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A exposição contínua a campos eletromagnéticos não ionizantes pode afetar a saúde?
Ainda não há até onde sabemos, um estudo completo sobre os riscos da exposição de corpo inteiro aos efeitos da interação de campos eletromagnéticos sobre a saúde humana, a radiação eletromagnética não ionizante compreende o espectro que vai da radiofrequência(AM, FM,UHF, UVF, VHF ) micro-ondas, luz branca, infravermelho e ultravioleta com comprimentos de onda que varia de 300km a 300nm e frequência variando de 1000Hz a 10Petahertz que se propagam através um campo formado por um vetor elétrico que é perpendicular a um vetor magnético formando uma onda eletromagnética, que é medido em Watts por metro quadrado.
Estas frequências não tem energia suficiente para causar ionização das moléculas orgânicas, mas podem causar vibrações e rotações( o efeito do forno de micro-ondas) dessas moléculas, particularmente moléculas que tem distribuição assimétrica de cargas ou são polares.
Além disso, nas células vivas até 60%do peso corporal é composto de átomos de Carbono, Hidrogênio, Oxigênio, Nitrogênio, e Fósforo que são unidos por ligações covalentes formando as grandes moléculas de proteínas, lipídios ácidos nucleicos e polissacarídeos que são chamados de macroconstituintes das células.
Os microconstituintes que variam de 0.05 a 1% são formados por Na, Mg, S, Cl, K e Ca e são unidos por ligações iônicas, e devido as suas propriedades químicas os elementos desse grupo são o principal constituinte da fase líquida da célula e estão presentes principalmente na forma de íons.
A interação de um campo eletromagnético de alta potencia com as células vivas a priori pode resultar em ruptura das ligações covalentes, isto porque estas ligações que formam a maiorias dos biopolímeros da vida, são de natureza magnética e esta propriedade magnética resulta do movimento de rotação dos elétrons , ou seja, dos spins, em vista disso é provável que a influencia de um poderoso campo eletromagnético altere não a rotação do spin visto que este é uniforme e constante mas altere a sua direção de rotação e consequentemente anulando a propriedade magnética que é responsável pelo compartilhamento de cargas que formam as ligações covalentes, por outro lado o componente elétrico do vetor devido sua natureza de carga elétrica pode interagir com os íons e ligações iônicas dos componentes da fase liquida da célula, alterando a sua distribuição de carga e polarização com consequências danosas nos potenciais de ação resultando em disfunções celulares e sistêmicas.
Embora vivamos num mundo dominado pela física clássica são os efeitos quânticos que dominam o micromundo da existência e do pensamento, tenha isto sempre em mente quando tiver que se expor desnecessariamente a um grande campo eletromagnético tais como os gerados pelo aparelhos de ressonância magnética , a melhor maneira de evitar a exposição aos campos eletromagnéticos que rodeiam a nossas vidas é observar o principio físico da lei do quadrado da distancia, isto é, a intensidade do campo diminui com o inverso do quadrado da distancia que mantivermos de sua fonte.
HMR- set 2013