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Sistema De Qualidade

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SISTEMA DA QUALIDADE Planejamento & Controle da Qualidade Aula 08 (15/10/07) Elaborado por Prof. Linduarte Vieira / Prof. Agnaldo Vieira SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade Elaborado por Prof. Linduarte Vieira / Prof. Agnaldo Vieira SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade Na aula de hoje, iremos entender como prevenir e tratar uma falha. Lembre-se, o custo com a prevenção é menor do que o custo com a correção. Entretanto, havendo uma falha é preciso solucionar o problema/defeito de maneira definitiva. Assim, veremos a seguir algumas ferramentas/etapas no tratamento de falhas que nos ajudam a identificar com maior assertividade as causas. SISTEMA DA QUALIDADE DEFINIÇÕES Antes, vamos entender algumas nomenclaturas... Não-conformidade: não atendimento a um requisito Causa Raíz: o principal motivo ou desvio que gerou a falha. Correção: ação para eliminar uma não-conformidade identificada Ação Corretiva : ação para eliminar a causa de uma não-conformidade identificada ou outra situação indesejável. Ação Preventiva : ação para eliminar falha potencial (poderá gerar uma não conformidade) ou outra situação potencialmente indesejável SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas 1. Definição do problema 2. Arranjo físico da equipe (círculos) 3. Coleta de opiniões 4. Anotações das idéias 5. Revisão do trabalho 6. Votação das idéias 7. Determinação das prioridades 8. Simular a falha (Não é obrigatório) 9. Definição do Plano de Ação 10. Prevenir a reincidência SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas Antes de opinar... Conheça o problema!!! SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas Portanto, procure saber... Como Como ocorreu? ocorreu? Como? Como? Quanto? Quanto? Data Datade de venda? venda? Qual Qual condição? condição? Quando? Quando? Data Datada da falha? falha? Onde? Onde? COLETA COLETADE DEDADOS DADOS Ferramenta de obtenção de dados e fornecedora Ferramenta de obtenção de dados e fornecedorade debases basesfactuais factuaispara para tomada de decisão tomada de decisão SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Identificação da Causa geradora da falha Brainstorming Com os dados coletados, o time deve reunir-se, principalmente, com uma equipe multifuncional e através do brainstorming relacionar todas as possíveis causas. O brainstorming também conhecido com “Toró de Palpite”, nada mais é do que uma reunião, com duração máxima de 30minutos,onde todos os participantes apontam LIVREMENTE suas idéias e possibilidades que podem contribuir para gerar um defeito ou efeito. SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas Brainstorming Cuidado - Quando gerenciar este fórum, deve-se direcionar a equipe a tarefa seja produtiva. Deve-se primar pela organização do trabalho e zelar para que os participantes (geralmente entre 6 e 12 pessoas) cumpram as seguintes regras. • Nunca critique uma sugestão; • Encoraje as idéias bizarras; • Prefira a quantidade à qualidade; • Estimule a pessoas a participarem. BRAINSTORMING BRAINSTORMING(TEMPESTADE (TEMPESTADE DE DEIDÉIAS) IDÉIAS) Processo gerador de sugestões criativas, sem Processo gerador de sugestões criativas, semformalismos formalismosee limitações limitaçõesde dequalquer qualquerordem. ordem. SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas Brainstorming O operador misturou pneus aprovados/ rejeitados Ok! Sua vez.... Acho que pode ter sido alguma rebarba da roda Pode ser que o pneu tinha uma bolha O pneu furou porque pegou um prego SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas Diagrama de Causa & Efeito (Ishikawa) Se o responsável pela reunião do “toró de palpites”, não souber organizar as idéias, só irá causar confusão em torno dos diversos potenciais apontados pela equipe. Para ajudar nesta organização podemos utilizar o diagrama de Causa x Efeito. Este diagrama, originalmente proposto por Kaoru Ishikawa na década de 60, já foi bastante utilizado em ambientes industriais para a localização de causas de dispersão de qualidade no produto e no processo de produção. Ele é uma ferramenta gráfica utilizada para explorar e representar opiniões a respeito de fontes de variações em qualidade de processo, mas que pode perfeitamente ser utilizada para a análise de problemas organizacionais genéricos DIAGRAMA DIAGRAMADE DECAUSA CAUSAEEEFEITO EFEITO Representação Representaçãográfica gráficaque queorganiza organizaas aspossíveis possíveiscausas causasrelacionadas relacionadas ààum umdeterminado determinadoefeito efeitoque queééobjeto objetode deanálise. análise. SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas Diagrama de Causa & Efeito (Ishikawa) Passos para execução: • Definição do efeito • Identificação das causas primárias (também chamadas de “causas” / “causas principais” ) • Identificação das causas secundárias (também chamadas de “sub-causas”) • Identificação das causas terciárias (chamadas de “sub-sub-causa”) • Revisão do trabalho • Definição de prioridades de causas primárias • Definição de prioridades de causas secundárias, terciárias, .... • Definição do Plano de Ação SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas Diagrama de Causa & Efeito MÁQUINA MÃO DE OBRA “Gavetas”para paraque quesejam sejamalocadas alocadastodas todas “Gavetas” idéias levantadas durante o brainstorming. idéias levantadas durante o brainstorming. MEDIÇÃO MEIO AMBIENTE MATÉRIA PRIMA MÉTODO Defeitogerado, gerado,quando quandoocorrido ocorridoalguma alguma Defeito dasfalhas falhascitadas citadasno nobrainstorming brainstormingee das classificadasconforme conformedescrito descritoacima. acima. classificadas Efeito SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas Diagrama de Causa & Efeito MEDIÇÃO MEDIÇÃO MÉTODO MÉTODO MÁQUINA MÁQUINA Efeito MEIOAMBIENTE AMBIENTE MEIO MATÉRIAPRIMA PRIMA MATÉRIA MÀODE DEOBRA OBRA MÀO SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas Diagrama de Causa & Efeito MEDIÇÃO Pneu não foi testado MÉTODO O operador misturou pneus aprovados/ rejeitados MÁQUINA A máquina não funcionou direito Pode ser que o pneu tinha uma bolha O pneu furou porque pegou um prego Rebarba da roda MEIO AMBIENTE MATÉRIA PRIMA PNEU FURADO Operador sem treinamento MÀO DE OBRA SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas Story Board Uma vez concluído a fase de copiar os dados, para que as informações fiquem ordenadas, como sugestão deve-se criar um quadro (mapa) para facilitar a visualização das possíveis causas. Passos para execução: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Definição do problema em estudo Anotação das causas em cartões Agrupamento por afinidade de causas nos cartões Alocação dos cartões no quadro Definição de responsabilidades STORY STORYBOARD BOARD Definição das ações a serem tomadas Disposição de cartões, em Disposição de cartões, emum um Definição de periodicidade da reunião quadro, contendo causas de quadro, contendo causas deum um Posicionamento das ações problema. problema. SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas STORY BOARD - Exemplo MÁQUINA PESSOAL DOCUMENTOS MATERIAL SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas Método de Priorização – Sistema GUT O sistema GUT tem a função de priorizar quais causas devem ser trabalhadas. Esta ferramenta também deve ser utilizada em equipe, aproveitando- se da experiência dos envolvidos neste trabalho. - Gravidade que a causa pode gerar caso ocorra. - Urgência com que tal causa deve ser tratada. Ou seja, probabilidade da causa em questão ocorrer e nível de proteção do processo para evitar ou detectar esta variação. - Tendência da causa. Ë pior ao longo do tempo? Pode ser minimizada ao passar do tempo? MATRIZ MATRIZ GUT GUT Ferramenta que auxilia Ferramenta que auxiliana napriorização priorizaçãode deações ações SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas Método de Priorização – Sistema GUT Passos para execução: Listar as sugestões ou as causas dos problemas 1. Atribuir “Nota”... De 1 a 5.... 2. Para a Gravidade 3. Para a Urgência 4. Para a Tendência 5. Multiplicar G x U x T 6. Priorizar pela maior Pontuação SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas Método de Priorização – Sistema GUT Aplicando ao exemplo.... Rebarba da roda PRIORIDADE Pneu não foi testado Operador sem treinamento A máquina não funcionou direito Pode ser que o pneu tinha uma bolha O pneu furou porque pegou um prego O operador misturou pneus aprovados/rejeitados GxUxT 10 10 5 5 6 3 10 5 2 4 1 3 7 5 5 2 2 8 7 5 3 200 20 30 280 210 75 60 Como dito no início, daqui poderá sair planos de investimentos que NÃO PODEM ter a dúvida quanto a erradicação da causa e em conseqüência do efeito. Logo, se possível antes de prosseguir aconselha-se simular a causa para comprovar que esta gera o defeito. defeito SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas Método 5Why (5 Por que?) Uma vez comprovado que a causa foi identificada, passamos para a fase de entender como a causa ocorreu. Para isso, podemos utilizar o método 5Why. Esta ferramenta tem o objetivo de chegar na origem que contribuiu para: A ocorrência desta causa; A falha na detecção do problema; A falha no planejamento.Acontecer SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas Método 5Why (5 Por que?) Aplicando nesta ferramenta no exemplo, temos: A máquina não funcionou direito 1 - Por que a máquina não funcionou direito? Porque o acionamento estava em curto circuito CAUSA (Gerou o problema) 2 - Por que o acionamento estava em curto circuito? Porque os fios da alimentação de energia se tocaram 3 - Por que o os fios da alimentação de energia se tocaram? Porque estavam desencapados. 4 - Por que estavam desencapados? Porque o carrinho de transporte de peças passou por cima e cortou a capa dos fios. 5 - Por que o carrinho de transporte de peças passou por cima e cortou a capa dos fios? Porque os fios estavam caídos no chão. SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas Método 5Why (5 Por que?) Aplicando nesta ferramenta no exemplo, temos: A máquina não funcionou direito 1 - Por que foi detectado o problema no funcionamento da máquina? Porque... 2 - Por que...? Porque... Detecção (Conter) 3 - Por que...? Porque... 4 - Por que...? Porque... 5 - Por que...? Porque... SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas Método 5Why (5 Por que?) Aplicando nesta ferramenta no exemplo, temos: A máquina não funcionou direito 1 - Por que o problema no funcionamento da máquina não foi previsto durante o planejamento? Porque... 2 - Por que...? Porque... Prevenção (Planejar) 3 - Por que...? Porque... 4 - Por que...? Porque... 5 - Por que...? Porque... SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Etapas do processo de solução de falhas Uma vez realizado o levantamento INVESTIGATIVO das possíveis causas que “roubaram” a eficiência do processo, basta aplicar as ações para erradicar tais variáveis. Nesta fase trabalha-se com: • Definição de planos de ações para erradicar as causas estudas no 5W; • Definir um responsável e prazo para implantação do plano de ação; • Realimentar o planejamento com base nas novas informações registradas durante o brainstorming e 5W para evitar a reincidência do problema em novos projetos. Próximo Próximo Tópico Tópico SISTEMA DA QUALIDADE Fluxo do Tratamento de uma Não Conformidade RECLAMAÇÃO DO CLIENTE PRODUTO NÃO CONFORME APLICAR A CONTENÇÃO CORREÇÃO JUNTO AO FORNECEDOR (RNC’s) SOLICITAÇÃO DE AÇÃO CORRETIVA AO FORNECEDOR CORREÇÃO JUNTO AO CLIENTE SOLICITAÇÃO DE AÇÃO CORRETIVA JUNTO ÀS ÁRES ENVOLVIDAS (RNC’s) * RNC – Relatório de Não Conformidade FORMULÁRIO MODELO SISTEMA DA QUALIDADE CICLO PDCA NA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS & ! & $ ' ! $ % ! $ ! " # SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Prevenção de falhas Quando falamos em “realimentar o planejamento”, estamos pensando em prevenir a repetição deste erro durante o planejamento de um projeto ou conquista de um novo cliente. Aqui vale o ditado popular... “Errar é humano, porém persistir no erro é uma burrice e CUSTA MUITO CARO” Uma importante fonte para prevenção de falhas está relacionado com os problemas ocorridos no passado. A empresa que não possuí um sistema inteligente de aprender com erros (Lessons Learned) estará fadado a cometer os mesmos erros a cada novo desenvolvimento. SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Prevenção de falhas F.M.E.A. Em novembro de 1949, afim de minimizar falhas e aumentar confiabilidade das aeronaves, o Exército Norte Americano desenvolveu um “Procedimento para desempenhar um modo de falha, seus efeitos e análise da sua criticidade”, posteriormente denomindado Failure Mode and Effects Analysis (FMEA). SISTEMA DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade – Prevenção de falhas Pode-se aplicar a análise FMEA nas seguintes situações: • Para diminuir a probabilidade da ocorrência de falhas em projetos de novos produtos ou processos; • Diminuir a probabilidade de falhas potenciais (ou seja, que ainda não tenham ocorrido) em produtos/processos já em operação; • Aumentar a confiabilidade de produtos ou processos já em operação por meio da análise das falhas que já ocorreram; • Reduzir os riscos de erros e aumentar a qualidade em procedimentos administrativos. SISTEMA DA QUALIDADE Tipos de FMEA Esta metodologia pode ser aplicada tanto no desenvolvimento do projeto do produto, processo e/ou serviço. As etapas e a maneira de realização da análise são as mesmas, ambas diferenciando-se somente quanto ao objetivo. Assim as análises FMEA´s são classificadas em dois tipos: •FMEA DE PRODUTO: na qual são consideradas as falhas que poderão ocorrer com o produto dentro das especificações do projeto. Esta análise evita falhas no produto decorrentes do projeto. •FMEA DE PROCESSO: são consideradas as falhas no planejamento e execução do processo, ou seja, o objetivo desta análise é evitar falhas durante a prestação de serviço/produção de um produto, tendo como base a não conformidade do produto com as especificações do projeto. SISTEMA DA QUALIDADE Tipos de FMEA • Há ainda um terceiro tipo, menos comum, que é o FMEA de procedimentos administrativos. Nele analisa-se as falhas potenciais de cada etapa do processo com o mesmo objetivo que as análises anteriores, ou seja, diminuir os riscos de falha. O processo é iterativo e faz parte integrante do desenvolvimento de um novo sistema.Assim esta análise deve ser feita em grupo, com o envolvimento de representantes de cada área. SISTEMA DA QUALIDADE X Sistema Responsável pelo Projeto Eng ª Produto FMEA nº _001_/_05 Subsistema Data Chave ___/____/___ Pag. _1_ de __1_ Componente : Refrigerador/ Serpentina_________ Data ____/____/____ Equipe:__Clayton, Marco, Rafael B, Rodrigo M_____________________________ Item Função Serpentina / Trocar calor com o interior do refrigerador Modo de Efeito (s) Potencial Falha (is) da Potencial Falha Não trocar calor Cerveja Quente S e v e r i C l a s s i Causa (s) e Mecanismo (s) Potenciais da Falha Parede da serpentina furada O c o r r Controles Atuais do Projeto Prevenção Controles Atuais do Projeto Detecção Controle de espessura da parede da serpentina Efetuar teste hidrostático Revisão __A___ D N Ações e t P Recomendadas e c R Verificar/redefinir espessura da parede da serpentina Resultados da Ação s o d e c e v o t Tomadas e r e r r c Responsável / Ações Prazo Rafael (Engenharia) 08/09/05 SISTEMA DA QUALIDADE SEVERIDADE DOS EFEITOS TAXA NEGLIGENTE 1 BAIXA 2 3 MODERADA 4 5 6 ALTA 7 8 MUITO ALTA 9 10 N P R SISTEMA DA QUALIDADE OCORRENCIA TAXA DOS EFEITOS ! " # $$ % & REMOTA 1 BAIXA 2 3 MODERADA 4 5 6 ALTA 7 8 MUITO ALTA 9 10 ' $ $ SISTEMA DA QUALIDADE DETECÇÃO DOS EFEITOS $( , $ ) ) * ( ( + TAXA MUITO ALTA 1 2 ALTA 3 4 MODERADA 5 6 BAIXA 7 8 MUITO BAIXA 9 CERTEZA DE NÃO DETECÇÃO 10 SISTEMA DA QUALIDADE , % ! %$ . . $ ! ( ( / ) $ 0 1 ,! SISTEMA DA QUALIDADE 23 23 $ $ 4 . 4 SISTEMA DA QUALIDADE OUTRAS FERRAMENTAS Aula 09 (22/10/07) SISTEMA DA QUALIDADE Programa 5 "S" (housekeeping) Nascida no Japão, na década de 60, a técnica do 5S, baseada nos 5 pontos chave, sintetiza uma filosofia de gestão empresarial que gera mudanças significativas de produção. No Brasil, esta técnica começou a ser utilizada por volta de 1985 . Programa Housekeepng - 5S's, tem por objetivo proporcionar a empresa um programa de melhorias baseados em trabalhos de racionalização, organização, limpeza, conservação e disciplina, tornando o ambiente saudável para todos, evitando a ocorrência de uma empresa suja, desorganizada com pessoas desmotivadas. Além disso, se você está pensando que esta ferramenta só tem aplicação para o ambiente fabril ou qualquer outro tipo de linha de produção, reveja os seus conceitos e “abra” os seus sentidos para o que se segue.... SISTEMA DA QUALIDADE Programa 5 "S" (housekeeping) As cinco etapas do housekeeping são: • Seiri (Senso de arrumação - descarte): Distinguir o que é necessário e descartar o que é desnecessário; • Seiton (Senso de organização - arrumação): Arrumar os itens restantes, após a execução do Siri. A idéia é: Um lugar para cada objeto, cada objeto no seu lugar; • Seiso (Senso de ordenação - limpeza): Manter ambiente limpo e organizado e, principalmente respeitando o que foi estabelecido durante a fase do seiton; • Seiketsu (Senso de asseio - higiene): Ampliar o conceito de limpeza às pessoas. Nesta afirmação está incluso a qualidade de vida no trabalho, bem como o sentir-se bem no local de trabalho; • Shitsuke (Senso de autodisciplina – ordem mantida): Desenvolver a autodisciplina e criar o hábito de engajar-se no 5 “S”, principalmente no respeito as etapas anteriores; SISTEMA DA QUALIDADE Sistema Kanban & FIFO Também com origem oriental o kanban é uma ferramenta desenvolvida para controle e nivelamento da produção, além da minimização dos estoques. Esta ferramenta tem por objetivo transferir do setor de planejamento produtivo (programação), através de cartões informativos, a quantidade que produção necessita produzir de um determinado item. Por sua vez, também através de cartões, a produção solicita ao almoxarifado a quantide de insumos necessários para atender ao programa estipulado. Muito utilizado para produtos perecíveis, a indústria passou a utilizar o sistema FIFO (First In / First Out) para ordenar a utilização dos componentes. Ou seja, o material que entrou primeiro no estoque de componentes deve ser o primeiro a sair. SISTEMA DA QUALIDADE Sistema Kanban & FIFO SISTEMA DA QUALIDADE Produção Empurrada x Puxada Com a aplicação da ferramenta kanban, a produção tem o seu regime alterado. Ou seja, no lugar da produção empurrada entra a produção puxada. A L M O X A R I F A D O A L M O X A R I F A D O Produção Empurrada Montagem da Cabine Montagem da Carroceria Montagem da Base da cabine Montagem das rodas Montagem do conjunto E S T O Q U E Produção Puxada Montagem da Cabine Montagem da Carroceria Montagem da Base da cabine Montagem das rodas Montagem do conjunto E S T O Q U E SISTEMA DA QUALIDADE Exemplo de um quadro para controle do Kanban 1° 1° 1° 1° 1° 1° 2° 2° 2° 2° 2° 2° 3° 3° 3° 3° 3° 3° 4° 4° 4° 4° 4° 4° SISTEMA DA QUALIDADE Fluxo Produtivo - Kanban A L M O X A R I F A D O Montagem da Cabine e Carroceria Montagem da Base da cabine Abastecedor Montagem das rodas Montagem do conjunto E S T O Q U E SISTEMA DA QUALIDADE Sistema Just in Time (JIT) O sistema Just In Time é uma filosofia de administração da manufatura, creditados à Toyota Motor Company, nos meados da década de 60, por isso também conhecido como o “Sistema Toyota de Produção”. Este sistema prima pela otimização do processo produtivo. Existem três idéias básicas sobre as quais se desenvolve o sistema Just In Time. • Integração e otimização - Tudo que não agrega valor ao produto só trará custos e possíveis problemas, portanto, tudo o que não agrega valor ao produto é desnecessário e precisa ser eliminado; • Melhoria contínua (Kaizen) - O JIT fomenta o desenvolvimento de sistemas internos que encorajam a melhoria constante, não apenas dos processos e procedimentos, mas também do homem, dentro da empresa. A atitude gerencial postulada pelo JIT é : “nossa missão é a melhoria contínua”; • Entender e responder às necessidades dos Clientes - Isto significa ter responsabilidade de atender o cliente nos requisitos de qualidade do produto, prazo de entrega e custo SISTEMA DA QUALIDADE Sistema Lean Manufacturing O sistema de Manufatura Enxuta, também conhecido como Sistema Toyota de Produção (STP), teve início na década de 1950, no Japão, onde perceberam que a manufatura em massa não funcionaria neste país, portanto, adotaram uma nova abordagem para a produção, a qual tinha o objetivo de eliminar desperdícios. Para conseguir esse objetivo, técnicas como produção em pequenos lotes, redução de setup, redução de estoques, alto foco na qualidade, entre outras, foram aplicados. Atualmente coexistem várias definições para a Manufatura Enxuta (ME). Womack & Jones (1998), por exemplo, definem ME como uma abordagem que busca uma forma melhor de organizar e gerenciar os relacionamentos de uma empresa com seus clientes, cadeia de fornecedores, desenvolvimento de produtos e operações de produção, segundo a qual é possível fazer cada vez mais com menos (menos equipamento, menos esforço humano, menos tempo, etc.). SISTEMA DA QUALIDADE Redução do operação tempo de /produçã o (lead tim e) Lean Cell ANTES PROJETO CÉLULA LEAN SISTEMA DA QUALIDADE “5S” NA PRÁTICA Seiri (Senso de arrumação - descarte) Seiketsu (Senso de asseio - higiene) Seiton (Senso de organização - arrumação) SISTEMA DA QUALIDADE “5S” NA PRÁTICA Seiso (Senso de ordenação - limpeza) Shitsuke (Senso de autodisciplina – ordem mantida SISTEMA DA QUALIDADE PADRONIZAÇÃO/PRODUÇÃO EMPURRADA Fluxo padrão de atendimento Estoque intermediário balanceado (Só produção conforme pedido) SISTEMA DA QUALIDADE LIDERANÇA SISTEMA DA QUALIDADE LIDERANÇA Como já discutido em aulas anteriores, o sucesso de uma gestão focada no desempenho, depende da atitude, principalmente da alta administração. Além disso, a gerência também tem um papel fundamental, pois soma-se a necessidade de dominar os princípios da administração a difusão (ensinar/explicar/treinar/propagar) os conceitos/objetivos entre os subordinados. Ao decorrer deste tópico iremos conhecer diferentes estilos de liderança e comportamento. É importante ressaltar que o objetivo da apresentação destes estilos não é o de julgar ou classificá-lo como “certo/errado”, pois diversas circunstâncias devem ser consideradas para optar por este ou aquele modelo de liderança. Todavia, na atualidade nota-se que a maioria das equipes gerenciais têm se afastado estilo tradicional, pois necessitam do comprometimento da equipe para conquistar o desempenho planejado. SISTEMA DA QUALIDADE LIDERANÇA “ Liderança é a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida por meio do processo da comunicação humana consecução de um ou de diversos objetivos específicos”. SISTEMA DA QUALIDADE ESTILOS DE LIDERANÇA AUTOCRÁTICA Apenas o líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo O líder determina as providências e as técnicas para a execução das tarefas, cada uma por vez, na medida em que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo. O líder determina qual a tarefa que cada um deve executar companheiro de trabalho. e qual o O líder é dominador e é “pessoal” nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro seu à SISTEMA DA QUALIDADE ESTILOS DE LIDERANÇA DEMOCRÁTICA As diretrizes são debatidas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. O próprio grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo, solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário, passando este a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham nova perspectivas com os debates. A divisão das tarefas fica a critério do próprio grupo e cada membro tem liberdade de escolher os seus companheiros de trabalho. O líder procura ser um membro normal do grupo, em espírito, sem encarregar-se muito de tarefas. O líder é “objetivo” e limita-se aos “fatos” em suas críticas e elogios. SISTEMA DA QUALIDADE ESTILOS DE LIDERANÇA PATICIPATIVA O líder assume o papel de facilitador, ou seja, a pessoa que tem a principal função interferir junto à equipe apenas em condições em que faz-se necessário “destravar/desobstruir” o caminho para equipe evoluir no comprimento das tarefas. Este tipo de atitude normalmente ocorre quando existe o relacionamento entre diferentes departamentos, os quais possuem objetivos distintos. O líder que segue este estilo deve agregar/unir/apaziguar conflitos. SISTEMA DA QUALIDADE ESTILOS DE LIDERANÇA LIBERAL(LAISSEZ-FAIRE) Há liberdade completa para as decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder. Há participação do líder no debate apenas materiais variados ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que as pedissem. Tanto a divisão das tarefas, como a escolha dos companheiros, fica totalmente cargo do grupo. Absoluta falta de participação do líder. O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou de regular o curso dos acontecimentos. O líder somente faz comentários irregulares sobre as atividades dos membros quando perguntado. SISTEMA DA QUALIDADE COMPORTAMENTO DE UM LÍDER Hersey e Blanchard estabeleceram quatro quadrantes básicos de comportamento do líder, em função da ênfase dada aos aspectos da produção (tarefa) e do empregado (relacionamento). Surgiram, assim, quatro combinações: • tarefa alta (muita ênfase na tarefa) e relacionamento baixo (pouca ênfase no relacionamento); • tarefa alta e relacionamento alto; • tarefa baixa e relacionamento baixo; • tarefa baixa e relacionamento alto SISTEMA DA QUALIDADE COMPORTAMENTO DE UM LÍDER O comportamento de tarefa relaciona-se à estruturação do trabalho. Quanto mais alto o comportamento de tarefa, mais o líder se empenha em planejar, controlar, organizar e dirigir seu subordinado. Quanto mais baixo o comportamento de tarefa, mais o líder deixa estas atividades a cargo do subordinado. O comportamento de relacionamento refere-se ao apoio dado ao subordinado. Quanto mais alto o comportamento de relacionamento, mais o líder se empenha em oferecer apoio sócio-emocional e canais de comunicação ao empregado. SISTEMA DA QUALIDADE SISTEMA DA QUALIDADE •M1: Estilo de liderança E1, onde o líder deve fornecer instruções específicas e supervisionar estritamente o cumprimento da tarefa. O estilo deve ser de determinar. A decisão deve ser tomada pelo líder. •M2: Estilo de liderança E2, onde o líder deve explicar suas decisões e oferecer oportunidades de esclarecimento. O estilo deve ser de persuadir. A decisão deve ser tomada pelo líder com diálogo e/ou explicação. •M3: Estilo de liderança E3, onde o líder deve apenas trocar idéias e facilitar a tomada de decisões. O estilo deve ser de compartilhar. A decisão deve ser tomada pelo líder/liderado, com incentivo pelo líder. •M4: Estilo de liderança E4, onde o líder deve transferir para o liderado a responsabilidade das decisões e da sua execução. O estilo, neste caso, deve ser de delegar. SISTEMA DA QUALIDADE SISTEMA DA QUALIDADE ESTILO EFICÁCIA INEFICÁCIA Tarefa Alta Relacionamento Baixo Visto como tendo métodos bem definidos para atingir os objetivos que são úteis aos subordinados Visto como alguém que impõe métodos aos outros; às vezes visto como desagradável e interessado só em resultados de curto prazo. Tarefa Alta Relacionamento Alto Visto como alguém que tem confiança implícita nas pessoas e que está interessado principalmente em facilitar a consecução dos objetivos delas Visto como alguém que usa mais estruturação do que o necessário para o grupo e que muitas vezes não parece ser sincero nas relações interpessoais Tarefa Baixa Relacionamento Alto Visto como alguém que tem confiança implícita nas pessoas e que está interessado principalmente em facilitar a consecução dos objetivos delas Alguém interessado em harmonia; às vezes visto como não disposto a cumprir uma tarefa se esta implicar no risco de romper um relacionamento ou perder a imagem de uma pessoa boa. Tarefa Baixa Relacionamento Baixo Alguém que delega adequadamente aos subordinados as decisões sobre como fazer o trabalho e oferece pouco apoio sócio-emocional quando o grupo não precisa muito disso. Visto como alguém que oferece pouca estruturação ou apoio sócio-emocional quando isso é necessário aos membros do grupo. SISTEMA DA QUALIDADE GERENTES -FAZEM COISAS DA FORMA CORRETA -ADMINISTRAM -MANTÊM -FOCALIZAM SISTEMAS E ESTRUTURA -BASEIAM-SE NO CONTROLE -ORGANIZAM E FORMAM EQUIPES -ENFATIZAM TÁTICAS, ESTRUT. E SISTEMA -TÊM VISÃO DE CURTO PRAZO -PERGUNTAM COMO E QUANDO -ACEITAM O STATUS -FOCALIZAM O PRESENTE -TÊM OLHOS NOS RESULTADOS FINAIS -DESENVOLVEM ETAPAS E HORÁRIOS DETALH. -BUSCAM PRESIBILIDADE E ORDEM -EVITAM RISCOS -MOTIVAM AO CUMPRIMENTO DE PADRÕES -EXIGEM OBEDIÊNCIA -RECEBEM UM CARGO LÍDERES -FAZEM A COISA CERTA -INOVAM -DESENVOLVEM -FOCALIZAM PESSOAS -BASEIAM-SE NA CONFIANÇA -ALINHAM PESSOAS COM UMA DIREÇÃO -ENFATIZAM A FILOSOFIA, VALORES E METAS -TÊM VISÃO DE LONGO PRAZO -PERGUNTAM O QUE E POR QUÊ -DESAFIAM O STATUS -FOCALIZAM O FUTURO -TÊM OLHOS NO HORIZONTE -DESENVOLVEM VISÕES E ESTRATÉGIAS -BUSCAM A MUDANÇA -CORREM RISCOS - INSPIRAM AS PESSOAS A MUDAR - INSPIRAM OS OUTROS A SEGUIR -TOMAM A INICIATIVA DE LIDERAR SISTEMA DA QUALIDADE LIDERANÇA - Resumo Para se obter uma liderança eficaz, um líder deve: Reconhecer os seus clientes e identificar as suas necessidades; Elaborar normas consistentes com as exigências do cliente; Controlar e buscar melhorias sempre; Ser responsável pela administração através da filosofia de orientação; Romper barreiras departamentais. O estilo correto á ser aplicado em uma gestão dependerá e muito do tipo de cultura da organização e quais serão as mudanças necessárias. SISTEMA DA QUALIDADE PODER SISTEMA DA QUALIDADE PODER A habilidade de influenciar subordinados e colegas por meio do controle dos recursos organizacionais é o que distingue a posição de liderança. Um líder bemsucedido usa o poder de influenciar os outros eficazmente. No entanto, com o poder vem a obrigação de usá-lo de maneira ética para a realização dos objetivos organizacionais. Os gerentes aceitam responsabilidades e o poder necessários para realizar atividades e têm a responsabilidade final pela maneira como o poder é usado. Eles adquirem poder dentro das organizações de várias maneiras. Esses poderes podem ser: legítimos, de recompensa, coercitivos, de especialização, de referência, de informação ou ainda uma combinação dessas formas de poder. SISTEMA DA QUALIDADE PODER LEGÍTMO É o poder inerente à estrutura organizacional em si. Esse poder é atribuído a um indivíduo que ocupa uma posição específica dentro da organização. Caso o indivíduo deixe o cargo, o poder continua a existir na posição e não pode seguir o indivíduo. Esse poder é legítimo na organização e o indivíduo é investido de poder. A posse do poder está geralmente associada a um título oficial, como gerente, vice-presidente, diretor, supervisor e outros semelhantes. SISTEMA DA QUALIDADE PODER RECOMPENSA Também é inerente à estrutura organizacional. Pelo fato de os funcionários subordinados desejarem as recompensas, eles são influenciados pela possibilidade de recebê-las como produto de seu desempenho. As recompensas organizacionais podem ser óbvias (promoção, por exemplo) e podem ser sutis (elogio do gerente, status, etc.). SISTEMA DA QUALIDADE PODER COERCITIVO Está relacionado à habilidade do gerente em punir um funcionário. A punição se manifesta de várias maneiras, indo de uma simples advertência até uma suspensão, ou o desligamento efetivo. Poder de especialização Deriva dos talentos especiais, do conhecimento, das habilidades e da experiência anterior de um indivíduo. Esses talentos concedem poder ao indivíduo, pois a organização precisa deles e os valoriza. O poder que deriva de um conhecimento especial ou educação avançada e pode não estar relacionado com a idade ou o tempo de serviço. Essa forma de poder permite que uma pessoa relativamente jovem ou nova na força de trabalho ganhe influência dentro da organização. SISTEMA DA QUALIDADE PODER DE REFERÊNCIA Também chamado de carisma pessoal, é o poder de um indivíduo influenciar um outro por sua força de caráter. Um gerente pode ser admirado por uma característica individual específica e essa admiração cria a oportunidade para a influência interpessoal. Poder de informação Deriva da posse de informação importante em um momento crítico quando esta é necessária ao funcionamento da organização. A posse da informação pode não ter relação alguma com a posição organizacional ou poder atribuído a um indivíduo. Alguém que “esteja por dentro” tem poderes reais.