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Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Departamento de Engenharia de Materiais
Processamento de Materiais Cerâmicos
Prof.ª: Jacyara Maria Alves Vieira
Aluno: Guilherme Augusto Oliveira de Sena
Data de realização da prática:28/7/2014
Prática 8: Misturas e Moagem II
Introdução
Duas das principais etapas da fabricação de um material cerâmico são a mistura e a moagem. Após a extração, cominuição e tratamento prévio ao material mineral que será transformado em cerâmica, estudos podem ser feitos para se encontrar, de acordo com as propriedades finais desejadas, as composições e tipos de materiais que poderão ser adicionados à mistura. Essa mistura geralmente é feita mecanicamente via equipamentos industrialmente ou, para efeitos laboratoriais, manualmente.
A moldagem é a etapa de fabricação em que a forma do produto é conferida. Ela pode ser feita a seco ou semi-seco o que demanda uma grande pressão no molde e consequentemente grande energia é gasta. Se a composição estiver dentro das normas e/ou pesquisas, os produtos feitos com essa técnica são de excelente qualidade, baixa concentração de imperfeiçoes e rugosidade, tendo superfícies lisas e impermeáveis, muitas vezes. É sabido que as propriedades das cerâmicas são inversamente proporcionais à quantidade de água adicionado durante sua fabricação.
Após essas etapas, a secagem é a fase obrigatória entre moldagem e cozimento. Feita para que a peça moldada perca cerca quantidade de água antes de ir ao forno. Ela deve ser lenta para proporcionar uma uniformidade dimensional evitando fissuras, deformação e porosidade. Ela pode ser feita à temperatura ambiente ou via aquecimento brando com equipamentos.
Para finalizar a fabricação da cerâmica, ela é levada ao cozimento em altas temperaturas para que ocorram as reações de endurecimento e vitrificação. Após esse processo a cerâmica é resfriada, tendo o cuidado de não ser muito brusco que pode surgir fendas devido à rápida retração.
Objetivo
-Conhecer a técnica de mistura;
-Conhecer a técnica de moagem;
-Analisar um bloco feito de determinada composição.
Materiais e equipamentos:
Béquer de plástico;
Amostra de argila Viçosa 3;
Balança semi-analítica;
Peneirador #100;
Amostra de sínter;
Metodologia
A amostra de viçosa utilizada no molde foi passada em uma peneira de #100.
Mediram-se massas das matérias primas utilizadas em uma balança semi-analítica.
A amostra passou por um molde de metal e sob pressão tomou a forma de bloco.
O bloco foi seco à temperatura ambiente e depois levado à estufa à 100°C por duas horas para completar sua secagem.
Análise visual foi feita para diferenciar as propriedades do blocos.
Resultados e discussão
A fim avaliar as propriedades de um bloco de composição conhecida, uma mistura foi feita. A composições está descrita abaixo:
Tabela 1:Composição do Bloco
Matéria-prima
Massa(g)
Argila Viçosa
+100#
35
Sínter
15,03
Água
13,27
Após a secagem, observou-se que a não houve muitas trincas. As imperfeiçoes na superfície do bloco surgiram já na desmoldagem e estas não sofreram evolução aparente. Isso se deve ao fato da não utilização da bentonita que por ser higroscópica, absorve grande quantidade de água que ao secar gera espaços vazios que se tornam concentradores de tensão e consequente facilitador de trincas. O bloco apresentou também uma maior resistência devido à utilização de sínter.
Conclusão
Os objetivos de conhecer a técnica de mistura, moldagem e analisar propriedades visuais em um bloco de composição conhecida foram atingidos. Não houve grandes interferentes nessa prática.
Referências bibliográficas:
SAMPAIO, João Alves; FRANÇA, Silvia Cristina Alves; BRAGA, Paulo Fernando Almeida. Tratamentos de minérios: práticas laboratoriais. Rio de Janeiro: Cetem, 2007. 570 p.