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Administração De Medicametos Por Via Parenteral

Trata-se de uma busca bibliográfica, no qual se procura abordar os cuidados práticos que o profissional de efermagem, deverá empregar quando diante de paciente com necessidades especiais na qual só a administração parenteral seja a necessária.

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COLÉGIO BUÉIA E FILHOS CURSO DE ENFERMAGEM GERAL TRABALHO DE FIM DE CURSO PARA OBTENÇÃO DE TÍTULO DE TECNICO MÉDIO DE ENFERMAGEM 2014/2017 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO POR VIA PARENTERAL GRUPO N: APRESENTADORES: DOMINGOS DA SILVA CACUMBA MARGARIDA CUIMBRA GERVÁSIO MARGARIDA VITA MANUEL ROSALINA HELENA MBASSI BENGUELA, MAIO - 2017 COLÉGIO BUÉIA E FILHOS CURSO DE ENFERMAGEM GERAL TRABALHO DE FIM DE CURSO PARA OBTENÇÃO DE TÍTULO DE TECNICO MÉDIO DE ENFERMAGEM 2014/2017 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO POR VIA PARENTERAL A ORIENTADORA: MARIA DIAS BENGUELA, MAIO - 2017 PENSAMENTO "Um vencedor diz: " Pode ser difícil, mas é possível, um perdedor diz, " Pode ser possível, mas é demasiado difícil" - Anónimo - DEDICATÓRIA O presente trabalho de fim de curso é dedicado ao Colégio Buéia & Filhos de Benguela. Dedicamos também à todas instituições sanitárias da província de Benguela e, em particular as dos municípios nas quais tivemos o privilégio de desenvolver a habilidade prática da enfermagem, a destcar aqui o Hospital Municipal do Dombe-Grande e Hospital Municipal de Benguela. AGRADECIMENTO Os nossos agradecimentos são dirigidos em primeira instância ao Omnipotente Deus pela graça do dom vida acima de tudo; A seguir estendemos os mesmos agradecimentos as nossas famílias, e não menos importante a nossa professora e orientadora Maria Dias pela abnegada paciência e incentivo na orientação deste nosso trabalho de fim de curso, aos nossos colegas, amigos, etc. RESUMO Palavras-chave: ÍNDICE INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO 1. - ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 12 1.1 Conceitos e Abordagem Geral 12 1.2 Vias de Admnistração de Medicamentos 15 1.2.1 Uso das Vias de Admnistração 15 CAPÍTULO 2. - ADMNISTRAÇÃO PARENTERAL 17 2.1 Generalidade 17 2.2 Tipos de administração parentérica 18 2.2.1 Vias Diretas: 18 2.2.2 Vias Indiretas: 25 2.3 Vantagens da Via Parenteral 25 2.4 Desvantagens: 25 2.5 Preparo Geral da injeção Parenteral 26 CONCLUSÃO 28 ANEXOS 29 BIBLIOGRAFIA 32 INTRODUÇÃO A Administração de Medicamentos por Via Parenteral, é o tema a que nos propusemos em investigar e defender para a concclusão do curso de Enfermagem Geral, sendo que esta via de administração constitui-se como uma das primncipais vias e com isto uma das mais usadas. Entre os profissionais de saúde, via de administração é o caminho pelo qual uma substância interage com o organismo. Em toxicologia usa-se o termo inoculação em vez de administração. A prática da administração de medicamentos é uma atividade frequente para a enfermagem, constituindo-se um fator de grande relevância dentro do processo de prevenção e cura. Sem dúvida, a via de administração dita a substância que tem que ser transportada do ponto de entrada à parte do corpo onde deseja-se que ocorra sua ação (a menos que esse local seja na superfície do corpo). Todavia, o uso dos mecanismos de transporte do organismo para tal fim está longe de ser comum. As propriedades farmacocinéticas de uma droga (isto é, as propriedades relacionadas a absorção, distribuição e eliminação) são bastante influenciadas pela via de administração. Administração de medicamentos é um dos deveres de maior responsabilidade da equipe de enfermagem, sendo assim nos propusemos em atingir os seguintes: OBJECTIVO GERAL: Estudar as principais vias que compõem a admnistração parenteral. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS: Explicar a forma de administração para cada uma das vias; Descrever alguns tipos de fámacos usados na s diversas vias parenteral. METODOLOGIA Só foi possível tornar realidade o presente trabalho investigativo graças a uma revisão bibliográfica intensiva, que segundo Lakatos e Marconi (2000), revisão bibliográfica significa muito mais do que apenas procurar a verdade objectiva, siginifica sim encontrar respostas para as devidas questões propostas, utilizando métodos científicos. Esta pesquisa implicou um levantamento dos dados de várias fontes, seguindo alguns métodos de busca, a partir de leitura atenta e interpretativa, a fim de levantar o maior número de dados, actualizados e confiáveis acima de tudo. Para tanto, foram utilizados livros publicados encontrados em bibliotecas virtuais através da net e artigos de sites confiáveis para a presente temática. IMPORTÂNCIA Uma vez que a via parenteral é uma das mais usadas pela classe que cuida do paciente, portanto, sem sombras de dúvida é de estrema importância aprofundar o conhecimento no que o estudo da via parenteral dizem respeito, para que também possamos aquando das nossas realidades práticas efectuarmos este tipo de administração com maior certesa e objectividade possível. PERGUNTA DE INVESTIGAÇÃO Quais vias compõem a administração parenteral e suas especificidades? DEFINIÇÃO DE CONCEITOS Via de administração - A maneira como o medicamento entra em contato com o organismo; é sua porta de entrada. Droga - substância ou matéria-prima que tenha a finalidade medicamentosa ou sanitária; Medicamento - produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico; Medicamento prescrito – substância que pode ser usada com segurança apenas sob supervisão de um profissional de saúde licenciado para prescrever ou ministrar medicamentos de acordo com as leis federais; Medicamento sem prescrição - substância que pode ser usada com segurança pelos consumidores sem a supervisão de um profissional de saúde licenciado, desde que sejam seguidas as orientações; Medicamento controlado – substância controlada por leis federais, estaduais e municipais porque sua utilização pode levar ao uso abusivo ou à dependência; Insumo Farmacêutico - droga ou matéria-prima aditiva ou complementar de qualquer natureza, destinada ao emprego em medicamentos, quando for o caso, e seus recipientes; Correlato - a substância, produto, aparelho ou acessório não enquadrado nos conceitos anteriores, cujo uso ou aplicação esteja ligado à defesa e proteção da saúde individual ou coletiva, à higiene pessoal ou de ambientes, ou a fins diagnósticos e analíticos, os cosméticos e perfumes, e, ainda, os produtos dietéticos, óticos, de acústica médica, odontológicos e veterinários; Dispensação - ato de fornecimento ao consumidor de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Conceitos e Abordagem Geral Entende-se por medicamentos, toda a substância ou associação de substâncias apresentada como possuindo propriedades curativas ou preventivas de doenças em seres humanos ou dos seus sintomas ou que possa ser utilizada ou administrada no ser humano com vista a estabelecer um diagnóstico médico ou, exercendo uma acção farmacológica, imunológica ou metabólica, a restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas". Já a administração de medicamentos , é o processo de preparo e introdução de medicamentos no organismo humano, visando obter efeitos terapêuticos, seguindo normas e rotinas que uniformizam o trabalho e, todas as unidades de internação, facilitando sua organização e controle. Administração de medicamentos constitui um dos deveres de maior responsabilidade da equipe de enfermagem. Em vista ao tamanho desta grandiosa responsabilidade delegada à enfermagem, esta deve ater-se não somente aos procedimentos técnicos e básicos inerentes à profissão, mas identificar os caminhos percorridos pelo medicamento desde o momento que o médico o prescreve, até a sua administração ao paciente e, analisar criticamente o sistema de medicação, refletindo sobre suas possíveis falhas e causas. A equipe de enfermagem constitui uma importante ferramenta na aquisição de segurança do sistema, buscando soluções para os problemas existentes nessa prática, pois, a capacidade de administrar medicamentos é uma das habilidades mais importantes que o profissional da enfermagem leva ao leito do paciente tal como referido anteriormente. A administração segura e efetiva dos medicamentos é considerada por muitos profissionais da enfermagem como a razão de seu sucesso. A organização das rotinas de administração de medicamentos é importante e deve ser compreendida por todos os que participam do serviço, pois que vários métodos são adotados para assegurar precisão na preparação, distribuição e anotação dos medicamentos. Para oferecer medicamentos com exatidão requer muito conhecimento técnico, habilidade, dedicação, atenção e constante processo de reciclagem. Para administrar medicamentos de maneira segura a enfermagem deve ter alguns cuidados: Preparar o medicamento em ambiente com boa iluminação; Evitar distração e conversas paralelas durante o preparo das medicações, diminui o risco de erros; Obter a prescrição médica , realizar sua leitura e compreende-la, caso haja dúvida, esclarecê-la antes de iniciar o preparo da prescrição médica; OBS: Na administração de medicamentos é importanmte ater-nos a duas (2) regras fundamentais para evitar erros durante a administração: Regra dos 5 certos: Identificar o paciente certo: deve-se identificar o leito e o nome do paciente (p.ex.: leito 08 – Tiago); Identificar o medicamento certo: p. ex.: dipirona; Identificar a dose certa do medicamento a ser administrada: p.ex.: 02ml ou 1 ampola; Identificar a via certa a ser administrada: p ex.: via endovenosa (EV); Identificar a hora certa a ser administrada: p ex.: 16hs Regra das 3 leituras: Confira SEMPRE o rótulo da medicação. Nunca confie. Leia você mesmo. Primeira leitura : antes de retirar o frasco ou ampola do armário ou carrinho de medicamentos; Segunda leitura: antes de retirar ou aspirar o medicamento do frasco ou ampola; Terceira leitura: antes de recolocar no armário ou desprezar o frasco ou ampola no recipiente. Após interpretar e entender a prescrição médica, inicia-se o preparo das medicações a serem administradas; Antes e após o preparo e administração das medicações as mãos devem ser lavadas; Lavar as mãos e preparar o material, conforme a vias de administração: bandeja, copo se Via Oral (VO), seringa e agulha do tamanho indicado para cada via, algodão e álcool a 70%; Realizar etiqueta de identificação de todos os medicamentos que serão preparados; Verificar o período de validade, alterações no seu aspecto e informações sobre a diluição. Não administrar sem estes cuidados prévios; Utilizar técnicas assépticas no preparo das medicações: não toque no medicamento com as mãos. Quando em comprimido, mantenha-o em blister, ou coloque-o em copo; se líquido, coloque-o em copo, evitando que se molhe o rótulo do frasco; se injetável, utiliza técnica asséptica durante sua aspiração; Verificar a integridade dos invólucros que protegem a seringa e a agulha: se estiverem molhados, rasgados ou abertos, devem ser desprezados, pois não se encontram mais estéreis; Deixar o local de preparo de medicação limpo e em ordem, utilizando álcool a 70% para desinfecção da bancada; Utilizar bandeja ou carrinho de medicação devidamente limpos e desinfetados com álcool a 70%; Quando da preparação de medicamentos para mais de um paciente, é conveniente organizar a bandeja dispondo-os na seqüência de administração ( por horário e por ordem dos leitos). Após prepará-lo com técnica, siga com a bandeja até o quarto para administração, certificando-se de todos os certos antes: Inicie a administração, chegando ao leito do paciente e chamando o cliente pelo nome e conferindo o rótulo da medicação (feito previamente) – sempre atento para os 5 certos; É imprescindível conhecer a técnica adequada para cada via. Após administração dos medicamentos, desprezar o material utilizado em local adequado, e não esquecer de lavar as mãos. É ainda importante estarmos atentos as segintes observações: Manter a bandeja ou o carrinho de medicação sempre à vista durante a administração, nunca deixando-o junto ao paciente; Esclarecer ao paciente sobre o medicamento que irá receber; Efetuar o registro do medicamento administrado, com a hora de realização (no protuário); Não deixar o medicamento na mesa de cabeceira do paciente ou permitir que terceiros administrem. Em caso de paciente consciente e medicamento VO, permanecer junto ao paciente até que o mesmo degluta o medicamento; Utilizar luvas sempre que houver a possibilidade de entrar em contato com secreções ou sangue do paciente; Todo medicamento administrado deve ser registrado na prescrição; Nas aplicações parenterais é importante anotar o local da administração; A rejeição do paciente ou familiares de um medicamento deve ser registrada no prontuário e comunicado ao médico (medicação não administrada deverá circular o horário na prescrição); Anotar no prontuário e comunicar ao médico qualquer reação adversa apresentada pelo paciente após uso da medicação. Vias de Admnistração de Medicamentos As vias de administração de medicamentos podem ser a grosso modo divididas em: Via Tópica: efeito local; a substância é aplicada diretamente onde se deseja a sua ação (o fármaco é exposto sobre a pele); Via Enteral: efeito sistêmico (não-local); recebe-se a substância via trato digestivo. Via Parenteral: efeito sistêmico; recebe-se a substância por outra forma que não pelo trato digestivo. Outras vias: Inalatória (ex: gases utilizados em anestesia e medicamentos contra asma); Ocular; Intranasal; Dérmica; Vaginal (ex: droga para induzir o trabalho de parto). Uso das Vias de Admnistração Algumas vias de administração podem ser usadas tanto para propósitos tópicos quanto sistêmicos, dependendo das circunstâncias. Por exemplo, a inalação de drogas para asma visa agir sobre as vias aéreas (efeito tópico), enquanto que a mesma inalação, porém, de anestésicos voláteis visa agir sobre o cérebro (efeito sistêmico). Por outro lado, uma mesma droga pode produzir diferentes resultados dependendo da via de administração. Por exemplo, algumas drogas não são absorvidas significativamente na corrente sangüínea a partir do trato gastrointestinal e, por isso, sua ação após administração enteral é diferente daquela após administração parenteral. As vias enterais são geralmente a mais conveniente para o paciente, já que não há necessidade de se fazer punções ou utilizar procedimentos de esterilização. Medicamentos enterais são, por isso, freqüentemente os mais preferidos para deficiências crônicas. Porém, algumas drogas não podem ser administradas desta forma porque sua absorção no trato digestivo é baixa ou imprevisível. A administração transdérmica é uma alternativa confortável; há, porém, somente algumas poucas preparações medicamentosas adequadas para a administração transdérmica. Em situações graves ou nas medicinas de emergência e de tratamento intensivo, as drogas são muito freqüentemente administradas por via intravenosa. Isto ocorre porque pacientes pouco ou muito doentes podem apresentar alterações na absorção de substâncias através dos tecidos, ou alterações na motilidade digestiva, que podem causar absorção imprevisível do medicamento. ADMNISTRAÇÃO PARENTERAL O termo parenteral provém do grego "para" (ao lado) e "enteros"(tubo digestivo), significando a administração de medicamentos "ao lado do tubo digestivo" ou sem utilizar o trato gastrointestinal. Esta via é indicada para administração de medicamentos a pacientes inconscientes, com distúrbios gastrointestinais e nos pacientes impossibilitados de engolir. Esta via de administração corresponde à introdução de produtos líquidos directamente nos tecidos do corpo ou na circulação sanguínea, para que sejam distribuídos através do sangue a todo o organismo. É indicada ainda quando se espera uma ação mais rápida da droga, na administração de medicamentos que se tornam ineficientes em contato com o suco digestivo (HORTA, 1979). Generalidade A administração por via parentérica compreende a utilização de soluções ou essências especialmente preparadas para serem introduzidas, mediante injecção, nos tecidos orgânicos ou na circulação sanguínea. Este facto marca uma evidente diferença com outras vias de administração: como é necessário uma técnica precisa e uma certa experiência, a administração por via parentérica apenas costuma ser efectuada por enfermeiros ou médicos, apesar de o próprio paciente ou algum familiar poder aprender a dar as injecções, o que pode ser, por vezes, muito conveniente (por exemplo, no caso dos diabéticos que necessitam de constantes injecções de insulina). A via parentérica tem várias vantagens, na medida em que, para além de possibilitar uma rápida distribuição do medicamento por todo o organismo e, consequentemente, um rápido efeito terapêutico, permite conhecer com precisão a quantidade de medicamento administrado, pois não está dependente de variáveis como o seu grau de absorção no tubo digestivo, como ocorre quando é administrado por via oral. Todavia, a administração por via parentérica também acarreta alguns inconvenientes: por um lado, gera mais incómodos e receios do que outras vias de administração, por outro lado, porque existe um certo risco, já que uma injecção aplicada de forma inadequada pode provocar vários tipos de problemas nos tecidos da zona e proporcionar uma via de comunicação com o exterior - caso não seja realizada em rigorosas condições de assepsia, de modo a evitar-se a contaminação dos tecidos, pode favorecer o desenvolvimento de uma infecção. Em suma, apenas se deve recorrer à administração de medicamentos por via parentérica quando existem motivos que o justifiquem, sobretudo quando o fármaco utilizado não pode ser administrado por outras vias, por exemplo, porque seria destruído pelos sucos digestivos caso se recorresse à via oral ou quando é necessário um efeito rápido e preciso, sendo que, embora seja utilizada com frequência no hospital, esta via de administração é pouco utilizada nos tratamentos domiciliários. Tipos de administração parentérica Esta via de administração costuma consistir na introdução de medicamentos directamente no organismo através de uma injecção, mediante o recurso a uma seringa e uma fina agulha oca. Todavia, é possível distinguir, em função do local onde se insere a agulha, vários tipos de administração parentérica, cuja selecção depende da rapidez de acção, da natureza do medicamento a utilizar e da dose necessária. Vias Diretas: Injeção Intra-Venosa ou Endovenosa É a administração de uma droga diretamente na veia, a fim de obter uma ação imediata do medicamento (GODMAN & GILMAN,1997). A medicação poderá ser administrada em qualquer veia periférica acessível, mas com preferência para: Região do dorso da mão: veia basílica; veia cefálica; veia metacarpianas dorsais. Região dos membros superiores: veia cefálica acessória; veia cefálica; veia basílica; veia intermediária do cotovelo; veia intermediária do braço. Região cefálica: utilizada com freqüência em pediatria, quando não há possibilidade de realizar a punção em regiões periféricas. A medicação poderá ser administrada ainda em veias profundas, por meio de cateteres endovenosos introduzidos por punção ou flebotomia (HORTA, 1979). Esta via é utilizada em casos de emergência na qual o paciente se encontra inconsciente, como por exemplo, nos casos de Crise Hipoglicêmica, onde a conduta seria a administração de Glicose 50% por via intra-venosa (HORTA,1979). Material necessário: Bandeja contendo: luva de procedimento, garrote, bolas de algodão e álcool a 70%, cateter periférico (scalp ou gelco), esparadrapo para fixar o cateter. Lavar as mãos antes e após o procedimento; Explicar o cliente o que será realizado; Calçar as luvas de procedimento; Deixar o cliente em posição confortável com a área de punção apoiada; Escolher o local para punção ( sempre iniciar a punção pelas veias das extremidades); Garrotear o local para melhor visualizar a veia; Fazer a antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70% no sentido do proximal para distal; Realizar a punção com o cateter escolhido, sempre com o bisel voltado para cima, introduzir a agulha num ângulo de 45°; Após a punção realizar a fixação adequada com esparadrapo; Identificar o esparadrapo com data para controle de uma nova punção; Reunir o material utilizado e coloca-lo em local apropriado; Realizar anotação de enfermagem do procedimento, descrevendo local e intercorrências. Durante a administração das medicações podem ocorrer alguns acidentes relacionados à manutenção e permanência do dispositivo venoso: Extravasamento: ocorre infiltração da medicação ou solução que está sendo injetada, causando a formação de edema, dor local. A infusão deve ser interrompida e o cateter deve ser retirado; Obstrução: ocorre quando a infusão é interrompida por algum momento e o dispositivo fica sem fluxo ou fechado durante muito tempo, impedindo a infusão a solução. Indica-se a injeção de solução salina ou água destilada (10ml em seringa de 10ml em bolus), garantindo assim a permeabilidade do cateter; Flebite: ocorre uma inflamação na veia, após a punção venosa e/ou administração da medicação; o cliente apresenta dor local, calor, edema, sensibilidade ao toque e hiperemia (vermelhidão). A infusão deve ser interrompida e o cateter deve ser retirado. Precauções: A solução deve ser cristalina, não oleosa e não conter flocos em suspensão; Retirar todo ar da seringa, para não deixar entrar ar na circulação; Aplicar lentamente, observando as reações do paciente; Verificar se a agulha permanece na veia durante a aplicação; Retirar a agulha na presença de hematoma, infiltração ou dor. A nova picada deverá ser em outro local, de preferência em outro membro; Durante infusões endovenosas podem ocorrer reações pirogênicas ou bacterêmicas e é importante observar suas manifestações clínicas. Em ambas as situações poderão ocorrer calafrios intensos, elevação da temperatura, tremores, sudorese, pele fria, queda da pressão arterial, cianose de extremidades e/ou labial, com abrupta queda do estado geral do paciente. Estas reações se verificam logo após o início da administração de uma terapia endovenosa, e devem cessa assim que esta é interrompida. Em caso de suspeita, deve-se: Interromper imediatamente a administração da terapia endovenosa; Retirar o cateter da veia do cliente e puncionar novo acesso; Medicar o cliente conforme prescrição médica. Injeção Intramuscular: Injeções Intramusculares depositam a medicação profundamente no tecido muscular, o qual é bastante vascularizado podendo absorver rapidamente. Esta via de administração fornece uma ação sistêmica rápida e absorção de doses relativamente grandes (até 5ml em locais adequados). Pelo fato de possuir uma ação rápida, esta via é utilizada em quadros de Reação Anafilática, através da administração Intramuscular de Betametazona ou Dexametasona (Disprospan R ou Decadron R), como conduta emergencial (TIMBY,2001). As injeções intramusculares são recomendadas para os pacientes não cooperativos ou aqueles que não podem tomar a medicação via oral e para as medicações que são alteradas pelo suco digestivo. Os tecidos musculares possuem poucos nervos sensoriais, permitindo na injeção uma administração menos dolorosa de medicações irritantes. O local de uma injeção intramuscular deve ser escolhido cuidadosamente, levando em consideração o estado físico geral do paciente e a proposta da injeção. As injeções intramusculares são contra-indicadas em pacientes com mecanismo de coagulação prejudicados, em pacientes com doença vascular periférica oclusiva, edema e choque, porque estas moléstias prejudicam a absorção periférica. Além de não serem administrado em locais inflamado, edemaciado ou irritado ou ainda em locais com manchas de nascença, tecido cicatrizado ou outras lesões (GODMAN & GILMAN,1997). A escolha do músculo utilizado vai depender do volume a ser aplicado: 1ª escolha: Vasto lateral da coxa - máximo de 5ml; 2ª escolha: Glúteo ( ventro glútea e dorso glútea) – máximo 5ml; 3ª escolha: Deltóide ( exceto em vacinas) – máximo 3ml. Vasto Lateral da Coxa Local seguro por ser livre de vasos sanguíneos e nervos importantes; Extensa área de aplicação; Proporciona melhor controle de pessoas agitadas ou crianças chorosas. O local de aplicação é 12cm abaixo do trocanter e de 9 a 12cm acima do joelho (no centro dessa região delimitada) Dorso Glútea Indicada para administração de grandes volumes (máximo de 5ml); Não é indicado para crianças menores de 2 anos; ATENTA88bR para localização do nervo ciático; O local de aplicação é o quadrante superior externo do glúteo. Deltóide Massa muscular relativamente pequena, não sendo capaz de receber grandes volumes (máximo de 3ml); Não deve ser usado em injeções consecutivas e com substâncias irritantes, pois podem causar abscesso e necrose. Contra-indicado para menores de 10 anos e adultos com pequeno desenvolvimento muscular. Material necessário: Bandeja contendo: luva de procedimento, seringa de 3ml ou 5ml, agulha para aspiração da medicação (40x12), medicação a ser aspirada, agulha para aplicação da medicação (25x8 ou 30x8), bolas de algodão e álcool a 70%. Técnica de Aplicação: Lavar as mãos antes e após o precedimento; Explicar ao cliente o que será realizado. Orientando-o a manter uma posição que auxilie o relaxamento do músculo onde será feita a injeção, evitando o extravasamento e minimizando a dor; Deixar o cliente em posição confortável, escolher o local para aplicação; Calçar as luvas de procedimento; Fazer antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70%; Com a mão não dominante, segure firmemente o músculo para aplicação da injeção; Introduzir a agulha no músculo escolhido, sempre com o bisel lateralizado, num ângulo de 90°; Após introdução da agulha, realizar aspiração certificando-se de que não houve punção de vaso sanguíneo. Caso tenha ocorrido, deve ser interrompida a aplicação, desprezado o medicamento, novamente preparado e aplicado; Injete lentamente o medicamento após aspiração local; Retirar a agulha em movimento único; Realizar leve massagem no local da aplicação (é contra indicado para medicamentos de ação prolongada, como os anticoncepcionais injetáveis); Descartar o material utilizado em local apropriado; Lavar as mãos. Ventro Glútea - É mais indicada por estar livre de estruturas anatômicas importantes (não apresenta vasos sanguíneos ou nervos significativos); - Indicada para qualquer faixa etária; - Ainda é muito pouco utilizada. Técnica para aplicação: O profissional de enfermagem deve colocar a mão não dominante espalmada sobre a região trocanteriana no quadril do cliente, apontar o polegar para a virilha e os outros dedos para a cabeça do cliente, colocar o indicador sobre a crista ilíaca anterior e o dedo médio para trás ao longo da crista ilíaca. Esta posição formará um V. O centro da letra V é o local para aplicação. Injeção Subcutânea: Uma medicação injetada nos tecidos adiposos (gordura), abaixo da pele, se move mais rapidamente para a corrente sangüínea do que por via oral. A injeção subcutânea permite uma administração medicamentosa mais lenta e gradual que a injeção intramuscular, ela também provoca um mínimo traumatismo tecidual e comporta um pequeno risco de atingir vasos sanguíneos de grande calibre e nervos. Absorvida principalmente através dos capilares, as medicações recomendadas para injeção subcutânea incluem soluções aquosas e suspensões não irritantes contidas em 0,5 a 2,0 ml de líquido(TIMBY,2001). A heparina e a insulina, por exemplo, são geralmente administradas via subcutânea. Para os casos emergências de reação anafilática, pode-se administrar adrenalina 1:1000 pm via subcutânea. Os locais mais comuns de injeção subcutânea são a face externa da porção superior do braço, face anterior da coxa, tecido frouxo do abdômen inferior, região glútea e dorso superior. A injeção é realizada através de uma agulha relativamente curta. Ela é contra-indicada em locais inflamados, edemaciados, cicatrizados ou cobertos por uma mancha, marca de nascença ou outra lesão. Elas também podem ser contra-indicadas em pacientes com alteração nos mecanismos de coagulação ( HORTA, 1979 ). Material necessário: Bandeja contendo: luva de procedimento, seringa de 1ml ou 3ml, agulha para aspiração da medicação (25x7 ou 25x8), medicação a ser aspirada, agulha para aplicação da medicação (13x4,5 ou 25x7), bolas de algodão e álcool a 70%. Técnica de Aplicação: Selecione um local de injeção apropriado; Limpe o local da injeção com um chumaço de algodão com álcool, iniciando pelo centro do local e movendo para fora em movimento circular. Permita que a pele seque sempre antes de injetar a medicação para evitar uma sensação de picada pela introdução de álcool nos tecidos subcutâneos; Com a sua mão não dominante, agarre a pele ao redor do ponto de injeção firmemente para elevar o tecido subcutâneo, formando uma dobra de gordura de 2,5cm; Segurando a seringa com a sua mão dominante , insira a bainha da agulha entre os dedos anular e mínimo da sua outra mão enquanto agarra a pele ao redor do ponto de injeção. Puxe para trás a seringa com a sua mão dominante para descobrir a agulha agarrando a seringa como um lápis. Não toque a agulha; Posicione a agulha com o bisel para cima; Insira a agulha rapidamente em um único movimento. Libere a pele do paciente para evitar a injeção da medicação em um tecido comprimido e irritar as fibras nervosas; Após a injeção, remova a agulha delicadamente (mas de forma rápida) na mesma angulação utilizada para a inserção; Cubra o local com um chumaço de algodão com álcool e massageie delicadamente (a menos que você tenha injetado uma medicação que contra indique a massagem, como a heparina e a insulina) para distribuir a medicação e facilitar a absorção. Agulhas indicadas :10 x 6 / 7 ; 20 x 6; 20 x 7 - Insira a agulha em ângulo de 45 ou 90 graus em relação a superfície epidérmica. Dependendo do comprimento da agulha e da quantidade de tecido subcutâneo no local. Injeção Intradérmica: Usada principalmente com fins de diagnóstico como em testes para alergia ou tuberculina, as injeções intradérmicas indicam quantidades pequenas, geralmente 0,5ml ou menos, dentro das camadas mais externas da pele. Por haver baixa absorção sistêmica dos agentes injetada via intradérmica, este tipo de injeção é usado principalmente para produzir um efeito local. A face ventral do antebraço é o local mais comumente utilizado por ser facilmente acessível e ausentes de pêlos (TIMBY,2001). É também utilizada para aplicação de BCG (vacina contra tuberculose), sendo de uso mundial a aplicação ao nível da inserção inferior do músculo deltóide. Material necessário: Bandeja contendo: luva de procedimento, seringa de 1 ml (100UI), medicação a ser aspirada, agulha para aplicação da medicação (13x4,5), bolas de algodão e álcool a 70%. Técnica de Aplicação: Limpe a superfície ventral do antebraço, com algodão embebido em álcool, e espere a pele secar; Enquanto segura o antebraço do paciente em sua mão, puxe a pele esticando com seu polegar; Com a sua mão livre, segure a agulha em um ângulo de 15 graus em relação ao antebraço do paciente, com a bisel da agulha virado para cima; Insira a agulha aproximadamente 0,3 abaixo da epiderme em locais a 5 cm de intervalo. Interrompa quando o bisel da agulha estiver sob a pele e injete o antígeno lentamente. Você deve encontrar alguma resistência a ao fazer isso e deve ocorrer a formação de um vergão enquanto você injeta o antígeno; Retire a agulha na mesma angulação em que tenha sido inserida. Injeção Intra-óssea: Quando for difícil ou impossível à infusão venosa rápida, a infusão intra-óssea permite a disposição de líquidos, medicações ou sangue total na medula óssea. Executada em neonatos e crianças, esta técnica é utilizada em emergências como parada cardiopulmonar ou colapso circulatório, hipopotassemia, provocada por lesão traumática ou desidratação, estado epilético, estado asmático, queimaduras, pseudo-afogamento e septicemia opressiva (GODMAN & GILMAN,1997). Injeção Intra-articular: Uma injeção intra-articular deposita as medicações diretamente na cavidade articular para aliviar a dor, ajudar a preservar a função, prevenir contraturas e retardar a atrofia muscular. As medicações geralmente administradas via intra-articular incluem corticosteróide, anestésicos e lubrificantes. É contra-indicada em pacientes com infecção articular, fratura ou instabilidade articular ou infecção fúngica sistêmica (GODMAN & GILMAN,1997). Via Intra-arterial: É raramente empregada, por dificuldades técnicas e riscos que oferece. A justificativa de uso tem sido obter altas concentrações locais de fármacos, antes de ocorrer sua diluição por toda circulação. Uma variante dessa é a via intracardíaca, hoje em desuso, desde que foi substituída pela punção de grandes vasos venosos para administrar fármacos em reanimação cardio-respiratória (GODMAN & GILMAN,1997). Vias Indiretas: Via Cutânea: A pele apresenta efetiva barreira à passagem de substâncias. No entanto medicamentos podem ser administrados por via cutânea para obtenção fundamentalmente de efeitos tópicos. Sob certas circunstâncias produzem efeitos sistêmicos, terapêuticos ou tóxicos. A absorção depende da área de exposição, difusão do fármaco na derme (alta lipossolubilidade), temperatura e estado de hidratação da pele. As formas farmacêuticas comumente empregadas são soluções, cremes, pomadas, óleos, loções, ungüentos, geléias e adesivos sólidos, esses destinados à absorção transcutânea para obtenção de efeitos sistêmicos. As mucosas ricamente vascularizadas permitem fácil absorção de princípios ativos. Fármacos administrados diretamente sobre a mucosa tem ação local ou, se captadas pela circulação sanguínea, sistêmica (TIMBY,2001). Vantagens da Via Parenteral Absorção mais rápida e completa; Maior precisão em determinar a dose desejada. Obtenção de resultados mais seguros; Possibilidade de administrar determinadas drogas que são destruídas pelos sucos digestivos. Desvantagens: Dor, geralmente causada pela picada da agulha ou pela irritação da droga; Em casos de engano pode provocar lesão considerável; Em função do rompimento da pele, pode ocorrer o risco de adquirir infecção; Uma vez administrada à droga, impossível retirá-la. Preparo Geral da injeção Parenteral Tipos de agulha: 13 x 4,5 = utilizadas para as vias intradérmica e subcutânea; 25 x 7 ou 25 x 8 = utilizadas para as vias subcutâneas, intramuscular e endovenosa; 30 x 7 ou 30 x 8 = utilizadas para as vias intramuscular e endovenosa; 40 x 10 ou 40 x 12 = utilizadas para aspiração das medicações, durante o preparo. Tipos de seringa: 1ml = utilizadas para as vias intradérmica e subcutânea; 3ml = utilizadas para as vias subcutânea e intramuscular; 5ml = utilizadas para as vias intramuscular e endovenosa (no caso de medicações que não são diluídas); 10ml = utilizadas para a via endovenosa; 20ml = utilizadas para a via endovenosa; 60ml. Preparando a injeção: Identificar o medicamento a ser administrado, de acordo com a prescrição médica; Lavar bem as mãos antes e após de preparar e aplicar a injeção; Abrir a embalagem da seringa e da agulha, conectando-as sem tocar na agulha, no bico e nem na haste da seringa, para não contaminá-la; Não esquecer de fazer a assepsia da ampola e do fraco ampola com álcool a 70%, antes da aspiração (passar o algodão com álcool a 70% três vezes na ampola); Preparando medicações armazenadas em ampola: Desinfetar toda a ampola com algodão embebido em álcool a 70%; Proteger os dedos com o algodão embebido em álcool ao destacar o gargalo da ampola; Aspirar a solução da ampola para a seringa; Proteger a agulha com a própria capa e o êmbolo da seringa com o próprio invólucro; Não esquecer de identificar o medicamento com os 5 Certos, antes da administração; Após administração, NUNCA reencapar a agulha, e desprezá-la no descarte apropriado. OBS: Após aspirar a medicação estar atento para a diluição preconizada para cada medicação. Preparando medicações armazenadas em frasco ampola: Retirar o lacre do frasco ampola e realizar a desinfecção da tampa de borracha com algodão embebido em álcool a 70% (passando o algodão 3 vezes); Realize a desinfecção do gargalo da ampola do diluente com algodão e álcool 70%, abra a ampola, aspire o conteúdo e injete-o pela parede interna do frasco ampola; Homogeneíze bem o pó com o diluente colocando o frasco ampola entre as mãos e realizando movimentos rotacionais; Aspire o conteúdo e retire as eventuais bolhas da seringa, expulsando o ar e deixando somente a suspensão; Despreze o frasco ampola no descarte apropriado. OBS: Após aspirar o conteúdo do frasco ampola lembrar de rediluir a medicação conforme padronização. CONCLUSÃO ANEXOS BIBLIOGRAFIA