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A Produção De Ovinos E O Melhoramento Genetico

descrição das principais raças de ovinos, bem como o melhoramento na raça e o sistema de produção atual no brasil

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITARIO DE PONTES E LACERDA DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA A produção de ovinos e o melhoramento genético no Brasil Docente: MSc Edson Junior Heitor de Paula Discente: Bruno Samatino Elissandra Basilio João Vitor Frutuoso Marcio Lara Pontes e Lacerda 2011 ÍNDICE Página 1. INTRODUÇÃO 01 2. PARÂMETROS GENÉTICOS PARA A SELEÇÃO.................................................03 2.1 ATIVIDADE DE SUBSISTÊNCIA..............................................................04 2.2 PRODUÇÃO COMERCIAL.............................................................. ...........05 2.3 CRIAÇÃO DE ANIMAIS PUROS OU "ELITE".........................................05 3. CRUZAMENTO INDUSTRIAL.................................................................. ..............05 4. CRUZAMENTO TRIPLO................................... .......................................................05 5. CRUZAMENTO ABSORVENTE.................................................................. ............06 6. RAÇAS....................................................................... .................................................06 6.1. RAÇA MORADA NOVA................................................................... ........06 6.2. CORRIEDALE (NOVA ZELÂNDIA)........................................................07 6.3. SANTA INÊS................................................................... ...........................07 6.4. TEXEL.................................................................. .......................................08 6.5. DORPER................................................................. .....................................08 7. DESEMPENHO ZOOTÉCNICO.................................................................. ..............09 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................... ................10 9. LITERATURA CITADA...................................................................... ......................11 1. INTRODUÇÃO A criação de ovinos no Brasil deve-se, principalmente, à influência espanhola em nossa colonização. Inicialmente voltados especificamente para a produção de lã, os rebanhos eram criados mais significativamente na Região Sul, e foram sendo adaptados para o sistema de duplo propósito (produção de lã e de carne). A tendência de queda dos preços internacionais da lã, ocasionada pelo acentuou essa mudança de perfil criando a necessidade de se buscar novos padrões de animais que fossem especializados também na produção de carne. Diante desse cenário, os ovinos deslanados surgiram como alternativa viável e permitiram o desenvolvimento da ovinocultura em regiões onde, até então, a criação destes animais não tinha expressividade (EMBRAPA, 2006). Segundo a Pesquisa Pecuária Municipal do ano de 2005 (IBGE, 2007), o rebanho brasileiro de ovinos era constituído por aproximadamente 15.588.041 de cabeças, estando fundamentalmente concentrado em duas regiões: Nordeste e Sul. Todavia, do ano 2000 até o ano 2005, apesar da forte redução do rebanho ovino na região Sul (-20%), observou-se um crescimento vigoroso nas regiões Nordeste (17,3%), Norte (33,7%), Centro-Oeste (35,1%) e, principalmente, Sudeste (51,8%). Tal crescimento deve-se à crescente demanda por carne ovina e aos bons preços que o produto vem alcançando, comparativamente ao da carne bovina. A pesquisa, desenvolvimento e aplicação de tecnologias que envolvem a genética têm sofrido grandes mudanças nos últimos anos. Há tempos a genética animal é cada vez mais influenciada pela ciência em muitos sentidos, e os princípios científicos vêm sendo amplamente aplicados nos processos que envolvem a produção animal (SANTOS, 2009). Em virtude de sua importância econômica- social para o Brasil, particularmente para a Região Nordeste, a ovinocultura requer atenção especial para que possa desenvolver-se à altura desta importância. As áreas de sanidade, alimentação e nutrição animal, reprodução e manejo já respondem muito bem aos desafios para evolução da produção, entretanto, por si só, não conseguem alavancar a exploração como um todo, por apresentar soluções isoladas entre as demais (LOBO, 2002). Um programa de melhoramento animal, por sua própria natureza, apresenta abrangência e agrega as diversas áreas, por integrar suas respostas e requerer suas ações para que possa ser eficiente. São necessários rigorosos controles sanitário, nutricional e reprodutivo para que um programa de melhoramento possa apresentar resultados satisfatórios. Desta forma, a ausência de programas efetivos de melhoramento genético dificulta o desenvolvimento sustentável da produção (EMBRAPA, 2002) 2. PARÂMETROS GENÉTICOS PARA A SELEÇÃO O melhoramento genético tem a função de modificar geneticamente as populações de animais, com o objetivo de aumentar a produção, reduzir custos, facilitar o manejo ou minimizar os problemas no rebanho (doenças). O objetivo é buscar uma situação mais vantajosa para aquele que investe em melhoramento. Desta forma, o melhoramento genético animal pode ser entendido como um conjunto de processos seletivos e de direcionamento dos acasalamentos, cujo objetivo é aumentar a freqüência dos genes de efeitos desejáveis ou das combinações genéticas boas em uma população, com a finalidade de aperfeiçoar a capacidade de produção dos animais que apresentam interesse econômico para o homem em um dado ambiente. Para atingir tal finalidade, o homem dispõe de duas ferramentas básicas: a seleção de progenitores e os métodos de acasalamento (Facó e Villela, 2005). Seleção é a escolha de indivíduos para a reprodução. Em uma população, essa escolha pode ser feita sem direcionamento dado pelo homem, o que se chama seleção natural ou por meio da ação do homem, determinando quais indivíduos serão usados na reprodução, isto é, seleção artificial. Para que seja possível selecionar animais superiores com eficiência é imprescindível a existência de grande número de animais para os quais sejam disponíveis dados de avaliação do fenótipo. Ou seja, bancos de dados produtivos confiáveis e seguros. A maioria dos criadores, produtores e envolvidos com a cadeia de produção de ovinos têm a percepção que seria excelente se os animais jovens, filhos e filhas de determinado carneiro ou ovelha fossem melhores que seus pais. Esta é a idéia geral do melhoramento genético, sendo que o conceito "melhor" estaria ligado à idéia de mais produtivo (mais pesado ao desmame ou abate, maior eficiência reprodutiva, menor mortalidade e etc.) se este for o objetivo de seleção. Também existe o conceito de que o melhor seria o mais próximo do padrão racial, ou que atingiu a melhor colocação no maior número de exposições, ou ainda o que promoveu o maior valor de venda em leilões (SANTOS, 2009). Para o melhoramento genético, acredita-se, contudo que os genes maiores possam ser mais promissores que os parâmetros indiretos. No caso dos ovinos, é conhecido o gene maior Booroola, que determina a taxa de ovulação. São também vistas com reservas as possíveis associações entre fecundidade e os caracteres de produção (BOLET & BODIN, 1992). As estimativas dos parâmetros genéticos, isto é, herdabilidade e correlação genética; parâmetros fenotípicos, desvio padrão e correlação fenotípica e de pesos econômicos, são indispensáveis para a execução de programas de melhoramento animal. Segundo Harris ET AL (1984), este é o quarto passo na organização de um programa de melhoramento. É a partir desses parâmetros que são estimados os riscos, os impactos e as possibilidades de sucesso ou insucesso, permitido para definir as melhores estratégias a serem utilizadas. Não existem levantamentos acerca da composição genética. Porém, se sabe haver uma predominância de genótipos lanados nas regiões Sul e Sudeste, enquanto nas regiões Norte e Nordeste predominam os genótipos deslanados. Diferentemente dos demais aspectos ligados à ciência animal como nutrição, sanidade e reprodução, os efeitos do melhoramento genético são percebidos ao longo dos anos e geralmente de maneira impactante. Um típico exemplo é o caso do suíno moderno, com maior quantidade de músculo e menor quantidade de gordura quando comparado ao chamado "porco tipo banha" do passado. Também observamos os efeitos do melhoramento em outras espécies como em aves (frango moderno), pecuária leiteira, pecuária de corte e etc. Assim, a genética tão importante quanto à nutrição, deve ser encarada com a mesma seriedade, porém, ainda estamos muito atrás desta realidade no Brasil (SANTOS, 2009). Infelizmente a ovinocultura brasileira está estagnada no que se refere ao melhoramento genético. Santos (2009) observou três distintos cenários que deveriam estar adequadamente conectados, mas que, no entanto estão equivocadamente relacionados: 2.1 ATIVIDADE DE SUBSISTÊNCIA Seria aquela realidade onde o produtor mantém um rebanho para abastecer o consumo da propriedade ou promover a venda ou troca por produtos de consumo. Muito comum em diversas regiões do nordeste, sul do país e nos estabelecimento rurais ao redor do Brasil. 2.2 PRODUÇÃO COMERCIAL Atividade que tem por objetivo abastecer o mercado com a carne ovina. Este segmento depende de diversos fatores produtivos para que os produtos cheguem ao consumidor final com qualidade e em quantidades suficientes para atender à demanda. De maneira geral, as atividades ligadas à produção comercial devem ser economicamente viáveis e resultar em benefícios sócio- econômicos para toda a cadeia. Assim, a produtividade deve ser priorizada e exerce importante papel neste cenário. 2.3 CRIAÇÃO DE ANIMAIS PUROS OU "ELITE" Este segmento compreende as propriedades que têm por objetivo principal o fornecimento de animais superiores (mais produtivos) para os dois sistemas anteriores. Em uma atividade estruturada os animais mais produtivos de uma população (pequena proporção) teriam um valor econômico agregado superior ao dos animais "comuns" por serem mais produtivos e, portanto, proporcionarem maior possibilidade de retorno econômico. 3. CRUZAMENTO INDUSTRIAL Nesse tico de cruzamento visa-se a produção de carne, independentemente da raça. Então, cruza-se macho puro de raça "tipo carne" com fêmeas SRD (sem raça definida) e os cordeiros são abatidos. Utilizam-se fêmeas SRD devido ao seu menor valor para aquisição e sua maior adaptabilidade à sua região de origem, pois, fêmeas de raça poderiam não se adaptar às condições locais. O macho deve ser puro, pois, é ele quem dará características genéticas de velocidade de ganho de peso ao cordeiro, garantido o lucro da criação. 4. CRUZAMENTO TRIPLO Esse tipo de cruzamento visa obter ganhos sobre a heterose, popularmente chamada de "choque de sangue". Cruza-se uma fêmea SRD, tipo carne e adaptada às condições ambientais locais, com um macho puro "tipo leite". Isto irá aumentar a capacidade leiteira de seus descendentes vindo, desta maneira, as fêmeas, a desmamar cordeiros mais pesados. 5. CRUZAMENTO ABSORVENTE É utilizado quando se deseja a apuração de qualquer raça partindo-se de rebanhos SRD, por causa, basicamente, dos preços mais elevados das fêmeas puras e da falta de um grande número de animais disponíveis para a compra, no nosso Estado. Cruza-se, então, fêmeas SRD com um macho puro de qualquer raça. As descendentes desse cruzamento são cruzadas, novamente, com um macho puro, da mesma raça que o anterior, não podendo este ter grau de parentesco com aquele, devido à consangüinidade. Faz-se uma série de cruzamentos no mesmo sentido até que, na quinta geração, os animais são considerados "puros por cruza". 6. RAÇAS Visto que a capacidade de produção dos ovinos está condicionada não somente ao meio, mas também a fatores genéticos, o melhoramento ambiental deve ser acompanhado pelo genético, uma vez que, mesmo sob condições ótimas, animais de genótipo inferior terão baixa produção (GERREIRO, 1989). Existe um grande número de raças, com as mais diferentes características, sendo de responsabilidade do técnico a opção por uma delas ou, pela combinação de duas ou três. Dentre as raças especializadas para produção, em nossas condições, destacam-se: 6.1. RAÇA MORADA NOVA A raça Morada Nova é uma das principais raças nativas de ovinos deslanados do Nordeste do Brasil. No entanto, a despeito do crescimento que vem sendo observado no efetivo ovino brasileiro, os rebanhos dessa raça vêm reduzindo de tamanho a cada ano, sendo que muitos criadores têm optado pela criação de outras raças como a Dorper e, principalmente, a Santa Inês. Tal fato, somado ao cruzamento indiscriminado com animais de raças exóticas, tem posto em risco a existência e a preservação deste importante genótipo (FACÓ, 2008). O ovino Morada Nova é explorado para produção de carne e pele, sendo esta muito apreciada no mercado internacional (FERNANDES, 1992). Hoje a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos reconhece duas variedades de ovinos da raça Morada Nova: a vermelha, variando de intensidade vermelha escura a clara, que corresponde à maioria do efetivo, e a branca (ARCO, 2006). Tendo aptidão para carne e pele, com media de peso de 60kg. São animais com boa altura de cernelha, entretanto são muito pernaltas, conferido-lhes um baixo rendimento de carcaça. É a raça mais prolífera, apresentando cio durante todo o ano, porém de porte muito pequeno e apresenta problemas em relação a conformação de carcaça. 6.2. CORRIEDALE (NOVA ZELÂNDIA) Resultante do cruzamento entre as raças Lincoln e Merino. Bastante criada no Brasil. As ovelhas são prolíferas, com habilidade materna a desejar, com rápido crescimento. Tendo aptidão para lã e carne com uma media de peso de 90kg. Quando matrizes são cruzadas com reprodutor especializado para carne, os cordeiros alcançam bom peso precocemente e fornecem carcaça de ótima qualidade. Animal rústico, resistindo as adversidades do meio. Cabeça: Focinho curto e grosso, nuca larga, orelhas pequenas e bem implantadas. Pêlos curtos, brancos e sem brilho no focinho, que deve mostrar pigmentação preta na ponta, entre as ventas e a boca. A lã chega próximo aos olhos, não devendo tampar a visão. Forma topete característico. Mocha. Pescoço curto, com peito largo e profundo. Costelas bem arqueadas; Quartos musculosos, cheios e separados Patas curtas, cobertas de lã até os cascos pretos. Velo volumoso e lã creme ou amarelada 6.3. SANTA INÊS A cobertura de ovelhas nativas do Nordeste brasileiro com carneiros especializados para corte é, segundo MACHADO et al. (1999a), uma alternativa para aumentar a produção de carne, pois faz uso de animais "híbridos", propiciando o nascimento de cordeiros mais resistentes e com maior velocidade de crescimento. Já são encontrados em São Paulo, Mato Grosso, e em menor quantidade no Paraná. Dentre os ovinos deslanados, os da raça Santa Inês são os que apresentam maiores velocidades de crescimento, mostrando-se promissora para produção de carne (SANTOS et al., 1999). Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos, tem como característica, ser de grande porte, apresentando peso corporal entre 70 - 100 kg, tronco forte, quartos dianteiros e traseiros grandes, ossatura vigorosa. Provavelmente são resultantes de cruzamento da raça Bergamácia com a Morada Nova ou Crioulas do nordeste. É uma raça com ótima habilidade materna. Porém para a produção de cordeiros destinados ao abate, recomenda-se ovelhas de menor peso (média de 40 kg), proporcionando maior número de animais em uma mesma área. 6.4. TEXEL Inicialmente a raça resultou de cruzamentos da ovelha dos "polder" Holandês com várias raças inglesas como o Leicester, Wensleydale e o Lincoln. Hoje, após gerações de seleções eficientes, o Texel se desenvolveu como um ovino típico de carne, com uma qualidade excelente de carne magra (RECANTO VERDE, 2001). Tendo aptidão para carne e lã, peso médio de 85kg. Posteriormente foram realizadas novas importações da França, Holanda e Alemanha, tanto de animais como também de sêmen de carneiros franceses testados, que contribuíram para o desenvolvimento da Raça no Brasil. Dada a sua facilidade de adaptação aos mais variados tipos de campo, encontramos os ovinos Texel em diversos estados brasileiros, principalmente no cruzamento industrial com matrizes laneiras. 6.5. DORPER Começou a ser desenvolvida pela necessidade de se produzir uma carcaça de alta qualidade sob condições áridas e severas. Tendo aptidão para carne. Com a procura de cruzamentos chegou-se ao uso do Black Head Persian (resistência à seca e prolificidade) e o Dorset Horn (carcaça). Deste cruzamento saíram animais de cabeça branca que foram selecionados e se chegou ao White Dorper e animais com a cabeça preta que evoluiu com a seleção para o Dorper (Black head). 7. DESEMPENHO ZOOTÉCNICO De acordo com a classificação de algumas raças de ovinos de corte apresentada por Souza et al. (2003) e aqui transcrita na Tabela 1 as características zootécnicas das principais raças de ovinos, apresentam pontos positivos e pontos negativos. Logo, depreende-se que não existe uma raça perfeita, ou seja, aquela que é superior em todas as características, para todas as condições de produção e para todas as condições de mercado. Tabela 1. Classificação de algumas raças de ovinos de corte lanados e deslanados de acordo com a função. Raças "Peso "Adulto (kg) "GPMD "Adaptação "Prolificidade "DER "Herda. Materna "Qual. Carcaça "Qual. Pele " " "Carneiro "Ovelha " " " " " " " " "Bergamacia "70- 90 "50-60 "B – M "M – A "M "M++ "A "B – M "B " "Barriga Preta "65-85 "45-55 "GB– M "B "A++ "L++ "A "B "M – A " "Cariri "60-70 "35-55 "B "A "M – A "L+ "B "B "A+ " "Morada Nova "50-60 "30-45 "B "A++ "A "L++ "M "B "A+++ " "Dâmara "60-90 "50-60 "B "A+++ "M+ "L++ "M – A "B "A+ " "Somalis "50-70 "35- 50 "B "A+++ "B "L+ "B "B "A++ " "Suffolk "110-150 "70-80 "A++ "B "A "C "A "A+ "B " "Dorper "90-120 "65-85 "A++ "M – A "B "L "M "A+ "A " "Santa Inês "70-95 "45-60 "M – A "A "B "L++ "M "M "A++ " "GPMD= Ganho de peso médio diário; Códigos: A= Alto; M= Médio; B= Baixo; DER- Duração da estação reprodutiva; L= Longa; C= Curta. O sinal (+) foi adicionado para denotar um maior grau de excelência em uma característica particular. Assume-se ótimo ambiente para cada raça. Fonte: Souza ET AL. (2003) Neste sentido, Leymaster (2002) concluiu que: O valor da diversidade de raças está na possibilidade que os produtores têm de identificar e utilizar uma raça ou raças que apresentam um desempenho compatível com as demandas do mercado e com os meios de produção, como disponibilidade de alimentos, mão-de-obra, instalações e habilidades administrativas. Portanto, cabe ao produtor conhecer as características de cada raça, identificadas através da pesquisa, e com o auxílio de técnicos capacitados escolher a raça ou raças que mais se ajustam às condições próprias de produção e de mercado. 8. Considerações finais Selecionar é um desafio permanente que consiste em adaptar as aptidões atuais dos animais aos sistemas de criação de amanhã, através de uma escolha criteriosa dos objetivos e parâmetros de seleção. A avaliação de sistemas de produção e o melhoramento genético animal são ferramentas indispensáveis para elevar a competitividade do setor. A elaboração de um projeto nacional de melhoramento de ovinos é trabalhosa. Entretanto, é preciso considerar o potencial da atividade de ovinocultura como uma nova fronteira da pecuária nacional, nos grandes projetos específicos, na diversificação e complementação das explorações agropecuárias e na agricultura familiar. Os impactos positivos que o desenvolvimento da ovinocultura pode trazer para o país não podem ser ignorados e isto justifica o investimento e o esforço no sentido de colocar o Brasil entre os países com produção ovina desenvolvida. Somente com o desenvolvimento das técnicas de produção, mas principalmente com melhoramento genético, poderemos alcançar esse patamar. 9. LITERATURA CITADA ARCO - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE OVINOS (Bagé). Morada Nova. Disponível em: http://www.arcoovinos.com.br/racas_links/morada_ nova%20.html>. Acesso em: 29 de maio 2011. BOLET, G., BODIN, L. Sélection de la fécondité dans les espèce domestiques. In: INRA. Productions Animales. 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