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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
TRABALHO PRÁTICO SOBRE DOSAGEM / CONTROLE DA QUALIDADE DO CONCRETO
(ano letivo de 2002)
Diretrizes para as atividades de laboratório:
- trabalhos gerais de preparação (caracterização de materiais, etc) e
capeamento de CPs serão realizados por técnicos do Laboratório de
Materiais da FACENS.
- todos os demais trabalhos de laboratório (pesagens, misturas na
betoneira, limpeza e lubrificação de moldes, moldagem de corpos de prova,
ensaios de slump, ensaios de compressão, etc) deverão ser realizados
diretamente pelos alunos. Ao final de cada trabalho no laboratório, os
alunos envolvidos deverão providenciar primorosa limpeza de moldes,
balança, betoneira, tachos, piso do laboratório, etc.
- em função da disponibilidade relativamente pequena de equipamentos,
prazo, tempo etc, os grupos deverão acertar com o Prof. Paulo a
programação dos experimentos, que poderão até mesmo ser realizados aos
sábados e até domingos ou feriados (semana da Pátria, semana do "saco
cheio", etc). Lembramos aos Senhores Alunos que estes são os grandes
interessados no trabalho, e que os pequenos sacrifícios fazem parte do
treinamento para a vida normalmente sacrificada dos engenheiros.
- quaisquer dúvidas relacionadas à execução dos trabalhos, poderão ser
esclarecidas, no devido tempo, com os professores da disciplina (Ércio e
Paulo)
1. OBJETIVOS DO TRABALHO
Com base nos materiais disponíveis (tipo de cimento, areia e brita ),
deverá ser procedido o estudo de dosagem no Laboratório de Materiais da
FACENS.
Determinado o traço em massa, este deverá ser convertido para volume,
indicando-se para cada amassada dimensões e no de caixas de areia e brita,
além é óbvio da quantidade de água. Para o traço escolhido, deverá ser
composto o custo do metro cúbico de concreto, considerando-se materiais,
mão de obra e equipamentos, com base na TCPO - Editora Pini.
Complementarmente, deverão ser estabelecidos:
a) os equipamentos de mistura (betoneiras ou central de concreto);
b) o programa tecnológico de controle dos materiais (cimento, brita e
areia) e do concreto produzido.
2. ETAPAS DO TRABALHO
2.1. Levantamento bibliográfico de trabalhos sobre dosagem de concretos
(método IPT, ITERS, CONCREBRÁS etc), Normas ABNT sobre produção e
controle da qualidade do concreto (NBR 6118, NBR 8953, NBR 12654, NBR
12655), métodos de ensaio que envolvam a moldagem de corpos de prova,
preparação do concreto em betoneiras, cura dos CPs, ensaios de
compressão axial, análise granulométrica de agregados (Normas
Brasileiras atualizadas) e catálogos de fabricantes de equipamentos para
produção de concreto.
2.1.1. Com base nos volumes de concretagem e no prazo da respectiva obra,
selecionar equipamento de produção do concreto (tipo e número de
betoneira, central de concreto, etc).
2.2. Caracterização dos materiais a serem empregados no estudo de dosagem
(distribuição granulométrica dos agregados, finura do cimento, massa
específica e peso unitário dos materiais, curva de inchamento da areia,
etc)
2.3. Estudo para mistura dos agregados (caso do emprego simultâneo de
britas 1 e 2), obedecendo as características das misturas determinadas
para cada grupo (tabela em anexo) e a seguinte especificação para melhor
encaixe dos grãos:
"Tamanho dos "% retida acumulada, nas peneiras de malha (mm) "
"grãos " "
"compreendido "38 "25 "19 "9,5 "4,8 "
"entre " " " " " "
"38 e 4,8mm "0 - 5 "- "30 - 60 "- "90 - 100 "
"25 e 4,8mm "- "0 - 5 "- "60 - 80 "90 - 100 "
"19 e 4,8mm "- "- "0 - 10 "45 - 80 "90 - 100 "
"38 e 9,5mm "0 - 10 "20 - 40 "50 - 80 "90 - 100 " "
2.4. Determinação do traço piloto, com base na curva característica de
resistência à compressão do cimento a ser utilizado (função da relação
a/c, conforme gráfico em anexo) e no artigo "Mistura sem mistério"
(revista Téchne n° 20), também em anexo.
Adotar Fcj = Fck + 1,65 Sd Sd = 0,09 Fck
2.5. Trabalho de laboratório para acerto do traço básico. Todos os
materiais deverão ser dosados em massa, registrando-se atentamente cada
formulação (massas dos materiais), cada tempo de mistura na betoneira,
cada slump obtido e os procedimentos verificados em cada passo até se
conseguir o slump especificado.
2.6. Acertado o traço básico, determinação dos traços auxiliares.
LEMBRETE: os traços auxiliares deverão apresentar mesma consistência do
traço básico, ou seja, para os três traços deverão ser mantidos os
mesmos valores de ( e H.
2.7. Para o respectivo concreto deve-se efetuar, a determinação da massa
específica do concreto fresco e moldagem de corpos de prova 10x20cm (4
CPs para cada um dos três traços). A partir de cada massa específica,
calcular o consumo de cimento (C).
2.8. Após 24 a 48h, desmoldagem dos CPs e acondicionamento em tanque de
imersão.
2.9. Após 14 dias da moldagem dos CPs, capeamento por parte de técnico do
Laboratório e ruptura dos CPs por parte dos alunos.
2.10. De posse dos resultados dos ensaios de compressão axial (desprezando-
se para cada traço o menor resultado obtido), com base nos valores
médios dos outros três CPs, traçar os gráficos de dosagem[1].
2.12. Determinado o traço em massa, convertê-lo para volume, indicando-se
para cada amassada dimensões, peso e no de caixas de areia, brita 1 e
brita 2 (se houver), além é óbvio da quantidade de água. Nesta
conversão, cada grupo deverá adotar o respectivo teor de umidade da
areia indicado na tabela em anexo, considerando a curva de inchamento
da areia obtida no laboratório.
2.13. Para o traço escolhido, compor o custo do metro cúbico de concreto,
considerando-se materiais, mão de obra e equipamentos. Para tanto,
considerar os preços :
cimento: R$ / kg areia: R$ / m3 britas 1 ou 2 R$ / m3
servente ( custo direto: R$ 1,70 / h encargos sociais/BDI = 120%
equipamento: dados do fabricante (depreciação em função da vida útil do
equipamento) ou custo do aluguel do equipamento
ATENÇÃO
Todos os elementos dos grupos deverão comparecer ao Laboratório
quinzenalmente para apresentar o andamento do relatório, onde será
marcada a presença e visto do professor na etapa especificada do
trabalho.
O grupo que não apresentar o andamento do trabalho quinzenalmente
perderá 1,0 ponto na nota do Relatório em questão.
Os relatórios entregues fora das datas abaixo especificadas terão a
nota subtraída de 0,5 pontos por cada dia de atraso, não será contado
o domingo.
3. RELATÓRIOS
Deverão ser apresentados três relatórios, nas datas abaixo indicadas,
contendo:
RELATÓRIO 1 - data de entrega: 02/09/2002 (integral) e 05/09/2001 (noturno)
( Traço piloto determinado pelo grupo e respectivos traços auxiliares
(supondo que o traço piloto não seria alterado)
( Tabelas, gráficos e outros elementos que serviram de base para obtenção
de x, H, m, etc.
( Para cada traço, quantidades de materiais a serem colocados na betoneira
(cimento, areia, etc), supondo a moldagem de 4 corpos de prova 10x20cm.
RELATÓRIO 2 - data de entrega: 30/09/2001 (integral) e 03/10/2001 (noturno)
( Sumário
( Bibliografia consultada (métodos de dosagem (IPT e mais dois, e Normas
ABNT controle da qualidade do concreto, bem como métodos de ensaio)
( Resumo dos métodos de ensaio ABNT/INMETRO, referentes a todas operações
laboratoriais a serem realizadas pelos alunos (reparo do concreto,
moldagem de CPs, ensaios de abatimento, ensaios de compressão, etc);
( Descrição pormenorizada de todos os passos observados até o
estabelecimento do traço básico (pesagens, tempos de mistura na betoneira,
resultados de slump, tentativas posteriores, correções no teor de areia,
brita e água, dificuldades encontradas, etc);
( Valores de slump, massa específica aparente e consumo de cimento
determinados para o traço básico.
RELATÓRIO 3 - data de entrega: 18/11/2001 (integral) e 21/11/2001 (noturno)
( Sumário
( Catálogos dos equipamentos escolhidos para mistura do concreto,
informações sobre vida útil, rendimento/produtividade, preço e depreciação
(ou custo correspondente do aluguel)
( Resultados dos ensaios de compressão axial, indicando-se os valores que
foram abandonados;
( Traço definitivo, consumo de cimento e respectivo custo do m3 de
concreto;
( Traço em volume, dimensão e peso das caixas, etc;
( Programas de controle tecnológico dos materiais e do concreto.
4. AVALIAÇÃO
Serão atribuídas notas para os relatórios parciais, a partir das quais será
estabelecida a nota global do trabalho. Esta nota será rateada entre os
integrantes do grupo segundo dois critérios:
( avaliação do prof. Paulo Albuquerque sobre o desempenho de cada aluno;
( idem, avaliação de cada membro do grupo (entrega de ficha sem
identificação, com o rateio que lhe pareça mais justo)
Por exemplo, se a nota global do grupo fosse 7,0 poderíamos ter:
" "Rateio indicado pelos alunos "Média "Avaliação "NOTA "
"Aluno "1 "2 "3 "4 "alunos "Prof. Paulo"FINAL "
"João "20% "10% "25% "25% "20% "30% "7,0 "
"Pedro "30% "40% "30% "20% "30% "30% "8,4 "
"Antonio "15% "10% "15% "20% "15% "15% "4,2 "
"Maria "35% "40% "30% "35% "35% "25% "8,4 "
"SOMA "100 "100 "100 "100 "100 "100 "28,0 "
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