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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO DANIEL RONEI DE SÁ – 1575031 LEONARDO BAGGIO – 1572083 MATHEUS BATISTA – 1575058 MAPAS DE KARNAUGH Relatório técnico apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina T3LD1 – Laboratório de Eletrônica Digital 1, no Curso de Engenharia Eletrônica, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. Prof. Me. Alexandre de Jesus Aragão SÃO PAULO 2° SEMESTRE 2016 1. OBJETIVO Analisar e entender as etapas de elaboração de circuitos digitaiscombinacionais. Utilizar Mapas de Karnaugh para simplificar expressões lógicas. Entender o Conceito de Unidade lógica de comparação. 2. INTRODUÇÃO TEÓRICA O mapa de Karnaugh é um método gráfico usado para simplificar uma equação lógica ou para converter uma tabela-verdade no seu circuito lógico correspondente, de uma forma simples e metódica. Embora um mapa de Karnaugh (daqui por diante abreviado como mapa K) possa ser usado em problemas que envolvem qualquer número de variáveis de entrada, sua utilidade prática está limitada a cinco ou seis variáveis. A apresentação a seguir está restrita a problemas com até quatro entradas, visto que resolver problemas com cinco ou seis entradas é demasiadamente complicado, sendo melhor solucioná-los por meio de um programa de computador. Assim como uma tabela-verdade, o mapa K é um meio de mostrar a relação entre as entradas lógicas e a saída desejada. As figuras 1(“a”, “b” e “c”) mostram três exemplos de mapas K, para duas, três e quatro variáveis, em conjunto com as tabelasverdade correspondentes. Esses exemplos ilustram os seguintes pontos importantes: (1) a tabela-verdade fornece o valor da saída X para cada combinação de valores de entrada. O mapa K fornece a mesma informação em um formato diferente. Cada linha na tabela-verdade corresponde a um quadrado no mapa K. Por exemplo, na figura 1(a), a condição = 0, = 0, na tabela-verdade, corresponde ao quadrado ̅ Visto que a tabela-verdade mostra ̅ = 1 para esse caso, é colocado um 1 no quadrado no mapa K. Da mesma forma, a condição corresponde ao quadrado no quadrado no mapa K. no mapa K. Visto que = 1, = 1 na tabela-verdade = 1 nesse caso, um 1 é colocado . Todos os outros quadrados são preenchidos com 0s. Essa mesma ideia é usada nos mapas de três ou quatro variáveis mostrados nas figuras 1(“b” e “c”). (2) Os quadrados do mapa K são nomeados de forma que quadrados adjacentes horizontalmente difiram apenas em uma variável. Por exemplo, o quadrado do canto superior esquerdo no mapa de quatro variáveis é imediatamente à direita é ̅ ̅ (apenas a variável ̅ ̅ , enquanto o quadrado é diferente). Da mesma forma, quadrados adjacentes verticalmente diferem apenas em uma variável. Observe que cada quadrado da linha superior é considerado adjacente ao quadrado correspondente na linha inferior. Por exemplo, o quadrado quadrado ̅ na linha superior é adjacente ao na linha inferior, visto que um difere do outro apenas na variável . Figura 1(a) – Mapa K de duas entradas. Figura 1(b) – Mapa K de três entradas. Figura 1(c) – Mapa K de quatro entradas. (3) Para que os quadrados adjacentes, tanto na vertical quanto na horizontal, difiram apenas de uma variável , as denominações, de cima para baixo, têm de ser feitas na ordem mostrada: ̅ , ̅ , , . O mesmo se aplica às denominações de variáveis da esquerda para a direita: ̅ , ̅ , , . (4) Uma vez que um mapa K tenha sido preenchido com 0s e 1s, a expressão na forma de soma-de-produtos para a saída pode ser obtida fazendo-se a operação OR dos quadrados que contêm 1. No mapa de três variáveis na figura 1(b), os quadrados ̅ ̅, ̅ , ̅ ̅e ̅ contém 1, de forma que = ̅ ̅+ ̅ + ̅ ̅+ ̅. A expressão para a saída X pode ser simplificada combinando adequadamente os quadros do mapa K que contêm 1. O processo de combinação desses 1s é denominado agrupamento, sendo que só é possível agrupar quantidades de 1s na base 2 (ex: 2 , 2 , 2 , 2 , … , 2 ) como exemplificado nas figuras 2, 3 e 4. Figura 2 – Agrupamento de pares (2¹). Figura 3 – Agrupamento de quatro quadros (2²). Figura 4 – Agrupamento de octetos (2³). Quando uma variável aparece nas formas complementada e não-complementada em um agrupamento, tal variável é eliminada da expressão. As variáveis que não se alteram para todos os quadros do agrupamento têm de permanecer na expressão final, sendo que quanto maior for o agrupamento, maior será a quantidade de variáveis eliminadas. Alguns circuitos lógicos podem ser projetados de forma que existam certas condições de entrada para as quais não existem níveis de saída especificados, normalmente porque essas condições de entrada nunca ocorrerão. Em outras palavras, existem certas combinações para os níveis de entrada em que é irrelevante (don’t-care) se a saída é nível ALTO ou BAIXO, nestes casos a saída não é especificada nem como 0 nem como 1, mas sim como x, sendo que o projetista de circuito está livre para fazer a saída ser 0 ou 1, nas condições de irrelevância, podendo assim gerar uma expressão de saída mais simples. Por exemplo, na figura 5 é mostrada uma tabela verdade em que possui condições de irrelevância (x) nas combinações 1,0,0 e 0,1,1. Nesse caso, o projetista deve ser alterar o x no quadrado ̅ para 1 e o x no quadrado ̅ para 0, visto que isso produz um quarteto que pode ser agrupado para gerar uma saída igual a . Figura 5 – Condições de irrelevância. Sempre que ocorrerem condições de irrelevância, temos de decidir qual x será alterado para 0 e qual será alterado para 1, para gerar o melhor agrupamento no mapa K. 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3.1 Material Utilizado  01 Circuito Integrado 7400 (Porta NAND – MED50).  01 Circuito Integrado 7402 (Porta NOR – MED50).  01 Circuito Integrado 7408 (Porta AND – MED50).  01 Circuito Integrado 7432 (Porta OR – MED50).  01 Circuito Integrado 7486 (Porta XOR – MED52).  01 Circuito Integrado 74266 (Porta XNOR – MED52).  01 Circuito Integrado 7404 (Porta NOT – MED52).  01 Fonte de alimentação DC (LEG2000).  01 Gerador de Sinais (LEG2000)  Led’s e resistores para monitoramento dos níveis lógicos (LEG2000). 3.2 Procedimentos Experimentais A primeira parte do experimento foi a montagem da tabela verdade de um comparador de magnitude de 2 bits com 4 entradas (A : A e B : B ) e 6 saídas conforme a tabela 1. Para realizar a tabela verdade foi utilizado 0 para quando a informação era falsa e 1 para quando a informação era verdadeira. Tabela 1 – Tabela verdade do Comparador de Magnitude de 2 bits. > = < ≥ ≤ ≠ 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 0 0 1 0 0 0 1 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 0 0 0 1 0 1 1 0 1 1 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 0 0 1 0 1 1 0 1 0 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 0 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 0 A próxima etapa do experimento foi a montagem das equações de saídas do comparador. Quando analisado as saídas, fica evidente a possibilidade de se obter as 4 ultimas saídas através das equações das 2 primeiras, portanto primeiro foi encontrado a equações de Mintermos da saída A>B: F(A, B, C, D) = Σ (4, 8, 9, 12, 13, 14) = m + m + m + m +m +m = ABCD + ABCD + ABCD + ABCD + ABCD + ABCD Em seguida foi encontrado a equação de Mintermos para A=B: F(A, B, C, D) = Σ (0, 5, 10, 15) = m + m + m +m = ABCD + ABCD + ABCD + ABCD Com as duas primeiras funções encontradas, fica possível encontrar as demais, onde: A< =A> + = A≥B=A< A≤B=A> A≠B=A=B Com as funções encontradas, foram utilizados mapas de Karnaugh e Álgebra de Boole e suas propriedades para simplificar as equações. Para a equação A>B = ABCD + ABCD + ABCD + ABCD + ABCD + ABCD, usando mapa da Karnaugh, conforme figura 6, temos: Figura 6 – Mapa de Karnaugh para Simplificação da equação da saída A>B. Fazendo os agrupamentos, chegamos na equação simplificada: S = AC + BCD + ABD. Para a equação de A=B, foi utilizado Álgebra de Boole para sua simplificação: S = ABCD + ABCD + ABCD + ABCD → AC(BD + BD) + AC(BD + BD) = = AC(B ⊙ D) + AC(B ⊙ D) = (A ⊙ C) + (B ⊙ D). Com as simplificações concluídas, foi possível chegar no circuito, que seria montado utilizando as uma placa de cada modelo (MED50 e MED52), conforme figura 7. A1 A0 B1 B0 A>B A≤B A = < ≥ ≤ ≠ 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 0 0 1 0 0 0 1 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 0 0 0 1 0 1 1 0 1 1 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 0 0 1 0 1 1 0 1 0 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 0 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 0 5. QUESTÕES 1. Projete um circuito com as entradas A(A : A ) e B(B : B ) cuja saída P(P P P P ) seja o produto das entradas. Resolução: Primeiro foi preenchido a tabela verdade, conforme tabela 3. Tabela 3 – Tabela verdade do Circuito Proposto. 0 0 0 0 0000 0 0 0 1 0000 0 0 1 0 0000 0 0 1 1 0000 0 1 0 0 0000 0 1 0 1 0001 0 1 1 0 0010 0 1 1 1 0011 1 0 0 0 0000 1 0 0 1 0010 1 0 1 0 0100 1 0 1 1 0110 1 1 0 0 0000 1 1 0 1 0011 1 1 1 0 0110 1 1 1 1 1001 Com a tabela verdade, foi possível encontrar a função de saída de P , P , P e P . P = F(A, B, C, D) = Σ (5, 7, 13, 15) = m + m + m +m = = ABCD + ABCD + ABCD + ABCD P = F(A, B, C, D) = Σ (6, 7, 9, 11, 13, 14) = m + m + m + m +m + m = ABCD + ABCD + ABCD + ABCD + ABCD + ABCD P = F(A, B, C, D) = Σ (10, 11, 14) = m +m +m = = ABC + ACD P = F(A, B, C, D) = Σ (15) = m = ABCD Com as equações encontradas, foi utilizado mapas de Karnaugh para simplificar. Para a função de P , de acordo com a figura 8, temos: Figura 8 – Mapa de Karnaugh para Simplificação da equação da saída P Logo, a forma simplificada da função de P é: S = BD. O mesmo foi feito para a função de P , conforme figura 9. Figura 9 – Mapa de Karnaugh para Simplificação da equação da saída P Logo, a forma simplificada da função de P é:S = ACD + ABD + ABC + BCD. O mesmo foi feito para a função de P , conforme figura 10. A forma simplificada de P ficou: S = ABC + ACD. Figura 10 – Mapa de Karnaugh para Simplificação da equação da saída P Com as simplificações realizadas, foi possível montar o circuito correspondente a tabela verdade, conforme figura 11. A1 A0 B1 B0 P0 P1 P2 P3 Figura 11 – Circuito Simplificado para o projeto proposto. 2. Use mapas de Karnaugh para simplificar as seguintes expressões: a) ( , , , ) = ∏ (0, 5, 7, 13, 14, 15) Figura 12 – Mapa de Karnaugh da questão 2-a Tabela 4–Tabela-verdade da questão 2-a. Com isso, temos que a expressão na saída ficará como soma de produtos: S = ABD + ACD + BD + BC b) ( , , , ) = ∑ ( 1, 4, 7,10,13) + (5,14,15) Figura 13 – Mapa de Karnaugh da questão 2-b. Tabela 5–Tabela-verdade da questão 2-b. Com isso, temos que a expressão na saída ficará como soma de produtos: S = ACD + ABC + ACD + BD 6. CONCLUSÃO Com este experimento foi possível verificar de que o processo do mapa de Karnaugh possui diversas vantagens sobre o método algébrico, sendo ele mais ordenado, com passos bem definidos quando comparado ao processo de tentativa e erro que é utilizado algumas vezes na simplificação algébrica, normalmente o método do mapa de Karnaugh requer menos passos, em especial para expressões que contenham muitos termos. Utilizando o mapa de Karnaugh fica mais simples e fácil o projeto de circuitos lógicos, quando comparado ao método algébrico, porém quando o circuito precisa ou possui mais que seis entradas o método passa a ser inviável pela dificuldade de identificação da posição das variáveis, se estão verticalmente ou horizontalmente adjacentes, nestes casos são utilizados programas de computador para resolução do problema. 7. BIBLIOGRAFIA CAPUANO, Francisco G.; IDOETA, Ivan Valeije. Elementos de Eletrônica Digital. 40ª ed. São Paulo: Érica, 2000. TOCCI, R.J. &WIDMER,N.S. Sistemas digitais: princípios e aplicações. 11a ed, Prentice-Hall, 2011.