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A4 Resolv - Final

PMR 2470 - Métodos Experimentais - Experiência 4 resolvida - Estudar a resposta de um sistema de ordem 2 a uma função degrau e /ou impulso.

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INTRODUÇÃO O estudo das respostas de um determinado sistema é a etapa mais importante de seu projeto. Através deste estudo analisa-se suas saídas, oscilações e interferências, de modo que seja possível otimizar seu funcionamento. Este estudo começa pela escolha de um modelo para o sistema. Os sistemas precisam ser modelados matematicamente para que possam ser analisados. A escolha de um modelo adequado, que represente de maneira satisfatória o sistema, é fundamental para obtenção de bons resultados. O modo adotado para este estudo foi a utilização de equações diferenciais. Estas equações podem ser obtidas através de leis físicas que regem o sistema. Neste trabalho o foco está nos sistemas de segunda ordem. Um sistema de segunda ordem é caracterizado por uma equação diferencial de segunda ordem, que por sua vez é caracterizada por conter uma derivada segunda da variável de entrada. Figura 1. Exemplo de um sistema de segunda ordem mecânico. A figura 1 apresenta um exemplo de um sistema de segunda ordem mecânico, representado por um sistema massa-mola-amortecedor. Um sistema de segunda ordem pode ser modelado conforme a equação 1. (Equação 1) Ao dividir a equação 1 por a2, obtem-se a equação 2. (Equação 2) onde: , e . Pode-se definir também . Através destes equacionamentos e de entradas bem definidas, pode-se estudar o comportamento do sistema. Deve-se tomar o cuidado para que este modelo corresponda consideravelmente ao seu sistema. Isto pode ser assegurado pelas pequenas perdas e pela correta inferência das constantes envolvidas. RESPOSTA DO SISTEMA À ENTRADA DEGRAU O sistema citado anteriormente pode ser modelado conforme a equação 1, e dessa forma as constantes tomam os valores abaixo: (Equação 3) m: massa do bloco (kg) c: constante de amortecimento (do amortecedor) (Nm/s) k: constante elástica (da mola) (Nm) F(t): função de excitação no tempo (N) A entrada do sistema considerada é chamada de função degrau. Esta função tem o valor zero até um determinado tempo t0 e, a partir deste tempo, assume o valor F0. Esta entrada modela de forma eficiente o problema do carro passando por cima de uma balança, por isso merece uma atenção especial. Figura 2. Representação gráfica da função degrau. (Equação 4) Na figura 2 e na equação 4 pode-se ter uma visão melhor da função degrau. Para obter a resposta à este sinal do sistema modelado, aplica-se a integral da convolução na equação de segundo grau obtida anteriormente. (Equação 5) Resolvendo a equação 5, para t > t0, tem-se: (Equação 6) onde Para o caso particular t0=0s, a equação 6 fica: (Equação 7) É possível ainda observar a influência do coeficiente de amortecimento. Para um caso particular, onde = 0, a equação 7 pode ser simplificada para: (Equação 8) Para obter a resposta estacionária do sistema (resposta após um longo período de tempo), podemos calcular o limite da equação 8, quando . (Equação 9) Ao plotar as informações obtidas na simulação e modelagem num gráfico de resposta pelo tempo, pode-se observar que a resposta consiste numa função constante de amplitude F0/k, menos uma função oscilatória que decai no tempo, tendendo a zero. Figura 3. Resposta do sistema de segundo grau à uma entrada degrau, em função do coeficiente de amortecimento Simulação Dinâmica da Balança Com o objetivo de se fazer as medições de peso causadas pelo movimento do carro sobre a balança, faz-se necessário a análise do comportamento do sistema frente aos estímulos causados pelo veículo. Desse modo é interessante simular toda esta dinâmica, visando atingir um modelo que mais se aproxima do real. Como explicado anteriormente, a balança consiste de um sistema de 2a ordem, apresentando os coeficientes de massa, amortecimento e elasticidade a se determinar. A constante de massa é facilmente obtida, pois é só utilizar uma balança comum para realizar a medição. Porém, os coeficientes de amortecimento e de elasticidade são mais difíceis de se obter, pois dependem do tipo de material e de suas dimensões. Para esta simulação foi utilizada uma constate de massa m = 0,2kg e coeficiente c = 0,5 kg/s e K = 200 N/m.Estes valores foram escolhidos sem base em modelos reais, pois é necessário saber como vai ser a balança em todo seu aspecto, fato este ainda não possível de se realizar. Porém, estes parâmetros nos fornecem um estímulo mais acentuado que o real fazendo com que o controle seja superdimensionado, além de nos fornecer dados mais fáceis de serem visualizados e tratados como poderemos ver nas figuras que virão. A simulação foi realizada através do simulink, parte integrante do software Matlab. A excitação foi definida como uma onda quadrada, porém pode-se obter desta uma onda degrau e para pequenos períodos, um impulso. Vale lembra que a análise é a mesma. Um ruído de alta freqüência foi somado a esta onda quadrada de modo a se obter uma onda mais parecida com a onda real. A seguir temos a figura do sistema em simulink. Na figura seguinte temos todos os formatos de onda gerados. A primeira é a onda quadrada cuja amplitude pico a pico (Vpp) é de 4 (a unidade aqui não é relevante). O valor quatro é uma suposição do peso do carrinho, meramente didática, servindo apenas para a elaboração do modelo. A segunda é o ruído, cujo Vpp foi definido com aproximadamente 0,04. A terceira onda é a soma das duas anteriores. E a quarta é a resposta do sistema a este estímulo. Para a análise do sinal foi necessário um amplificador devido ao fato de se colocar uma função de transferência correspondente à dinâmica da balança. Além disso, foi necessário utilizar um integrador para minimizar o efeito de ruído do sinal. É interessante notar que quanto maior a freqüência do sinal de excitação, maior deve ser o ganho de entrada do sistema. Para esta simulação foi obtido o valor de ganho de 800. A figura a seguir mostra a Transformada de Fourier (FFT) do sinal original, apresentando a forma do próprio sinal, sua transformada e o seu espectro de freqüência. Na mesma figura é apresentado o sinal filtrado. Pode-se notar que o valor de pico corresponde a 4, valor este igual ao original. A inclinação da curva é determinada pelo integrador, de modo que quanto maior seu denominador, maior a inclinação e maior o ganho necessário. É importante também deixar um período suficientemente grande para que o valor se estabilize e se aproxime do valor real.