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Parte II - Caracterí Características dos mercados regionais
Instituiç Instituições de governanç governança global Segundo Manuel Castells: “Os problemas continuam sendo locais, mas as soluções dependem de mecanismos globais.” 1. O.M.C. – Organização Mundial do Comércio (sucessora do GATT – Acordo Geral de Tarifas de Comércio) fundação: 1º de janeiro de 1995; cidade sede: Genebra função: fórum para negociação e mediação de disputas relacionadas para fazer cumprir leis. consideração: não tem poder para fazer cumprir leis.
Instituiç Instituições de governanç governança global
2. F.M.I – Fundo Monetário Internacional início de atividades: maio de 1946; função: criar ativos de reservas multinacionais para que os países membros retirem como apoio financeiro. 3. Banco Mundial fundação: 1944 função: ajudar os países que sofriam com a destruição da guerra, assumindo um papel mais ativo que o F.M.I, auxiliando os países a mudar políticas econômicas básicas em troca de ajuda.
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Caracterí Características dos mercados regionais
Modalidades de integraç integração econômica Progressão
Isenç Isenção de barreiras tarifá tarifárias e controle de fronteiras
Tarifa de importaç importação comum para os paí países de fora do bloco
Livre circulaç circulação de bens de produç produção
Harmonizaç Harmonização das polí políticas econômicas
Unificaç Unificação polí política e institucional
ZONA DE LIVRE COMÉ COMÉRCIO
SIM
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
UNIÃO ADUANEIRA
SIM
SIM
NÃO
NÃO
NÃO
MERCADO COMUM
SIM
SIM
SIM
NÃO
NÃO
UNIÃO ECONÔMICA
SIM
SIM
SIM
SIM
NÃO
INTEGRAÇ INTEGRAÇÃO TOTAL
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
Veja, 14/07/2004 – pág. 41
Organizaç Organizações Econômicas Regionais
1. NAFTA – North América Free Trade Agreement a)
países membros
EUA, Canadá e México;
b)
população e PIB
população: 417,6 milhões de habitantes
PIB: US$ 11,4 trilhões;
c)
exportações e importações
exportações: US$ 1,5 trilhão
importações: US$ 1,8 trilhão
d)
principais parceiros comerciais dos EUA
1º Canadá
2º Japão
3º México
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Organizaç Organizações Econômicas Regionais
2. MCCA – Mercado Comum Centro-Americano a)
países membros
El Salvador, Honduras, *Guatemala, Nicarágua e Costa Rica;
b)
população e PIB
população: 33,7 milhões de habitantes;
PIB: US$ 59,2 bilhões;
c)
exportações e importações
exportações: US$ 180,00 bilhões
importações: US$ 24,3 bilhões
d)
consideração:
O Mercosul e o MCCA ensaiam os primeiros passos para uma aproximação econômica e comercial que poderá resultar em um acordo de livre comércio a médio prazo.
Amé América Central
Organizaç Organizações Econômicas Regionais
3. GAN – Grupo Andino a)
países membros
Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e *Venezuela;
b)
população e PIB
população: 114,9 milhões de habitantes;
PIB: US$ 279,3 bilhões;
c)
exportações e importações
exportações: US$ 65,9 bilhões
importações: US$ 52,6 bilhões
d)
consideração:
O Mercosul e o GAN são atores importantes no processo de integração regional e discutem fórmulas para avançá-la e adensá-la.
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Organizaç Organizações Econômicas Regionais
4. CARICOM – Caribbean Community and Common Market a)
países membros
Antigua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, *Dominica, *Granada, Guiana, Jamaica, *Montserrat, *São Cristóvão e Nevis, *Santa Lúcia, *São Vicente e Granadina, Suriname eTrinadad e Tobago;
b)
população e PIB
população: 14,6 milhões;
PIB: US$ 28,1 bilhões;
c)
exportações e importações
exportações: US$ 12,6 bilhões
importações: US$ 15,9 bilhões
d)
consideração:
Sete membros do CARICOM formam a OECS – Organização dos Estados do Leste do Caribe, que possui um Banco Central, bolsa de valores e uma moeda comum: o dólar caribenho.
Organizaç Organizações Econômicas Regionais CARICOM – Caribbean Community and Common Market
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Organizaç Organizações Econômicas Regionais
5. MERCOSUL – Mercado del Sur a)
países membros
Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai;
b)
população e PIB
população: 215,9 milhões;
PIB: US$ 1,1 trilhão;
c)
sócios de segunda categoria
Chile e Bolívia
Venezuela só depois de protocolado o acordo de livre comércio do MERCOSUL
Organizaç Organizações Econômicas Regionais
d)
considerações:
Desde a sua criação (1991) a Argentina vendeu ao Brasil muito mais do que compro. O déficit acumulado pelo Brasil é de US$ 7 bilhões;
Tanto o Brasil como a Argentina exportam 8% de seu PIB, ele precisariam de 42 meses de exportações para zera sua dívida externa. O Chile necessita de apenas oito meses e a Coréia do Sul, de quatro.
e)
benefícios
No plano empresarial – incentivou a aceleração do processo de internacionalização das empresas brasileiras, como o da AMBEV.
Exame, 04/08/2004
No plano político – cumpre o papel de aumentar o poder de barganha do Brasil.
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Brasil
Argentina
Revista Veja, 15/09/2004
Brasil
Argentina
Exame, 18/08/2004
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6. ASEAN – Associação das Nações do Sudeste Asiático. a)
países membros
Brunei, Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura e Tailândia, posteriormente Japão, Vietnã e Camboja;
b)
população e PIB
população: 550 milhões de habitantes;
PIB: US$ 725,3 bilhões;
c)
considerações
Até 2009 será estabelecida uma área de livre comércio.
Organizaç Organizações Econômicas Regionais
7. U.E. – União Européia a)
países membros
Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos, posteriormente Dinamarca e Reino Unido, Espanha, Grécia e Portugal, Áustria, Finlândia e Suécia;
b)
população e PIB
população: 375,2 milhões de habitantes;
PIB: US$ 8,3 trilhões de dólares;
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U.E. – União Europé Européia
Organizaç Organizações Econômicas Regionais
8. APEC – Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico a) países membros Tigres asiáticos: Coréia do Sul, Hong Kong, Taiwan e Cingapura; Países asio-pacíficos: Japão, China, Tailândia, Indonésia, Malásia, Brunei, Filipinas, Vietnã, Camboja, Austrália, e Nova Zelândia; Países americanos: Estados Unidos, Canadá, México, Chile e Peru; Federação Russa. b) população e PIB população: 2,56 bilhões de habitantes - 40,6% da população mundial; PIB: US$ 15,9 trilhões;
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Organizaç Organizações Econômicas Regionais
9. ALCA – Área de Livre Comércio das Américas a) b) c)
países membros todos os do continente americano, exceto Cuba; população e PIB população: 800 milhões de pessoas; PIB: US$ 12,0 trilhões considerações Imaginada pelos EUA, em 1994, como uma enorme área de livre comércio, sem nenhum tipo de restrição; Previsão para entrar em vigor em janeiro de 2005; Os EUA e o Brasil são os co-presidentes da negociação, que vive um impasse.
ALCA
Meio século andando para trás
Veja, 13/10/2001
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ALCA
Por que a ALCA se arrasta Brasil e Estados Unidos, que dividem a presidência da ALCA, foram até até agora os paí países que mais criaram obstá obstáculos ao acordo, fazendo propostas mutuamente inaceitá inaceitáveis.
Veja, 11/02/04
Texto - ALCA Os sete perigos caso o Brasil não embarque no trem na ALCA
Eurípedes Alcântara
BRAVATAS Monopó Monopólio dos diplomatas na conduç condução do comé comércio exterior.
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As relações exteriores, dominadas, atualmente pelas questões comerciais, tornaram-se muito sérias, complexas e técnicas para ser deixadas apenas nas mãos apenas dos diplomados do Itamaraty.
O que fazer? - Separar o comércio exterior da diplomacia. O exemplo - O México quando negociou sua entrada na NAFTA, efetivada em 1994: Reuniu uma equipe de técnicos altamente especializada, dividida em doze grupos, sob o comando da Secretaria de Economia e Comércio; Foram produzidas mais de 160 monografias com o diagnóstico de cada setor da economia mexicana, elaborado pelas entidades empresariais; Resultado: depois do NAFTA o México quase triplicou suas exportações. Veja, 15/10/03
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Texto - ALCA Os sete perigos
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ERRO DE CÁLCULO O Brasil pode não aderir, mas é incapaz de impedir a formaç formação da ALCA.
A diplomacia ajuda na negociação, mas as discussões têm que ser fundamentalmente técnicas. É necessário saber onde estão os ganhos e as perdas de cada setor. Se é difícil para bons economistas, imagine para os diplomatas. O grupo de trabalho do Itamaraty para a ALCA tem apenas cinco pessoas. Uma vitória diplomática pode resultar num fracasso do ponto de vista econômico.
O que fazer? - Buscar a cooperação dos setores da sociedade civil e
do empresariado, elegendo uma equipe profissional, trabalhando em tempo integral, para negociar com as raposas americanas.
Texto - ALCA Os sete perigos
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ISOLAMENTO Os vizinhos, até até os do MERCOSUL, estão loucos para se acertar com os EUA.
A Costa Rica e o Uruguai oficializaram sua recusa em seguir a liderança brasileira na ALCA. A Colômbia e a África do Sul pularam fora do G-22, grupo dos países alinhados com o Brasil na OMC.
O que fazer? - Entender o perigo do isolamento do Brasil, afastar das
negociações os ideólogos do confronto com os EUA, adotando posturas mais flexíveis.
O exemplo
- O Chile, que atualmente desfruta de seis acordos bilaterais com os EUA e os países do Pacífico.
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Texto - ALCA Os sete perigos
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IRRELEVÂNCIA Com 0,89% do comé comércio mundial o Brasil se arrisca a ficar menor.
O comércio internacional é a maneira mais eficiente de produzir riqueza. A diplomacia brasileira imprime uma trajetória de confronto apelidada de “estratégia Kubanacan” (paródia da diplomacia cubana), só enxergando riscos, esquecendo-se das oportunidades da ALCA.
O que fazer? Assumir sua justa e merecida liderança política no continente
latino-americano defendendo os interesses dos países que pretende representar.
O exemplo
Cuba fez passar a Lei de investimentos estrangeiros mais liberal do mundo, onde os investidores pode repatriar sem, impostos 100% de seus lucros. No Brasil é taxada, e seu limite é de 27%.
Texto - ALCA Os sete perigos
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FECHAR A ECONOMIA Virar um paí país ostra.
O Brasil representa mais de 50% da economia sul-americana e 49% de sua população. Esses números podem sugerir que podemos viver muito bem com nosso mercado interno. Ilusão, talvez esse seria o maior perigo envolvido nas vacilações a respeito da ALCA.
O que fazer? Manter os bons indicadores como a valorização recordo dos títulos
da dívida brasileira e a queda do risco-país, sustentados pela solidez da política econômica do governo Lula.
O exemplo
Os EUA colocaram no Brasil, na última década, cinco vezes mais dinheiro do que na China. Foram US$ 35 bilhões em investimentos em fábricas e compra de empresas.
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Texto - ALCA Os sete perigos
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ESTAGNAÇÃO Sem comé comércio externo não há há crescimento.
O Brasil tem um PIB de US$ 1 trilhão de reais e precisa ter 2 ou 3 trilhões para elevar a renda per capita e melhorara as condições de vida dos brasileiros. O comércio exterior é a única alavanca disponível para atingir esse objetivo no prazo de oito anos.
O que fazer? Trabalhar para viabilizar a formação do bloco. O exemplo
O México obtém hoje 8 de cada 10 dólares de suas exportações para o mercado americano. Os outros 2 vêm de trinta acordo bilaterais com a Ásia, América Latina e Europa.
Texto - ALCA Os sete perigos
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PROTECIONISMO O Brasil pode dar o pretexto para que os ricos fechem mais seus mercados.
Fazer corpo mole nas negociações da ALCA na esperança de adiar a formação do bloco e até mesmo inviabilizá-lo é colocar mais lenha na fogueira mundial do protecionismo.
O que fazer? Superar rapidamente a fase dos grandes planos e da megalomania em política externa para ir buscar resultados caso a caso, país a país.
O exemplo
A Alemanha compra 4,5% de tudo que o Brasil exporta e 8,5% de tudo que o Brasil importa.
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CASE - Suiça Revista Exame, 07/07/2004
O preço da resistência
O prejuízo do isolamento - desde 1990, o PIB suíço cresce a uma média de apenas 0,9% enquanto a européia é de 2%; Em 1980, a renda per capita da Suíça era de 50% maior que a dos países do OCDE, hoje é de apenas em torno de 15%; Os motivos da resistência Suíça:
a) econômico: os bancos teriam de rever suas regras e, dividir informações de seus clientes com os outros países - quase 20% do PIB do país vem do sistema financeiro, que emprega 220 mil pessoas); b) político: convivência de três países – a Suíça alemã, a francesa e a italiana. Submeter todo esse sistema a uma nova legislação é uma idéia bastante impopular.
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Marketing Global
Bibliografia
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Me. Alírio S. Nogueira Júnior www.jotamarketing.blogspot.com.br www.jotamarketing.blogspot.com.br
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