) livros, jor nais , p e r i ó d i c o s e o p a p e l destin ad o a sua impressão. § I o A vedação do inciso III, b, não se aplica aos im postos pr ev is to s nos arts. 153, I, II, I V e V, e 154, II. § 2° A vedação do inciso VI, a, é extensiva às a u ta r q u i a s 1 e às f u n d a ç õ e s instituídas e m a ntid as p e lo P o d e r Público, no que se refere ao patrim ônio , à renda e aos serviços, v in cul ado s a suas f i n a l i d a d e s essenciais ou às delas decorrentes. 1 E n t i d a d e e st a ta i a u t ô n o ma , c o m p a t r i m ô n i o e r e c ei t a p r ó p r i o s , c r i a d a p o r lei p ar a e x e cu t a r , de f o r m a d e s c e n t r a l i z a d a , a t iv i d a d e s t í p i c a s da a d m i n i s t r a ç ã o p ú b l i c a (p. ex.: B a n c o Ce ntr al) . § 3 o As v e d a ç õ e s do inciso VI, a, e do p a r á g r a f o an te ri or não se ap lic am ao p a tr im ôn io , à renda e aos serviços, rela ci on ad os com exp lo ra çã o de ati vidades e c o n ô m ic a s regidas p e la s n o r m a s aplicáv eis a e m p r e e n d i m e n to s pr iva d os , ou em que haja co nt ra p r e st a ç ã o ou p a g a m e n t o de p r eç os ou tarif as p e l o usuário, nem exo ner a o p r o m i te n t e c o m p r a d o r da ob r ig aç ão de p a g a r imposto r el at iv am e nt e ao bem imóvel. § 4 o As ved aç õe s e xpr ess as no inciso VI, alín ea s b e c, c o m p re e n d e m so m e nt e o pa tr im ôn io , a renda e os ser viços rela ci on ad os com as f i n a l i d a d e s ess enciais das e nt id ad e s nelas men cio nad as . § 5° A lei d e te r m in a r á m ed ida s p a r a que os c onsu m id or e s sejam e scl ar eci dos acerca dos impos tos que incidam sobre m e r c a d o r i a s e serviços. § 6 o Q ualq ue r su b sí d io ou isenção, red ução de base de cálculo, c o nc e s sã o de crédito p r e s u m id o , anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou con tribu içõe s, só p o d e r á ser c o n ce did o me dia nte lei esp ec ífi ca f e d e r a l, est adual ou municipal, que regule ex c lu s iv a m e n te as maté ria s ac ima e n u m e r a d a s ou o c o r r e s p o n d e n te tributo ou con tribuição, sem p r e ju í z o do disposto no ar tigo 155, § 2 o XII, g. § 7° A lei p o d e r á a tr ib u ir a sujeito p a s s i v o de obri ga ção tr ib u tá r ia a cond ição de re s ponsá v e l pe lo p a g a m e n t o de im posto ou con tribu ição, cujo f a t o g e r a d o r deva oc or r e r po s te r io r m e n te , as se gura da a imed iat a e p r e fe r e n c ia l restit uiç ão da quan tia pag a, caso não se realize o f a t o g e ra do r pre su m id o. 81 Da leitura do texto co ns ti tu cion a l é de clar eza s in gula r o e nt en di m en to de que é defeso à União, Est ad os, M uni cí pio s e ao Dis tri to Federal, instituir im pos to s sobre templos de q u a lq u e r culto, que te nham co mo fato gerador da obrigaç ão tributária o pa tri m ôn io , a renda e os serviços re la ci ona dos (isto é, d ir e ta m e nt e vinc ulados) com as final ida de s essenciais das e nt ida des nelas m en ci onada s (art. 150, inciso VI, letra “ b ” , do artigo 150). Medidas a serem Adotadas Pela Matriz e suas Filiais > C ui da d os com a te souraria da Igreja. Os tesoureiros da Igreja matriz e das co ngre gaç õe s de vem ter o m á x im o c ui dad o com os d o c um en to s de despesas irregulares. Erros têm ocorrido, não por má fé dos re s po nsá vei s pela área fin an cei ra da Igreja, mas por falta de co nh ec im e nt o e sp ec ifi co sobre o assunto, ou por serem mal info rm ado s. Po r isso, os teso ur eir os auxiliares das c on gr eg açõ es de vem ter a m a io r caute la com os rela tórios fin an cei ro s e com despe sas que não inspirem confia nça , a fim de evitarem pr ej uí zo s futuros. To do s os doc um ent os, c o m pro va nt es de de spesas, dev erão estar, ob rig a to ri am e nte , em nome da Igreja matr iz (ou outra razão social). De maneira al gu ma p od e rã o estar em n o m e de terceiros ou dos própr ios dirigentes. Os re cibos de aluguel das co ngre gaç õe s , bem como os resp ect iv os contratos de locação, de vem estar em nome da Igreja m a tr iz. Na relação desses recibos e con tra tos , deve co nstar a expre ssão: “ co ntrato (ou recibo) de aluguel de s al ã o ” . Não se deve fazer recibo co mu m, referente a pa g am e n to s de conta de luz, água, telefone, farmácia 82 etc; mas, sim, a p res en ta r o próprio do cu men to . Quan do e fe tu ar co mpras em s u pe r m er ca dos, deve-se exigir s em pr e nota fiscal, j u n t a m e n t e c om o ticket da caixa regis tra dora . Exi gir sem pr e a I o via da nota fiscal, pois os segu intes d o c um en to s não p o s su e m cred ibilida de ne m serv em como c o m pr ov a n te s perante o fisco. Quand o a Igreja fizer uma co mp ra por recibo, e não por nota fiscal, existe uma man eira de tor ná -lo válido. Para tanto, o recibo deve ser feito c o n fo rm e o modelo a seguir: A Igreja Evangélica (ou entidade sem fins lucrativos), para os devidos fins, declara haver pago a (nome do vendedor), portador da RG N°_________ e do CPF N ° _____________ , o valor de R $ ____________(_________ ), pela compra de ________________ , usado e em perfeito estado de funcionamento. (Cidade), (data) (mês) (ano) (nome do responsável pela entidade compradora) Declaro ter recebido a importância acima declarada. (nome e assinatura do vendedor) * O b s . E fetu ar rig oro sam en te, até a data do ven cim ent o, os p a ga m e nto s de contas de água, luz, telefone e outras, pois os p a gam e nt os ef e tu ad os co m atraso de um dia j á o n e r a m 1 a Igreja com multas, ju ro s etc. Segu ram en te, muitas igrejas e c on gr eg açõ es têm as suas despesas one radas po rqu e pagam as suas con tas com con sid eráv el atraso. 1 S uj e i t a r , i mp o r o ôn u s, ou o b r i g a ç ã o a; i mp o r p e s a d o s t r i b ut o s. 83 Se as igrejas fizerem tudo c on fo rm e esclarecido aqui, com certeza ficarão isentas de probl em as futuros co m as autoridades fiscais. Desse modo, cada re s pon sáv el deve atentar para estas orientações, a fim de c um pri r satisf atori am en te as suas tarefas. Documentação da Igreja Para c on sid era r-s e uma pessoa ju r í d ic a de direito, e não som ent e uma pessoa de fato, é ne cessário à pessoa ju r í d i c a fo r m a li z a r a sua ex ist ên c ia física, e, para tanto, alguns d o c um en to s são muito im por tantes, sobretudo porqu e a co m p a n h a m a pe sso a ju rí d ic a durante todo o seu períod o de existência. Atos de Constituição De acordo com a na tureza j u r í d i c a da entidade, vários são os docu me nt os c o ns id e ra d os atos co nst itutivos, e x em pli fic at iv am e nt e , m e nc i on am os , para as várias mo da lid a des associativas, o tipo de doc ume nt o que marca a sua constituição. ■ E n tid a d e sem fin s lu cra tiv o s, in c lu siv e fu n d a çã o p rivada. Est a tu to registrado em Car tório de Registro Civil pe ssoas jurídicas. Registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) O Cad as tro Nacional da Pe s so a Jurídi ca (CNPJ) su bstituiu o C adastro Geral de C ontri b ui n te s do Mi nistério da Fa z e n d a (o antigo CGC). Po r isso, os cartões CGC não mais valem j u r i d ic a m e n te a parti r de 01/07/99. Não ocorreu, todavia, qu a lq uer m odif ica ç ão no núme ro de inscrição anterior. 84 D e s d e a data m e nc io nad a , q u a l q u e r registro de inscr içã o, alteraç ão de dados c ad as tra is be m como o c a n c e la m e n to no CNPJ deverão ser proce dido s me d ia n te util iz açã o do D o c u m e n to B á s ic o de En tr ad a do C N P J , da Fi ch a Cadastral da P e s s o a Jur ídi ca (F CPJ), do Q ua dro de Sócios ou A dm in is tr a d o re s (QSA) e da Fi ch a C o m p le m e n t a r (FC). ■ A in scr içã o no C N P J é o b rig a tó ri a para todas as pe sso as jurídicas inc lusive àquelas que como tais são e quip ar ad a s . As pessoas físicas eq uip ar ad as à p e ss oa ju r í d i c a ta m b é m estão ob rig a da s a inscreverse no C ad a st ro N a cio na l da Pe sso a J ur íd ic a (CNPJ) no prazo de n ov e nta dias c o nta do s da data da e q u ip ar aç ã o (Decreto-Lei n° 1.381, de 1974, art. 9o, § I o, alínea “ a ” ). A inscr ição no C N P J não se limita s im p le s m e n te à ex ist ên c ia da p e ss oa ju rí d ic a , ela ta m b é m se est en de à sua estr utura, isto é, o C N P J é uma ne c e s si d a d e do e st a b e le c im e n to da matriz be m co mo de todas as filiais que p o s s u ir a p e ss oa ju rí dic a, todas da m e s m a forma, devem e st a r ins cr ita s no CNPJ. O P e di do de inscrição será e fe tu ad o nas un ida des de cad as tro da Secr et ari a da Re c e ita Fed er al da região do d o m ic íli o fiscal do e sta be lec im en to. Para os e st a be le c im e nt os ma triz e filial, é ne ce s sá rio a seguinte do c um ent ação : 1. D o c u m e n t o Básico de En t ra d a do C N P J (DBE), em duas vias, e ambas de v e m estar d e v id am en te pr e e n ch id a s e assinadas, com fir ma r e c o n h ec id a em cartório, pela pe sso a física re s po ns á ve l pela e m p r e s a perante o CNPJ. A lt e rn a ti v a m en te , e s o m en t e para a 2a via, po d e rá ser ap re se n ta da em có pi a si mples e servirá co mo rec ibo de e nt reg a da FC P J /Q S A . 85 2. F ic ha Cadastral da P e s so a Ju ríd ic a (FCPJ) e Quadro de Sócios e A dm in is tr a d o re s (QSA), no caso de sociedade, (esta ficha é a pr e se nt a da em disquete). 3. Original ou cóp ia a u te nti ca da do ato consti tut ivo d e vid a m e n te registrado. No caso espe cifico de cada filiaL deverá ser a pr ese nt ad o o original ou a cópia a utent ica da do ato pelo qual se de m onst ra a abertura da filial. Nas ci rcunstâ nc ias em que a matriz e a filial se local izar em em E s ta dos diferentes, os atos co nst it uti vos das filiais de vem , ne ce s sa ria m e nte , ter registros em ambos os órgãos de ju ri s d iç ã o para fins deste registro, tanto da matriz quanto da filial. Esta d o c um en ta ç ão deverá assim ser a pre sen ta da para fins do registro j u n to ao FCPJ. Outros Documentos da Igreja As instituições sem fins lucrativos, com o no caso das igrejas e en tidades de outras naturezas, mesm o não tendo emp reg ado s regis tra do s, deverão po ssu ir br ig a to ri am e nt e os seguintes do cu mentos: J > Estatuto. jR. Uma vez que a Igreja foi fun da da e a A ss e m bl é ia Geral E x t ra o r d in á r ia aprovou o estatuto, o pr im eir o passo a ser dado é registrá-lo no cartório c ompetente. 4 > Car imb o do CNPJ. Faz-se neces sár io que se tenha disp oníve l o c ar im bo do CN PJ para a Igreja matriz e suas filiais. ^ > Livro Caixa. A Igreja é ob ri ga da a possu ir um Livro Caixa, contend o o Te rm o de Abe rtura e o de 86 En c e rr a m e nto , o qual, depois de reg is tra do em car tório, deve iniciar a e sc ri tu r aç ã o como Ba la nç o de Abertura. > Livro Ata. V A Igreja é ob rig ad a a p o s su ir tam bé m um Livro Ata d e v id a m e n te registrado em car tório, c ont end o o Te rm o de A be rtu ra e o de Enc e rra m e nto . > D ecl ar açã o de Isençã o do Im pos to de R e n d a de Pes soa Jurídica. Todas as pessoas ju rí di ca s , ainda que ben eficiárias de isen çã o ou imunid ad e, estão sujeitas a obri gação de a p re s e n ta r a nualm en te a de cla ra ç ão de rendim en tos , a tu al m en te de n o m in a d a de cla ra ç ão de Info rma çõe s E c o n ô m ic o - F is c a is da P e s so a Jurídica. R es sal ta -s e que a Re c e ita Federal de te r m in a ser a aprese nta ção de sta de claração, c on diç ão e sse nci al para garantir o be n ef íc io da im un id ad e ou is enç ão do Im posto de Renda. > Ata da eleição da últi ma diretoria. As igrejas e en tidades de outras na tu re za s devem tra ns cr ev e r em Ata a eleição da dir etoria, e pro v id e n c ia r o seu regis tro em cartório. > Outros D o c u m e n t o s Obrigatórios ■ Es c rit ur a d e fi ni tiv a de imóveis; ■ C ont rat o de ces são de direito dos imó ve is ; \ s ■ C ont rat o de locação dos salões alugados, A ma ior ia das igrejas regis tra m em car tório o estatuto e c ad a s tr a m -s e no CNPJ. D esse modo, além de co m et er gra ví s si m o erro de não c u m p ri r as ob rig aç ões exigidas por lei, se s ujei tam ao risco de sofrer e lev ad as multas e outras pe n alid ad e s, de pen de ndo do caso. 87 Documentos Necessários para as Congregações > Livro Ata. S O Livro Ata da c ongre ga ç ão deve con ter o en der eço da mesma, o Ter mo de A b e rt u ra e o de En c e rr a m e n to , além de co nst ar que ela é su bord in a da à matriz, a qual é sua fiel m a n t e n e d o r a 1. Este livro deve ser ass ina do pelo presidente da entidade. No Livro Ata da c o ng re gaç ão , serão transcritos s om ent e os seguintes assuntos: N ú m e ro de memb ros em co m u n h ão ; V N ú m e r o de memb ros ap re se nta do s batismo; N ú m e ro de crianças a pre sen ta das ; v 7 para o v/ / N ú m e r o de casam ent os celebrante; e o no me do pastor \ / N om e do tesoureiro auxiliar, no m e ad o pelo V / diri gen te da congregação; N o m e do secretário auxiliar, no m e ad o pelo x / dir ig en te da congregação; To d o s os casos de m e m b ro s dis ci pl in ad o s p e l a ' - / congreg ação ; A c ong reg ação deve p o s su ir uma cóp ia da ata que deu posse, por tempo in de te rm in a d o, ao seu dirigente. A tenção: A matriz é o órgão central e m an te n ed o r da cong reg ação. Assim, todos os atos civis, re pre sentação pera nte terceiros, isenção de im po s to s , re ceb im en to de verbas, registros, processos, co ntraío s, finan ci am ent os , co n ta b i li d ad e e balanços são da c o m p e t ê n c ia da Igreja matriz, sua fiel mantenedora. 1 Q u e m a n t é m , s us t en ta , p r o t e g e ou d e f e n d e . 88 / > Car tão do C N P J . ' 7' > Ca ri m bo do C N P J . ^ > Livro M ov im e nt o C ai xa.”1 As c o n gr e gaç õe s deverão pos sui r um Livro M o v i m e n t o Caixa, ad quiri do em q u a lq ue r papelaria. Este livro possui duas vias: a prim eir a é de stacável; a seg u nd a é fixa. Deve ser e scr itu ra do com uso de papel car bono. Para se e fe tu ar o traba lho correto e ev itar possí ve is erros, de vem ser obser vad os os seguintes quesitos: ■ Cabe ao te so ure ir o da c o ng re gaç ão e sc rit ur ar todas as receitas e despesas, d e v id am en te com provados. ■ O referido livro deve ser rubricado, assina do em todas as folhas, pelo tesou reiro e pelo diri gente da congregação. ■ O Livro M o v im e n to Cai xa deve ser levado me nsa lm e nt e para a sede m an te ned ora , no prazo má xim o de cinco dias (ou seja, até o quin to dia do mês seguinte), após o fec ha m e n to das contas, para ser c ar im bad o, datado e ass inado pelo tesoureiro oficial. ■ A primeira via do Livro M ov im e n to Caixa, ficará em p o d e r da sede m an tened ora , para fins de co ntabil iza ç ão ; a se gu nd a via ficará fixa no referido livro da c on gre gaç ão, de vid a m e n te rubr ica da pelo teso ur eir o oficial. > Livro de Registro de Casa me nt o. Este livro é do m esm o tipo que se usa para ata, de ven do co nter os term os de ab ertura e de e n ce rr a m e nt o, com a fin alida de esp ecifica de se re g is tra r as cel eb raçõ es de c as a m en to s na co ngregação. > Livro R egi str o de A p resen ta ção de Criança. S e m e lh a n te m e n te ao anterior, este livro tam bé m deve co nt er os termos de aber tur a e encer ra mento. É utiliz ad o com a fin alidade espe cífica de fazer as an otações dos nomes de crianças apresentadas na co ngregação. > Bol et im Inf orm ativo. As co ngre gaç õe s devem e la b o r ar um boletim infor mativ o, para m a nt e r a Sede inf or m ad a de todos os assuntos, a fim de atend er pos síveis e x ig ên ci as do IBGE (Instituto B rasil eir o de Geo grafia e Estatís tic a), con tendo os itens seguintes: ■ Q u a n ti d ad e de celebr aç ão de c as a m en to s ; ^ ■ Q ua n ti d ad e de crianças ap resentadas; J ■ Q ua n ti d ad e de novo s co nvertidos; ■ N úm e ro de m e m b ro s batiz ado s em águas; -/ ■ N úm ero de m e mb ros bati zad os no Espírito Santo; ■ N úm e ro de pe ssoas visitadas (enfe rma s ou n ã o ) \ / pela co m is sã o de visitas da c ongre gaç ão; ■ Outros dados que se fizerem neces sár ios . \ / É vedad o à congreg ação lavrar assuntos estranhos à c o m p e t ê n c ia da mesma, no Livro Ata, sem o co n se n ti m e n to da Igreja Sede. O livro deve ser assinado pelos dirigentes da cong re gaç ão, secretário auxiliar, secretário oficial e pre si den te da ma ntenedora. Aspectos da Legislação Trabalhista Te m se tornad o rotineiro, na ju s t i ç a do Trabalho, a di sc uss ão sobre a base ju r í d i c a da relação de trabalho entre as instituições religiosas e os seus 90 obreiros, os seus funcioná rios e ainda com outros prestad ores de serviços, que a le ga ndo vinculo trab al his ta bus cam obter ganhos sem e lh a nte s aos e m pre ga do s am par ado s sob as regras da Co nso li daç ã o das Leis do T r aba lho (CLT). As associaç õe s e in st itu iç ões civis, org an izaçõ es religiosas, pias, morais, cient íficas ou literárias e as associações de utilidade pública, como sujeitos de direito (pessoas ju rí dica s de direito privado artigo 44, inciso I do Cód igo Civil) serão em pr e g ad or es , nos termos constantes da legislação que re g u la m e n t a as relações do trabalho assalariado, se fi rm arem e, sempre que firm ar em con tra to de trabalho com p e ss oa física, sendo este trab al ho rotineiro, d e s e nvo lv id o sob a d e p en dê n c ia j u rí d ic a do e m p r e g a d o r - por força do contrato ass ina do com o seu empregador com a im pos iç ão de normas e pro c e d im en t o s opera cion ais - e me di a nt e o pa gam en to de q u a ntia p re via m en te est a be lec id a neste contrato, a re tri bui ção pelo trabalho, o salário. Este é o co nceito e st a be le c id o nos artigos 2o e 3o da C o n so li d aç ã o das Leis do T r aba lho e c onsa gra do em toda a nossa ju r i s p r u d ê n c i a trabalhista. As car acterísticas muito espe ciais da Igreja, em seu papel ímpar de tra ns fo rm a do ra das civiliza çõ es, demandam tra tame nto ju rí d ic o espe cial, distinto da qu el e aplicável às demais pessoas ju rí d ic a s , o qual se d e s e n v o lv e rá nas próxim as linhas b us ca nd o de m onst ra r qual o verd ad eiro e nt en di m en to e o fiel vínculo de traba lho firmad o entre a Igreja, en qu an to pessoa ju rí d ic a , e ou seus integrantes, as pe ssoas físicas, irm an a das através daq uel a fé alicer ça da nos fu n d a m e n to s ap regoados pela sua c onfi ssã o religiosa. 91 Do Aspecto Jurídico-Doutrinário do Trabalho Pastoral e de seus Auxiliares - Presbíteros, Diáconos e Demais Obreiros P r ea m bu la rm e nte re ssa lta mo s que a leitura desta matéria, para ser a d eq u a d a m en te in terpretad a e enten di da, deve ser co n si d e ra d a no seu aspecto técnico e ju rí d ic o ; demanda, demais disto, um senti men to de c o m pl e ta indepen dê nc ia, is enção e ética, a fim de que possa ser, so bretudo e le m en to ag lut ina do r de um p e nsa m e nt o de me lh or ia e a per fei çoa me nto nas relações interpessoais do grande povo de Deus em nossa terra. Não se trata de comen tá ri os c o r r o b o r a d o r e s 1 de q ua lq uer t e nd ên c ia política, sequer de polít ic a eclesiástica. Repetidas são as reclam aç ões ju di c ia is de m an da da s por min istros religiosos e demais auxiliares do trabalho religi os o que bus cam receber co nj et ur ad os direitos traba lhis tas por se ju lg a r e m na qua lid a de ju rí d ic a de em pre gad os c el e ti s ta s 2; a mp arad os pelas regras do Dire ito do Trabalho. A Igreja, com o toda a entidade civil (pessoa ju r í d i c a que de sen volve uma atividade civil), alista além das atividades que po de ría mo s c on si de ra r genéricas a todas as en tidades, (tais como, zeladoria, serviços de limpeza, serviços adminis tra tiv os ), outras funções de na tureza espec ifi ca, da essên cia de sua ex ist ên c ia e, sobretudo, def in id or a de sua na tureza jur íd ica . No rol de suas atuações próprias destac a-se a função relativa ao trabalho ministerial que c onte m pl a o 1 D a r f o rç a a; f or t i f i c a r , f o rt a l e c e r , c o n f i r m a r , c o m p r o v a r . 2 D i z - s e de, o u f u n c i o n á r i o c uj o v í n c u l o e m p r e g a t í c i o é r e g i d o p e l a CLT. 92 pasto rear a Igreja; m in is tra r preleções; org a n iz a r e dirigir estudos te oló gic os; controlar, re c o lh er e co n ta r dízimos e ofertas; aj ud ar no preparo e c el e bra r cultos; realizar festas ce r im o n ia is ; realizar c as a m en to s ; dirigir cer imon iais fúnebres; batizar os co nversos; a p re sen tar as crianças; faz er ord en açõ es de obreiros, dentre outras atividades de se n v o lv id a s consoante as n e ce s si da de s da Igreja. Via de regra, estas ações re lig ios as são praticadas por m e m b ro s co ngregados, que na qu a lid a de de fiéis, e em e x c lu s iv o ex ercício de sua fé, pres tam de forma esp ontâ nea, gra tui ta e voluntária a sua pa rcela individual de ajuda, co lab ora nd o com a o r ga ni z aç ã o e e xp ans ão da Igreja. Tr ata-se, este trabalho, de uma pr es taç ão de serviços so lidária à en tid ad e religiosa na c o n se c u çã o do proc ess o de in te gra ção da Igreja na c o m u n id a d e , no de se m pe nh o de sua efet iva parti cipa ção social, na form açã o de uma ver da dei ra base sustentá vel de influên cia religiosa, no alar gam en to das práticas da fé na po pu lação onde se encontra, en fim uma m a io r a br an gên ci a do Rein o de Deus j u n t o à socied ad e, no cu m p ri m e n to do Ide ord en ad o por Jesus Cris to (Mc 16.15). É desta fo r m a que se obser va o c re sc im e n to do povo de D eu s através deste inigualável pr oc e ss o de tr an sf or ma ção da soci ed ad e e do ho me m que só a Igreja consegue pe rpetrar, tra ns fo rm a r o ho me m da c on di çã o de vil pe ca dor em um militante do Ev a ng e lh o por a mo r de Cristo. Não a co nt ec e este cresc ime nto por resu ltad o de inércia. Não te nham os dúvida: a at ividade religiosa, mais do que todas as demais, exige de dic a ç ão com ple ta, e nt reg a co nt in ua da, amor pela obra, e a isso tudo se agrega m ui tí s s im o trabalho. P or ta nt o é 93 in co nce bív el não se admitir a e xis t ên c ia d e um vinculo de traba lho, todavia, como vere mos , ne st a relação não existe pa cto de emprego. Ju ri d ic a m e n te é mais sucin ta a exp licaç ão que tem c o m o norte o fato de que o trab al ho religioso é vocac ion al , sem fun da me nt o e c on ôm i co . A Igreja é entid ad e sem fins lucrativos, e porta nto às suas at ividades não se aplicam as regras da Co ns ol id açã o das Leis do Trabalho, norm a r e gu la m en ta do ra de sti nad a às empresas, aos em p re en d im en to s eco nô m ic os. A atividade relig ios a decorre de dev er da própr ia religião, de se n v o lv id a por co nvicção pe rs o n al ís s im a , vinculada a m o ti v a ç ã o pessoal de in tim i dad e da consciência, q u a n do o religioso, se abdica dos valores terrestres, na bu sc a do bem maior, no c on ti n u a d o no proc ess o de ap erfe iç oa m e nto esp iritu al, que se m a te ria liz a no pr o c e d im e n t o de santi fica ção , caracte riza do pela sep a ra çã o de tudo, em p re ferê nc ia a Deus e a sua obra. O e nt en di m en to deve- se fu n d a m e n ta l m e n te ao fato de que esta labuta tem um a es s ê nci a diversa da relação tra ba lh is ta celetista, a ela é estr anh a, superior, de dim e n s ão maior. A celet is ta é terre na por natureza, a reli gio sa ocorre na terra, por ci rc un st â nc ia, porém a sua na tu re z a é divina. Não se tr a ba lh a para o homem, seq ue r para o irmão, senão para D eus, e o traba lho para Deus não está sujeito à lei dos ho m e n s, mas sim às re tri bui çõe s por Ele, Deus, re s er va da s a cada um segun do a pe rs on al ís s im a de dic aç ão a sua obra (“Ora, o que pla nta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu ga lardão, segundo o seu traba lho. I C o 3 .8 ” ). Esse pa nora m a g a la r d o a d o r pode ser id e ntif ic a do em todo o cenário bíblico , co m ênfase em suas última s letras, quando em A po c alip s e 22.12, co ncl ui -se que: “Eis que cedo venho, e o meu galardão 94 (a m inh a re co mp ens a) está comigo, para dar a cada um segundo a sua o bra ” . J uri dic am ent e, o traba lho religioso não se e nq ua dra no am biente celetista, pois que não permite a el abo ra çã o de contrato, visto que não se e nco ntr a nesta relação, interesses opos tos , pe ns a m e nto s difere nc iad os , razões que fun da m e nt am a ex ist ênc ia de um contrato. Não existe te cni cam en te obrigaç ão fir ma da entre as partes, onde alguém se co ns tr an ge a dar, a fazer, ou ainda, a não fazer, alg uma coisa em proveito de terceiro. Não se ob ser va nos deveres religiosos, a sujeição do crente para com a Igreja, ao contrário identifica-se a gen ero sid ad e, que levam as pessoas a aderir em livre e e sp o n tâ n e a m a ni fest ação de vontade caracte rís tic a do espírito de fé. Por ser uma relação religiosa sua essê ncia é divina, devendo ser in te rp re ta da segundo o Cód igo Divino, que é no sentido de que, c onf orm e João 10.11: “ O bom Pastor dá a vida pelas suas o v e lh a s ” . Esta afirm aç ão nos traduz, ser a vida pastoral, uma vida de entre ga total, uma vida de sacrifícios, uma vida muitas vezes destituída de regalias, so bretudo no que tange ao seu aspecto material, e c on ôm i co , em bora de vam os co mo cristãos não a dm iti r um trata me nto humi lh an te aos nossos pastores e demais obreiros, que se e m p e n h a m na obra de Deus. Vínculo Empregatício do Pastor e a Lei Previdenciária A legislação atual e sobretudo o D ecr et o 3.048 de 1999, com alteraç õe s posteriores, class ifi ca com o co ntribu inte indiv idu al , dentre outros, o minis tro de co nfissão religiosa, que na legislação anterior era c on tri buin te por eq uip ar aç ã o ao profissional aut ôno mo. 95 recolhendo a sua co n tr ib u iç ã o à P r e v id ê n c ia Social nesta m o da lid a de de contribuinte, através de uma tabela bá sica de contrib uiç õe s prev ide nci ária s, e st ip ula da com base em períodos de inters tíc ios de pagamentos. C on so a n te a lei previde nci ária , não se co nsi de ra como re mu ne ração , direta ou indireta, para fins de co n tri bu iç ã o pre videnciária, as im port ânc ia s pagas pelas en tid ad es religiosas e in st itu iç ões de ensino vocacional ao min istro de co nfis são religiosa, membros de ins tituto de vida c onsa gra da, de congre gaç ão ou de ordem religiosa em face de seu mis ter ou para sua sub sis tê nci a desde que for necidos em condições que in d e p en d a m da n a tu re za e quan tid ad e do trabalho executad o. Em outras palavras, e ap lic an do -s e a realidade c ot id ia na das nossas Igrejas, po d e m o s afirmar que o valor que se paga ao Pa st or da Igreja como retribuição a sua dedica ção ex clu si va a obra do Senhor, não é j u ri d ic a m e n te , c on sid er ad o rem un e ra çã o, inclusive para fins do INSS, em c o n so n â n c ia com o en ten di me nto que o Pa st or não tem vinculo traba lhista regido pela C o n so li d aç ã o das Leis i do T ra ba lh o e, portanto, não tem remuneração. O Pagamento da Contribuição Mensal O p a ga m e nto da p r e vi dê nci a social a ser efetuado pelo pa st o r in de pen de de qua lq uer en vo lv im e nto da Igreja, que j u r i d ic a m e n te não tem qua lqu er vínculo posto pela legislação p r e vid e nc iá ri a decorrente desta relação. Por tanto, cabe ju rí dic a , únic a e ex cl us iv a m e nt e ao pastor fazer o seu pa g a m e n to mensal à P r ev id ê nc ia Social, na qualida de de co ntri buin te 96 in div idu al , atent and o para que o v a lo r base de sua c o nt ri bu iç ã o esteja entre os valores m ín im o e m á xim o do sal á rio -d e- co ntr ib ui ç ão . Não mais se a pli ca a antiga ta bela de esca la de salário-base. A Igreja, por seu turno, d e ve r á fornecer ao pastor o recibo de p a gam en to de seu re ndim en to mensal, e vid en c ia ndo o valor da rem u ne ra çã o, a im p o r tâ n c ia desconta da, a iden tif icaçã o da Igreja com o n úm e ro de inscrição no C N PJ e a iden tif ic açã o o c on tr ib u in te (no caso o pastor) e v id e n c ia n d o o seu n úm e ro de inscr ição no INSS. Questionário ■ Ass in a le com “X ” as alternativas corretas 6. To d o s os do c um en to s, c o m p ro v a n te s de despesas, dev erã o estar, obri ga tor ia me nte , em n om e a ) 0 D a Igreja matriz (ou outra raz ão social) b)l I De terceiros c)l I Dos próp rios dirigentes d)l I D o tesou reiro 7. U ma vez qu é a Igreja foi f unda da e a A ss e m b lé ia Geral E x t ra o r d in á r ia ap rovou o o pri m ei ro passo a ser dado é reg istrá-lo a)| I Livro Ata b)| I Li vro Caixa c)| I Livro de Inspeção do Traba lho d)lx1 Es ta tu to 8. U m dos ma ior es erros j u rí d ic o s que uma Igreja pode cometer é a)| I E n t re g a r à R ec e ita Fe deral, sua declar aç ão de is enç ão do impo st o de r e nda de p e ss oa j u rí d ic a b)| | Pr o v id en c ia r a in scr içã o de ta xa de fu n c io n a m e n t o e p ub lic id a de 97 c ) 0 - Regi str ar em Car teira Pr ofission al de Traba lho e Pr evi dê nc ia Social o seu pastor d)| I C on tri bu ir para a Pr e v id ê n c ia Social, através do carnê ■ M ar q u e “ C ” para Certo e “E ” para Errado 9.1771 Pelo reg ula m en to do Im po s to de Renda, a Igreja é o br ig a da a possuir um Livro Caixa 1 0 . ® Os pastores são obri ga do s a inscrev er -se no ISS (Impo sto Sobre Serviços), na P r ef eitu ra Mu nicip al 98 Lição 4 O L íd er l Características da Vida de um Líder J Toda p e ss oa tem qualidades. Um líder em especial tem q u a lid a des que pod em ul tr ap a ss a r as de seus liderados e lhe gara ntir essa posição. No entanto, exist em c ar ac te rís tic as pos itivas e ne gativas, e ambas infl uenciam os liderados. O fato de uma pe sso a ser líder não si gnifica que não tenha defeitos. O líder prec isa ter sab ed ori a para a dm in is tr a r suas carac terís ticas negativas ou aquilo que pode refletir ne g a ti v a m e n te em seus liderados. As imperfeiçõ es na vida de um líder não o to rn a m inútil' para o trabalho. No entan to , ele não pode c o n fo rm a r- s e com os pro bl e m a s que tem sob o risco de se ver ab sorvido por eles. Não são os liderados que ti ram um líder de seu posto, mas, sim, a i n a b i l i d a d e 1 dele em saber a dm in is tr a r os seus pontos falhos. Os segr edo s mais íntimos de um líder env olv em as áreas mais profu nda s da sua vida. São nestas áreas que ele prec isa ter mais ha bi lid a de e destreza para que não seja de rrubado por si próprio. Q u a li da de s e s p i r i t u a i s . Q u a lq u e r p e ss o a que queira liderar o povo de Deus ou as or g a n iz aç õ e s que tra ba lh am em prol do 1 I ná bi l - q u e n ã o d e s a j e i t a d o , i napto. é h áb il ; s em 99 destreza ou competência; Reino, prec isa ter as qualidad es espiri tua is como p ri or id ad e absolu ta de sua vida. O m a io r segredo que um líder pode ter é possuir uma vida espiritual tão e x tr a o rd in á ri a que cause vontade aos outros de imitálo. Lo g i ca m e n te isso acontecerá pelo e xem plo prático que ele re fletirá nas pessoas, e não através de um ma rk et in g pessoal que pode ser for jad o a qua lquer tempo. Todo líder deve procurar, a todo custo, ser irr epr eensível. Não deve haver mot ivo para que algum liderado ch egu e até o líder e diga que ele não está c u m p ri n d o este ou aquele m a n d a m e n to bíblico que ensina. O texto de Daniel 6.5 diz que os inimigos de Daniel não c on seg uir am achar nad a de errado nele. Então, pa ss a ra m a procurar algo em que pudessem sur pr e en dê -lo na lei do seu Deus e não conseguiram. D epois, p re pa ra r am uma armadjUia^para Daniel ir para a co va dos leões. Daniel foi^ i j r e p r e e n s í v e l ^ m sua vida, e esta regra faz parte do maior segredo de um líder. Q u a l id a d e s m o r a i s . Par a ser líder no Reino de Deus é preciso que a sua vida seja limpa. Um líder deve cuid ar da sua vida moral, assim como cuida de seus próprios olhos. Q uan do seus olhos não en xer gam bem, você usa óculos ou lentes para ver melhor. Se na sua vida moral houver sujeira, você não co nseguirá ver direito os caminhos pelos quais deve con duzir o povo de Deus ou a org a ni z aç ã o que você lidera. U m líder de sm o ra li za do ja m a is co nseguirá d e s e n v o lv e r o seu trabalho no v a m en te , pois o povo não acredi tará mais nele. Por não co n se g u ir de rrubar os líderes de outra forma, Satanás tem us ado este artifício em todos os tempos. Líderes de todas as épocas têm caído por causa d e ^ d i n h e i r o ^ s e x o )ou qu al qu er outra 100 co isa que traz s om ent e p ra z er mo me ntâ ne o. O que vem na seqü ên ci a é a a ni quila ção da carreira. Até m e sm o Davi caiu no pe ca do de adultério e sofreu co nse qüê nc ia s desas tro sas em sua vida. Deus p re c is a de líderes limpos, que te n h am uma visão clara e sem distúrbios. Li der an ça sem m o ral id ad e é ilusão. De us ta m b é m quer líderes que te nham o desejo de ser limpos por caus a dele e não por m ed o dos seus liderados. Em Gênesis 39.9, José se negou a m a nt e r re lações sexuais com a m u lh e r de Poti far não por c au sa do que as pessoas fa la ria m dele, mas porque ele não de sej av a comet er esse peca do co ntra o Senhor. Ele q ue ria ser jpurõ /aos olhos de Deus. Este é um seg re do da lid erança que não te m preço. Você pode não c on se gu ir pra ticar todas as regras para tor nar-se um líder ex cepcional, mas, se tiver fuma vida l i m p a ^diante de Deu s, a sua visão clara das coisas o levará a atin gir obje tiv os significativos. Q ualidades pessoais. Todo líder pos sui car acterísticas de finida s. Algun s são mais org a niz ad os que outros. Uns são ex tro ve rti do s até dem ais, outros falam s om ent e o ne cessário, e assim por diante. No entanto, ex is t em algu ma s qua lidades pe sso ai s c om as quais cada líder deve preoc upa r- se, e que p ode m se c onst it ui r em verda deiro s segredos para o suces so na liderança. > As qua lificações n e ces sár ia s de um líder. \ / O líder pre c isa ter ideal, e, aliada a este, ter '|VÍsão, ialma e olhar de c o n d u to r de vidas. Se gue -se a tenac ida de aliada à serenidade. E m seguida, s e gu r an ç a e confiança, que, ao lado da simpatia, a ute nti ci da de e c om un ic aç ão , fo r m am o perfil do líder cristão. 101 No m ín im o as seguintes q u a lid a des podem ser destacadas: ■ Fé (aceita os desafios do mom en to); \ J ■ C ora gem (não cede aos derrotistas); V ■ A mo r (imparcial para prod uz ir c o n fi a n ça mútua v em seus seguidores); ■ D e te r m in aç õ e s (toma decisões q u a ndo outros V vacilam); ■ H um il d a de (adm ite seus erros. “É uma virtude que resu lta do senti men to de nos sa s u b m i s s ã o ” ); ■ Paci ênc ia (Lc 21.19; 2Co 6.4; Hb 10.36); \J ■ En t u si a s m o (inclui o otim is mo e a e s p e r a n ç a ) ; 4 ■ B en ig nid ad e (aplicação do amor fraternal); \J ■ C o m p e tê n c ia (exige de si eleva dos padrõ es de d e se m pe nh o pessoal), a co m p et ên c ia e o espírito ^ de iniciativa, que é o “ partir para a a ç ã o ” , são ig ua lm en te b a s i l a r e s 1. C o n fi a nç a (SI 40.4); \l D is ci p l in a (é capaz de dirigir outros porque ^ d is ci pl in ou -s e a si mesmo); Integridade (tr ansparente em suas atitudes e sj relações); t Espírito de servo e capac ida de ad m in is tra tiv a ; ^ Persistên cia ; ^ O b je tiv id a de (não se interessa s om ent e por atividades, mas procura atingir os obje tiv os ); . Tr e in a m e n to (a Igreja de Jesus Cristo prec isa d e ^ líderes sadios, sábios e objetivos); P e r s u a s ã o 2 (persuade seus liderados a se V dedica rem); J 1 E s se n c i a l , f u n d a m e n t a l , básico. 2 C o n v i c ç ã o , c e rt e za . 102 ■ T ol e râ n c ia (o líder deve ter co mo meta m u d a r o qua nt o puder, e tolerar os demais); ■ Lea ldade;y ■ ■ ■ ■ ■ H um or; ^ , D is ci p l in a própria (Pv 16.32); v P r ud ên c ia (evite os perigos); \ / T e m p e ra n ç a (mode raç ão, so br ie dad e, e c o n o m i a ) / ' J us ti ç a (dar a cada um o que lhe c orre spo nde ); V R e c o n h e c im e n to (méritos de terceiros); C on tr ol e emoci onal (não e x t r a v a s a ) ; \J ■ Eq u i li b ra d o - Atos 6.3 d esc rev e o equilíbrio desejado: boa reputa ção (cf. l T m 3.2), plen itude do Espí ri to Santo, plen itude de sab ed ori a e de fé ( l T m 3.5). Motivações - “O Que Deve Impulsionar Um Líder?” Recompensa. Não é in dig no para um líder tra ba lha r esp e ra n d o alg uma reco mpens a. Po rém, não de vem os es p e ra r uma r e c o m p en s a material, mas celestial (aliás, uem tr ab al ha e sp er an do r e c om pe ns a s materiais não e nt e n d e u o bê-á-bá da lid erança cristã) A Bíblia nos a pre sen ta as rec om pe ns a s cele stia is com o sendo um forte im p u ls io n a d o r de nosso serviço cristão. Os líderes são ex or ta do s a ficarem firmes tendo em vista a rec om pe ns a . Em 2C rôn ic as 15.7 lemos: “Vós, porém, e s f o r ç a i - v o s , e não d e s f a le ç a m as vossas mãos; porqu e a vossa obra terá u m a r e c o m p e n s a ” . Paulo em F i l i p e nses 3 . 1 3 , 14 fala co mo a e xpe ct at iva de um ("prêmio celestiaT) o i m p u l s i o n a v a a um serviço perfeito. Em IC orí nt io s 3.8 ele nos m o s tr a que os crentes serv em a Deus em 103 funç õe s variadas, mas todos re ceb er ão do Se nho r algo em comum: galard ão segu ndo o seu trabalho. “Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão, segun do o seu tr a b a lh o ” . Por fim em C ol oss en ses 3.23,24 lemos: “ E, tudo qua nto fizerdes, fa zei-o de todo coração, co mo ao Se nh or e não aos ho me ns, sabendo que recebe re is do Se nhor o galardão da herança; porque a Cristo, o Senhor, se rv is ” . M a tu r id a d e dos C r e n t e s . ^ Todo o nosso traba lho na causa do Mestre preci sa visar à ed ificação, ao c resci me nto espiritual do nosso irmão em Cristo. Que privilégio, na c ondiç ão de líder, ajudar o irm ão a cre scer em direção à maturidade. Paulo diz que tra ba lh av a a rdu am ent e para c onduzi r os crentes à m at ur id ad e (Cl 1.28,29). Pedro diz: “ Servindo uns aos outros co nf orm e o dom que cada um r e c e b e u ” ( I P e 4.10). Em suma, o nosso serviço visa a edificaç ão de nossos irmãos, ob je tiv ar o seu cre sc im e nt o cristão. Glória de Deus. ^ A glória de Deus deve ser o nosso principal fator de motiva ção. Paulo em IC orí nt io s 10.31 rec om en d a que façamos tudo vis ando à glória de Deus. Ao planejar, pe nsar em progr ama s, d e se nvo lv e r atividades, faça a si m e sm o esta pergunta: Isto contribui para a glória de Deu s? A lider an ça cristã deve ter com o objetivo essencial a glória de Deus. O que nós prec isa mo s desejar a rd en tem en te é que Deus seja adorado, engran dec ido , honrad o, louva do em c o n se q ü ê n ci a de nosso trabalho, mas que s om ent e Ele rec eba a glória. Duas palavras finais: T ra b a lh a r no Rein o de Deus é um privilégio. N e nh um de nós é m e re ce do r 104 ( l T m 1.12). To d o s nós devem os re co nhe cer , após termos feito tudo, que de fato só fize mo s a nossa obrigação (Lc 17.10). Deus é justo. N a d a do que viermos a fazer para a glória de Deus, pela Sua causa, será e sq ue ci do pelo S e n h o r (Mt 10.41,42). Em Hebr eus 6.10 lemos: “ Po rq ue Deus não é injusto, para se e sq u e c e r da vossa obra, e do am or que para com o seu no m e mostrastes, por quan to servistes aos santos, e ainda o s e r v is ” . Aperfeiçoando o Líder A pr e se n ta m o s alguns itens que de vem ser de se nvo lvi do s na vida do líder, para torna r- se padrão de boas obras (Tt 2.7) e c u m p ri r de fo rm a irrepreensível o seu ministério. (01) A vida e pa lav ras do líder (o pro pós ito dev e ser \ J servir, e não ser servido). (02) De ve p ro c ura r sempr e a glória de Deu s e n u nc a V a sua próp ri a (Jo 5.44). (03) Te r c o m o base de r e la ci on a m e nto o amor. ^ (04) C o n h e c e r as manei ras de mo tiv a r o grupo, a / fim de que este possa d e s e m p e n h a r o seu papel v no pla no de D eu s aqui na terra. (05) Cortesia, cuja finalida de é re s pe ita r os d i r e i t o s , ^ / opiniõ es e s en ti me nto s das outras pessoas. (06) Sin c e rid a de (na da de oport un is mo) . \ J (07) A pr e se n ta r um bom senso de humor, sorrir qua nd o ne ce s sá rio e ex pr e ss ar amor, c o n fi a n ça e c o m p re e n s ã o no tom da voz e na e xp re ss ão facial. 105 / (08) Tr a ta r os irmãos com na tu ra lid a de, dip lomacia e tato, não perdendo o con tro le da voz ou falar ^ fora de turno. (09) Ter controle emo ci ona l, re ve la do no fruto do Espírito: não pode tra ns m it ir medo, ódio, inveja, avareza, de sconfian ça, ira, etc. j ( 10 ) Ex pr es s ar - se afetivam ente em público. J ( 11 ) Ser hábil em in cen ti var e in s pi ra r outros a V e xe c uta re m o seu trabalho. (12) T e r interesse sincero nos de talhes da vida de •/ seus superiores, pares e cooper ado res . Funções do Líder ■ Pr ev is ã o e visão dú vida, análise dos c irc un stâ nc ia s do futuro, imaginação que env olve , sem som bra de a co n te c im e nt os do passado, das pres ente e das tendências do e rapidez de rac iocínio. ■ P la n e ja m e n to que e n vo lv e algu ma s análises prelim ina res: es ta be le c im e nt o de obj etivos, escolha dos meios para a re al iza ção do pla nejamento, co ntro le da situação e avaliação do realizado. * O ut ra impo rt ante função da lide ra nça é a defesa. E dentro disso, vale ressaltar, a p o s tu ra apologética diante das ameaças à doutrina, às pos turas e aos valores da instituição. Estilos do Líder O termo liderança to rno u- se tão c onf us o que vem sendo usado como q u a lq uer tipo de inf lu ênc ia de um ind iv íd u o sobre outro, po de n do ir desd e a persuasão lógica até a mais brutal d o m in a ç ão física. 106 Atualmente, surge uma no va in te rp reta ção de liderança. Vários autores procu ram ev id en c ia r o pr o b le m a através de seus conceitos. “Talvez ansio so s por enco ntr are m uma definição para liderança, os teóricos da a dm in is tra ção tentem visualizá-la em termos de estilo. Ao us arem uma ex pre ssã o tão ampla, com certeza busca de sc re ve r a maneira com o a p e ss oa opera, e não o que ela é ” . Não tem c ab im en to , então, falar-se de líder “n a t o ” ou “qua lid ad e de lí d e r ” , uma vez que tãosoment e a c ir c un st â nc ia dirá que me mb ro de grupo, na q u el a ocasião, é o mais indicado para as s u m ir a liderança. Estilo, assim, vem a ser o “ som ató rio do tipo de ação de se n vo lv id a pelo líder no cu m p ri m e n to de sua liderança, e a m an ei ra como o perceb em os que ele pro cu ra liderar, ou os que po de m estar obs er van d o de fo r a ” . Dentro da organ izaçã o, po de mo s ter os seguintes estilos des e n v o lv id o s pelo líder: A u t o c r á t i c o 1. ^ Esse estilo d e se s tim ula inovações, pois o au tocrático vê-se a si próp rio como indis pe nsá vel e deix a que o grupo vá deb ili ta nd o através de de bat es sobre questões sem impo rtân cia . Porém, as decis õe s import ant es são to ma da s por ele. Burocrático. Esse estilo pre s su põ e que q u a lq u e r dificu lda de pode ser afa sta da qua ndo todos acatam os re g ula me nt os, e o líder é uma espécie de n e g o c ia d o r entre as partes e a to m a d a de decisão resulta de um critério parlamentar. 1 G o v e r n o c o m p o d e r e s i l i m i t a d o s e a b so l ut os . 107 Democrático. N esse tipo de am biente o líder ped e e leva em co nsi de ra ç ão as opiniões do grupo antes de tomar decisões; a r e s po ns a bi lid a de é co m p ar ti d a pelo grupo. O líder dá e xp lic aç ões e aceita as críticas. Os membros do grupo têm liberdade para o trabalho e a esc ol h a dos subgrupos e c oord e nad ore s respectivos. L a i s s e z - f a i r e 1. Não c heg a este a se c on st it uir p ro pri am e nt e um estilo, pois a função do líder rest rin ge -s e apenas na tarefa de ma nu te nçã o. Por ex emplo, um pa st or estará sujeito a e xe r ce r uma autoridade apenas nom inal à medida que a lidera nça mostrar-se in te re ss a da somente em sua negaç ão , e nqu ant o que os po rm e no re s de que depend e a org a niz aç ã o são deix ados para outros executarem. Paternalista. Ness e estilo, o líder é cordial e amável. E muito adotad o nas igrejas e, por isso m esm o, produz indiv ídu os im at uro s depois de certo te mp o porque de sen vol ve o c r e sc im e nt o apenas dos líderes e não dos elem entos do grupo. P a r t ic ip a t iv o . Na e str utu ra pa rticip ativa há um grau elevado de relações interpessoais saudá ve is, e os membros d e m o n s t r a m grande identifi ca ção com o grupo. Há mais amizade, ma ior c o n h e c im e n to dos an tec edentes, ha bilidades e interesses dos demais 1 D o u t r i n a d e f e n d i d a p r i n c i p a l m e n t e p o r A d a m S m it h, e q u e t eve o r i g e m na F r a n ç a e na G r ã - B r e t a n h a , s e g u n d o a q ua l os p r o d u t o r e s d i z i a m ao g o v e r n o l a i s s e z - n ou s f a i re , isto é, d ei xe nos agir, o q ue i m p l i c a v a a não i n t e r f e r ê n c i a g o v e r n a m e n t a l . 108 m e m b ro s , moti va ção mais in te ns a pelo trabalho e os su bg ru pos e sp ont ân eo s são em m a io r número. Aqui o p r o b l e m a é a de mo ra da ação em te mp os de crise. A Influência do Líder nos Liderados Todo líder ex erce infl uê nc ia em seus liderados. Esta influên cia pode ser pos iti va quando ele está c on sc ie nte de seu papel e pr oc u ra dar o me lho r de si m e sm o naquilo que faz. Pode ta m b é m ser negativa se ele tem uma vida d e so r ga ni z a da e sem rumo. Não se pode ne gar a inf lu ên c ia natural do líder sobre os seus liderados. F r eq ü e n te m en t e há liderados que tentam imita r as atitudes de seus líderes nas pró prias vidas. A c o n v iv ê n c ia provo ca isso inc on sc ie n te m en te . Por isso, é preciso tomar muito c uid ad o co m as atitudes e p r oc e dim en t os. Um aspecto ne gativ o da vida de um líder pode ser tran sm itido a outros, sem que se perceba. Um dos segredos do líder é saber exer cer sua infl uê nc ia sem que os outros p e rc eb a m , e sem im p or sua vontade. Quando isso ocorre, difi cil m ent e ele será c on te s ta d o e sua liderança será sempr e re forçada por sua inf lu ên c ia natural sobre as situ açõ es e as pessoas. Além da infl uên ci a natural, o líder prec isa e x e r c e r o dis cipulado, que é uma infl uên c ia planejada. O dis ci pu la do surge da vonta de de que mais pessoas se d e s e n v o lv a m para a lid erança e se cap acitem para o b om de se m p e n h o desta função. D is ci pula do não é s om en te a trans mis são de dados ou inform açõ es sobre a fé cristã, ou a form a de liderar, mas, sobretudo, tr a n s m is sã o de vida. No entan to , pra você e x ercer o d is c i p u la d o é preciso c o n si d e ra r alguma s coisas: *■ Se a sua vida tem algo a t r a n s m it ir a alguém, ou se você fará uma vítima através do seu discipulado. 109 ■ Não criar di scí pul os dep end en te s de você. ■ Não s ub est im ar as qu alida des do discípulo. Questionário ■ Assinale com “X ” as al te rnativas corretas 1. É incerto dizer que a)| I Todo líder possui car acterísticas de finidas b ) [ > ^ 0 fato de uma pesso a ser líder si gnifica que não tenha defeitos c)l I O líder prec isa ter ideal, e, aliada a este, ter visão, alma e olh ar de co n du to r de vidas d)| I As im pe rfe ições na vida de um líder não o tornam inútil para o trabalho 2. Para se aper fei çoa r o líder não deve a)| I E xp re ss ar -s e afet ivam ent e em público b)l I P ro cur ar sempr e a glória de Deus e nun c a a sua própr ia . c ) 0 . T e r o pro pós ito de ser servido, e não de servir d)l I Te r si nceridade, nad a de o po rtu nis m o 3. Há um grau elev ad o de relações in te rpe sso ai s saudáveis, e uma grande ide ntificação co m o grupo a)l I Pate rna lis ta b)l I Buro cr ático c)| I Laissez -faire d)[§L Participativo ■ M arque “C ” para Certo e “E ” para Errado 4.1X1 O estilo autocr áti co de se s tim u la in ova çõe s, pois o vê-se a si próp rio com o indispe nsá vel e as decisões importantes são to ma da s pelo líder 5.ÍL1 Além da infl uên ci a natural, o líder prec isa e x erc er o discipulado, que é uma influên cia pla nej ada 110 Autognose1 e as Marcas da Vida K-b A u to g n o s e é o c onhec im e nto que cada líder deve ter de si m e s m o . / N ã o basta o desejo de ser o e xe mp lo , se você não sabe o que tem dentro de você para e nsi na r aos outros. Às vezes, pode m exi st ir em você tantas coisas ruins que isso o coloca rá em situação de d úv id a diante de seus liderados. O h om e m é um labirinto e poucos se c onhece m a si mesmos. Todos têm prob le ma s, inclusive os líderes. C om o seria possível liderar e ajudar outras pessoas sem pos sui r uma visão de sua própr ia estrutura em o ci o n al ? É prec iso fazer isto para ev itar a hipoc risia no E v a nge lh o em que vivemos. Te mo s dif iculdades em nos auto-aceitar. Às vezes olh a m os para os nossos pro bl e m a s internos com o se eles não e xis ti sse m, ou então es c o n d e m o s as dificuld ad es. Há, ainda, os que dizem: “ sou assim mesmo, não tem j e i t o ” . P rec is am os ser nós me sm os. E ne cessário que s aib am os dos nossos próp rios pr obl em as e nos c o n sc ie n ti z em o s deles. De vem os rec on hec er a di m e ns ão de nossas limitações e saber até aonde vai c ap ac id ad e no ssa e a de Deus. C o n fo rm e o hom em c on hec e os seus pro bl e ma s, ele passa a pe rce be r as marcas exist ent es em sua vida. Marcas que, às vezes, prec isa m de rem éd io e cura. E preciso curar a mente, as em oçõ es , as le m br a nç a s desagra dáv eis etc. Só por meio da oração é que a libertação será possível. O texto de Ro mano s 12.2 fala sobre a r en ova ção da mente, e isso si gnifica cura interior. Muitas vezes a mente serve com o um reser va tór io para 1 C o n h e c i m e n t o d e si me smo. 111 gu ar da r a raiva que se ma nif est a em nós. É preciso e ntre ga r ao Senhor todas as mágoas, pequen as e grandes, até mesm o as da infância. Alguns pre cisam de cura para mágoas pro fu ndas causadas por probl em as de for mação (rel a c io na m e nt o com os pais). Outros, por alguma coisa que fizeram (adultério, por exem plo ). Há outros ainda, que precisam de cura para algo que aconteceu (acidente), ou para livrar-se de algum preconceito (defeito físico). De ve m os receber o perdão e també m perdoar aqueles que pe car am c ont ra nós. Aí será possível viver uma vida feliz e estaremos pron tos para servir a Deus c o m o líderes. A pessoa do líder é funda mental no de sen v o lv im e n to das igrejas e or gan izações. Líderes d e sp r eo c up ad os com a própr ia vida para nada serv em a não ser para causar mais proble ma s. O líder deve fazer uma au to-análise de sua vida, olh ar para suas emoções e verificar suas qualidades. Ver se está realmente pro nto para liderar. Quan do estiver, col oque- se nas mã os de Deus e Ele o usará no traba lho do Reino. Este é um segredo que o levará a ser um líder mais firme e autêntico. Liber ta ndo-s e das feridas do passado, sua visão do futuro estará fir mad a em barreiras superadas. Deveres dos Líderes ■ Todo líder deve sentir o que todo mund o sente. O dia que o líder não co n se g u ir isto estará isolado e fora da realidade. ■ Todo líder deve chorar, m esm o que seja com a cabeça enfiada no tra vesseiro, durante toda uma noite, para am an he c er com a garganta doe ndo e ardida. 112 Todo líder deve usar no vocabulário: obrigado, parabéns, feliz aniver sár io, muito bom. Todo líder deve orar d iaria me nte p e di nd o \ j hum ildad e, honra, sabedoria, d is ce rn im en to , tudo para a glória de Deus. T od o líder deve c om pa r til ha r do s ofri m e nto do lvJ m enos fa vore cido, para saber o que sentem e tornar os seus pró pr ios senti me nto s mais sensíveis. Tod o líder deve ter uma mente tão pur a que não c onsi ga sequer pe ns a r em um palavr ão e, muito menos, e x p re ss a r seu sen timento, falando-o. To do líder deve sentir a perda de um liderado seu com o tendo pe rdi do uma parte do seu próp rio corpo. To do líder decisões. deve dar e xem pl o de fi r m e z a nas V Tod o líder deve ex pr e ss ar seus s en ti m en to s aos seus liderados para lhes m os tra r que ta m b é m é de carne e osso. / To do líder deve pe ns a r nos mais fracos na hora de ^ e x p re ss a r seus sen timentos. O Que o Líder não Deve Ser e Fazer / N e n h u m líder deve ser hipócrita; * N e n h u m líder deve mentir; ^ / N e n h u m líder deve ser maledicente; V N e n h u m líder deve permi tir que seus s en ti m en to s o traiam; Nenhum líder deve e s c on de r s en ti m en to s %J p r oc ur a ndo a pa re nt a r o que não é. 113 Moralidade sem Segredos Nen hum segredo de sucesso de um líder pode salvá-lo da ruína se ele tiver segredos em sua vida moral. O tempo tem m os tra do que os líderes n o r m a lm e n te ch egam à ruína por causa de sexo, di nhe iro e poder. Todos estes fatores estão ligados à vida moral de um líder. Alguns líderes são imorais em sua pe rs ona lid ad e. Outros falh a ra m nu m deter min ad o m o m e n to de suas vidas, c o locan do tudo a perder. O Líder e a Vida Moral N ã o d a r l u g a r à a p a r ê n c i a do m a l . v ' Alguns líderes são extrov er tid os , ex tr e m a m e n te abertos, go st am de brincar, tocar em todo mundo, e outros não. No entanto, existe uma série de atos e ex pressões de uma pesso a que dão m arge m a inúm er as interpretações por parte das outras pessoas. Tod o líder deve le m b ra r que seus atos, ex pr e ss ões e palavras são obser vad os . Isto significa que uma atitude, por bem in te nc io na da que seja, pode dar lugar à aparência do mal. Assim, um líder deve pe nsa r antes de falar ou agir. Po r outro lado, sua vida moral deve ser tão tr a ns par ente que nunca dê margem para alguém levantar uma s us pe ita ou acusação. Pode mo s lemb ra r qua nd o Paulo rec omenda, no N ovo T e st am ent o, que os bispos sejam irrepr een sí veis ( l T m 3.2). Ser irrepreensível não significa c onse gui r e s c o n d e r as coisas que você faz, de tal form a que n in g u é m consig a acusá-lo, mas, sim, ter uma vida limpa que possa ser e xi bid a sem co nst ra ngi m ento. 114 Um líder cai naquilo em que se acha forte..7 N o r m a l m e n t e um líder não toma cuidad o em áreas de sua vida em que se acha forte. Nos setores em que uma pess oa r e c o n h e c e que é fraca, tem cu idados e precauções. A ca da min uto obser va para que nen h u m passo seja dado em falso, e to m a pr e cau çõ es extras. No entanto, nas áreas em que uma pesso a se j u l g a firme, não tom a os m e sm o s cuidados. Se alguém acha que a sua vida espiritual é muito boa, acaba não se pre oc up an do com aquilo que pode lhe sobrevir. O diabo ap roveita o de scu ido e gra d a tiv am en te c o m e ç a a m in a r essa área da vida, causan do e n f ra qu ec im e nto . A pe sa r de uma pe sso a estar enfraq uec ida, em sua mente c ont inu a a achar que está tudo bem, e que c o n ti n u a a ser forte naquilo. Após algum tempo, q u a nd o está fraca, é que pe rcebe que basta só um passo para a queda. Q uan do isto acontece, a pe sso a c o m e ç a a aceitar com o pa ss ív e is d e te r m in a do s c o nce ito s e princíp ios que são c ontra a Pa la vr a de Deus, e que c or ro e ra m toda aq uel a base sólida que ela p e ns a va ter. Neste ponto, a p r o b a b il id a d e de cair é muito grande. E isto acontece em q u a lq u e r área da vida. i? /'(? Ex is te ta m b é m outro fator que contribui para a qíieda: a so lid ão do líder. N o r m a lm e nt e , past or es e líderes acabam se iso la nd o na posição em que estão e não têm amigos para c o m p a r ti lh a r suas fr aqu eza s e nece ssidades. O líder ger alme nt e não tem alguém que olhe para sua vida e apon te para ele fraquezas ou áreas em que ele prec isa crescer. Um líder que não tenha uma vida espir itu al sólida j á tem meio c am in ho andado para cair em qua lq ue r outra área de sua v id a .f U m líder cas ad o que iiáo tenha u ma^~v idã“ se x üál s ati s'fa t ó ri a com a e sp os a 115 estará co m um flanco aberto para os ataques do inimigo. Se for um líder solteiro, é c o n v e n ie n te saber se está c o m p r o m is s a d o co m uma vida de p ur e z a sexual e se tem c o n se gu id o resistir às pressões do inimigo. D in h e ir o , sexo e poder. Pr in cí pi os pessoais em re la ção a estas três áreas que s ervem como estratégias para ter uma vida moral sem segredos. > Dinheiro: ÎN - c N unc a assine chequ es de sua organ izaçã o sozinho. Assine sempre j u n to com o tesoureiro ou outro responsável; Não m a nte nha dinhe iro da contas bancárias pessoais; org a ni z aç ã o em y y Pres te sempre relatórios m in uc io s os; \ / C h am e sempre seus “in i m i g o s ” (ou pelo menos aqueles que não s im pa tiz a m mu ito com você) para fazer o exame das contas ou auditoria; Nã o tome dinheiro e m p re s ta d o de sua organiz açã o, m esm o que esteja p a ss a ndo fome; O dinheiro que você ad m in is tr a é de Deus, j preste relatório de cada centavo; Não beneficie amigos ou pare ntes c om dinhe iro y de sua organização; Se a sua vida fina nc ei ra pessoal esti ver de sregu la da , a org a niz aç ã o que você dirige irá pelo m e sm o caminho. 1 P o n t o o u l a d o a c e s s ív e l, e x p u g n á v e l . 116 , > Sexo:V * Se você é solteiro, seja firme, vale a p e n a V e spe rar o cas am ent o; ■ Se você é cas ad o, se entregue total me nte ao seu cônjuge; ■ Faz parte do ins tinto hum ano, olhar para alguém atraente, o pro b le m a é sempr e o \ | segundo olhar, ou o tempo da pr im eir a “o lh a d a ” ; ■ O diabo é sem pr e u m a pessoa atraente, depois que ele seduz, tr a n s fo rm a -s e de en g an a d o r e m ' acusador, e vira um dragão esp al ha ndo fogo; I ■ Quan do você e st iv er em algu ma dif ic ul da de e precisar de ajuda, pr oc ure sempre uma pe sso a do m esm o sexo. > Poder; \ / ■ U m cargo só é ve rd a d ei r am e n te ab en ç oa do quan do foi dado por D e us a alguém; ■ Semp re que se de se ja ard e nt em e nt e o poder, quan do se c heg a lá, a pe sso a não sabe o que ^ fazer; * Quan do e x er cer al gu m cargo, nu nc a se ilu da v 7 com os b a j u l a d o r e s 1; ■ Não se deixe e ng an a r pelo poder, achan do que / você é im po rt an te , depois que a b an d o n a r o v cargo n in g u é m mais se lem bra rá de você; ■ Não ab an do ne sua sincer ida de e sp o n ta n e id ad e ao a s s u m ir qua lq uer cargo; e \ / ■ De diq ue o te mp o que você tem no cargo que exerce para fazer o m e l h o r para o Senhor. i Q u e b aj ul a; a d u l a d o r , i n c e n s a d o r , xe reta. 117 Conselhos aos Líderes na Casa de Deus \j f  p r e n d a m a amar aos ou tr os ^ a pen sar no bem deles, a ter cuidad o por eles, a ne ga r- se a si próprios por c a u s a deles e a dar a eles tudo o que têm. Se al gué m não c onse gue negar-se a si pr óp r io em beneficio dos outros, ser-lhe-á impo ssí vel co nduzi r alguém no c am i n h o espiritual. A p re n d a a dar aos outros o que você tem, ainda que se sinta como se nada tivesse. Então, o Se nho r c o m e ç a r á a derr am ar- lhe a Sua bênção. A for ça interior de um líd er deveria e qu iv al er à sua força exterior. Esfor ços em demasia, avanços de sn e c es sá rio s , inquietações, apertos, tensões, falta no trans bor da r, planos huma nos e avanç os na frente do Se nhor, são todas as coisas que não devem ocorrer. Só po d e m o s dar aquilo que há em nosso co ração e tudo o que e ma na dele é ,como o fluir de correntes de águas, e não exi st em esfor ços de ma si a do s de sua parte. ...... ............... ....................—_________ / É pre ci so ser de fato um ho m e m esp iritu al} e não s im p le sm e n te se co m po rta r com o um. Ao fazer a obra de D eu s aprenda a ouvir aos outros. O en si na m e n to de Atos 15 consiste em ouvir, isto é, ouvir o ponto de vista de outros irmãos porqu e o Espírito Santo po de rá falar por meio deles. Seja c uid ad os o , pois ao recusar ouvir a voz dos irmãos, você po de rá estar dei xan do de ou vir a voz do Espírito Santo. Todos aqueles e nv o lv id o s em lid erança de vem ass en tar-se para ouvi-los. Dê a eles opo rtu nid ad e s il im it ad a s de falar. Seja gentil, alguém queb ra nta do e est e ja pronto para o u v i r . ________ ____________________ ____— _______ ___ r õ problemjL.de m uitos líde res é não estarem q ue bra nta doy ;' Po de ser que tenham ouvid o muito, a 118 res p ei to de serem “q u e b r a n t a d o s ” p o ré m não p o s su e m rev e la ç ã o dessa verdade. Se algu ém está qu e bra ntado , não te nt a rá chega r as suas próp ri as decisões no que toca às questões im por tante s ou aos en sin am en to s, não dirá que é capaz de c o m p r e e n d e r as pe ssoas ou de faz er c oisas, não ousará tom ar para si à aut ori da de ou im p o r a sua própr ia autori da de sobre os outros, nem se a v en tu r ar á a criticar os irm ãos ou tratá-los com pre su n çã o. Não deve exi st ir nas re uniões n e n h u m a te nsão, tamp ouco na Igreja. C om r e s peito às coisas da I g r e ja /a p re n d a a não fazer tudo você mesmo> D is tr ib ua as tarefas entre os outros e os leve a aprender a usar suas próp ri as cap a c id ad e s de ex ecutar. Em pri m eir o lugar, você deve e xp or -lh e s re s u m id am en te os p r in c íp io s fun da m e nta is a segu ir e depois se cer tif ic ar de que agira m de acordo. Evite ta m b é m se e x p o r demais na reunião, caso c ontrá rio os irmãos p ode rã o ter a sensação de que você está fazendo tudo so zinho. A pre nda a ter c o n f ia n ç a nos irmãos e a d is tri bu í- la entre eles. O Espí ri to de Deu s não pode ser c o n s tr a n g id o na Igreja. V ocê p re c is a ser s ub mi sso a Ele, pois, caso contrário, qua nd o Ele cess ar de ungi-lo, a Igreja se sentirá ca ns a da ou até m esm o enfadada. Se o meu espírito estiv er co nfia do em Deus, ele alcan çar á e to m a rá a au diência em po uc o s minutos; se e sti ve r de sc re nte não adiant ará grit ar pa lav ra s estrond osa s ou g ast ar um tempo mais longo, o que inclusive com c er tez a será prejudicial. Ao preg ar uma m e nsa ge m , não fa ça \ demasiadamenLe 1o n ga ou trabalhada,,fcaso co ntrário o e sp ír ito dos santos se nti r-s e- á enfadado. Não inc lua pe n sa m e n to s superficiais ou afi rm aç ões rasteiras no c o n te ú d o da m e nsa ge m; evite e xem pl os infantis, bem 119 como rac ioc íni os passíve is de serem c o n si d e ra d o s pelas pessoas com o infantis. A pre nda a co ncl uir o ponto alto da m e nsa ge m dentro de um período de meia hora. Não imagine que, o fato de estar gostando de sua própr ia mensage m, si gnifica que as suas pal avr as são ne ce ssa ria me nte de Deus. Uma te n t ação que freq ü e n te m e n te nos / de paramos nu ma reunião de oração é q u e re r e n t r e g a r ^ uma me nsa ge m ou falar por tempo demas mdc ^^U nia reunião de oração deve ser co nsa gra da à ora ção, muito falatório levará à sensação, de sentir-se pesado, com o que a reunião se tornará um f r ac as so. /O s obreiros prec isa m ap rcndef WütTtr» antes de a ss umi rem umã p o s i ç ã o ' o n d e tenham de lidar com proble ma s ou com pessoas. Com um a pre ndiz a do inad equ ad o, in su fic iê nc ia de co n h ec im e n to , qu e b ra nt am e nto in co mp le to e ju íz o não digno de confiança, terão di fi cul da de s para lidar com os outros. Não , tire co nc lu sõ e s precipitadas; m e s m o qua ndo estiv er prestes a to m a r alguma decisão deve ser com tem or e tremor. N un c a trate com lev ia nda de as coisas espirituais, ponde re-as no coração. A p re n d a a não confia r u nic am en te em seus próprios ju íz os . A qui lo que con sideras corre to pode ser errado e aq uilo que con sideras errado pode ser correto. Se alguém está deter min ad o a a p re n d e r com humildade, levará, com cert eza poucos anos para termi na r de fazê-lo. Você não deve confi ar de m a s ia d a m e n te em si m esm o ou esta r mu ito segur o a respeito do seu mo do de pensar. O Se nh or op e ra rá em você para tratar seus pe nsa m e nt os e para qu eb ra n tá - lo antes que você p os sa c om p re en d e r a von tade de Deus e ser de fi n it iv a m e n te “ au toridade de D e u s ” . A a ut ori da de se baseia no c o n h e c im e n to da vontade de Deus. Onde não estiver sendo m an if e st ad o a 120 vonta de e o pro pós ito de Deus, ali não há autoridade de Deus. A c a p a c id a d e de um servo de D e u s com certeza será e x p an di d a , poré m pelo m e s m o Deus que o c apa ci tou . D e sca ns e em Deus, a me-o de todo o coração. Jesus disse: “ sem mim nad a poder ei s fa z e r” . A a uto rid a de ne ce ssá ria para o d e s e m p e n h o do ministério é fruto de nosso relaci ona me nto . N un c a olhe para dentro de você mesmo, pois isso po d e ri a desa nim á- lo, porém, j a m a i s abra mão da: I n ti m id ad e com Deus, e o c o ns e lh o dos sábios que Deus c olo co u na Igreja. “ Não fostes vós que me e sc ol h e st e s , por ém eu vos escolhi a vós e vos designei para que vades e deis frutos e o vos so fruto p e rm an eça afim de que tudo o que pedi rde s ao Pai em meu nome Ele vos c o n c e d a ” (Jo 15.16). Um Líder Quase Perfeito N u m mu ndo que produ z in fo r m a ç ã o de forma tão veloz, nos senti mos pr e s si o n a d o s a saber cada vez mais, a estar atualizados. uP o r um longo tempo, as p e s s o a s não p e r c e b e r a m o quanto não sa bia m —não s abiam que não sabiam. A tu alm ent e, porém, elas sa be m o que não sabem, e isso as deixa a n s i o s a s ”. (W u rm a n p. 358). E st a m o s sofre ndo de um mal c onh eci do c om o ansi ed ad e de informação. “E s ta m o s cada vez ma is p r e o c u p a d o s com a no s sa ap ar en te in c ap ac id ade de tratar, entender, m a n i p u l a r ou c o m p r e e n d e r a e p id e m ia de dados que c o m eç a a t om ar conta da nossa v i d a ”. (Wurman p. 40). Par a nós líderes cr istãos sem pr e em busca da c o m p et ên c ia , da atualização, a p e r g u n ta é: Será que é pos sív el ser um líder co mp et en te , a tu al iza do sem sofrer de ste tipo de mal? 121 A lg un s conselhos: Ao longo dos anos, temos ass im ila do a idéia que para sermos c o m p e t e n te s temos que sabe r a respeito de tudo e sabe r fazer tudo. Ning ué m c onse gue ser bom em tudo. Tem os que fazer algumas esc olh as, e ma nter o foco. Refl ita m sobre a história dos grandes homens. Eles foram bons em tudo, ou são co nheci do s por terem dedicado suas vidas a um prop ós ito , a uma causa? “R e du z a os s e nti m e nt os de culpa em relação ao que não leu, rec o n h e ce n d o que a q u a n ti d a d e de inf or ma ção é tanta que você não p o d e ler t u d o ”. (Wurman p. 341). “Se você acei ta r que não p o d e s aber tudo, f i c a r á muito ma is à vontade com a idéia de de sc o n h e c e r al g um a c o i s a ”. (Wurma n p. 344). O interesse é a chave para o ap rendiza do. Muito da no ssa bu sc a por maior c o n h e c im e n to e habilidade pro cede de-um sen ti me nto de obrigação: • • Eu tenho que. s / Eu preciso. \ / Mas o segredo para uma boa a pr e n d iz a g e m é o prazer. Nem tudo o que est uda mo s será u m a tarefa fácil e repleta de prazer, mas sim que, q u a n d o há interesse, ad quiri r c o n h e c im e n to torna-se mais fácil. Seleci one o que é essencial para a sua vida. Você terá con tro le sobre o fluxo de in fo r m aç ã o se souber discer nir o que r e a lm en te é essencial à sua vida, ao seu trabalho. “ O seg re do p a r a p r o c e s s a r in fo r m a çã o é lim ita r seu cam po de in fo r m aç ão dentro do que é relevante para sua vida, isto é, e sc o lh e r c u i da do sa m e n te que tipo de inform ação m e re ce seu tempo e sua a t e n ç ã o ”. (W urm a n p. 339). 122 Po r que tenho que me to rn a r “ fe ra ” em in fo r m á t ic a se uso em meu trab al ho apenas um editor de te xt o? Por que tenho que c o n h ec e r p r o f u n d a m e n te a p s ic olo gi a se a co n s e lh am e n to é apenas uma das áreas do meu t ra ba lh o? P o r que tenho que ler a m o n ta n h a de revistas que ch eg a m pelo correio se a ma ioria não acr es ce nt a quase nad a ao que j á sei? Só para dizer que li? W u r m a n nos aco nselha: “M in i m i ze o tempo que ga st a lendo ou as si m il a n d o notí ci as que não sej am p e r t i n e n t e s ao seu tr aba lho ou à sua vida. M ui ta s p e s s o a s se sentem na o b r ig aç ão de as sis tir em ao noticiár io loc al toda noite, m e sm o qu a n d o ele não p a s s a de uma lista de crimes e catástrofes. Se vo cê não é c r im in a l is ta ou bombeiro, esta i n fo r m a ç ã o é p r o v a v e l m e n t e s u p é r f l u a ”. (Wurma n p. 350). 123 Questionário ■ A ssi na le com “X ” as alternativas corretas 6. É o c o nh ec im e nt o que cada líder deve ter de si mesm o a)| I Ataraxia b ) |\1 Autognose c )Q j Acribia d)| | Adia stas ia 7. Qua nto ao dinheiro, aponte a sen tença incorreta a)|X] Semp re assine cheq ue s de sua org an iz açã o sozinho b)l I Não m a nte nh a dinhe iro da org an iz açã o em contas bancárias pessoais c)[ | Não beneficie am igos ou pare ntes com •dinheiro de sua org an iz açã o d)| I Preste sempre rela tório s minuc ios os 8. É errado afirm ar que a)| I A força interi or de um líder deveria eq u iv al er à sua força exter ior b)l I Ao fazer a obra de Deus aprenda a ou vi r aos outros c ) @ Esforços em dem asia , planos hu m a no s são todas as c ois a s que de ve m ocorrer d)| I O pro ble m a de mui tos líderes é não esta rem quebran tado s ■ M ar qu e “C ” para Certo e “E ” para Errado 9.RH Um líder cai naquilo em que se acha fraco 1 0 . [ 3 Existe tam bé m outro fator que contribui para a queda: a solidão do líder 124 Lição 5 A L id eran ça Seg undo os mais ren om a dos dic ionários, Y - r L i d e ra n ç a ” é a fo r m a de de n o m in a çã o ba se a da no prestígio pessoal do líde r e aceita pelos liderados. Vem à~sêr a a s c e nd ên c ia e au toridade de um indivíd uo sobre o grupo. O s ur gi m e nto de um líder é um fato natural, pois as pessoas têm n ece ssi dad e de ter alguém que as represente, e c o m u m e n te ele é ap re sen ta do como aquele que “co n h ec e o c a m i n h o ” , “ mos tra o c a m i n h o ” ou “ segue o c a m i n h o ” . L i de ra nç a é, pois, um co m p o rt a m e n to , e nu nc a um fato isolado. Os líderes são aqueles que m a x im iz a m suas r e c ô n d i t a s 1 poten ci alid ad es. W ill ia m J ame s diz que “ o i nd ivídu o comu m não de se nv olv e nem 10% do seu p o t e n c i a l inato. Se p u d e r um ho m em m a x im iz a r o p o t e n c i a l de sua memória, p o d e r á d o m in a r q ua r en ta lí nguas difer entes O líder cris tão é aquele que aceita suas r e s po ns a bi li da de s , m e sm o que signifique um fardo d e m a s ia d a m e n te pesado, mas está disp osto a servir à causa, s abe ndo que sua a u to co nf ianç a se origi na de uma fé p r o f u n d a em Deus, que o c ha m ou para c u m p r ir seu desígnio em sua Igreja aqui na terra. 1 O c u l t o , e s c o n d i d o . í n t i m o , p r o f un d o . 125 Conceitos Básicos Sobre a Liderança da Igreja . \X \ ....... i D e s d e o princípio, foi im possível a um homem só carregar a carga de todo o rebanho e alim en tá- lo a d eq ua d a m en te (At 6.1), e hoje, muito men os, poder á fazê-lo, pois ficará altamente “d e sp r ot eg id o quanto aos ataques da soberba, da in fl ex ib il id ad e do co ração e dos e xtr em is mo s que p e rs eg u e m o r e b a n h o ” . O Pas tor Ren ato Cobra, em um de seus trabalhos, descreve alguns co nceitos básicos sobre a liderança da Igreja, e xc lu in do as conven iê nc ias e tradiç ões religiosas, atend o-se unic am ente à Bíblia Sagrada, no ssa única regra de fé. A p lu ra lid a d e da liderança. É ensinado em Ê xodo 18.13-26, quando Jetro ins truiu seu genro, Moisés; nu m dos ex em pl os mais notá vei s do Antigo Test am ent o. Em Atos 11.30; 15.4 e 20.17 vêem um ministério colegiado. Sendo a Igreja de Jesus Cristo, Ele exerce co mo cabeça, o governo através de homens que Ele m e sm o capa cita e que são rec onhec id os pela Igreja co mo líderes espirituais e cheios do Espíri to Santo (At 20.28; I P e 5.1-4). No Novo Te s ta m e n to e ncon tr amos vários e x e m p l o s de plu ralidade na lide rança da Igreja, pois ela é o prin cí pio fundamental para sust en ta r o equilíbrio, a ha rm o n ia e o crescime nto da Igreja local: ■ A nti oqu ia (At 13.1,2; 14.21, 23); ■ Creta (Tt 1.5); ■ Derbe (At 14.20,21); ■ Éfes o (Ef 4.11); ■ Filipos (Fp 1.1); 126 - Hebr eus (Hb 13.7,17); ■ Icônia (At 14.21,23); ■ Je ru sa lé m (At 11.27; 15.4, 6,22); - Listra (At 14.21,23). A u n a n i m i d a d e da lider anç a. Assim com o a m ult ip l ic i d ad e de memb ros de nosso corpo forma uma unidade, o m esm o sucede com o corpo de Cristo: não há acepç ão de pessoas. O Es p ír i to Santo une em um só corpo ( I C o 12.12-27). E c om o um corpo, e m bo ra de mui tos m e m br os , não pode agir com base em divisões entre ma ior ia s e minorias. O Novo T e s ta m en to d esc rev e a Igreja com o a “à un iv e rs al ass em bléia e Igreja dos p r im o g ê n it o s ” (Hb 12.23). C onv o c a d a por Jesus Cristo, para c um pri r seu pro p ó s it o aqui na terra e c o m p r o m e t i d a com um p r o c e d im e n t o c ar act er iz ad o pela: ■ U ni da de do Espí ri to (Ef 4.3); ■ M u t u a l i d a d e 1 no serviço - me mb ro servir a outro usando os dons do Espíri to Santo ( I C o 12.24-27; IP e 4.10); H U na nim ida de e m : ^ / • Coração e alma (At 4.32); N / • Oração (At 1.14; 4.24); y / ' • • Reuni ões (At 2.46); l / Sentir (Rm 15.5,6); • Pens ar (Fp 2.2; 4.2; 3.15; IP e 4.1); f / • • Falar ( I C o 1.10); y / D e ci dir (At 1.26; Tt 1.5; At 13.1-3). 1 Q u a l i d a d e ou e s t a do p e r m u t a ç ã o , troca. do que 127 é m út uo ; jX reciprocidade, Fundam ento B íblico da L iderança C ristã Deus utiliza seres humanos com o seu método. Assim acont ec eu com Moisés, com Josué e com os apóstolos. Um líder tem limitações, e Moisés reconhecia as suas próprias (Êx 4.10), mas no seu apren diz ad o verificou a impo rt ânc ia de deleg ar (Êx 18.27). C om o parte do seu ap rendizado, foi hum ilde bastante, a ponto de atender conselhos que lhe foram dados. Dess e modo, treinou os líderes esco lhi dos dentre critérios bem de terminad os: que fos se m capazes, tementes a Deus, pe ssoas de palavra e não avarentos (Êx 18.20,21). J os ué é outro exemplo. H o m e m su bm is s o à vontade de Deus (Js 6.2), hábil na dis tri buiç ã o de tarefas (Js 6.6,7), e em dar ordens claras (Js 6.10). Qu a nt o à lide rança espiritual e à pr ep ara çã o de outros líderes da Igreja apostólica, há de ser lembra da a palav ra de Paul o em 2Ti mót eo 2.2: “e o que de mim ouv is te diante de muitas te st em unh as , trans mite-o a homens fiéis, que sejam idôneos para ta m bé m en si na re m os o u t r o s ” . Teologia da Liderança R ec or de- se de que liderança cristã é “o trabalho de de sp e rta r e c on du zi r o ser hum a n o para Deus e para tudo o que dEle r e c e b e u ” . Se es ti ver m os falando de c o n d u z ir para Deus, falemos ig ua lm e nte de fé, pois sem e ssa virtude é impo ssí vel agradar a Deus (cf. Hb 11.6). ^ c O líder cristão deve agir com fé, pois essa virtude d e te r m in a o ve rda deiro objetivo da lid erança 128 cris tã que é o de ser servo (cf. Mt 20.28; Lc 22.27; G1 5.13; I C o 9.19; Fp 1.1). Além disso, pela fé a unidade da Igreja é mantida. Não é demais dizer que a Igreja é variada e mu lti fo rm e . R om a no s 16 lembra com e xt rema clareza: havia na que la c o m u n id a d e cristã: mu lhe re s, homens, j u d e u s e gentios, livres, libertos e escra vos , jo v e n s e idosos, todos agindo, reagindo e inte ra gi nd o para o bem c o m u m e para o bem da c aus a de Jesus Cristo. Pela fé, o líder é e st i m u la d o a d e se nvo lv e r seu pote nc ia l ( I C o 11.1), e pela fé, o líder cristão ex erc e a perseverança. É o b s er v ar o que diz 2C oríntios 11.24-31. Pelo próprio co ncei to da pa lav ra (leacler líder), o líder é um c ondu tor , e desse m od o leva os seus li de ra dos aos c om et im en t os pr op os to s , e utiliza para tanto os dons dos seus liderados e associados. Mas o líder cris tão rec onh ece que não faz por mérito próprio: Deus e stá com ele (Êx 3.10-12; IC o 12.4). Porque o serv iço é inerente à função, o líder é servo, é um com o seu povo. O líder tem po de r ou autoridade. Duas palav ras gregas são el uc id ativ as do con cei to de poder: kra tos e dynamis. K ra to s é “poder, a u to ri d a d e ” , e s p e c ia lm e n te no sentido de “p o d e r político, c om and o, au to ri d a d e de m a n d o ” . Vo c áb ulo s co mo demo cracia , te cno crac ia, g e r o n t o c r a c i a 1 ve ic ul am a idéia de “ pode r do p o v o ” , “ poder da té c n i c a ” e “ au toridade dos i d o s o s ” . D yn am is , por outro lado, traduz “força, p o t ê n c i a ” , pe rm iti nd o que se ch eg ue ao universo s em â n ti c o de “ força ou e spiritua l, atividade, e n e r g ia ” , e d a n d o -n o s vocábulos co mo dína mo, dina mit e e d in a m is m o. 1 G o v e r n o e x e r c i d o por a n c i ã os . 129 Do líder cristão é e sp er ad a a dy na m is como fu n d a m e n to e veículo da sua au to rid ad e espiritual e da sua a ti vid ad e de co nduto r de vidas. L a m e n ta ve lm e nt e , o bs er va- s e uma profusão de kratos em num eros os líderes com sede de ma ni pu la ção , de de ten çã o de poder de ci só rio que só e vi de nci am que, na falta de autêntica au to rid ad e espiritual, de din a m is m o ungido, passam a bus ca r o controle, a pre e m in ên c ia , ass umi ndo , mesmo, de ter m in a dos títulos “re l i g i o s o s ” com o propósito de “ a u te n t ic a r ” o poder de m a ndo e com and o. Lucas 12.41-48 apresenta uma pa lav ra de Jesus Cristo a esse respeito. Desafios da Liderança Cristã A verdade é que e ntra mo s neste século com tr e m e nd o desafio para a lide ra nça na Igreja. Um deles é no di z er de Warren Wier sbe uma crise de i n t e g r i d a d e . -^ E ela atinge o cerne da a uto rid ad e e da .liderança da Igreja de Jesus Cristo. W ier sbe lembra que Paul o ex cla mo u com as v e r a s 1 da sua alma: “ não me e nver gon ho do E v a n g e l h o ! ” . E sugere que talvez o E va nge lho afirme: “ (mas)(eu me env ergonh o dos c r i s t ã o s ”> ~“~Q'úãnta coisa tem sido prat ic ada em nome do Ev a n g e lh o , aparência e ling ua ge m de Evan ge lho , e o resu ltad o é superf ic iali dad e de co nvicçõ es, conf us ão mental e espiritual, e e n fr a q u e c im e n to da fé porque os líderes, pastores ou não, têm aberto campo para a falta de ética, para a m a nip ula ção dos sen timentos, para a falta de integridade. Exce len te palavra a que traduz o co nceito de in te gr id a de na língua hebraica: sh alom , a qual é vertida 1 Coisas verdadeiras; realidade, verdade. 130 para o português c o m alguns ricos si gnificados, tais c om o “ inteireza, inte gri da de , ple nitud e, sucesso, salvação, saúde, p ro s p e ri d a d e e, ta mbé m p a z ” . Não p od e m os faz er por menos: o ins tru me nt o que Deus tem para unir as pessoas.,__ fato s e a co nt e c im e nt os é a Igreja de Cristo. [O líder há de ser J íntegro, Ç^ j i m p õ ..d~e mãos**) (cf. Cl 1.9,10; 2.10; SI 24.3,4), e ^“puro de c o r a ç ã o l (cf. SI 24.3,4). O líder cristão deve p o s s u i r | u m a ' mente com o ã de Cri st o) (cf. IC o 2.16); sua vontade é ho ne sta (Ed 9.6). O fato é que na é poc a de J er em ias a religião pa recia com esta do pr e s en te século: O povo dizia crer, mas havia influência secularista, pois o que cria não fazia diferença qu a nto ao modo de viver. O ideal e va ngé lic o está e x p re ss o em 2Corí nti os 5.17. Além disso, na ép oca de J er em ia s , a religião havia se to rna do um v 'grande ~ n e g ó c i o ” . É só co nfe rir co m as e x cl a m a çõ e s do pro fe ta que não tolera va os abusos (ver Jr 5,30,31 e Lm 4.13). Tu do isso é o que A. W. T oz e r c ham ou de “tra ta m e nto c o m e r c i a l ” do Eva ng el ho . Esse m e sm o “tra ta m e nt o c o m e r c i a l ” é resp ons áv el pelo p ra g m a ti s m o religioso: (‘vTstO~~queTa Igrcja está cheia,') De us está a b e n ç o a n d o ” , afirmam. Outros desafios às portas do presente século são os jnovos estilos de culto. , O que em outros países é d e no m in a d o his tórico ou c onte m po râ ne o, em no s so país é objeto da pe rg un ta “ tradicional ou r e n o v a d o ? ” . Outras c o m u n id a d e s têm utilizado a termino log ia : Culto Jovem c o n tr a p o n d o -s e ao estilo receb ido de liturgia e rito. E ev id en te que o culto é m e nsu r ad o pela tr a ns fo rm a ç ão ca us a da nos que cu ltu am a Deus, e há de ser semp re “em esp írito e em v e rd a d e ” (Jo 4.23 ,24) , ou não há de ser culto. E gratidão, re c o n h ec im e n to , louvor, e (e m b or a não seja o pro pós ito prim ári o) terapêutico. 131 O culto, por ser din âm ic o, en volve mu d an ças , mas e nv o lv e igua lme nte o que n u nc a deve ser m u d a d o . ' D e u s não m u d a ;] a s verdades eternas não ' mud am ; ,a O líder natural: É auto con fiant e; ^ C onhec e os h o m e n s ; ^ To m a as próprias decisões; v / Usa os próp rios m é t o d o s ; x / Gosta de c o m a n d a r os outroS (e ser obed eci do); \ / É mo tiv ad o por que stõ es pessoais; V É independente. > O líder espiritual: í\- o - C onfia em Deus; \ / Con hec e os ho m e ns e c onhec e a D e u s ; V Faz a vontade de Deus; \ / É humild e; V Usa o m é to do de D eus; v Busca ob e dec e r a Deus; V É m o tiv a do pelo a mo r a Deus e aos hom ens; D e p en d ê n ci a de Deus. >/ 1 P i c a r ou f er ir co-n a g u i l h ã o ; a fe r ro a r. 134 D iretrizes para L iderança Se o líd er não tem c onfia nça em si mesmo, ninguém mais lhe ded ica rá confiança. “ A co n fia nç a tem de p e rm e a r o grupo e tem de partir pr im ei ro dos líderes. E m todas as fases tem que ha ve r uma seg u ra n ç a be m sólida, uma con vic çã o de co m p et ên c ia ba sea da na pre p a ra ç ã o e numa a cu m u l a ç ã o gradual de e xp e r iê n c ia e t a l e n t o ” . E se o líder não se sente pe s s o a lm e n t e capaz de super ar um trab al ho superior ao seu, não c onse gu irá c o n v e n c e r os outros de sua habilidade. Em sua vida mini st eria l, o pa sto r lidará e x c lu s iv a m e n te com p ro bl e m a s e pess oa s, e, por isso m e sm o, não pod er á dei xar rastros co nfu so s ou e ng an a d or e s, pois será inte rp re ta do em suas ações e caráter, no caso, os m e m b ro s da Igreja senti r-se-ão seguros, q u a ndo o pa st or re ve la r c oe r ê n c ia de motiv os e a pr e se n ta r car áter íntegro e i m p a rc ia li d a d e nos ju lg a m e n to s. > T r a t a n d o das c aus as pessoais. ■ O p a st or deve ser acessível e e st a r s em pr e \ / dis ponív e l para atend er os m e m b ro s da Igreja; * M e s m o que não esteja de acordo com o que ouve, m o s tr e -s e si mpático c om a p e ss oa ouvida; * Não atue de mod o pre ci pi tado e n quan to não ^ e st iv er de po sse de todos os fatos, para fazer um ' ju l g a m e n t o correto; ■ D e ix e t ra ns pa r ec er interes se e a m o r cristão, n/ orando c om as pessoas co m qu em trabalha; * Es te ja pre p a ra d o para agir de m a nei ra cora josa ; \ / ■ O ve rd a d eiro p ro bl e m a ne m sem pr e está na »v p ri m ei r a que ixa, sendo p ru de nte iso la r o p r oble m a , ao ouvi-lo; 135 P e ç a à pessoa i n te re s s a d a para lhe dizer o que ela pe nsa que seja a re sp os ta ou solução do pr o bl em a; nV ■ Po rq ue o nosso falar deve ser sim, sim; não, não; de v em o s c um pr ir com a no ssa palav ra na solução de um p ro b le m a de um m e m b ro da Igreja. V > T r a t a n d o das causas co letiva s. v/« M a n t e n h a sua Igreja in for ma da , para não o c ri tic arem após s ab ere m do fato depois de co nsu m a do ; ^ a D e ix e que o pessoal c om q u e m trabalha perceba que você sabe que ha ve rá pro ble m a s - assim não se surp ree nder ão qua n do surgirem; ■ Pe s q u is e formas de a nt ec ip a r e int ercep ta r o curs o dos pro blemas; ■ P e rm i ta que as pe ssoas a p re se nt e m as suas idéias e e n fre nt e m c ole t iv a m e n te as áreas do problema. A lé m disso, deve o p a st o r apr en der a tirar v a n ta g e m dos próprios erros; isto evita rá que c o m et a o erro por duas vezes. Ent re outras coisas, deve o pastor: ■ Ser hum ild e para a dm iti r que esteja errado, e corrigir-se; v " F a la r bem das outras pess oa s; F ic a r calado quan do não se pode dizer na da de bom de outrem; Não pa ssa r adiante os boatos, para não in c ri m in a r o inocente; ^ ■ F a z er uma ap reciação h o n e st a e sincera, da ndo o devido crédito a q u e m mere ce; >/■ R es p e it a r sempre o direito dos outros - o que se n te m o que pe nsa m e e x pr ess am ; Ser um b o m ouvinte; 136 ■ P ro cu ra r c o m p r e e n d e r e sentir o que a out ra s / pesso a sente no mo me nto , e aceitá-la ple nam ent e; ■ Nunca força r uma relação, pois a c on diç ão de y líder pode de ix ar as pessoas pou co à vontade. Questionário ■ A ssinale com “X ” as alternativas corretas 1. É a forma de de n o m in a ç ã o ba seada no prest ígi o pessoal do líder e acei ta pelos liderados a ) Q Lidera nç a b)l I Pas tor ad o c)l I Pr es id ê nci a d)l I A dm in is tr a ç ão 2. Virtud e que d e te r m in a o verdadeiro obje tiv o da lide ran ça cristã a)l I O r a tó ri a b)| | C o n h e c im e n to te oló gic o c)|y] Fé d)| I In te le ct ua lid a de 3. Qua nto ao líder e spiritua l, segundo Sanders a)l I É s ome nt e au to co nf ia nt e b)| I E m o tiv a do po r que stões pessoais c)| I T om a as p ró pr ia s decisões d)P1 Faz a vo nta de de Deus ■ Mar que “C ” para Certo e “E ” para Errado 4.[C1 Desde o pr inc ípi o, foi impos sí vel a um h o m e m só car reg ar a carga de todo o rebanho e alim e n tá-l o a d eq ua d a m en te 5 . fCl A lid erança da Igreja há de estar aberta para o novo sem pe rd e r a visão do p e rm a n en te na Igreja 137 O Preço da Liderança T o d a lid erança tem o seu preço, pois quanto m a io r for à con quista, ma ior será o pre ço a pagar. Belo e x em p l o vemos na história de Moisé s, que, revoltado com a br u ta li d a d e dos egípcios e a triste sorte de seu povo, c o m p r e e n d e u que algum dia seria obrigado a defen der a ju s t i ç a a despeito de q u a is q u e r sacrifícios pesso ais que isso envolvesse. Preferiu liderar um povo pelo de serto a ser ch am a do filho da filha de Faraó, porqu e tinha em vista a r e c o m p en s a (Hb 11.24-26). Ve ja m os alguns aspectos co n si d e ra d o s de custo elev ad o para os que o s te nt am uma liderança, es p e c ia lm en te os que se dis põe m ao exer cíc io do ministério: A bu so do p o d e r . Em q u a lq uer org a niz aç ã o, inc lu si ve nos grupos cristãos, quando uma p e sso a rec ebe au toridade, é c o lo ca da n u m a posição le gítima para e xe r ce r controle e eficiência. Para muitas pessoas, en tretanto , isso é uma e xa lt aç ão do ego e leva à autocracia. O pastor, na sua c ondiç ã o de líder, é um c o n d u to r de almas, e não “d o n o ” delas. He rodes, o G rande, subiu ao trono e o c o ns e rv ou por meio de crimes brutais; matou a esposa e dois filhos para não lhe su cederem. M ato u també m os m e n in o s de Belém. Mui tos , em posição de man do, estão a tratar as pe ssoas c o m o objetos que p o d e m ser m a n ip u la d o s de um para outro lado, a fim de s atis faz er seus instintos de su premacia. Isto é um perigo, e há de se pag ar o preço para se ev ita r cair nessa in s i d i o s a 1 tentação. 1 Q ue é d a d o a a r m a r ins ídias . T r a i ç o e i r o , p é rf i do : 138 Crítica. Se alguém não pode su po rta r a crítica, ainda está e m o c i o n a lm e n te im aturo. Esse defeito virá à tona mais cedo ou mais tarde, e im pe dir á o progresso do líder e do grupo em direção ao alvo comum. O líder am ad u r ec id o é capa z de aceitar a c rítica e fazer as neces sár ia s correções. Competição. Há um preço a pa ga r qua ndo o líder sofre de uma “ ansi ed ad e de c o m p e t i ç ã o ” , que assume a fo rm a de frac ass o ou me do do êxito. Fatiga. O cuidad o ad eq ua do c om a saúde, o desca nso e o e qui líb rio ajudar ão o líder a m an ter a sua ca p a c id ad e de resistência. De ve o líder bu s ca r o eq uil íb ri o a fim de r e d u z ir o e str ess e em sua vida, tão preju dic ia l à co nt in ua çã o de seu desígnio. Identificação. D eve p e rm a n e c e r à frente do grupo e, ao m e s m o tempo, c am in har co m o pov o que lidera. A linha divi só ria e t ê n u e 1. De ve h av er alguma dis tâ nc ia entre o líder e seus segui dor es. Isso significa que ele deve de se ja r ser hu m a no , aberto e honesto, e não ser visto c o m o um a u t ô m a t o 2, c om receio de que o seu ve rd a dei ro ego apareça. Pr ecisa id e ntif ic a r-s e co m o povo, ga star te m po em conh ecê -lo , c o m p a r ti lh a r suas em oçõ e s, vitórias e defeitos. 1 D e l g a d o , f ino, sutil. D é bi l , f r ág il , g rá ci l. P e q u e n í s s i m o . P o u c o i m p o r t a n t e o u p o n d e r á v e l ; d e s u b s t â n c i a e sc ass a. 2 Fig. P e s s o a q u e age c o m o m á q u i n a , s em r a c i o c í n i o e s em v o n t a d e p r óp r i a . 139 Or gul ho e i n v e j a . Estes são irm ãos gêmeos. A p opula rid a d e pode afetar o d e s e m p e n h o da liderança. S e n tim e nt o de infali bil ida de pode co rro er sua eficiência. O orgulho se torna e g oí sm o qua ndo en alte c em os a nós mesmos. O líder or gulh os o aceita fa c ilm e n te a ra ci ona li zaç ão de que está menos sujeito a c o m e t e r erros do que os outros. Rejeição, s * / É pre ciso ter uma forte pe rs onal id a de para o líder ser capaz de e nf re nta r a rejeição. S e m pre há forte po ssi bil idade de al gué m ser calun iado por sua fé. Ta m bé m às vezes, prec isa ser capaz de re si sti r ao louvor. As pe ssoas norm ais e ajustadas que re m ser amadas. Pode tornar- se um camin ho difícil para pa lm ilh a r se o pa st or sente a indi fe renç a dos m e m bro s de sua Igreja ou a falta de afeição. M uitas pe sso as rejeitadas só tê m o r e c on he c im e nt o de sua força depois que tenham deix ado o cargo ou mo rr id o (Lc 4.16-29). Solidão. O pa sto r deve ser capaz de aceitar amiz ade s, mas deve ser su fic ie nt em e nt e am ad ur eci do e ter bastante força inte rior para estar só, m esm o em face de grande oposição (Mt 27.46). Tempo para p e n s a r , n/ Mui tos estão tão oc upado s (Lc 10.41) que não têm te mp o para pensar. Um tempo deve ser dedicado à m e di ta çã o e ao p e nsa m e nt o criativo. 140 T o m a r d e c is õ e s d e s a g r a d á v e i s . O líder cristão muitas vezes te m pro ble ma s nessa q u e st ã o, porqu e são n at u ra lm e n te relutantes em ferir as pessoas. To d o s os líderes de vem esta r be m dispostos a pa gar este preço para o bem da Igreja; m e sm o frente ao p r o c e d im e n t o de dis ci pl in a do memb ro. U t ili za ç ão do t e m p o . H á preço a ser pago no uso de nosso tempo, porqu e pa rece que nós, seres hu ma nos, na sc e m os com pre g ui ç a c o n g ê n i t a 1. A d m in is tr a r o nosso te mp o significa a d m in is tr a rm o -n o s a nós mesm os. D e v e m o s inc lui r um tempo pa ra esta rm os a sós com D eus, para orarmos, e st u d a rm o s a Pala vra de Deus, e x a m i n a r m o s a si me sm os, to m a rm o s de cisões e rea ni m ar m os. A Alma da Liderança T e r mo tiv a ç ões e atitudes corretas é e s s e n c ial pa ra o des e m p e n h o da lide ra nça cristã. Não basta liderar, é preciso fazer u m a av ali aç ão pe rió di c a de nossa s mo tiv a ç õ es e atitudes para verificar se elas estão à altura do ideal bíblico. N os sa s mo tiv a ç õe s e atitudes são a alma da liderança. A fim de aj udá-lo ne sta tarefa vam os falar sobre alguns princípios bíbl ic os de liderança, co nvic ç õe s que você precisa ter be m arraigadas, e n qu an to d e s e m p e n h a suas funções. > A ti t u d e s e sse nc ia is à lider anç a. C o m que atitudes de vem servir? 1 N a s c i d o c o m o i n d i v í d u o ; c o n a t u r a l , c o n a t o , inato. 141 \J • A l e g r i a . “ Servi ao Se n ho r com al eg ri a ” (SI 100.2a). C om o você e nca ra o serviço no reino de Deus: peso ou pr ivi lég io? Servir a Deus é um privilégio. D e ve m os estar c on st a nte m e nte a gr ad ecen do a Deus pela op or tu nid ad e que Ele nos co ncede de O servirmos. Por tanto, a alegria é a pos tura ad eq ua da de que m lidera. Isto não significa dizer que na da nos en tristece no de se m p e nho da liderança, mas sim que temos conv icç ão da benção que é poder fazer algo pelo Senhor. Por Ele que fez e faz tanto por nós. ■ D e d i c a ç ã o : “Maldi to aq uele que fizer a obra do Senhor n e g l i g e n t e m e n t e ” (Jr 48.10a). Servir a Deus é algo muito sério, Deus é um “ p a t r ã o ” muito bom, mas ta m b é m muito exigente. Quem quer servi-lo deve estar be m c on sci en te de que Ele não admite d i s p l i c ê n c i a 1 ou ne g lig ê nc ia (Rm 12.6-8 e IP ê 4.10,11). Não ouse fazer a obra do Senhor de q u a lq ue r j e i t o ! ' ■ C o n s t â n c i a : “E não nos ca ns e m os de fazer o bem, porque a seu te mp o c eif ar em os , se não ho uv er mo s d e s f a le c id o ” (G1 6.9). Q ue m desiste diante do prim eir o ob st ác ul o não “ serve para ser vir” . Liderar um grupo é um teste “consta nte à nossa c o n s tâ n c ia ” . Q ua nta s vezes somos tentados a desistir, mas q u e m desiste perde a oportu ni dad e de c ol he r os frutos. Quantos c om eça m o ano com tanta dispo siçã o, mas depois de 2 ou 3 meses d e ix am o serviço entrar num m a r a s m o 2 sem fim. É co mo aquele líder que 1 D e s c u i d o , ou m e s m o d e s l e i x o , nas m a n e i r a s , no vest ir, no p r o c e d e r ; d e s ca s o , d e s m a z e l o , n e g l i g ê n c i a . “ E n f r a q u e c i m e n t o da s f or ç as m o r ai s ; d e s â n i m o . 142 estava a ss u m in d o um cargo. Ele elo gio u o seu an tec ess or di z e n d o aos seus liderados: “ Ouvi dizer que meu a ntec ess or era um ho m e m de muitas inic iativa s. E verdade, r e s po ndeu um dos liderados, mas era tam bé m um ho me m de po uc as ‘a c a b a t i v a s ’” . Paul o diz: “Por tan to , meus amados irmãos, sede firmes e const an te s, semp re a bun dan te s na obra do S e n h o r ” ( I C o 15.58). Refletindo Sobre Liderança Cristã Há um lugar esp e c ia lí ssi m o para a li de ra nç a na visão do No vo T es tam ent o. A ss im é que E fés ios 4. 11-16 apre sen ta a pla ta fo rm a de lide ra nça da Igreja Apo st óli ca, e I T i m ó t e o 3.1-13 oferece o pa drã o pa ra o m ini st ér io pastoral (ali de no m in a d o “e p i s c o p a d o ” ) e diaconal. Parec e ser o óbvio, mas a função do líd er é liderar. Na Igreja de Cristo, detêm as fun ç õe s de lidera nça aqueles s o b er an a m e n te esc olh ido s pa ra esse c o m e t i m e n t o 1. Paulo usa a e xp re ssão “ a graça que nos foi d a d a ” (Rm 12.6). Não é função de mando, mas de p re s id ên c ia a ser e xe r ci da zelos am ent e, s eg undo a Versão da Im pr es s a B íb lic a B rasileira (Rm 12.8). Há três tipos de pessoas no mundo: . ■ As que não sa be m o que está a co nte cen do; \ / ^ ■ As que o b s e r v a m o que está aco nte cen do; v / \ ■ As que fa zem c o m que as coisas acon te çam . ^ São essas última s que detêm o dom de liderança. 1 E m p r e e n d i m e n t o , t e n t a t i v a ou e m p r e s a d i fí cil , a r r i s c a d a e / o u de g r a n d e v ul to ; a c o m e t i m e n t o . 143 A Liderança Cristã e o Discipulado D e v e m o s c om pr e en de r que a li de ran ça cristã tem o tra ba lh o de despe rta r e c o n d u z ir o ser humano para Deus e para tudo o que de Deus recebeu. Dev em os crer n u m a liderança c o m p ro m e ti d a com o Reino de Deus (cf. Mt 6.33), o que, aliás, é uma q ua lid a d e- c ha ve do líder cristão. U m a liderança c o m p r o m e ti d a é fiel ( I C o 4.2), disp oníve l (Lc 9.57-62), r e c ep tiv a à cap acitação, ou seja, ao tre in am en to (um teste é c o n v id a r 12 a 20 pess oas para reuniões de trein am en to, e ob s er va r quem retorn a a p a rti r da segunda reunião). O trein am en to, por sinal, j á é uma seleção. D e sc o b ri r pessoas que p os su a m po te nc ia l é tarefa do líder, e isso com o objetivo de treiná-las de modo a que em dado mom en to a orga ni z aç ã o pos sa fun ci onar sem ele. É um faci litador no en sin o dos novos dis cí pul os e na participação deles no global do processo; é e xem plo e ajuda em vez de apenas ve rbalizar, va lor izar a pa rt ic ipa ção dos outros, é pa cie nte e c onfia no Es pírito Santo co mo c on sel he iro e auxílio nas dificuldades. C re r na liderança c ap a c ita da pelo Espírito de Deus, “c a r i s m á t i c a ” para o be n ef íc io da Igreja de Cristo, para que todo o edifício be m ajustado cresça para te mp lo santo cuja glória seja u ni c am en te a de Deus, ou co mo coloco u a Bíblia em Po rt ug uê s Corrente (edição da Soc ie d ad e Bíblica de Por tugal, 1993): “É em Cristo que todo o edifício está seguro e cresce até se tr a n s fo rm a r n u m templo que honre ao S e n h o r ” (Ef 2.21). Cre r ta m b é m no di s ci pula do cristão, pois é s om en te o b s e r v a r a ênfase dada por Jesus ao cuidado, car inho, b u s c a e instrução dos que O seguiam. 144 “D i s c í p u l o ” , por sinal, parece ser a p a la vr a fa v o ri ta de Jesus para aqueles cuja vida estava ligada a dEle. Aparece 269 vezes nos Eva ng e lh os e no livro dos Atos dos Apóstolos. O líder cristão do presente século não se pode esquecei' que as c ondiç õe s do dis cípulo são um d aq ue le s princ ípios im utáveis, apesar das tr a n s fo rm a ç õ es litúrgicas, adminis tra tiv as, pela qual a Igreja de Cristo vem pa ssa nd o através dos séculos. Q ue m as declara são os Evan ge lhos : -J 1) T r a n s p o r t a r a c r u z (Lc 14.27). A brinque do, mas in st ru m e n to de morte, dev ia morrer. Ir para o Cal vário é e sc ol hi do d e li be ra da m e nte , visto que s ímbo lo da pe rs egu iç ão , ve rg o nh a e m un d o jo g o u sobre o Filho de Deus e os que e sco lh em na v e g a r c ont ra a discípulo. cruz não é na qual o eu um c am in ho a cruz é o abuso que o j o g a rá sobre corrente, o v / 2) R e n ú n c i a (Lc 14.33), que é entre ga irr evogável a •p J esu s Cristo, au to ne g aç ão , nos termos de Luca s J ‘ 14.26 e Mateus 16.24. N oss o am or a Jesus e à Sua cau sa há de ser tão e v id en te que, em co m pa ra ç ã o, todos os demais serão dim in uíd os. Billy G ra ha m afirmo u que “a s a lv aç ão é de graça, mas o d is ci pu la d o custa tudo o que t e m o s ”. 3) C o n s t â n c i a (Jo 8.31). É viver em c o m pan hi a de Jesus, co mu nh ão de desti nos com Ele, segui-Lo, p e rm a ne c e r nEle. O ver da dei ro discípulo se caracte riz a pela estab ilidad e. 4) P r o d u ç ã o de f r u t o s (Jo 15.8). União frutífera c om o Senhor (Jo 15.4,5). 145 ✓ O líder cristão há de ob s er va r os aspectos básico s do dis cipulad o em sua própria ex per iênci a de vida: a un ião com Cristo e a d e di c aç ão sem reservas, que Jesus Cristo de screveu em termos de videira e ramos (cf. Jo 15.5ss). Em re la ção ao primeiro aspecto, Paulo usa inúm eras vezes a ex pr e ssã o “em C r is to ” para co m isso significar que nós estam os nEle e Ele está em nós (Cl 1.27). Por sua vez, R om a no s 6.1-12 indica o sign ifica do do regime de dedica ção exclu si va a Jesus. O alvo do disci pulad o deve p e rm a n e c e r bem definido na mente do líder cristão: é a s e m e lh a n ç a de Cristo em car áte r e em serviço. O Es pírito Santo dá-nos o caráter de filhos de D eus, e nessa linha de raciocínio, o fruto do Es pí ri to é o retrato desse caráter: amor, alegria, paz, paci ên ci a, ben ign ida de, bondad e, fidelidade, m a n si d ão e autodomínio. A,Liderança e a Palavra de Deus A li de rança cristã não pode p re s c in d ir de utilizar a B íblia Sa gr ad a como fonte de reflexão , de me ditação, de dis ci pu la do e c am in ho de vida. O de sen v o lv im e n to do Salmo 119 bem o de mon stra. Afinal, a B íb lia se ev ide nc ia Pala vra de D eu s nas profecias e c um p ri m e n to s , em mo st rar o ser hu m a n o em sua realidade e pelos seus efeitos na vida do ho me m que é t ra ns fo rm a do em discípulo de Jesus Cristo. Por essa razão, há o líder de nela m ed ita r (SI 1.1,2), de nela viver e c on he c ê -la para cr escer em graça (SI 1.3). A Liderança Pastoral \ / Gra nde é o privilégio que Deus c o n ce d e ao hom em , qua ndo o c h a m a para o minist ério da Palavra. 146 do Paulo c h a m a de coisa excelente: “ Q ue m deseja o ep isc op a do , e xce le nte coisa a l m e j a ” ( l T m 3.1). Pou co s são aqueles que têm este privilégio de pa st o r e a r o reba nho do Senhor. Creio não haver dúvidas quan to a sua c h am a d a para o minis té rio da Palavra, p or qua nt o na obra do E sp íri to Santo as coisas são basta nte s claras. Por ém, todo pri vi lég io implica, fata lm en te, em resp on sab ili d ad e. É c o s tu m e de Deus usar p ess oa s respo nsá vei s. “M ald it o aquele que fizer a obra do Senhor r e l a x a d a m e n t e ” (Jr 48.10). Paulo afirm a que os falsos apósto los são obreiros fraud ule nto s, relax ados (2Co 11.13). Pa st or é um guia espiritual. O verbo m in is tra r significa servir, aten ta r ou contribuir. Com o sua missã o é tirar as almas do d o m ín io das trevas, de Satanás e levá-las a Jesus, nota -se que grandes são as suas lutas, di fi cul da de s e re s po nsa bili da des . Princípios do Trabalho Pastoral O pa st or geral me nt e se c o n s id e r a uma pe sso a de ação, de m o v im e nto s . As igrejas gos tam de dizer: “No sso p a st o r é muito ativo. V is ita e prega todos os d i a s ” . No entanto, esta at ividade in te ns a gera lment e não pr odu z os me lho res frutos. T a m b é m não pe rmite pa sto rado de longo alcance. Po r quê? Po rq ue a tarefa de dirigir uma Igreja não é tão simples como parece. É um trab al ho c om ple xo. É uma r e s p o n s a b il id a d e que não exige un ic am en te “ ação v is ív e l” , mas orient açã o clara, mo ti v a ç ão bem definidas, atitudes positivas, c o m p re e n s ã o e visão pa norâ m ic a , pl a n ej am e n to e e x ec u ç ão cu idadosa. Tud o isso p r e c ed id o por uma vida de íntimo re la ci o n a m e n to com q u e m guia a Igreja, o Espíri to Santo, e uma c ap a c id ad e cada vez ma ior de 147 d is ce rn im en to da me nte e pla nos divino s para seu corpo. Quem tr a b a lh a mu ito tempo com pessoas, é sem pr e instrut ivo ver co m que de te rm in a çã o Jesus, a lgu ma s vezes, ensi no u seus discí pulo s a atender às m ul tid õe s além de suas pró pr ias capac ida de s, recursos e tempo, e outras vezes, em que, si m p le sm e n te os afastou delas e os levou a um lugar à parte. T a m b é m é im port an te ver com o o Se nho r, no devido tempo, os env iou a pregar, ensinar, curar, libertar de opressõe s satânicas, med ia nte in s tru ç õe s muito c ui da do s a s e claras, depois e sc u ta v a seus relatórios e, co m base em tais e xper iên cias, e n s in a v a m -l h e s coisas novas. Para que a tare fa min isteria l seja bem feita, é ind is pe ns áv el ori e nt a r o trab alho pratico diário, me nsal, anual ou por longos períodos. Fundamentos do Trabalho Pastoral O fu n d a m e n to do trab al ho pastoral r e po us a na Pala vra de Deus. A a u to rid a de que reveste esta obra não procede de uma si mples tradição re lig io sa ou cultural. Também não se f un da m e n ta em um de te r m in a do sist em a de orga ni z aç ã o social, e c o n ô m i c a ou política. O pa sto ra do tem fu nda m e nto s próp rios que são de valor pe rm a nen te e universal. Três são os seus e n un ci a dos básicos: ■ A exi st ênc ia de um D eu s (Deus está in te ns am e nt e pr e oc upado e oc upado c o m o de stino do ser humano); ■ A ex ist ênc ia de um povo esc olh ido por D eu s (o povo é especial, e ne ce s si ta de direção. O Salmo 23 ilustra com clar eza isso); ■ A tarefa que ambos estão ex ecutando. 148 Questionário * Ass ina le com “ X ” as alternativas corretas 6. Aponte a s en te n ç a errada a ) Q M es m o o líder não pode ndo su po rta r a crítica, é c o n si d e ra d o a m ad ur ec id o e m o c i o n a lm e n te b)| I Há um preço a pagar quan do o líder sofre de uma “a n si e d a d e de c o m p e t i ç ã o ” c)l I O org u lh o se torna e g oís m o qua nd o e nal te c em os a nós mesmos d)| I O líder deve p e rm a n e c e r à frente do grupo e, ao m esm o temp o, c am in har co m os liderados 7. São as pe sso as que detêm o dom de liderança a ) Q As que não sab em o que está ac on te c en do b)F1 As que ob s e r v a m o que está a co nte c en do c)ÍH As que fazem com que as coisas ac onte ç am d)l I As que av isa m o que está ac on te c en do 8. É entre ga irr ev og á v e l a Jesus Cristo, autoneg aç ão, nos termos de Lucas 14.26 e Mateus 16.24 a)l I Pr o d u ç ã o de frutos b)| I C o n st â n c ia c)l I T r a n s p o r ta r a cruz d)|Ã| R en ú n c ia ■ Mar que “ C ” para Certo e “E ” para Errado 9 . H A alegria, a de dic aç ao e a c o n st â n c ia são atitudes essenciais à liderança 10.Q] Os dois aspectos básicos do dis ci pu la do são: a união com Cris to e a dedi caç ão sem reservas 149 Administração e Liderança R eferências B ibliográficas S T A M P S , D o n a ld C.; B íb lia de E s tu do Pentecostal. Rio de Janeiro: C PAD , 1995. F E R R E I R A , Aurélio Bu ar qu e de Holanda. N ovo A u r é l i o Sécu lo XXI. 3a Ed. Rio de Janeiro: E di tor a N o v a Fronteira, 1999. C o n c o r d â n c ia Bíblica. São Paulo: S o c ie dad e Bí blica do Brasil, 1975. G IL M E R , Th o m as L. C o n c o r d â n c ia Bí bli ca Exaustiva. São Paulo: Ed it ora Vida, 1999. B O Y E R , Orlando. Peq ue na Pi n d a m o n h a n g a b a : IBAD. E n c ic lo p é d ia Bíblica. D O U G L A S , J. D.; O N ov o D ic io n á r i o da Bíblia. 2a Ed. São Paulo: Edições Vida Nova, 2001. ANDRADE, C la u d io n o r C o rr ê a de. Dici on ári o Te ológico. 6a Ed. Rio de Janeiro: C PA D , 1998. C H A M P L I N , R. 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