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Relatório De Estagio

Assistência Técnica e extensão rural

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA - CAMPUS ARIQUEMES CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO JOSÉ LUCAS SEBRIAN DA SILVA Ariquemes, novembro de 2012. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA - CAMPUS ARIQUEMES CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL Por JOSÉ LUCAS SEBRIAN DA SILVA Relatório de estágio supervisionado apresentado ao Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Rondônia - Campus Ariquemes, como requisito para obtenção do título de Técnico em Agropecuária. Orientador: Prof. CLAITON BAES MORENO Ariquemes, novembro de 2012. Dados de Identificação 1. Estagiário 1. Nome: José Lucas Sebrian da Silva 2. Curso: Técnico em Agropecuária 3. Turma: 3º A de Agropecuária 4. Município: Ariquemes, RO. 5. E-mail: [email protected] 2. Empresa 1. Nome: Empresa Brasileira de Assistência Técnica e extensão Rural - Estado de Rondônia (EMATER-RO) 2. Endereço: Rua Patrícia Marinho, 3388 3. Município: Alto Paraíso, RO 4. CEP: 76862-000 5. Fone: (69) 3534-2181 3. Estágio 1. Área de Realização: Assistência Técnica e Extensão Rural 2. Professor orientador: Claiton Baes Moreno 3. Supervisor de estágio na empresa: Marcos da Silva Ribeiro 4. Carga horária: 240 horas 5. Data de início e término do estágio: 04/07/2011 a 15/07/2011 e 02/01/2012 a 27/01/2012. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA - CAMPUS ARIQUEMES CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA O Supervisor da Empresa EMATER-RO, Marcos da Silva Ribeiro, o orientador Claiton Baes Moreno e o estagiário José Lucas Sebrian da Silva, abaixo assinados, cientificam-se do teor do Relatório de Estágio Curricular Supervisionado do Curso Técnico em Agropecuária. ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL Elaborado por José Lucas Sebrian da Silva Como requisito parcial para obtenção do título de Técnico em Agropecuária ________________________________ Marcos da Silva Ribeiro (Supervisor de Estágio) ________________________________ Claiton Baes Moreno (Orientador) _________________________________ José Lucas Sebrian da Silva (Estagiário) Ariquemes, novembro de 2012. Agradecimentos Agradeço a todos aqueles que me apoiaram durante o período do curso e do estágio. Agradeço aos meus pais, Marli Aparecida Sebrian da Silva e Sebastião Leite da Silva, por apoiarem a decisão de me tornar Técnico em Agropecuária. Ao meu irmão, Cleber Cristian Sebrian da Silva, por me ajudar nas horas que mais precisava e também por me apoiar durante minhas decisões. Ao Instituto Federal de Rondônia - Campus Ariquemes por me oferecer a oportunidade de concluir um curso profissionalizante e por tornar-me uma pessoa apta ao mercado de trabalho e à vida. Agradeço ao professor Claiton Baes Moreno por ter supervisionado o meu estágio e auxiliado na elaboração do relatório. Agradeço ao supervisor do estágio, Marcos da Silva Ribeiro, por ter me orientado durante esse período e a EMATER-RO, pela acolhida e por ter oferecido todas as condições para realização do estágio supervisionado. E por último e mais importante lembrança, a Deus por me ter dado vida e saúde. Sumário 1. Introdução 7 2. Histórico da empresa 8 3. Atividades desenvolvidas 9 3.1. Elaboração de projeto de Financiamento 9 3.2. Preenchimento de DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf) 10 3.3. Organização de fichários com documentos 11 3. 4. Visitas técnicas 11 3. 5. Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) 12 3. 6. Estudos bibliográficos 12 3. 7. Cálculo de Calagem 13 3. 8. Reunião com Agricultores 14 3. 9. Vacinação contra Brucelose 14 3. 10. Recepção de Agricultores 15 4. Conclusão 17 5. Referências 18 1. Introdução No período de quatro a quinze de julho de 2011 e de dois a vinte e sete de janeiro de 2012, eu, José Lucas Sebrian da Silva, estudante do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia – Campus Ariquemes (IFRO), estagiei no escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (EMATER-RO), localizado no município de Alto Paraíso, Rondônia. Durante esse período, fui supervisionado pelo técnico da empresa Marcos da Silva Ribeiro, formado pela antiga escola agrícola EMARC (Escola Média Agropecuária Regional da CEPLAC). Durante o período de estágio na EMATER-RO foram desenvolvidas diversas atividades como visitas técnicas, participação de reuniões, vacinação contra Brucelose Bovina, participação no desenvolvimento de projetos, cálculos de calagem, entre outras atividades que foram elaboradas com um foco menor. Todas as atividades citadas serão abordadas com mais clareza dentro deste relatório. 2. Histórico da Empresa A empresa EMATER-RO foi criada para dar assistência técnica aos produtores rurais no estado Paraná, sendo criada em 20 de maio de 1956 em decorrência de convênio entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos. Era então denominado Escritório Técnico de Agricultura - ETA Projeto15. Com a extinção do ETA Projeto15, diversas entidades paranaenses ligadas à agricultura, reconhecendo a importância das atividades desenvolvidas pela empresa, assumiram a responsabilidade pelo Projeto, dando-lhe nova denominação. Assim, em quatro de dezembro de 1959 era criada a ACARPA (Associação de Crédito e Assistência Rural do Paraná), entidade civil sem fins lucrativos, filiada à Associação Brasileira de Crédito e Assistência Rural (ABCAR) e vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do abastecimento. Em 1977, através da Lei 6.969, era criada a Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER/Paraná, com a finalidade de absorver as atividades da ACARPA, que iniciou seu processo de extinção. A EMATER chegou a Rondônia em 31 de agosto de 1971 com a denominação de Associação de Crédito e Assistência Rural do Território Federal de Rondônia – ACAR/RO, entidade integrante da Associação Brasileira de Crédito e Assistência Rural – ABCAR. Fundada com a personalidade jurídica de Sociedade Civil de fins educativos e sem finalidade lucrativa, surgiu com o objetivo de promover a Extensão Rural no Território Federal de Rondônia. Em 22 de novembro de 1976, a ACAR/RO passa a denominar-se Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural – ASTER/RO. Em 10 de maio de 1984, a ASTER/RO passou a denominar-se EMATER-RO, sem alterar sua personalidade jurídica e natureza dos serviços prestados. 3. Atividades desenvolvidas No início do estágio, fui apresentado ao quadro de funcionários do escritório da EMATER-RO, município de Alto Paraíso, e a outros estagiários que iriam estagiar no mesmo período, durante uma reunião que geralmente ocorria no início da semana para definir as atividades da semana. Foi nessa reunião que ficou decidido quem seria o supervisor de cada estagiário e as atividades que seriam desenvolvidas durante a semana e o período de estágio. O técnico que ficou responsável pela minha supervisão foi Marcos da Silva Ribeiro que é formado em Técnico em Agropecuária pela antiga EMARC. 3.1. Elaboração de projeto de Financiamento Logo no início do estágio, tive a oportunidade de fazer o acompanhamento da elaboração de um projeto de financiamento do Banco do Brasil e do Banco BASA para produtores rurais, tendo a oportunidade de trabalhar com as planilhas de financiamento que os bancos disponibilizam e documentos importantes para a elaboração de projetos, como os dados pessoais dos interessados e os demais documentos necessários. O supervisor pediu para todos os estagiários preencher algumas planilhas para aprender praticando como se deve construir o projeto. O PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) é composto por vários tipos de crédito. PRONAF Custeio é para o financiamento de atividades agropecuárias e de beneficiamento ou industrialização e comercialização de produção própria ou de terceiros agricultores familiares. PRONAF Investimento é o financiamento de implantação, ampliação ou modernização da infraestrutura de produção e serviços, agropecuários ou não, no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas. O PRONAF Mulher constitui linhas de crédito destinadas a mulheres agricultoras. PRONAF Jovem compõe linhas de financiamento destinadas a jovens agricultores. O PRONAF mais Alimentos é destinado para investimentos em infraestrutura da propriedade rural, para assim criar uma melhor condição de aumento da produtividade da agricultura familiar. O limite de crédito é de 130 mil reais por ano agrícola, limitado a 200 mil reais no total, que podem ser pagos em até dez anos, com até três anos de carência e juro de 2% ao ano. Para projetos coletivos, o limite é de 500 mil reais. Para operações de até 10 mil reais, o juro é de 1% ao ano. Existem outras linhas de crédito, mas que não foram trabalhadas durante o período de estágio. Existe ainda o PRONAF Agroindústria, Floresta, Semi Árido, PRONAF Eco, etc. Esses não são tão procurados como os outros em nossa região, mas têm grande importância em outras regiões do Brasil. O PRONAF financia projetos individuais ou coletivos, que gerem renda aos agricultores familiares e assentados da reforma agrária. O PRONAF possui as taxas mais baixas de juros para financiamentos rurais, além das menores taxas de inadimplência entre os sistemas de crédito do País. 3.2. Preenchimento de Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP) A DAP é um documento obrigatório para fazer qualquer tipo de financiamento, sendo que nele contém todos os dados necessários para se fazer o financiamento. Se esse documento for feito de modo a beneficiar o produtor ou ao técnico, este pode perder a carteira do CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), ficando proibido de exercer sua profissão. Durante o período de estágio, foi realizado o preenchimento de uma DAP, onde foi preciso pegar todos os dados do interessado como nome, endereço, estado civil, renda, área de sua propriedade, entre outros dados e verificar se o produtor não tem nenhuma pendência na justiça. Esse documento demora um pouco para ficar pronto, mas é essencial para realizar o financiamento. Existem duas formas para fazer a emissão de DAP: preenchimento a mão ou em via eletrônica. A primeira é válida somente quando utilizado formulário produzido pela SAF (Secretaria da Agricultura Familiar). Pela via eletrônica, existem dois caminhos de acesso: 1º os aplicativos homologados pela SAF (Secretaria da Agricultura Familiar) e 2º o aplicativo desenvolvido pela SAF, o DAPweb. Para acessar o DAPWeb, há necessidade de cadastramento prévio do agente emissor, bem como de toda a estrutura organizacional do órgão ou entidade de sua vinculação. Para facilitar o processo de coleta e registro dos dados das DAPs, a SAF preparou o Manual do Cadastrador, onde contém instruções para preenchimento das DAPs em formulário e, também, para o aplicativo DAPWeb, além, das tabelas de apoio. 3.3. Organização de fichários com documentos Durante o período que o supervisor não se encontrava no escritório, os estagiários fizeram a organização de vários armários com fichários contendo documentos de produtores, como a DAP, cadastro do produtor, cópia de RG (Registro Geral) e CPF (Cadastro de Pessoa Física). Os fichários foram organizados em ordem alfabética por linha de atuação de cada técnico; foram reorganizados documentos que estavam em outras pastas, colocando estes em seus devidos locais. 3.4. Visitas Técnicas Foram realizadas diversas visitas a produtores com o objetivo de dar assistência, coletar dados e verificar se o dinheiro de financiamento estava sendo aplicado da maneira correta. Durante essas visitas, foi possível ver instalações bem feitas para gado leiteiro e de corte, construídas com o dinheiro desses financiamentos realizados pela EMATER-RO. Foi possível verificar animais altamente produtivos, adquiridos através da mesma fonte, de leite, vindos do estado de Minas Gerais; animais bem cuidados e sendo suplementados com silagem, tendo o tratamento adequado para a obtenção de maior produção. Foram feitos laudos de carência, que consiste em verificar o que acontece com o dinheiro de financiamento destinado a produtos, assim a EMATER-RO e os Bancos ficam sabendo se o produtor está cumprindo com o propósito do financiamento e se terá renda suficiente para quitar sua dívida quando o prazo de três anos de carência terminar. Dentro das visitas, foi visto como os produtores recebem os funcionários do escritório; em todas as casas por onde passaram os estagiários, estes foram bem recebidos e puderam fazer o seu serviço sem dificuldade. Durante essas visitas os estagiários se deslocaram de automóvel ou motocicleta, sempre com um funcionário conduzindo. 3.5. Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Tive também a oportunidade de participar do acompanhamento do desenvolvimento do PAA, que é um programa do governo que visa auxiliar os agricultores familiares através de compra de produtos desses agricultores, que por sua vez são repassados para escolas, hospitais, entidades assistenciais, entre outros locais que o governo envia recursos. Criado em 2003, o PAA é uma ação do Governo Federal para colaborar com o enfrentamento da miséria no Brasil e auxiliar no fortalecimento da agricultura familiar. Para isso, o programa utiliza mecanismos de comercialização que favorecem a aquisição direta de produtos de agricultores familiares ou de suas organizações, estimulando os processos de agregação de valor à produção. Parte dos alimentos é adquirida pelo governo diretamente dos agricultores familiares, assentados da reforma agrária, comunidades indígenas e demais povos e comunidades tradicionais, para a formação de estoques estratégicos e distribuição à população em maior vulnerabilidade social. A compra pode ser feita sem licitação. Cada agricultor pode acessar até um limite anual e os preços não devem ultrapassar o valor dos preços praticados nos mercados locais. A EMATER-RO tem a função de receber, pesar, passar o valor que cada produtor deve receber e repassar o produto para os locais destinados, tudo isso em um único dia que a EMATER-RO combina com os interessados. O governo compra, através do PAA, laranjas, pães, limão, mamão, galinhas, diversos produtos que os produtores obtêm em sua propriedade. Só pode fazer essa venda o produtor que for previamente cadastrado. 3.6. Estudos bibliográficos Outra atividade realizada quando o supervisor não estava presente no escritório era a leitura de livros da minibiblioteca local ou de artigos da internet; conteúdos sobre caju, banana, mamão, acerola e um pouco sobre fitossanidade. Pesquisas sobre diversos temas voltados para a área agrícola e informações de financiamentos, órgãos, escritórios da EMATER-RO, máquinas agrícolas, implementos, locais que traziam informações recentes do que estava ocorrendo no mundo, tudo isso através da internet. O escritório permitia usar a internet para que os estagiários ficassem sabendo mais sobre os assuntos discutidos no escritório. 3.7. Cálculos de Calagens Durante o período do estágio foi realizado cálculo de calagem para um produtor de banana. Ele queria saber quantos quilos de calcário ele deveria colocar na área da sua propriedade. O produtor chegou ao escritório trazendo uma análise de solo pedindo aos técnicos da EMATER-RO para realizarem um cálculo; o supervisor de estágio me repassou o cálculo e depois de ter sido feito, o supervisor verificou se estava correto. Até então, nenhum dos estagiários tinha informação sobre as necessidades da cultura; buscamos informações da cultura nos site da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Encontramos as informações que queríamos e então foi realizado o cálculo de calagem com base na análise do solo. Para resolver o cálculo, foi usada a fórmula: NC (t/ha) = (V2-V1) x T x f / 100  Onde: NC: necessidade de calagem. V2: Saturação deseja para a cultura que é 60% a 70%. V1: Saturação em que se encontra o solo. T: Capacidade de troca de cátions. F: Fator de correção. O fator de correção foi feito com base no calcário de Espigão d'Oeste que tem o PRNT 70%. Para chegar o fator de correção foi usada a formula 100/PRNT. O T e V1 podem ser encontrados na análise de solo por isso não foi usada nenhuma fórmula. Se não tiver na análise, basta fazer soma de base (SB)= K+Mg+Ca, depois fazer T= SB+(H+Al), para achar T; após faz V1=SBx100/T; depois disto, é só jogar na primeira fórmula para achar a necessidade de calagem. 3.8. Reunião com agricultores As reuniões com os agricultores eram os momentos em que mais se via a integração da EMATER-RO com os produtores. Os produtores que estavam presentes nas reuniões pediam explicações, informações, questionavam, pediam a opinião do técnico. Essas reuniões tinham o objetivo principal de realizar o cadastramento desses produtores. Algumas vezes, por haver poucas pessoas na reunião, esses momentos tornavam-se objetos de transmissão de informações e de resolução de algumas dúvidas sobre financiamentos, programas, máquinas agrícolas utilizadas nos trabalhos de campo, etc. Os estagiários que estavam presentes nestas reuniões, normalmente não falavam durante as mesmas. Éramos apresentados e acompanhávamos as reuniões ou ficávamos responsáveis por fotografar e, ao final, recolher as assinaturas dos produtores rurais. 3.9. Vacinação contra Brucelose Bovina A vacinação contra Brucelose não foi uma atividade que se realizava com frequência, pois os agricultores se organizavam em grupos para facilitar a todos economizar viagem e tempo dos produtores. Muitos produtores tinham poucos animais com idade de ser realizada a vacinação, então ficava difícil para a EMATER-RO deslocar-se até o local para vacinar um ou dois animais. Os estagiários foram juntos com dois técnicos experientes em vacinações dessa doença, onde os produtores eram responsáveis por segurar os animais, e enquanto um técnico vacinava, o outro marcava no lado esquerdo da face da bezerra para informar que aquele animal havia sido vacinado. Nessa marca, realizada a ferro quente, contém um "v" e o último número do ano da vacinação. Por exemplo, a bezerra vacinada ano 2012 era marcado com "v2". Os estagiários ficavam com a responsabilidade de registrar em uma planilha quantos animais tinha sido vacinados, coletar o nome e a assinatura do produtor, a área da propriedade, área de pasto e se tinha outra cultura, determinar a área destinada para ela. Após isso, o produtor levava a ficha de vacinação até o órgão responsável, a agência IDARON (Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia) para o cadastramento da vacinação. A Brucelose é uma doença causada principalmente pela bactéria Brucella abortus e é uma zoonose, por isso que se deve ter um controle severo. O animal pode ser infectado através do aparelho digestivo e genital, e a transmissão é por contato direto com animais, resto de placentas e leites infectados. A Brucelose também é conhecida como Febre de Malta, Febre do Mediterrâneo e Febre Ondulante. Nas fêmeas vai causar abortos, retenção de placenta e endometrites. Nos machos causa orquites, epididimite, perda da libido e infertilidade. Em humanos os sintomas são febre intermitente, suor com cheiro de "palha azeda", calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor no abdômen, nas costas e dependendo da forma, pode ter fraqueza muscular, falta de apetite, etc. Para evitar a doença, existem vacinas para bovinos, que deve ser realizada nas fêmeas com três a oito meses de idade; após a vacinação, só deve ser retirado sangue para exames quando o animal tiver mais de 24 meses de idade, pois antes desse período o resultado do diagnóstico da doença pode dar um falso resultado, devido aos anticorpos vacinais. Nas fêmeas que não foram vacinadas e que for feito o exame com até 15 dias antes do parto, deve-se refazer novamente o exame no período de 30 a 60 dias após o parto para ser constatado com certeza se o animal tem ou não a doença. Existem dois tipos de vacina contra a Brucelose Bovina: a B19, que é para animais entre 3 a 8 meses e é obrigatória e a vacina RB 51, que é para animais que já tenham mais de oito meses, servindo esta também com uma dose de reforço. 3.10. Recepção de Agricultores Em alguns momentos do estágio, os alunos foram submetidos à experiência de recepcionar produtores. Ficavam na recepção do escritório ajudando a secretária e atendendo telefonemas e os produtores que chegavam ao escritório atrás dos técnicos e de informações sobre programas e financiamentos. Esta parte do estágio foi uma dos mais difíceis, pois os estagiários não sabiam direito quais eram as salas dos técnicos e tinham que ficar perguntando para a secretária, mas depois de um tempo se tornou fácil, pois já sabiam onde eram as salas e sabiam sobre os programas. Nesse período que os estagiários criaram mais amizade com os funcionários, pois se eles queriam saber de outro funcionário ele perguntava para os estagiários. 4. Conclusão Pôde-se perceber que a melhor hora de se colocar em prática tudo o que aprendemos nas aulas teóricas, e mesmo práticas, no IFRO é durante o estágio, pois é nesse período que o estagiário tem a convivência com técnicos mais experientes e convivem com as necessidades dos produtores, as dificuldades dos técnicos e os objetivos do serviço aplicado dentro da instituição em que se trabalha. É durante o estágio que aprendemos a colocar em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula. Por isso, todo o aluno que realiza seu estágio retorna com um ponto de vista diferente em relação ao início do curso de Técnico em Agropecuária. 5. Referências Brasil. Ministério do Desenvolvimento Agrário. PRONAF. Disponível em http://www.mda.gov.br/portal/saf/programas/pronaf. Acesso em 06/11/1012. Brasil. Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia. Brucelose. Disponível em http://www.idaron.ro.gov.br/portal/. Acesso em 06/11/12 Brasil. Emater. Histórico. Disponível em http://www.emater- ro.com.br/emater.php?get=3. Acesso em 07/11/2012. VARELLA, D. Sintomas de brucelose. Nov, 2012. Disponível em http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/brucelose/. Acesso em 08/11/2012.