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Relatório- Caracterização De Copolímeros

Um relatório final de treinamento técnico sobre copolímeros em bloco

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CARACTERIZAÇÃO DE COPOLÍMEROS EM BLOCO PROCESSO FAPESP Nº 2004/02152-3 Relatório de Treinamento Técnico - TT-2 ORIENTADORA: WANG SHU HUI BOLSISTA: RODRIGO MARTINS SANTIAGO DA SILVA São Paulo Agosto/2004 SUMÁRIO 1. RESUMO DO PLANO INICIAL 4 2. RELATO DAS ATIVIDADES 4 2.1 Período entre 01/05/04 a 10/08/04: 4 3. INTRODUÇÃO 5 3.1. MASSAS Molares 7 3.2. VISCOSIMETRIA 7 3.2.1.VISCOSIDADE 7 3.2.3. TERMOS VISCOSIMÉTRICOS 9 3.3. espectroscopia NO ULTRA-VIOLETA 11 4. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 16 4.1 Materiais e Reagentes: 16 4.2 Equipamentos: 16 5. METODOLOGIA 17 5.1. VISCOSIMETRIA 17 5.2 .Análise espectroscópica por U.V. (ultravioleta) 19 5.3. Análise espectroscópica por FLUORESCÊNCIA 20 6 RESULTADOS 22 7. MINHA EXPERIÊNCIA PESSOAL NO PROJETO 27 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 29 RESUMO DO PLANO INICIAL Dominar técnicas de caracterização de reagentes, intermediários e produtos obtidos, bem como os polímeros em bloco através de técnicas químicas e físico-químicas. Auxiliar nos ensaios de biodegradação (em colaboração e sob a supervisão da Dra. Luiziana Ferreira da Silva do Laboratório de Biotecnologia do IPT). Dar apoio às atividades de pesquisa desenvolvidas nos Projetos: "Polímeros em bloco contendo segmento rígido" (FAPESP 99/01783-0) e "Estudo de Polímeros emissores de Luz" (FAPESP 01/12849-3) RELATO DAS ATIVIDADES 1 Período entre 01/05/04 a 10/08/04: Treinamento técnico para o manuseio dos equipamentos (viscosímetro, espectrofotômetro de fluorescência, espectrofotômetro de UV e estufa à vácuo); Análises de viscosidade das amostras de copolímeros; Preparação de amostras sólidas e líquidas para análise em MEV (microscopia eletrônica de varredura); Análise de copolímero (PEG e COPEG-4000) em espectrofotômetro de fluorescência; Acompanhamento de sínteses orgânicas. INTRODUÇÃO O material polimérico se caracteriza por possuir uma cadeia longa de alta massa molar que se altera conforme o processo de preparação adotado. Para uma mesma estrutura macromolecular, suas propriedades variam progressivamente conforme a alteração da massa molar e da estrutura química, onde, esta variação se torna expressiva quando essas massas atingem ou excedem ordem de grandeza de 105 g.mol-1. A faixa de massa molar onde muitos polímeros encontram utilidade prática está entre 104 a 107 g.mol-1. A utilização do material polimérico em inúmeras aplicações práticas depende das propriedades físico-químicas do polímero, as quais são afetadas por mudança de massa molar, tornando-se assim de fundamental importância o conhecimento e o controle da mesma. Os copolímeros em bloco são amplamente utilizados na indústria. Nos estados sólido e borrachoso eles são utilizados como elastômeros termoplásticos com aplicações tais como modificação de impacto, compatibilização e auto-adesivo. Em solução, suas propriedades surfactantes são exploradas em detergentes, aditivos de óleos, solubilizantes, espessantes e agentes de dispersão. A arquitetura dos copolímeros em bloco pode ser controlada pelo procedimento de síntese e é possível preparar diblocos, triblocos, blocos do tipo estrela e copolímeros grafitizados. A possibilidade de obtenção de polímeros em bloco com estrutura definida a partir de monômeros diversos contendo grupos eletrofílicos e eletroacceptores, ou ainda grupos substituintes sensíveis a meios ácido e básico sem a necessidade de controle rigoroso de meio reacional representará um grande avanço na indústria química de polímeros. Com o advento dos métodos de polimerização "viva" aniônica e catiônica alguns tipos de copolímeros diblocos puderam ser feitos com distribuições de massas molares estreitas (MWDs) e quase perfeitos, com arquiteturas reproduzíveis. Os materiais originais desta natureza foram os copolímeros diblocos e triblocos compostos de estireno e butadieno, primeiramente sintetizado por volta de 1960. Entretanto, a versatilidade das polimerizações "vivas" iônicas é limitada por incompatibilidade do crescimento de cadeias finais (se aniônica ou catiônica) com muitos diferentes grupos funcionais ou monômeros. Neste caso, as condições experimentais para a realização da síntese exigem exclusão de água e oxigênio e a utilização de reagentes e solventes ultrapuros, reduzindo a aplicabilidade das polimerizações "viva" aniônica e catiônica a uma estreita faixa de estruturas possíveis. A técnica de polimerização "viva" via radical livre é oposta, em muitos aspectos, às polimerizações iônicas, uma vez que ela é sinteticamente robusta, compatível com uma ampla faixa de grupos funcionais ou monômeros, mas oferece pequeno ou nenhum controle sobre a estrutura macromolecular. Apesar desta desvantagem, os procedimentos via radical livre são a principal rota para polímeros vinílicos e de substancial importância econômica. O desenvolvimento de um procedimento radical livre "viva" que combine os atributos desejáveis de sistemas radicais livres tradicionais com os da polimerização "viva" pressupõe o uso de iniciadores unimoleculares com estreita faixa de tempo e temperatura de ativação, e a preparação de diversos iniciadores deste tipo foram relatados por Hawker e colaboradores, entre outros. 3.1. MASSAS Molares Durante a polimerização dá-se o crescimento independente de cada cadeia resultando em cadeias de comprimentos diferentes, variando em torno de uma média. Este fato gera a distribuição de massa molecular, tornando o cálculo de massa molecular estatístico. Dentre os principais métodos para determinação de massa molar em polímeros podemos citar: Propriedades coligativas; Espalhamento de Luz; Viscosidade das Soluções Ultracentrifugação, etc; Dentre todas as determinações se destaca neste projeto a Viscosimetria. 3.2. VISCOSIMETRIA 3.2.1.VISCOSIDADE Viscosidade é a resistência ao escoamento, causada pela fricção interna gerada por moléculas que colidem entre si, dificultando o escoamento devido ao tamanho das cadeias e ao enovelamento entre elas. A viscosidade é a medida da resistência de um material à uma certa fluência, onde seus valores variam com a temperatura diminuindo à medida que a temperatura aumenta. A Viscosidade de um sistema polimérico depende de vários fatores como: Massa Molar do polímero Tensão e velocidade de cisalhamento Temperatura Natureza do solvente no caso de soluções poliméricas Proporcionalmente o aumento da massa molar de um polímero, é esperado aumentos de viscosidade de suas soluções. 3.2.2. VISCOSIDADE DE SOLUÇÕES DILUIDAS DE POLÍMEROS Quando uma molécula pequena é dissolvida em um solvente, a viscosidade do sistema varia pouco. No caso de macromoléculas, a cadeia possui um tamanho maior e assume conformações em zigue-zague ou podem apresentar ramificações, cujo grau e complexidade pode chegar à formação de reticulação. Em conseqüência disto podem surgir propriedades diferentes no produto, especialmente em relação à solubilidade. A formação de reticulação prende as cadeias entre si impedindo o seu deslizamento e cada segmento de cadeia pode estar sob ação de velocidades de fluxo diferentes, acarretando assim um aumento significativo da viscosidade. A viscosimetria de soluções diluídas mede, quantitativamente, o aumento de viscosidade, pela presença de partículas do polímero, em um determinado solvente, permitindo assim, obter-se informações a respeito das dimensões das cadeias, formato e tamanho da partícula de polímero e de sua massa molar. A medida de viscosidade de líquidos mais utilizada é a baseada na resistência à fluência através de um capilar, sendo esta possível somente quando se conhece a concentração exata da solução e, quando estas estão livres de partículas contaminantes como, por exemplo, poeira. As soluções não devem estar muito diluídas, pois apresentam a viscosidade muito próxima da viscosidade do solvente puro, dificultando a medida. Por outro lado, não devem ser muito concentradas, pois as interações entre moléculas do próprio polímero e seu atrito com a parede do capilar dificultam as medidas. As soluções devem ser previamente filtradas utilizando-se filtros de membrana adaptados diretamente em uma seringa para filtração sob pressão. O controle da temperatura é de extrema importância. A variação de temperatura deve ser na ordem de 0,1ºC, no máximo. Para a determinação de massa molar, as medidas de tempos de escoamento podem ser realizadas em viscosímetros modelo Canoon-Fenske, onde o volume da solução deve ser constante, ou modelo Ubbelohde que permite a diluição da solução mãe dentro do próprio viscosímetro, tornando-o prático e útil em situações onde é necessário medir uma série de concentrações, requerendo um volume inicial de 8 ml para a solução mãe diluindo logo depois adicionando- se alíquotas de solvente. 3.2.3. TERMOS VISCOSIMÉTRICOS A viscosidade de um fluido escoando através de um capilar é fornecida pela Equação de Poiseuille: η= (. R4.P 8.l.Q Onde: R= raio do capilar P= diferença de pressão entre a extremidade do capilar Q= a relação volume / tempo é a velocidade de fluxo volumétrico V= volume do líquido Y= tempo de fluência No estudo das soluções diluídas de polímeros é comum determinar a viscosidade da solução em relação ao solvente puro. A relação é denominada viscosidade relativa. ηr = t/t0 A relação entre a diferença dos tempos de escoamento do solvente puro (t-t0) e o tempo de escoamento do solvente puro, t0 é denominada viscosidade específica. ηsp=ηr-1 A razão entre a viscosidade especifica e a concentração da solução é denominada viscosidade reduzida. ηred=ηsp/c A razão entre o logaritmo da viscosidade relativa e a concentração é conhecida como viscosidade inerente. ηinh=ln ηr /c A viscosidade intrínseca é obtida pela extrapolação de um gráfico da relação da ηred com a concentração , onde [η] exprime o efeito de uma partícula isolada de polímero sobre a viscosidade do solvente . [ η]=limc 0 (ηsp/c) FIGURA 1 –Representação gráfica da viscosidade intrínseca. Corrigir uma das flechinhas horizontais A viscosidade intrínseca se relaciona com a massa molar do polímero monodisperso pela equação de Mark- Houwink: [ η]=K.Ma Onde os valores de K e a são constantes para um determinado polímero a uma determinada temperatura e solvente, encontrado normalmente em literatura. Quando não estão disponíveis, podem ser determinados, utilizando-se um polímero monodisperso, com vários pesos moleculares, dispostos em um gráfico de log [η] x logM. A inclinação da reta nos fornece o valor de a , e a intersecção na ordenada, o valor de k (os valores de a variam normalmente entre 0,5 e 0,8 e os de k de 0,5 a 5x10-4). 3.3. espectroscopia NO ULTRA-VIOLETA Uma das tarefas mais importantes e mais freqüentes da química orgânica consiste em determinar a fórmula de estrutura de um composto que se acabou de sintetizar.Para isso realiza-se uma análise qualitativa para saber que elementos se encontram no composto. A luz do comprimento de onda entre 400 e 750 nm esta na região do visível; maior do que 750 nm encontram-se a região infravermelha e menor que 400 nm esta a região ultravioleta. Os espectros de U.V. normalmente usados medem a absorção da luz no intervalo 200-750 nm. Quando um fóton de radiação ultravioleta colide em uma molécula, um dos três eventos seguintes pode ocorrer com o fóton: pode ser transmitido pode ser refletido pode ser absorvido Se o fóton for absorvido, a energia que ele possuir será utilizada para levar um ou mais elétrons para um nível mais elevado de energia. Relação entre cor da substância e estrutura eletrônica de uma molécula: Uma molécula ou íon exibirá uma absorbância nas regiões Ultra-Violeta ou Visível quando a radiação causada for originária de uma transição eletrônica no interior do átomo ou molécula. A energia fornecida por uma fonte de luz promoverá os elétrons do estado fundamental para estados excitados. Potencialmente, 3 tipos de orbitais do estado fundamental podem ser envolvidos: Molecular s Orbital molecular p Orbital atômico n Anticamadas de orbitais podem ser envolvidos na transição: Orbital s* (sigma estrela) Orbital p* (pi estrela) A transição no qual um elétron da camada s é excitado para uma anticamada s* é referenciado como transição s a s*. Estas transições eletrônicas podem ocorrer em uma molécula e permitem a ocorrência de absorção de luz Ultra-Violeta e Visível. Cada substância absorve luz somente em certos comprimentos de onda, sob determinadas condições, sendo assim, cada substância tem seu espectro de absorção característico. 3.4. Espectroscopia no infravermelho. A espectroscopia no infravermelho é uma propriedade individualizada dos compostos orgânicos que se pode utilizar tanto para estabelecer a identidade de dois compostos como para ajudar a revelar a estrutura de um novo composto. A espectroscopia de absorção no infravermelho (IV), possibilita a determinação dos grupos funcionais que estão presentes em um dado material. Cada grupo absorve em freqüência característica de radiação na região do IV. Assim, com um gráfico de intensidade de radiação versus freqüência, o espectro de IV, permite caracterizar os grupos funcionais de um padrão ou de um material desconhecido. Os cientistas utilizam este fato vantajosamente, comparando o espectro de um composto desconhecido com o de uma amostra conhecida. Determinado o espectro da amostra desconhecida, a correlação pico a pico constitui boa prova de identidade, visto ser pouco provável a coincidência de espectros de dois compostos diferentes. Mesmo moléculas das mais simples podem produzir espectros extremamente complexos. Não dependemos somente deste espectro para a identificação dos compostos, podendo ser utilizado em conjunto com outros dados espectrais, portanto, a análise detalhada do espectro não se faz necessária para determinar a estrutura molecular. Existem três tipos de instrumentos para medições de absorção Infravermelha (IV): Espectrofotômetros dispersivos para medições qualitativas; Instrumentos de transformadas de Fourier para medições qualitativas e quantitativas; Fotômetros não dispersivos para determinação quantitativa de espécies orgânicas na atmosfera; A Figura 1 representa um modelo de aparelho de FTIR e na Figura 2, está representado um modelo de espectro de FTIR. Figura 1 - Modelo do Aparelho. As celas de solução infravermelha constam de duas janelas seladas e separadas por duas juntas delgadas de Teflon, cobre ou chumbo previamente umedecidas com mercúrio. As janelas são feitas de cloreto de sódio, cloreto de potássio ou brometo de césio. As amostras que são líquidas a temperatura ambiente são geralmente analisadas de forma pura ou em solução. Os solventes mais comuns são tetracloreto de carbono (CCl4) e dissulfeto de carbono, clorofórmio, cloreto de metileno. Já a acetonitrila e acetona são solventes comuns para materiais polares. Uma cela de solução está representada na Figura 3 Figura 3 - Celas de Solução 3.6. espectroscopia de fluorescência A fluorescência é uma importante técnica analítica em que moléculas são excitadas por absorção de uma radiação eletromagnética. Quando as espécies excitadas relaxam para o estado fundamental, liberam o seu excesso de energia na forma de fótons. Quando esta relaxação ocorre em tempos inferiores a 10-5 segundos, chama-se fluorescência, enquanto que em tempos superiores, fosforescência, chegando de minutos ou até horas. O tempo de vida de uma espécie excitada é curto devido à existência de várias formas da molécula ou átomo perder o excesso de energia. Dois dos mais importantes destes mecanismos são a relaxação sem-radiação e a relaxação radiativa (fluorescência). Dentro da relaxação sem radiação podemos distinguir a desativação vibracional e a conversão interna. Os mecanismos deste tipo de relaxação ainda não são totalmente compreendidos, porém, podem ser medidos por uma pequena elevação da temperatura do meio. A fluorescência representa um processo relaxativo, com emissão. Assim como na absorção, a baixa resolução instrumental molda as várias linhas na forma de um espectro. As bandas são provenientes do decaimento de estados excitados da molécula para estados eletrônicos fundamentais, onde dentro da fluorescência temos a emissão de dois tipos de radiação: as linhas de ressonância, que resultam de comprimentos de onda idênticos aos de excitação e as Stokes shift, que resultam em bandas mais largas, com deslocamento para comprimentos maiores, ou de baixa energia. Quando uma molécula fluorescente recebe uma quantidade de energia favorável a promover uma excitação eletrônica (quantun), a excitação ocorre em 10-15 segundos ou menos, a molécula sofre relaxação vibracional até o zero vibracional do estado excitado. Neste ponto relaxações futuras podem ocorrer através de rotas radiativas ou não. Se uma rota radiativa for seguida, a relaxação ocorre para qualquer um dos estados vibracionais do nível eletrônico inferior. Todas estas linhas são de baixa energia, ou comprimentos de onda maiores que as linhas de excitação. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 1 Materiais e Reagentes: Solvente Clorofórmio P.A; Solvente THF (Tetrahidrofurano) P.A.; Solvente Acetona P.A.; Pireno 99%; PHB - Poli- (3 Hidroxibutirato); PLA-PEG-PLA- Poli (Ácido Lático)-b-Poli (Glicol etilênico)-b-Poli (Ácido Lático); Água Destilada. 2 Equipamentos: Tubo de viscosímetro do tipo Ubbelohde. Banho ultratermostático com circulador marca QUIMIS, modelo Q-214M. Balança analítica, marca OHAUS, modelo ADVENTURER, precisão 0,0001 g. Termômetro de alta precisão, marca INCOTERM, modelo 77380. Espectrofotômetro UV-VIS, marca VARIAN, modelo Cary 50 Conc. Espectrofotômetro de Fluorescência, marca VARIAN, modelo Cary Eclipse. Estufa a vácuo, marca BINDER, modelo VD 23. Bomba de vácuo por indução monofásico, marca ABT, modelo ABF 90L. Estufa QUIMIS, modelo Q-317B. Cronômetro, marca CASIO, modelo HS 30W. Congelador doméstico Vidraria comum de laboratório 5. METODOLOGIA 5.1. VISCOSIMETRIA O viscosímetro deve ser selecionado pelo diâmetro do capilar tal qual que o tempo de escoamento do fluído ocorra na faixa entre 100 e 150 segundos. Fazer pelo menos três leituras com diferenças entre as leituras menores do que 0,1 segundo e tirar a média aritmética. Usar pipeta volumétrica para as diluições. O viscosímetro deve estar limpo e seco. Preparar 25 ml de solução de polímero em solvente adequado a 1%, para determinada amostra (solução mãe) em balão volumétrico. Termostatizar um banho com agitação, na temperatura desejada. Colocar 10 ml de solvente dentro do viscosímetro. Esperar 5 minutos para estabilizar a temperatura e medir o tempo de escoamento, entre o nível X e Y, conforme figura a seguir. " " " " "Figura 2– Esquema do viscosímetro de " " "Ubbelohde " " " " "A = entrada da amostra " " "B = encaixe da sucção " " "(seringa) " " "C = respiro " " "D = reservatório da " " "amostra " " "X = início da " " "cronometragem " " "Y = fim da cronometragem " " Remover o solvente e secar, internamente, o viscosímetro de modo eficiente. Filtrar a solução mãe em filtro de membrana. Colocar 8 ml da solução mãe dentro do viscosímetro com pipeta volumétrica. Esperar 5 minutos para estabilizar a temperatura e, medir o tempo de escoamento. Diluir com mais 2 ml de solvente (total 10 ml). Esperar 5 minutos para estabilizar a temperatura e medir o tempo e escoamento. Diluir com mais 2 ml de solvente (total 12 ml). Esperar 5 minutos para estabilizar a temperatura e medir o tempo e escoamento. Diluir com mais 2 ml de solvente (total 14 ml). Esperar 5 minutos para estabilizar a temperatura e medir o tempo e escoamento. Diluir com mais 2 ml de solvente (total 16 ml). Esperar 5 minutos para estabilizar a temperatura e medir o tempo e escoamento. De posse das anotações das diluições e dos tempos de escoamento, efetuar os seguintes cálculos: Calcular a concentração de cada solução em g/ml Calcular as medidas dos tempos Calcular as viscosidades: Relativa : ηr = t/t0 Específica: ηsp=ηr-1 Reduzida: ηred=ηsp/c Inerente :ηinh=ln ηr /c Plotar um gráfico com os pontos de: ηsp red x c e ηinh x c Depois de obtida a viscosidade intrínseca, determinar a massa molar usando a Equação de Mark-Houwink: [ η]=K.Ma 5.2 .Análise espectroscópica por U.V. (ultravioleta) Procedimento para construção de curva de calibração: 1. Efetuou-se cálculo para determinar a massa de amostra que se deve pesar para se preparar 50 mL de solução de concentração 10-2 molar. 2. Pesar a amostra em balão volumétrico e completar o volume até o menisco com solvente apropriado. 3. Efetuar cálculo para se obter da solução anterior, 100 mL de solução de concentração de 10-4 molar. C . V = C . V 4. Efetuar cálculo para obter em balões de 5 mL, soluções de concentração molar diferentes na ordem de 10-5. 5. Transportar o volume encontrado para os balões de 5 mL e completar com solvente até o menisco. 6. Ambientar a cubeta, rigorosamente limpa, com o solvente apropriado. 7. Efetuam-se as seguintes leituras: Linha de base; Cubeta contendo o branco (solvente adequado); Cubeta contendo as soluções em ordem crescente de concentrações, sempre ambientadas previamente pela solução a ser lida. 8. Plotar gráfico Concentração x Absorbância Procedimento para análise dos componentes de uma amostra: 1. Repetir os procedimento anteriores de nº 1 ao 4 . 2. Transportar o valor encontrado para um balão de 5 mL e completar o volume com solvente. 3. Repetir os procedimentos de nº 6 à 8 . 4. Ambientar a cubeta com a amostra e efetuar a leitura da mesma. Utilizar a curva de calibração para determinar a concentração do componente de interesse. 5.3. Análise espectroscópica por FLUORESCÊNCIA Neste projeto foi efetuado a determinação da concentração molar critica por fluorescência A técnica de fluorescência, usando sondas, é uma poderosa ferramenta para o estudo de estruturas micelares. As sondas fluorescentes são compostos sensíveis a micropolaridade do ambiente podendo portanto ser usada para caracterização estrutural da micela, onde o espectro de emissão de uma determinada sonda é função da polaridade do solvente usado, ou seja, do ambiente onde se encontra solubilizada a sonda. Pireno é o composto mais usado como sonda fluorescente na investigação de variações de sistemas micro-organizados (micelas, colóides). A razão entre as intensidades dos picos I3:I1, (I1=375nm e I3=385 nm), no espectro de emissão, com excitação 335nm , mostra uma grande dependência com o solvente usado (ambiente onde se encontra solubilizada a sonda). O gráfico da razão I3:I1 em função da concentração do copolimero "surfactante" mostra próximo a Concentração Micelar Critica (CMC), um acréscimo abrupto. Qualitativamente, a razão I3:I1 aumenta com a redução da polaridade do ambiente e diminui com o aumento da polaridade. Abaixo da CMC, a razão I3:I1(pequena) corresponde a um ambiente polar e quando a CMC é excedida, e a micela é formada, o pireno é preferencialmente solubilizado na região hidrofóbica da mesma aumentando abruptamente a razão I3:I1. Este parâmetro pode por esta razão ser usado para monitorar a concentração micelar critica. A razão I3:I1 mostra também uma dependência com a temperatura sendo esta razão aumentada com o aumento da temperatura, isto podendo ser justificado por dois fatores: a redução da polaridade do meio com a temperatura e pela redução da hidratação das cadeias de poli (óxido de etileno) pela água. Procedimento para construção de curva de calibração: (escrever o procedimento do Walker) 1. Pesar 0,1g da amostra de PLA-PEG-PLA em um balão volumétrico de 25 mL e completar o volume até o menisco com THF. 2. Precipitar em 100mL de água destilada e evapora-se o THF. A concentração da solução resultante será 1mg/mL. 3. Efetuar 11 diluições (50mL) da solução anterior usando a expressão abaixo. C1 . V1 = C2 . V2 4. Adicionou-se 10mL de solução de Pireno em THF (0,000253g/mL), deixando- se evaporar o THF. 5. Após uma semana de evaporação, novamente se avolumou para todas as diluições em 50mL. 6. Ambientar a cubeta, rigorosamente limpa, com água destilada. 7. Efetuam-se as seguintes leituras: a. Cubeta contendo o branco (água destilada); b. Cubeta contendo as soluções em ordem crescente de concentrações, de surfactante e massa constante de Pireno, sempre ambientadas previamente pela solução a ser lida. 8. Plotar gráfico Concentração x Absorbância para a obtenção da CMC. Utilizar a curva de calibração para determinar a concentração do componente de interesse. 6 RESULTADOS Efetuaram-se vários ensaios de viscosimetria para ajudar na caracterização de diversos materiais poliméricos sintetizados pelo Grupo de Pesquisa, orientado pela Profª Drª Wang Shu Hui. Todos os ensaios seguiram os procedimentos descritos no item 5.1 deste relatório. Os resultados obtidos referem-se às amostras de PHB – (Poli- (3 Hidroxibutirato)) PLA-PEG-PLA- (Poli (Ácido Lático)-b-Poli (Glicol etilênico)-b-Poli (Ácido Lático)) solubilizados em Clorofórmio P.A., dos alunos de pós-graduação do laboratório. GRÁFICO 1-Viscosidade intrínseca de PLA-PEG-PLA 5 GRÁFICO 2-Viscosidade intrínseca de PLA-PEG-PLA 7 GRÁFICO 3-Viscosidade intrínseca de PLA-PEG-PLA 9 GRÁFICO 4-Viscosidade intrínseca de PLA-PEG-PLA 10 GRÁFICO 5-Viscosidade intrínseca de PHB 1 GRÁFICO 6-Viscosidade intrínseca de PHB 3 GRÁFICO 7-Viscosidade intrínseca de PHB 6 GRÁFICO 8-Viscosidade intrínseca de PHB 7 Os gráficos foram plotados a partir das viscosidades relativa e inerente em função da concentração do polímero no solvente, onde o coeficiente linear de cada uma das retas será o valor da viscosidade intrínseca (R2 variando entre 0,89 e 0,99). Muitas outras amostras foram testadas, porém todas seguiam o mesmo padrão das reveladas neste relatório. Os resultados obtidos nas análises de espectroscopia de fluorescência, espectroscopia de U.V e espectroscopia de Infravermelho, foram analisados pelos alunos de pós-graduação e serão publicados nas respectivas teses. 7. MINHA EXPERIÊNCIA PESSOAL NO PROJETO É importante ressaltar o aprendizado que obtive neste projeto, pois, pude colocar em prática todo o meu conhecimento ensinado na escola técnica e obtido no meu primeiro treinamento técnico, já financiado por bolsa FAPESP. Devido à complexidade da pesquisa pude ampliar meus conhecimentos em diversas áreas, dentre elas destaco a Espectrofotometria de Fluorescência e principalmente a Viscosimetria, aperfeiçoando ainda mais os meus conhecimentos As alterações de viscosidade foram observadas através de análises de viscosimetria, cuja técnica para a manipulação desse equipamento aprendi durante o trabalho. A utilização do espectrofotômetro de fluorescência VARIAN Cary Eclipse foi importante para adquirir familiaridade e novos conhecimentos com esta técnica e seus princípios. Além disso neste período fiz acompanhamento em algumas sínteses orgânicas que contribuiram para um aprimoramento do meu aprendizado em relação ao uso de vidrarias, a mecanismos (mais simples) de reação e às medidas de segurança. Outro conhecimento importante foi o tratamento dos dados obtidos, onde aprendi a correlacionar parâmetros e a interpretar resultados. A experiência e o conhecimento adquiridos neste trabalho realizado, torna-me apto a enfrentar o mercado de trabalho, sendo por esse motivo, a solicitação de desligamento da bolsa FAPESP. 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Morrison,R. : Boyd,R. – Química Orgânica, Fundação Calouste Gulbenkian- Lisboa-l973. Mano,E.B.- Introdução a Polímeros- Editora Edgard Blucher-São Paulo- l985. Canevarolo Jr.,S.V.-Ciência dos Polímeros – Artliber Editora -Sãp Paulo- 2002. Vogel,A -Análise Inorgânica Quantitativa- Rio de Janeiro 1983. Lucas,E.F.;Monteiro,E.E.C.- Caracterização de Polímeros –E.Papers Serviços Editoriais Ltda,2001 Site: http://laqqua.iqm.unicamp.br/fluorescencia.htm São Paulo, 10 de Agosto de 2004 Rodrigo Martins Santiago da Silva Profª Dra Wang Shu Hui Técnico em Química Orientadora