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5.0 Integração Numérica 1

Integração Numérica

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7 Integração Numérica[1] 7.1. Introdução O processo de integração numérica envolve integrais definidas num certo intervalo, cujo cálculo representa a área sob a curva y = f(x) entre os extremos x = a e x = b, ou seja, que é o teorema fundamental do cálculo. Sua aplicação exige que exista F(x), primitiva de f(x) e que esta primitiva possa ser obtida pelas regras do cálculo. Isto nem sempre é possível; ou às vezes é demasiado trabalhoso. Ainda, se f(x) for dada como função tabular, as regras de integração analítica não têm como ser aplicadas. Nestes casos todos recorre-se à integração numérica. Mesmo que a integração analítica seja possível, se desejarmos utilizar um programa de computador para realizar a integração, estaremos obrigados a aplicar os métodos numéricos. Embora tratemos a integração simples sempre como cálculo de uma área, isto pode ser apenas uma abstração, pois muitas vezes o problema se refere a cálculos que nada têm a ver com superfícies mas sim a quantidade de energia despendida num intervalo de tempo, o calor produzido numa reação química, etc. 7.2. A Regra dos Trapézios Considere uma função f(x), cujo gráfico está representado abaixo. Vamos analisar o cálculo da área limitada por essa curva, o eixo dos x e as ordenadas em x = a e x = b. Comecemos por dividir o intervalo total em N intervalos iguais, cada um de tamanho h, onde h = (b - a)/N. A área sob a curva y = f(x) entre a e b é A = . Na segunda figura isolamos e ampliamos um destes (sub)intervalos de largura h. Se h é suficientemente pequeno, então a área deste intervalo pode ser aproximada bastante bem pela área do trapézio abcd:. Ai (denotando-se f(xi) como yi ) Sendo a área total uma soma das áreas parciais, tem-se: Área = = , ou ainda, A = onde x0 = a e xn = b. Note que todas as ordenadas entre i = 2 e i = n-1 estão multiplicadas por 2, porque cada uma delas pertence simultaneamente a dois trapézios, um à sua esquerda, outro à sua direita, o que não ocorre com as ordenadas extremas. Esta é a regra do trapézio, assim chamada porque aproxima a integral pela soma de n trapezóides. É uma das fórmulas mais simples para integração numérica. O erro de truncamento é maior em relação a muitos outros métodos, mas a grande simplicidade da técnica às vezes a torna atrativa. O método é importante em qualquer caso porque demonstra a idéia básica de fórmulas de integração nas quais o tamanho do intervalo é fixado antecipadamente. Em resumo, a técnica é dividir o intervalo total em pequenos intervalos e aproximar a curva y = f(x) em vários intervalos pequenos por alguma curva mais simples cuja integral pode ser calculada analiticamente. 7.3. A Regra de Simpson Uma das mais largamente usadas técnicas de integração numérica, a Regra de Simpson é similar à regra do trapézio no aspecto de ambas exigirem a divisão do intervalo de integração em vários (sub)intervalos pequenos, de mesma largura, h. Obtem-se então a integral de parte da figura e estende-se ao resto do intervalo. Na Regra do Trapézio usamos a área de um trapézio para aproximar a área de um (sub)intervalo. Na Regra de Simpson usamos a área sob uma parábola para aproximar a área de dois intervalos adjacentes. A Regra do Trapézio é exata para polinômios de 1º grau. Já a Regra de Simpson, embora deduzida de uma figura do 2o grau (a parábola), resulta exata para polinômios do 3o terceiro grau ou menor. A Regra de Simpson para um par de (sub)intervalos é deduzida encontrando-se a equação da parábola que passa por três pontos igualmente espaçados entre sí (e não alinhados!). Para achar a área do intervalo total de integração, somamos as áreas sob todas as parábolas "individuais". Na figura a seguir, uma parábola foi passada pelos 3 pontos [x1,f(x1)], [x2,f(x2)], [x3,f(x3)]. Sendo ela p(x) = ax2+bx+c e sendo sua integral definida entre os extremos (x2+h) e (x2-h) dada por Na dedução acima alguns termos foram somados e logo subtraídos à expressão entre colchetes, artifício comum em álgebra, para completar as três expressões da parábola, em (x2+h), em x2 e em (x2-h). No final, a fórmula para uma parábola única é expressa como e para diversas parábolas adjacentes, cobrindo todo o intervalo (a,b), As ordenadas primeira e última, y1=ya e yn=yb contam apenas uma vez. As ordenadas de índice par (os índices variam de 1 a n) são multiplicadas por 4, por serem centrais a cada uma das parábolas parciais. As ordenadas de índice ímpar contam 2 vêzes, por participarem de duas parábolas, à esquerda e à direita. Tem que ser n ímpar! Exercícios Resolvidos: 1) Calcule a área de um quarto do círculo de raio 4, utilizando a regra trapézio. 2) A equação da circunferência com centro na origem é: x2 + y2 = R2, daí, Área = , a = 0 e b = 4 A = "n = 5"h = 1 " "n = 6"h = 0,8" "n = 7 "h = 0,667" "n = 9 "h = 0,5 " "x "F(x) " "x "F(x) " "x "F(x) " "x "F(x) " "0 "4 " "0 "4 " "0 "4 " "0 "4 " "1 "3,873 " "0,8 "3,873 " "0,667 "3,944 " "0,5 "3,969 " "2 "3,464 " "1,6 "3,464 " "1,333 "3,771 " "1 "3,873 " "3 "2,646 " "2,4 "2,646 " "2,0 "3,464 " "1,5 "3,708 " "4 "0 " "3,2 "0 " "2,667 "2,981 " "2 "3,464 " " " " "4,0 " " "3,333 "2,212 " "2.,5 "3,122 " " " " " " " "4,0 "0 " "3 "2,646 " " " " " " " " " " "3,5 "1,936 " " " " " " " " " " "4 "0 " Dividimos o intervalo [a,b] usando, sucessivamente, 5, 6, 7 e 9 pontos. Calculamos h para cada um dos casos. Calculamos a área para cada uma das hipóteses de divisão, como segue: "n = 5 "A = = 11,983 " "h = = 1 " " "n = 6 "A = = 12,148 " "h = = 0,8 " " "n = 7 "A = = 12,254 " "h = = 0,667 " " "n = 9 "A = = 12,359 " "h = = 0,5 " " QUADRO RESUMO: "n "h "Área "Ea "Er " "5 "1 "11,983 "--- "--- " "6 "0,8 "12,148 "0,165 "0,013582" "7 "0,667 "12,254 "0,106 "0,008650" "9 "0,5 "12,359 "0,105 "0,008496" O cálculo através da fórmula é A' = . Podemos notar que a medida que o número de intervalos vai aumentan o valor de h vai diminuindo e a área calculada tende a se aproximar da área verdadeira. Observação: Erro absoluto (Ea) é obtido subtraindo a área de uma determinada linha pela área da linha anterior. O Erro relativo (Er) corresponde a divisão do Erro absoluto pela área. 2) Calcule a área do exercício anterior, usando a regra Simpson. Para aplicar a Regra de Simpson, dividimos a figura em um número par de fatias, o que significa tomarmos sempre valores ímpares para n. Vamos tomar, sucessivamente, n = 5, n = 7 e n = 9: "n = 3 "h = 2 " "n = 5 "h = 1 " "n = 7 "h = " " " " " " " " "0,667 " "x "F(x) " "x "F(x) " "x "F(x) " "0 "4 " "0 "4 " "0 "4 " "2 "3,464 " "1 "3,873 " "0,667 "3,944 " "4 "0 " "2 "3,464 " "1,333 "3,771 " " " " "3 "2,646 " "2,0 "3,464 " " " " "4 "0 " "2,667 "2,981 " " " " " " " "3,333 "2,212 " " " " " " " "4,0 "0 " "N = 3 "A = = 11,904 " "N = 5 "A = = 12,335 " "N = 7 "A = A = 12,447 " QUADRO RESUMO: "n "h "Área "Ea "Er " "3 "2 "11,904 "--- "--- " "5 "1 "12,335 "0,431 "0,034941" "7 "0,667 "12,447 "0,112 "0,008998" A regra de Simpson converge mais rapidamente do que a regra do trapézio. Exercícios propostos: Calcular as integrais abaixo, usando o método do trapézio ou de Simpson. "a) "d) " "b) "e) " "c) " " "x " " "0 "4 " "1 "3,873 " "2 "3,464 " "3 "2,646 " "4 "0 " Aumentando o número de pontos, primeiro para 6, depois para 7, depois para 9: "x " " "0 "4 " "0,8 "3,919 " "1,6 "3,666 " "2,4 "3,2 " "3,2 "2,4 " "4 "0 " "x " " "0 "4 " "0,667"3,944 " "1,333"3,771 " "2,0 "3,464 " "2,667"2,981 " "3,333"2,212 " "4,0 "0 " "x " " "0 "4 " "0,5 "3,969 " "1 "3,873 " "1,5 "3,708 " "2,0 "3,464 " "2,5 "3,122 " "3 "2,646 " "3,5 "1,936 " "4,0 "0 " QUADRO RESUMO: "n "h "Área "Ea "Er " "5 "1 "11,983 "--- "--- " "6 "0,8 "12,148 "0,165 "0,013582" "7 "0,667 "12,254 "0,106 "0,008650" "9 "0,5 "12,359 "0,105 "0,008496" O cálculo através da fórmula é A' = . Podemos notar que a medida que o número de intervalos vai aumentan o valor de h vai diminuindo e a área calculada tende a se aproximar da área verdadeira. Observação: Erro absoluto (Ea) é obtido subtraindo a área de uma determinada linha pela área da linha anterior. O Erro relativo (Er) corresponde a divisão do Erro absoluto pela área. Limite, Convergência e Tolerância. Uma seqüência de números converge (monotonicamente) para um limite quando as sucessivas diferenças, tn – tn- 1, entre dois números vizinhos na seqüência, vão diminuindo em módulo. Claro que, ampliando-se o número de termos, chegará o momento em que tn – tn-1 ( 0. A partir daí teremos então tn+1 ( tn , ou ainda, tn+1 – tn < ( (sendo ( tão pequeno quanto se queira). Diremos que tn atingiu um limite e chamaremos ( de "tolerância". Na integração numérica devemos aumentar n e recalcular A (a área) até que Eabs ( ( (ou Eabs ( tolerância). O critério de convergência, ou de limite, pode ser também medido através do Erel. ( (. (Pode ser necessário um n muito grande para atingir dada tolerância. Em provas, é então fornecido outro parâmetro, para que a questão possa ser dada como completa, o Número-de-Iterações, abreviado por NITER. P. Ex.: "Deseja-se um Eabs com Tol ( 10-5 ou NITER = 8" significa "parar quando Eabs ( 10-5 OU quando tiver feito 8 iterações, o que ocorrer primeiro) Dedução por Gregory-Newton, intervalos iguais, em função de u. A fórmula da regra dos trapézios pode ser deduzida da fórmula GNII em função de u, como segue. Notar que o intervalo de integração, que para p(x) é expresso como (a;b), ou como (x1;x2), ou ainda como (x1;x1+h), tem que ser trocado, quando se usa p(u), para (u1;u2). Ora, u1 é o valor de u para x=x1 e u2 o valor de u para x=x2=x1+h: Para a regra de Simpsom o intervalo (a;b) é o mesmo que (x1;x3), ou (x1;x1+2h), logo (u1;u2) = (0;2): 2ª Regra de Simpsom. Por caminhos semelhantes, estendendo o polinômio em mais um termo e integrando de 0 a 3, podemos deduzir a 2ª regra de Simpsom, ou regra dos 3/8, que dá Para cada 4 pontos temos três intervalos e pelos 4 pontos passamos um polinômio de grau 3 (parábola cúbica). Outras regras de graus ainda mais elevados podem também ser deduzidas. Erro na integração numérica. Seja Ep o erro da interpolação e Eg o erro da integração. Uma vez que usamos um polinômio interpolante para fazer a integração numérica e uma vez que f(x) = p(x) + Ep, entende-se que Tomando as fórmulas, já conhecidas, do erro da interpolação para os polinômios de grau 1 e 2 (Gregory-Newton, intervalos iguais, em função de u), temos as expressões abaixo para os erros Eg(T) e Eg(S) das fórmulas simples da Regra dos Trapézios e da Regra (1ª ) de Simpsom. No caso desta última, como ela é exata para polinômios até o grau 3, o Eg(S) dá zero quando o calculamos com base na derivada 3ª , fazendo-se necessário recorrer ao grau 4º Para as fórmulas compostas, o erro total será a soma dos erros parciais. Como h é sempre o mesmo, o fator variável é a derivada, podendo-se escrever Sendo f(k)(x) contínua no intervalo (a,b), pelo teorema do valor médio deve haver um x , sendo a £ x £ b, tal que: a) no caso dos trapézios, N f(k)( x)= S f(k)( x i) b) no caso da regra de Simpsom, (N / 2) f(k)( x)= S f(k)( x i). Além disso, lembrando que h = (b-a)/N, Note que nem sempre é possível determinar-se as derivadas (segunda, quarta, ...) da função, assim o erro não pode ser calculado. Como exemplo, vamos tomar a função f(x) = 1/x. Tem-se f"(x) = 2/x3 e f(iv)(x) = 24/x5. Vamos integrar no intervalo (3,0 ; 3,6). O cálculo analítico dá I = 0,1823215. Por trapézios e por Simpsom, usando a fórmula simples e calculando o erro, temos: Usando fórmulas compostas, com n=7 "Xi "3,0 "3,1 "3,2 "3,3 "3,4 "3,5 "3,6 " "Yi "0,333333 "0,322581"0,312500"0,303030"0,294118"0,285714"0,277778" Extrapolação de Richardson – Este método permite melhorar o resultado da integração para um dado número de pontos, depois de termos calculado A com n e com m pontos, com erros En e Em. Assim, A = An + En = Am. + Em , donde Am - An = - En - Em . Tomando a expressão do erro da fórmula composta da Regra dos Trapézios: Para a Regra de Simpsom: Como exemplo, vamos melhorar o cálculo da área do quarto de círculo feita acima (usando os dados já conhecidos): Trapézios, com 7 e 9 pontos: A = A(9) + 72 (A(9) – A(7)) / ( 92 - 72 ) = 12,359 + 49 ( 0,105 ) / ( 32 ) = 12,5198 Simpsom, com 5 e 7 pontos: A = A(7) + 54 (A(7) – A(5)) / ( 74 - 54 ) = 12,447 + 625 ( 0,112 ) / ( 1776 ) = 12,4864 Em ambos casos o resultado melhorou. Também melhoraria aumentando o número de pontos. Então se pergunta se é melhor aumentar n ou usar a extrapolação de Richardson. A resposta apropriada é: depende da conveniência. No caso de função tabular, nem sempre é possível aumentar n. Integração dupla. Será feita apenas uma ligeira introdução ao problema: seja D o retângulo delimitado por a £ x £ b e c £ y £ d onde se deseja calcular a integral. Então, Trata-se agora de calcular valores para vários G(xi) e aplicar um método numérico na tabela formada. Assim a integração dupla se transforma em duas integrações simples. No cálculo dos G(xi) os xi são considerados constantes. No exemplo seguinte faremos uma integração dupla de sen(x+y) , calculando 5 valores para G(x). Os G(xi) serão calculados com a fórmula simples de Simpsom (3 pontos) e A com a fórmula composta (5 pontos). Eixo dos x h = p / 8, xi. = { 0, p / 8, p / 4, 3p / 8, e p / 2 } [ 5 pontos, entre 0 e p / 2 ] Eixo dos y h = p / 8, yi: = { 0, p / 8, p / 4 }. A soma de cada um dos x com cada um dos y gera os seguintes arcos (e respectivos senos): "(xi+yi"0 "p / 8 "p / 4 "3p / 8 "p / 2 "5p / 8 "3p / 4 " ") " " " " " " " " "Seno "0 "0,38268 "0,70711 "0,92388 "1,0 "0,92388 "0,70711 " Cálculo dos G(xi), lembrando que h / 3 = (p / 8 ) / 3 = p / 24: "G(x1)"p / 24 * [ sen ( 0 ) + 4 sen (p / 8) " " " "+ sen (p / 4) ] = 0,29231 " " "G(x2)"p / 24 * [ sen (p / 8) + 4 sen (p / 4) " " " "+ sen (3p / 8) ] = 0,54127 " " "G(x3)"p / 24 * [ sen (p / 4) + 4 sen (3p / 8) +" " " "sen (p / 2) ] = 0,70720 " " "G(x4)"p / 24 * [ sen (3p / 8) + 4 sen (p / 2) +" " " "sen (5p / 8) ] = 0,76547 " " "G(x5)"p / 24 * [ sen (p / 2) + 4 sen (5p / 8) +" " " "sen (3p / 4) ] = 0,70720 " " A = p / 24 * [ G(x1) + 4 G(x2) + 2 G(x3) + 4 G(x4) + G(x5) ] = 1,00027 O cálculo analítico dá como valor 1,00000. O exemplo mostra que um problema de integração dupla pode ser resolvido com a regra de Simpsom. Funções Tabulares – até agora trabalhamos com funções analíticas, para poder comparar os resultados da integração numérica com a integração analítica. No caso de funções tabulares, as fórmulas se aplicam diretamente aos dados das tabelas. Assim, dada a função tabular f(x) da tabela abaixo, temos: "Xi "Yi "Cálculo (Simpsom) " " "QUADRO RESUMO " "0,0 "5,021"n=3, h=1,5 "n "h "Area "E abs. "E rel. " "0,5 "6,146"A=1,5/3*[5,021+7,519+4*(6,"3 "1,5"20,1600 "--- "--- " " " "945)] " " " " " " "1,0 "6,630"A = 20,16 "7 "0,5"20,3293 "0,1693 "0,0083 " "1,5 "6,945" " " "Extrapolação de Richardson " "2,0 "7,178"n = 7, h = 0,5 " " " " "2,5 "7,364"A=1,5/3*[5,021+7,519+4*(6," " "A = 20,3293 + 0,1693*( 9 / " " " "146+6,945+7,364)+2*(6,630+" " "40 ) " " " "7,178)] " " "= 20,3674 " "3,0 "7,519"A = 20,3293 " " " " A tabela acima só permitiu interpolar com 3 e 7 pontos. Para 5 pontos, teríamos h = 0,75 e na tabela faltam os valores de f(0,75) e f(2,25). Se quiséssemos obter estes valores, poderíamos interpolá-los na tabela. Por interpolação linear temos p(0,75) = 6,388 e p(2,25) = 7,271 e poderemos então integrar com 5 pontos. Lembre-se, porém, que os pontos dados são considerados pertencentes à função, enquanto os pontos interpolados pertencem ao polinômio interpolante, apresentando um erro de interpolação, que certamente irá agravar o erro da integração. Se este erro é grande ou despresível, depende do caso particular em exame. (Numa prova, não deixe de acrescentar esta observação, pois é erro conceitual confundir pontos da função com pontos meramente interpolados). Um caso interessante da função tabular é o cálculo de áreas de contornos irregulares. Na vida prática, ocorre no cálculo de áreas de terrenos. No ambiente acadêmico, podemos usar uma figura em papel para aprender a metodologia. "Y "Na figura ao lado, suponha que se verificam as " " "seguintes medidas para a área acima do eixo dos " " "X: " "y1 y2 y3 y4"x1 = 0, y1 = 2 " "y5 "x2 = 2, y2 = 3 " "X "x3 = 4, y3 = 4 " " "x4 = 6, y4 = 3,5 " " "x5 = 8, y5 = 0 " "x1 x2 x3 "Temos aí todos os elementos necessários para " "x4 x5 "aplicar Simpsom com 3 e 5 pontos. Para maior " " "número de pontos, basta usar régua e esquadro " " "para obter novas divisões e novas medidas. " Portanto, tudo se resume a "fatiar" convenientemente a figura, fazendo passar eixos de X e Y onde facilitem as medidas e calcular cada "fatia" por integração numérica, usando divisões e redivisões para montar um "quadro resumo" (mais de uma iteração, para poder medir erro e convergência). Depois, somando-se as áreas das "fatias", tem-se a área global. Se houver eixos de simetria, aproveite-os. Atenção! Cuidado com reentrâncias que podem gerar "areas negativas". Não existe área negativa, então a figura tem que ser "refatiada" para que a área de cada fatia dê positiva. ----------------------- [1] Meus agradecimentos a André Gustavo Nepomuceno Matheus e Virgínia Vilaronga, alunos do 1o Semestre de Matemática de 1997, que prepararam a 1a versão destas Notas, dando o "chute inicial" para a presente obra. ----------------------- : n = 5 h = = 1 A = = 11,983 : n = 6 h = = 0,8 A = = 12,148 : n = 7 h = = 0,667 A = = 12,254 : n = 9, h = = 0,5 A = A = 12,359