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Gestão De Pessoas No Setor Público-resenha Smn 1-osmir De Assumpção

Resenha: Os sentidos do trabalho

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Tarefa da Semana 1 – Resenha Crítica Goiânia-GO, 22 de março de 2015. Universidade federal de Goiás – UFG Curso: Bacharel em Administração Pública Pólo: Aparecida de Goiânia Matéria: Gestão de Pessoas no Setor Público Prof. Dr. Serigne Ababacar Cisse Ba Aluno: OSMIR DE ASSUMPÇÃO Matrícula: 132297 Os sentidos do trabalho – Estelle M. Morim O artigo “Os Sentidos do Trabalho” de Estelle M. Morin, publicado na Revista de Administração de Empresas na edição de Jul/Set de 2001, objetivou-se a determinar, identificar e comentar as características que o trabalho deveria apresentar a fim de ter um sentido para aqueles que o realizam. O artigo cita as transformações ocorridas ao logo do tempo no mundo do trabalho. Profissões e funções foram extintas, enquanto que, graças a evolução tecnológica, outras foram criadas. Poucos anos atrás, ser datilógrafo era garantia de emprego certo, atualmente está ultrapassado. Já o Leitor do Medidor de energia elétrica é um exemplo de função que está com os dias contados. Até pouco tempo atrás, falar de profissões como Especialista em Cloud Computing ou Gestor de Marketing para E-Commerce, era fantasiar o futuro, hoje são prognósticos de profissões que farão sucesso num futuro próximo. A autora enfatiza que o trabalho deixou de ser um fado e virou símbolo de status, coloca o indivíduo em lugar de destaque na sociedade, trás prestígio, a realização profissional tornou-se objetivo buscado incansavelmente por todos. Ser um profissional bem-sucedido é símbolo de felicidade na sociedade contemporânea. De acordo com o texto, parte importante das preocupações dos administradores está ligado aos problemas de desempenho dos colaboradores. Mecanismos de gestão como o Planejamento Estratégico e a Gestão Estratégica de Recursos Humanos são as ferramenats de gestão construídos para melhorar este desempenho, visam identificar rapidamente os desvios, determinar suas origens e orientar sua correção. O trabalho deve ser organizado para que ofereça aos colaboradores a possibilidade de realizar algo que tenha sentido, que possam praticar e desenvolver suas competências, exercendo julgamentos e, sempre que possível, seu livre-arbítrio, que conheçam a evolução de seus desempenhos e, assim possam se ajustar. O artigo cita um modelo proposto por Hackman e Oldham (1976), no qual o trabalho faz sentido para uma pessoa quando ela o considera importante, útil, legítimo e seja recompensado por um salário justo e aceitável, que garanta estabilidade, segurança e saúde. Cita, ainda, as concepções dos sistemas sociotécnicos de Eric Trist (1950), nas condições do emprego, quando o trabalho deve oferecer variedade e desafios, seja um ambiente de contínua aprendizagem, ofereça autonomia, tenha reconhecimento e apoio, além de contribuir socialmente garantindo um futuro digno. Muitos são os pontos em comum entre os modelos citados, ambos recomendam uma organização do trabalho que proporcione aos colaboradores a realização de algo que tenha sentido, que possam praticar e desenvolver suas competências, exerçam seus julgamentos e seu livre-arbítrio, que recebam feedbacks sobre a evolução de seus desempenhos e possam, assim, se ajustar. Com a finalidade de conhecer o sentido do trabalho, analisou-se uma pesquisa de campo com estudantes de Administração com idade média de 20,2 anos e Administradores de médio e alto escalão com idade média de 41 anos. Procurou-se descobrir o que os indivíduos pensam quando falam de trabalho. Para ambos, a noção de emprego está implicitamente associada a noção de salário e ao consentimento do trabalhador em permitir que outro dite suas condições de trabalho. Seguindo o tema nesta linha, pesquisadores do grupo MOW, numa pesquisa realizada em 8 países, concluíram que a maioria daqueles indivíduos que dependem do trabalho para seus sustento, consideram-no desagradável. Percebeu-se, também, que entre os estudantes de administração jovens, o trabalho é visto como forma de emancipação. Cheios de sonhos, ambições e planos, jovens estudantes enxergam no trabalho a oportunidade de obterem reconhecimento na sociedade, conquistarem a independência econômica, motivos estes de tantas perspectivas positivas. Constatou-se que além do salário para afirmar sua independência, as relações construídas no trabalho consolidam a identidade social. Estudantes e Administradores procuram um trabalho que ofereça oportunidades de aprender, seja variado e conceda autonomia. Ainda, segundo a pesquisa, ter algo para fazer, sentir-se útil, manter vínculos sociais, sentimento de ser parte de um grupo, importam mais aos pesquisados que a possibilidade de ficar sem trabalho. Tais necessidades expressam a máxima de que os seres humanos devem estar em movimento, em constante atividade. O indivíduo descobre e forma sua identidade através do processo de trabalho. O trabalho faz sentido e ganha propósito quando na execução de tarefas o prazer e o sentimento de realização são alcançados. Foi relatado, ainda, que um trabalho faz sentido quando corresponde à personalidade, aos talentos e aos desejos do trabalhador. O trabalhador se realiza quando tem oportunidade de vencer desafios ou perseguir ideais, possibilitando-o desenvolver sua autonomia e seu senso de responsabilidades. Ao consideramos o trabalho com uma abordagem sociotécnica, conclui-se que ele deve ser feito de maneira socialmente responsável. Através do trabalho o indivíduo transcende seus interesses particulares. O trabalho nos permite passar por cima dos problemas existenciais, como a solidão e a morte, pois é uma atividade que estrutura e permite organizar nossa vida diária. Enfim, para que um trabalho tenha sentido, segundo a maioria dos entrevistados, é essencial que os objetivos sejam claros e valorizados e que os resultados tenham valor aos olhos de quem o realiza, mas essencialmente, a valorização de um trabalho começa por quem o faz. O trabalho deve diariamente ser “regado” e inspirado por valores morais e éticos. As transformações organizacionais constituem-se em potenciais oportunidades para reorganizar o trabalho, garantindo uma melhora contínua na qualidade de vida e na eficácia organizacional. É neste momento que o administrador prima pela qualidade de vida no trabalho, através da eficácia organizacional. O trabalho pode ser considerado agradável ou desagradável, pode estar associado ou não a trocas de natureza econômica, pode ser executado ou não dentro de um emprego, porém, “quem ama o que faz, não trabalha um único dia na vida, está sempre de férias”. Bibliografia: MORIN, Estelle M. Os Sentidos do Trabalho, Revista de Administração de Empresas. Edição Jul/Set de 2001. OLIVEIRA, José Arimatés de e MEDEIROS, Maria da Penha Machado de. Gestão de pessoas no setor público – 2ª edição / UFSC [Brasília], CAPES: UAB - 2012.