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Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
PRIMEIRO RELATÓRIO
"QUALIDADE DA ÁGUA DO LOCAL ONDE EU VIVO"
Disciplina: Introdução à Engenharia Ambiental
Local : Bacia hidrográfica do Alto Tietê
Aluno: Elidio Nunes Vieira Número USP: 5351172
Professora: Dione Mari Morita
Objetivos
O objetivo deste relatório é apresentar o resultado de um a pesquisa
onde foram levantados dados sobre a qualidade das águas interiores do local
onde eu vivo (Bacia Alto Tietê), mais especificamente na subdivisão desta
bacia (Bacia do Guarapiranga), porque fica próxima a minha residência, bem
como identificar os principais problemas encontrados nesta bacia
(Guarapiranga) e também apresentar algumas medidas técnicas em um
posicionamento pessoal para solucionar estes problemas encontrados e
melhorar a qualidade da água.
Descrição da Bacia do Alto Tietê
A bacia do alto Tietê corresponde a Unidade de Gerenciamento de
Recursos Hídricos 06 abrange a parte superior do Rio Tietê, desde as suas
cabeceiras até a barragem do Reservatório de Pirapora, numa extensão de 133
km, sendo composta por 34 municípios.
Entre os principais rios constituintes se destacam : Rios Tietê,
Claro, Paraitinga, Biritiba-Mirim, Jundiaí e Taiaçupeba-Mirim; Rios Embu-
Guaçu e Embu-Mirim, Rio Cotia, Tamanduateí, Pinheiros e Juqueri.
Os principais reservatório são:Guarapiranga, Billings, Rio Grande,
Rio das Pedras, Ribeirão do Campo, Ponte Nova, Paraitinga, Biritiba,
Jundiaí, Taiaçupeba, Pedro Beicht, Cachoeira da Graça, Juqueri ou Paiva
Castro, Edgard de Souza e Pirapora.
A água desta bacia é destinada para o abastecimento público e
industrial, recepção de efluentes domésticos e industriais; geração de
energia; pesca, irrigação e recreação. Na área das cabeceiras do Rio Tietê
predominam a produção hortifrutigranjeira, a silvicultura e a mineração de
não metálicos para a construção civil. A produção industrial tem maior
expressão nos municípios de Santo André, São Bernardo, São Caetano,
Diadema, Mauá e Guarulhos.
Qualidade da água
Dada à complexidade dos sistemas de abastecimento e de drenagem da
Região Metropolitana de São Paulo e visando uma análise compartimentada,
adotou-se a subdivisão por bacias hidrográficas para a avaliação da
qualidade de suas águas, dados de 2004, conforme segue:
Bacia do Alto Tietê – Cabeceiras:
De acordo com o IAP (índice de abastecimento publico) que apresentou
qualidade Boa em 2004, neste mesmo ano o IVA (índice de vida aquática) a
qualidade é regular com alguns pontos de ruim e péssima (Rio Tietê).
Bacia da Billings:
Em 2004 o IAP apresentou qualidade Boa em 2004, com alguns pontos ótimo e
de ruim (Ribeirão Pires), o IVA apresentou em quase toda a bacia qualidade
ruim e alguns pontos de regular (Res. Rio Grande).
Bacia do Rio Cotia:
Nesta bacia o IPA é em média ruim com alguns pontos de regular (Res.
das Graças) e péssimo (Rio Cotia),já o IVA é em média ruim com ponto de
péssimo em Ribeirão das pedras.
Bacia do Alto Tietê – Zona da Metrópole:
Basicamente as águas desta bacia, tanto para abastecimento publico
como para a vida aquática é de péssima qualidade, o IAP obteve alguns
pontos de qualidade boa (Res. do Junqueri e Res. de Tanque Grande), no IVA
observou pontos de qualidade ótima em Tanque Grande).
Bacia do Guarapiranga
O nosso intuito neste relatório é mostrar os resultado mais
aprofundados sobre a situação da Bacia do Guarapiranga que é a bacia da
região onde eu moro.Abaixo estão alguns resultados divulgados pela Cetesb-
2004 sobre esta bacia.
Media anual de IAP e de IVA
"Corpo d`água "Qualidade da água IAP "Qualidade da água IVA "
"Rio Embu-Guaçu "Boa "Regular "
"Rio Embu-Mirim "Regular "Ruim "
"Res. "Regular "Ruim "
"Guarapiranga " " "
Com relação às águas que estão sendo utilizadas para abastecimento
público,em pontos dessa bacia encontramos número de células de
cianobactérias ultrapassando 10.000 céls/mL, valor considerado pela
legislação vigente para padrão de potabilidade como alerta, indicando
necessidade de intensificação do monitoramento. Os altos valores de
clorofila a neste ponto indica preocupação quanto ao abastecimento
público.Utilizam-se os padrões de qualidade da classe 1 da CONAMA 20/96
para rio Embu-Guaçu , cujos usospretendidos são incompatíveis com as altas
cargas de fósforo e as concentrações elevadas de coliformes termotolerantes
encontradas em diversos meses.Os coliformes termotolerantes nos Rios Embu-
Mirim e Embu-Guaçuacima do limite estabelecido pela CONAMA 20/86 paras as
classes 1 e 2 (BRASIL,1986), indicando, portanto, uma alta carga de esgoto
doméstico nesses ambientes.
Comunidade Fitoplanctônica:
A qualidade da água é ruim, avaliada de acordo com o índice da
comunidade fitoplanctônica, O grupo que esteve dominante para este
diagnóstico foi o das clorofíceas e diatomáceas. Estes diagnósticos
provavelmente estão relacionados ao grande aporte de efluentes domésticos,
principalmente esgotos provenientes não só da própria bacia como também da
contribuição do Reservatório Billings por meio da transposição,
justificados pelas elevadas concentrações de fósforo e coliformes que, na
maioria das vezes, estiveram acima do limite recomendado para classe 1.
Comunidade Zooplanctônica:
No Rio Parelheiros foi encontrado densidades baixas para estes organismos,
variando de 55.833 (baixa) a 428.727 org./m3 já próximo a captação da
SABESP, variaram de 1.132.181 (elevada) a 11.543.734 org./m3 (extremamente
elevada), robustus, principalmente no início do período quente-chuvoso,
associados com valores muito altos de pH, altas concentrações de cobre e
baixos valores de oxigênio dissolvido, que favorecem o desenvolvimento
desta espécie, que é mais resistente a estas condições (CETESB, 2002). De
uma forma geral, os rotíferos foram dominantes. a ocorrência de copepódes
calanóides em baixas densidades, a redução do número de espécies de
copepódes calanóides e a falta de registro de Argyrodiaptomus furcatus
(espécie indicadora de condições oligo-mesotróficas) refletem o aumento do
processo de eutrofização.
Sedimentos
A caracterização granulométrica dos sedimentos do Reservatório
Guarapiranga mostrou uma elevada presença de finos (21,18% de silte e 78,3%
de argila), tratando-se portanto de uma região do reservatório com
característica tipicamente deposicional. Com relação aos resultados de
resíduo volátil (16,46%) e umidade (81,4%), observa-se uma composição
elevada de matéria orgânica, em decorrência do aporte de cargas poluidoras
no reservatório. Com relação a metais pesados, pode-se destacar as elevadas
concentrações de chumbo e cobre, Além da caracterização biogeoquímica e a
contaminação dos sedimentos do Reservatório Guarapiranga, foi estudada a
água de interstício dos sedimentos, que apresentou concentrações de ferro
total de 38,6 mg/L, manganês de 1,83 mg/L e fósforo de 1,84 mg/L. Esses
resultados indicam que está havendo um processo intensivo de liberação de
fósforo dos sedimentos do Reservatório Guarapiranga, Apesar da melhora
detectada, a baixa concentração do oxigênio dissolvido na água de fundo
(5,47 mg/L) pode ser responsável pelo desaparecimento de algumas formas
sensíveis.
Algumas soluções
Nos pontos onde foi encontrada grande quantidade de algas deve-se
colocar algicidas, pois apesar de terem grande importância para o
equilíbrio ecológico do meio aquático, estas podem formar grandes massas
orgânicas, produzindo lodo e liberando material orgânico que podem ser
tóxicos, produzindo sabor e odor desagradável.
Nos locais em que foram encontrados grandes quantidades de coliformes,
principalmente provindos de esgotos domésticos e da transposição do
reservatório de billings deve-se desviar as cargas de esgotos domésticos,
provavelmente para uma estação de tratamento de esgotos domésticos.Para se
evitar a eutrofização deve-se aerar as camadas inferiores para manter o
fósforo na forma insolúvel, reduzir biomas vegetais por meio de colheita de
macrófitas e remover os sedimentos do fundo. Deve-se remover também a altas
concentrações de metais nos locais onde isso ocorrer.
Referencia Bibliográfica
www.cetesb.sp.gov.br
Braga, Benedito et al. Introdução à Engenharia Ambiental
São Paulo : Pretice Hall ,
2002