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1 INTRODUÇÃO
A fauna edáfica compõe-se por uma grande quantidade de seres, todos
pertencentes ao reino Animalia e sub-reino Metazoa. Esses seres vivem, em
alguma (s) das fases de seu ciclo de vida, no solo. Esses animais são assim
classificados:
ACARI
Compreende os artrópodes do solo, é a ordem com um maior número de
espécies e, frequentemente, com a maior abundância. Apesar de só terem sido
descritas 30.000 espécies, deverão existir mais de 500.000, sendo esta a
ordem de aracnídeos com uma maior riqueza específica. Nestes seres vivos o
cefalotórax pode estar completamente fundido com o abdómen, sem existirem
sinais externos de segmentação. Existem formas terrestres e aquáticas, de
água doce ou salgada. As formas livres podem ser predadoras, herbívoras ou
saprófagas, mas muitas espécies são parasitas, pelo menos durante parte do
seu ciclo de vida. Deste grupo fazem parte os ácaros e as carraças. As
carraças são um dos principais agentes transportadores de doenças
provocadas por bactérias, vírus, protozoários e fungos.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Chelicerata
Classe: Arachnida
Ordem: Acari
Família: Tetranicheae
Acaro vermelho
ARANEAE
As aranhas formam um vasto grupo de artrópodes, correspondendo a mais
de 38.000 espécies, distribuídas por todo o mundo. Encontram-se em geral
com uma elevada riqueza específica em zonas naturais e agrícolas, sendo por
vezes muito abundantes. O seu corpo está dividido em duas regiões (o
cefalotórax e o abdómen) não segmentadas e ligadas entre si por uma região
delgada. Todas as aranhas são predadoras, alimentando-se de insetos. As
quelíceras, o seu primeiro par de apêndices, apresentam um aguilhão
terminal ligado a glândulas de veneno, tendo este último a capacidade de
liquefazer os tecidos das presas. O fluido resultante é posteriormente
absorvido. Para além das quelíceras, existe também um par de pedipalpos,
que intervem geralmente na manipulação do alimento, e quatro pares de patas
locomotoras.
Estes artrópodes apresentam geralmente muitos pêlos sensoriais,
através dos quais recebem algumas informações sobre o meio exterior, como a
existência de correntes de ar. Quando existem olhos simples, o seu número
(de 1 a 8) e distribuição são características importantes na classificação
dos diferentes grupos. Quanto ao sistema respiratório, as aranhas respiram
por traqueias e/ou pulmões laminares. Estes últimos são exclusivos deste
grupo, sendo constituídos por várias cavidades de ar paralelas. Em relação
à reprodução, as aranhas são ovíparas e sofrem várias mudas até atingirem a
idade adulta. Quando eclodem têm uma aparência muito próxima à dos adultos,
sendo a metamorfose muito pequena durante o seu desenvolvimento.
Muitas aranhas elaboram teias, sendo a seda constituída por proteínas
e produzida por glândulas existentes no abdómen. Existem diferentes tipos
de teias, que variam de espécie para espécie: em forma de funil,
irregulares, orbiculares, entre outras.
Os seus hábitos predadores permitem limitar o crescimento de outros
animais, em geral, insetos, pelo que este grupo desempenha um importante
papel nos ecossistemas. A sua abundância e riqueza específica pode
reflectir inclusivamente a abundância das suas presas.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Chelicerata
Classe: Arachnida
Ordem: Araneae
Subordem: Mesothelae, Mygalomorphae e Araneomorphae
Aranhas
BLATTODEA
Nome: blatta (barata; tecido de cor púrpura). Situação: mais de 3.5
mil espécies descritas. Características: aparelho bucal mastigador; asas
anteriores em tegmina; corpo ovalado e achatado dorso-ventralmente. Hábito
alimentar: alguns grupos possuem hábito silvestre e outros, doméstico,
comendo de tudo e tem cheiro desagradável e muito característico. Nenhuma
delas é conhecida como vetor específico de doenças, porém possui em seus
corpos vários patógenos, devido ao fato de se alimentarem de restos e
viverem em esgotos e locais sujos. Desenvolvimento paurometábolo: ovo,
ninfa e adulto.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Uniramia
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Ordem: Blattodea
Família: Blattidae, Blattelidae...
Baratas
CHILOPODA
Conhecidos vulgarmente como centopéias ou lacraias são animais
alongados, achatados ou vermiformes com 15 ou mais pares de pernas. As
centopéias estão distribuídas por todo o mundo, tanto em regiões temperadas
como tropicais. Podem ser encontrados facilmente em locais protegidos, no
solo, húmus ou debaixo de pedras, cascas de árvores e troncos. São animais
muito ativos, correm muito e são predadores; alimentam-se de aranhas,
insetos, e outros animais pequenos.
Existem aproximadamente 3.000 espécies descritas, distribuídas em
quatro ordens principais. A ordem Geophilomorpha é composta de centopéias
longas e filiformes adaptadas para viver no solo. As ordens
Scolopendromorpha e Lithobiomorpha contêm centopéias achatadas, com corpo
forte, que vivem em fendas em pedras, e cascas de árvores e no solo. Os
Scutigeromorpha abrangem quilópodos de longas pernas, alguns dos quais
vivem dentro ou ao redor de habitações humanas. A Scutigera coleoptrata,
por exemplo, é freqüentemente encontrada em banheiros e pias no Hemisfério
Norte.
A maior centopéia descrita é a espécie tropical americana Scolopendra
gigantea, que atinge um comprimento de 26 cm. Outras formas tropicais,
principalmente escolopendromorfos, podem medir de 18 a 24 cm, mas a maioria
das espécies européias e americanas mede de 3 a 6 cm de comprimento. As
centopéias de zonas temperadas têm em geral cor marrom-avermelhada,
enquanto muitos escolopendromorfos tropicais possuem coloração variada e
vibrante, alguns com padrões de listras coloridas.
As maiorias das centopéias têm hábitos crípticos e/ou vida noturna.
Esse hábito não representa não somente uma proteção contra predadores, mas
também contra dessecação. À noite, elas saem à procura de alimento e novas
moradias. Os escolopendromorfos constróem um sistema de galerias no solo ou
sob pedras e troncos que contêm uma câmara no interior da qual o animal se
esconde.
A cabeça é convexa ou achatada, com as antenas localizadas na margem
frontal. Cada antena é formada por 14 ou mais segmentos. A base da
mandíbula é alongada e encontra-se na região ventro-lateral da cabeça. Os
lobos gnatais são portadores de vários dentes grandes e de uma espessa
franja de cerdas. Debaixo das mandíbulas, há um par de primeiras maxilas,
que forma um lábio inferior funcional. Um par de segundas maxilas sobrepõe-
se ao primeiro. Cada primeira maxila tem um palpo curto. Nos
escutigeromorfos, as segundas maxilas são delgadas e semelhantes a pernas,
mas em outras centopéias elas são curtas, fortes e em forma de palpo.
Cobrindo todos os outros apêndices bucais, há um grande par de garras de
peçonha, também chamadas de maxilípedes ou forcípulas, pois são, na
verdade, os apêndices do primeiro segmento do tronco, envolvidos na
alimentação.
Cada garra é curvada em direção à linha mediana ventral, e termina num
gancho pontiagudo, que é a saída do duto da glândula de peçonha, localizada
dentro do apêndice. É a esses apêndices que se refere o nome Chilopoda.
As grandes coxas das garras de peçonha e o esternito daquele segmento
formam uma grande placa que cobre a parte inferior da cabeça. Forcípulas
são, portanto, apêndices situados na região frontal da cabeça, com as
extremidades transformadas em garras ou ferrões (aparelho inoculador de
peçonha) utilizadas para defesa, captura e dilaceração de presas.
Atrás do primeiro segmento do tronco, que possui as garras de peçonha,
encontram-se 15 ou mais segmentos portadores de patas.
As placas tergais variam bastante em tamanho e número, dependendo dos
hábitos locomotores.
As coxas das pernas estão inseridas lateralmente em cada placa esternal.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Uniramia
Superclasse; Myriapoda
Classe: Chilopoda
Ordem: Lithobiomorpha, Scolopendrida, Scolopendromorpha,
Scutigerida...
Centopéia ou lacraia
COLEÓPTERA
Nome: coleo (estojo) + ptera (asas). Situação: 40% da classe, com mais
de 300 mil espécies descritas. Características: aparelho bucal mastigador;
asas anteriores do tipo élitro e ausência de cercos em forma de pinça.
Hábito alimentar: a maioria é fitófaga e muitos são predadores e benéficos.
Desenvolvimento holometábolo: ovo, larva pupa e adulto.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Uniramia
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Ordem: coleoptera
Subordem: Adephaga, Archostemata, Myxophaga, Polyphaga,
Protocoleoptera
Besouros
COLLEMBOLA
São pequenos artrópodes, ápteros e hexápodes, encontrados em todo o
mundo, podendo viver no folhiço, no solo, em árvores, em troncos em
decomposição etc. Possui aproximadamente 7.900 espécies.
São animais ametábolos pequenos, geralmente medindo de 0.25 mm
(Sminthurides sp.) a 8 mm (Tetrodontophora gigas). O tipo básico de
mandibula dos colêmbolos é mastigador, em forma de estilete e escondida na
cabeça (entognatos). A cápsula cefálica dispõe de omatídeos laterais, com
no máximo oito lentes circulares em cada lado da cabeça. Possui antenas com
quatro artículos. Há diferentes padrões segmento abdominal, existe uma
estrutura em forma de tubo bilobado, conhecida como colóforo, cuja função é
a de absorção de água. Ainda outras estruturas de de distribuição das
cerdas, e cerdas expeciais chamadas "tenent-hair".
O nome é derivado do grego colla ou latim kolla = cola, grude + do
latim embolon ou grego embolou = alavanca, êmbolo e significa "projeção que
adere ao substrato", pois seu apêndice traseiro funciona como uma espécie
de catapulta — a fúrcula — impulsionando o corpo para um grande salto. O
abdome possui, no máximo, 6 segmentos; no lado ventral do primeiro valor
taxonômico são utilizadas como órgão pós-antenal, clípeo-labrum, unguis,
unguiculus, tenáculo, abertura anal, abertura genital, e cutícula.
São conhecidos por atuarem como dispersores de fungos, auxiliando na
decomposição da matéria orgânica, juntamente com outros invertebrados.
Alimentam-se também de bactérias, fezes de artrópodos, pólen, algas, entre
outros tipos de matéria orgânica. Pode haver canibalismo.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Uniramia
Classe: Insecta
Subclasse: Apterygota
Ordem: Collembola
Família: Neelipleona, Poduromorpha...
Collembolas
DERMAPTERA
Tesourinhas, lacrainhas - Nome: derma (pele) + ptera (asas). Situação:
Mais de 1,1 mil espécies descritas. Características: aparelho bucal
mastigador; asas anteriores do tipo élitro, muito reduzido: cercos em forma
de pinça, no abdome. As lacrainhas são insetos de hábito noturno, atraídos
por luz. Hábito alimentar: a maioria nutre-se de polpa de frutos abertos e
em decomposição, e pólen; existem ainda alguns predadores e canibais, e
outros chegam a constituir pragas de algumas culturas. A tesourinha
parasita os ovos da lagarta do cartucho do milho (Spodoptera frugiperda).
Desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa e adulto.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Uniramia
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Ordem: Dermaptera
Subordem: Forficulina
Família: Forficuloidea
Tesourinha
DIPLOPODA
Conhecidos vulgarmente como piolhos de cobra ou imbuás, formam a maior
classe de miriápodos, compreendendo mais de 8.000 espécies descritas. Esses
artrópodos são encontrados em todo o mundo, especialmente nos trópicos,
embora as faunas mais conhecidas habitem o Hemisfério Norte. Em geral têm
hábitos crípticos e evitam a luz. Vivem debaixo de folhas, pedras, cascas
de árvores e no solo. Alguns habitam antigas galerias de outros animais,
como minhocas; outros são comensais de ninhos de formigas. Um grande número
de diplópodos habita cavernas. A maioria dos diplópodos tem cor preta ou
marrom; algumas espécies são vermelhas ou alaranjadas, e não são raros os
padrões manchados. Alguns diplópodos do sul da Califórnia são
luminescentes.
Uma característica distintiva da classe é a presença de segmentos
duplos no tórax (diplossegmentos) derivados da fusão de dois somitos
originalmente separados. Cada diplossegmento tem dois pares de pernas, de
onde deriva o nome da classe. A condição de segmentação dupla é também
evidente internamente, pois existem dois pares de gânglios ventrais e dois
pares de óstios cardíacos dentro de cada segmento.
A cabeça dos diplópodos tende a ser convexa dorsalmente e achatada
ventralmente, com o epistômio e o labro estendendo-se para a frente das
antenas. Os lados da cabeça estão cobertos pelas bases convexas das
mandíbulas muito grandes. Distalmente, a mandíbula porta um lobo gnatal que
possui dentes e uma superfície raspadora. O assoalho da câmara pré-bucal é
formado pela maxila, freqüentemente chamada gnatoquilário. É uma placa
larga, achatada, fixada à superfície ventral posterior da cabeça. O
assoalho posterior da câmara pré-bucal possui um lobo mediano e dois
laterais, que em diferentes grupos de diplópodos representam a hipofaringe.
O tronco pode ser achatado, como na ordem Polydesmoidea; ou
essencialmente cilíndrico como nos familiares piolhos de cobra da ordem
Juliformia. O segmento típico (diplossegmento) é coberto por um tergo
dorsal convexo que, em muitas espécies, estende-se lateralmente como uma
saliência, chamada carena ou paranoto. Ventrolateralmente existem duas
placas pleurais, e ventralmente, duas placas esternais. Também é comum a
presença de uma placa esternal mediana. As placas esternais são portadoras
de pernas. Primitivamente, as placas que compõem um segmento podem estar
separadas e distintas, mas geralmente houve coalescência em graus variados.
Nos membros da ordem polidesmóideos e juliformes, todas as placas estão
fundidas formando um anel cilíndrico.
Os segmentos anteriores diferem consideravelmente dos outros e não
são, provavelmente, diplossegmentos. O primeiro (colo) é desprovido de
pernas e forma um grande colarinho atrás da cabeça. Os segundo, terceiro e
quarto segmentos possuem apenas um par de pernas. Em alguns polidesmóideos
os últimos 1-5 segmentos também são desprovidos de pernas. O corpo termina
no télson, no qual o ânus se abre ventralmente.
O tegumento é duro, particularmente os tergitos e, como o tegumento
dos crustáceos, está impregnado com sais de cálcio. A superfície é lisa,
mas em alguns grupos o tergo possui cristas, tubérculos, espinhos ou cerdas
isoladas.
A anatomia externa descrita acima se aplica à subclasse Chilognata,
que contém a grande maioria dos diplópodos. Os membros da pequena subclasse
Pselaphognata são bastante diferentes. O tegumento é mole e coberto com
fileiras de espinhos ocos em forma de escamas. O tronco é composto por 11-
13 segmentos, dos quais os quatro primeiros são portadores de um único par
de pernas cada; os dois últimos são desprovidos de pernas.
O tamanho dos diplópodos varia muito. Os pselafognatos são minúsculos,
algumas espécies medem 2 mm de comprimento. Existe também quilognatos que
medem menos que 4 mm, mas a maioria dos membros desta subclasse tem vários
centímetros de comprimento. Os maiores diplópodos são as espécies tropicais
da família Spirostreptidae, que podem ter 28 cm de comprimento. O número de
segmentos também é extremamente variável, de 11, nos pselafognatos, a mais
de 100 nos juliformes. Além disso, nos juliformes o número varia dentro de
certos limites até numa mesma espécie.
Em geral, os diplópodos andam lentamente sobre o solo. Embora lenta
essa marcha exerce uma poderosa força de propulsão, capacitando o animal a
abrir caminho através do humo e solo fofo. A força é exercida inteiramente
pelas pernas, e é com a evolução desta marcha que a estrutura
diplossegmentada está provavelmente associada. O movimento em direção
posterior é ativado por ondas ao longo do comprimento do corpo e é de
duração maior do que o movimento para a frente. Assim, a qualquer momento,
mais pernas estão em contato com o substrato do que levantadas. O número de
pernas envolvidas em uma única onda é proporcional à quantidade de força
requerida para o impulso. Desta maneira, quando o animal está correndo, 12
pernas ou menos podem compor uma onda, mas quando está empurrando, uma
única onda pode envolver até 52 pernas.
O hábito de empurrar com a cabeça é mais desenvolvido nos juliformes,
que cavam no solo ou em húmus compacto. Isto se reflete nos segmentos
cilíndricos rígidos, lisos e fundidos, na cabeça arredondada e na
disposição de pernas próximo à linha mediana do corpo. Os diplópodos da
ordem Polydesmoidea, que são os mais poderosos, abrem fendas forçando com
toda a superfície dorsal de seu corpo. A carena lateral desses diplópodos
protege as pernas localizadas lateralmente. A capacidade de trepar é
notável em espécies que habitam locais rochosos. Estes diplópodos são mais
rápidos, e podem subir em superfícies lisas segurando-se com as pernas
opostas. A velocidade destes habitantes de rochas pode ser 20 vezes maior
que a dos juliformes típicos. A velocidade está relacionada aos hábitos
predadores e saprófagos e a necessidade de cobrir distâncias maiores para
encontrar alimento.
Para compensar a falta de velocidade na fuga de predadores, muitos
mecanismos protetores evoluíram nos diplópodos. O esqueleto calcário
protege as regiões superiores e laterais do corpo. Os juliformes protegem a
superfície ventral mais vulnerável, enrolando o tronco em espiral quando em
repouso ou perturbados. Os membros da ordem Glomerida podem se enrolar como
uma bola. O corpo dos glomerídeos é bastante convexo dorsalmente e achatado
ventralmente e contém apenas 15 a 17 segmentos do tronco. O último tergito
está expandido lateralmente e cobre a cabeça quando o animal está enrolado.
As glândulas repugnatórias estão presentes em muitos diplópodos,
incluindo os polidesmóideos e o s juliformes. Geralmente há apenas um par
de glândulas por segmento, embora elas estejam totalmente ausentes em
alguns segmentos. As aberturas se encontram nos lados das placas tergais,
ou nas margens dos lobos tergais. Cada glândula consiste de um grande saco
secretor, que se esvazia em um ducto para o exterior através de um poro
externo. O principal componente da secreção pode ser um aldeído, quinona,
fenol ou cianeto de hidrogênio. A secreção é tóxica ou repelente a pequenos
animais, e em algumas espécies tropicais grandes é cáustica à pele humana.
O fluido é geralmente exsudado lentamente, mas algumas espécies podem
liberá-lo como um jato de 10 a 30 cm de distância. A ejeção é provavelmente
causada pela contração dos músculos do tronco, adjacentes ao saco secretor.
Quase todos os diplópodos são herbívoros, alimentando-se
principalmente de vegetação em decomposição. O alimento é umedecido por
secreções e mastigado ou raspado pelas mandíbulas. Entretanto, algumas
famílias exibem um progressivo desenvolvimento de peças sugadoras, com
degeneração das mandíbulas, culminando com a formação de um rostro
perfurante para sugar seiva vegetal.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Superlasse: Myriapoda
Classe: Diplopoda
Piolho de cobra
DIPLURA
São animais de tamanho pequeno, medindo entre 2 e 5 mm. Seu nome é
derivado do grego diplo = dois + uros = cauda. Apresentam peças bucais do
tipo mastigadoras e escondidas na cabeça (entognatos). São pálidos e não
apresentam olhos compostos nem ocelos. Possuem antenas longas e
multiarticuladas.
O abdome é constituído por 10 segmentos, com os gonóporos presentes
entre o oitavo e o nono segmento. São dióicos, com reprodução simples e
externa. Podem ser herbívoros ou carnívoros.
Vivem em pequenos grupos ou colônias. Habitam lugares úmidos, como em
florestas, no solo, em musgos e sob rochas, podendo estar presentes também
em formigueiros.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Ordem: Diplura
Famílias: Campodeidae, Procampodeidae, Projapygidae...
DIPTERA
Moscas, mosquitos, pernilongos, borrachudos - Nome: di (duas) + ptera
(asas). Situação: 12% da classe, com mais de 90 mil espécies descritas.
Características: 1º par de asas normais e o 2º par atrofiado e modificado
em haltere ou balancim. Hábito alimentar: muitos de seus membros
transmissores de doenças, por serem: hematófagos, alguns, pragas agrícolas,
minadores de folhas e alimentarem-se de outras partes da planta. Por outro
lado, muitos dípteros são predadores ou parasitas (inimigos naturais) de
diversos insetos nocivos, outros auxiliam na polinização (apenas sugam o
néctar) e outros são inimigos de plantas daninhas (minadores).
Desenvolvimento holometábolo: ovo, larva, pupa e adulto.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Hexapoda
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Ordem: Diptera
Família:
Mosca
Larvas de mosca
Mosquito
GASTROPODA
Molusco mais numeroso com cerca de 60.000 espécies viventes.
Geralmente possuem uma única concha espiralada; mas esta está ausente em
algumas espécies. Possuem cabeça com tentáculos cefálicos e um pé bem
desenvolvido. Alguns possuem pulmão para respiração e outros brânquias. No
seu estágio larval a massa visceral e a cavidade do manto sofrem uma
rotação de 180°, em um processo chamado torção. Isto faz com que seus
órgãos saiam de uma posição posterior para uma posição anterior atrás da
cabeça. Em muitos casos, o animal é capaz de se retrair para dentro da
concha para proteção. Alguns possuem opérculo para fechar a concha. Ocorrem
em ambientes marinhos, de águas doces e terrestres. Seu tamanho varia de
0,5 a 750 milímetros.
A subclasse pulmonata são terrestres e aquáticos; não tem brânquias,
respiram por pulmões ou sacos respiratórios; as formas mais antigas datam
do Carbonífero; existem mais de 6.000 espécies viventes. Grande parte desta
subclasse compõe a fauna edáfica.
Corpo geralmente curto e parcial ou totalmente circundado por uma
formação carnosa da parede do corpo chamada manto e que pode ser modificada
de varias maneiras; entre o manto e a massa viceral existe uma cavidade do
manto contendo os componentes de diversos sistemas (secundariamente
perdidos em alguns grupos).
Uma concha, quando presente, secretada pelo manto e composta de uma,
duas ou oito partes; cabeça e o pé muscular ventral próximo, sendo o pé
modificado de diversas formas para rastejar, cavar, nadar ou capturar
alimento.
Sexos geralmente separados (alguns monóicos, poucos protrândricos),
com ductos; fecundação externa ou interna; a maioria ovíparos; clivagem do
oco determinada, espiral, desigual e total (meroblástica nos Cephalopoda);
larvas trocófora e véliger desenvolvimento direto (Pulmonata, Cephalopoda).
Não-segmentados (exceto Monoplacophora); simetria bilateral.
Respiração através de um a muito ctenídios de estrutura peculiar
(brânquias) no interior da cavidade do manto (secundariamente perdidos em
alguns), pela cavidade do manto ou pelo manto.
Em alguns animais, como os polvos e as lulas, o pé modificou-se em
tentáculos que são utilizados na locomoção e captura de alimentos. Na massa
visceral concentram-se todos os órgãos do corpo animal.
Existe nos moluscos uma dobra da parede do corpo que o recobre quase
inteiro: o manto. É ele que produz a concha. A maioria dos moluscos é
herbívora.
Como um dos aspectos característicos dos moluscos, o manto forma a
concha, os sifões e também a cavidade do manto. Nos caracóis terrestres, a
cavidade do manto é vascularizada e funciona como um pulmão. A concha dos
moluscos é composta por uma camada externa de matéria protéica chamada
perióstraco e por duas camadas de carbonato de cálcio, uma camada
prismática mediana e uma camada nacarada interna.
A margem externa do manto apresenta dois sulcos, sendo o externo o
sulco periostracal e que secreta o perióstraco. As células próximas à
margem do manto secretam a camada prismática enquanto que toda a superfície
externa do manto secreta a camada nacarada.
Com isso, a concha cresce em comprimento em suas margens e a espessura
aumenta em toda a sua extensão. O sulco interno da margem do manto é
limitado por dois lobos, sendo o interno muscular e responsável pela
formação de sifões quando estes estão presentes.
Reino: Animalia
Filo: Molusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Orthogastropoda, Eogastropoda
HOMOPTERA
Cigarras, cigarrinhas, pulgões e cochonilhas - Nome: homo (igual) +
ptera (asa de textura uniforme). Situação: Mais de 32 mil espécies
descritas. Características: aparelho bucal sugador que sai da parte
posterior da cabeça (retrovertido). Asas, quando presentes, têm forma de
telha e de igual textura (membranosa e ligeiramente espessada). Hábito
alimentar: sugador, fitófagos (alimentam de seiva das plantas), sendo
muitos membros pragas agrícolas. Desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa
e adulto.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Uniramia
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Ordem: Hemíptera
Subordem: Homóptera
Família: Aleyrodoide, Aphididae...
Cigarrinha das pastagens
HETEROPTERA
Percevejos, barbeiros, chupanças - Nome: hemi (metade) + ptera (asas),
asa anterior com diferença na textura da região basal e apical. Situação:
Mais de 23 mil espécies descritas. Características: Aparelho bucal picador
sugador, surgindo na parte anterior da cabeça; As anteriores do tipo
hemiélitro (parte apical membranosa e parte basal são espessas e coriáceas
- élitro). Hábito alimentar: maioria é fitófoga e muitos são pragas
agrícolas. Alguns são predadores de outros insetos e são benéficos. Outros
são hematófagos e transmissores de doenças para o homem. Desenvolvimento:
paurometábolo: ovo, ninfa e adulto.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Uniramia
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Ordem: Hemíptera
Família: Cicadellidae...
Percevejos
HYMENOPTERA
Vespa, formigas, abelhas, marimbondos - Nome: hymeno (membrana) +
ptera (asas). Situação: 15% da classe, com mais de 110 mil espécies
descritas. Características: abdome pendunculado (na maioria), quatro asas
menbranosas, sendo as anteriores muito maiores que as posteriores; antenas
menores do que o corpo; geralmente apresentam aparelho bucal mastigador,
sendo que as abelhas são exceções, possuindo aparelho bucal lambedor.
Hábito alimentar: esta ordem possui grande importância, pois muitos membros
são parasitas ou predadores de outros insetos, sendo os principais
responsáveis pelo controle biológico, e as abelhas, são os principais
responsáveis pela polinização de muitas plantas. Existem várias formigas e
abelhas (Cachorro, Irapuá) que são pragas agrícolas. Desenvolvimento
holometábolo: ovo, larva, pupa, adulto.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Uniramia
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Ordem: Hymenopttera
Família: Atta, Aphis...
Vespa
ISOPODA
São pequenos crustáceos achatados dorsoventralmente e sem carapaça.
São marinhos, dulceaqüicolas ou terrestres (como o bicho-da-conta). Têm o
abdômen curto com os segmentos fundidos total ou parcialmente. O 1º par de
antenas é curto e unirreme e o 2º pode ser bastante longo. Os olhos são
compostos e não são pedunculados. O abdômen e o tórax normalmente têm a
mesma largura e as duas regiões não ficam claramente demarcadas
dorsalmente. O primeiro par de apêndices torácicos faz parte da armadura
bucal e é modificado em maxilípede e os restantes são pernas que servem
para rastejar.
Ao contrário da maioria dos crustáceos, alguns pleópodes (5 primeiros
segmentos) dos isópodos são usados para trocas gasosas, as brânquias do
pléon, e o 6º segmento suporta apêndices natatórios birremes juntamente com
o télson.
Os isópodes incluem o primeiro grupo de crustáceos verdadeiramente
terrestres e muitas formas parasitaparasitárias. São consumidores de
detritos e carniça, alguns podem ser carnívoros.
São conhecidos como "tatuzinhos-de-jardim e baratas de praia".
Possuem hábito noturno e se ocultam, vivendo embaixo de pedras, madeiras,
no folhiço ou solo. Não possuem a cutícula cerosa dos aracnídeos e
insetos. Apresentam, contudo, grande tolerância às condições de
dessecação, com adaptações para reduzir a perda de água, por exemplo, a
capacidade de enrolar-se. Desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa
adulto.e
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Crustacea
Classe: Insecta - malacostraca
Subclasse: Eumalacostraca
Superordem: Peracarida
Ordem: Isopoda
Subordem: Anthuridea, Gnathiidea, Oniscidea, Phreatoicidea,
Valvifera...
Tatuzinho de jardim
ISOPTERA
Cupins e aleluias - Nome: iso (igual) + ptera (asas) Situação: Mais
de 1,7 mil espécies descritas. Características: Aparelho bucal mastigador;
corpo mole; inseto social. Alguns fazem seus ninhos subterrâneos, outros
aqueles murundus enormes nos campos e outras dentro da própria madeira.
Hábito alimentar: fitófago - são pragas de raízes, de madeira verde e de
madeira seca industrializada. Desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa
adulto.e
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Uniramia
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Ordem: Isoptera
Família: Mastotermitidae, Hodotermitidae, Rhinotermitidae,
Termitidae...
Cupins
LEPIDOPTERA
Borboletas e Mariposas - Nome: lepidon (escamas) + ptera (asas).
Situação: 20% da classe, com mais de 150 mil espécies descritas.
Características: aparelho bucal sugador maxilar (inseto adulto), enrolado
em forma de espiral, quando em repouso (espirotromba); asas cobertas por
escamas. Hábito alimentar: as lagartas têm aparelho bucal mastigador, são
fitófagos e muitas são pragas. O adulto apenas suga néctar floral.
Desenvolvimento holometábolo: ovo, larva (lagarta), pupa (crisálida) e
adulto.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Uniramia
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Ordem: Lepdoptera
Obs: 127 famílias e 44 superfamílias
Larvas de borboletas
Borboletas
MANTODEA
Louva-a-deus - Nome: mantis (profeta). Patas anteriores, juntas e
opostas como se estivesse orando - na verdade, pronto para o bote.
Situação: Mais de duas mil espécies descritas. Características: aparelho
bucal mastigador; patas anteriores raptatórias; protórax muito longo.
Hábito alimentar: predadores e comem qualquer inseto que conseguirem
capturar. Desenvolvimento: paurometábolo: ovo, ninfa e adulto.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Uniramia
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Ordem: Mantodea
Família: Mantidae, Mantoididae...
NEUROPTERA
Formiga-leão, bicho lixeiro - Nome: neuro (nervura) + ptera (asas).
Situação: Mais de 4.6 mil espécies descritas. Características: Aparelho
bucal mastigador; 4 asas membranosas, que em repouso ficam em telha sobre o
corpo. Abdome cilíndrico; antenas geralmente compridas. Hábito alimentar: a
maioria dos seus membros são predadores, e por isso, benéficos.
Desenvolvimento: holometábolo: ovo, pupa e adulto. Alguns possuem forma
imatura aquática, que ser vem de alimentos para peixes.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Uniramia
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Ordem: Neuroptera
Superfamília: Coniopterygoidea, Ithonioidea...
Família: Coniopterygidae, Ithonidae...
ODONATA
Libélulas, lavadeiras - Nome: Odonata palavra de origem grega que
significa dentes (dentes das mandíbulas). Situação: Mais de 4.8 mil
espécies descritas. Características: Asas membranosas com centenas de
nervuras e células; antenas diminutas e setáceas; abdome longo, fino e
cilíndrico. Hábito alimentar: náiades e adultos são predadores.
Desenvolvimento: hemimetábolo: ovo, náiade e adulto (imaturos aquáticos).
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Uniramia
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Ordem: Odonata
Subordem: Epiprocta, Zygoptera, Anisoptera...
Família:
OLIGOCHAETA
São conhecidas 3000 espécies de Oligochaetas. Possuem cerdas, mas o
número das cerdas é muito menor, seu nome significa "poucos cabelos".
Oligochaetas diferem também dos poliquetos já que possuem órgãos
permanentes do sexo. A maioria é hermafrodita, e o desenvolvimento é
direto, tendo por resultado os jovens que se assemelham os adultos
minúsculos. As formas aquáticas podem ter brânquias.
Alimentam-se primeiramente de detritos e de algas. As minhocas
reciclam uma quantidade enorme de solo através de seus abdomens, um
processo que apressa a rotação dos nutrientes no solo e aumenta a
produtividade. Ajudam também a ventilar o solo. Os oligoquetos aquáticos
são alimentos importantes para peixes e invertebrados maiores. Alguns são
ectoparasitos.
O principal representante desse grupo é a minhoca. Ela tem a pele
coberta por uma fina película e produz uma substância viscosa; esse muco
diminui o atrito com o solo, protege a pele do contato com possíveis
substâncias tóxicas e mantém a umidade, que é fundamental para a respiração
cutânea.
Nesse animal, é visível o clitelo - um anel mais claro por onde os
animais se unem na fecundação cruzada, trocando espermatozóides. Após a
reprodução, cada um dos vermes libera no solo um casulo cheio de ovos.
Alguns dias depois, saem desses ovos vermes jovens.
Pheretima hawayana - minhoca comum de jardim (10 cm de comprimento).
Glossoscolex paulistus - minhocaçu, freqüentemente chamado de cobra (um
metro de comprimento) Lumbricus terrestris, Eudrilus sp - minhoca grande da
Europa e leste da América do norte, podem atingir 30 cm de comprimento.
Reino: Animália
Filo: Annelida
Classe: Oligochaeta
Ordem: Opisthopora
Família: Lumbricidae
ORTHOPTERA
Grilos, gafanhotos, esperanças e paquinhas - Nome: ortho (reto) +
ptera (asas). Situação: Mais de 17 mil espécies descritas. Características:
Aparelho bucal mastigador, asas anteriores em tegmina e patas posteriores
saltatórias. Hábito alimentar: fitófagos (mastigadores), muitos são pragas
em agricultura. Desenvolvimento: paurometábolo: ovo, ninfa e adulto.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Uniramia
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Ordem: Orthoptera
Subordem: Ensifera, Caelifera...
Superfamília: Grylloidea, Acridoidea...
Família: Gryllacrididae, Gryllidae, Acrididae...
PROTURA
São animais de tamanho pequeno, medindo entre 0,5 e 1,5 mm. São
esbranquiçados, com a cabeça mais ou menos cônica e provida de peças bucais
do tipo sugadoras, enfiadas na cabeça (entognatos). Não apresentam olhos ou
antenas. O primeiro par de patas é maior que os demais e é sensorial,
funcionando como uma antena. Sofrem três mudas; quando saem do ovo,
apresentam 9 segmentos abdominais e, após cada muda, mais um segmento é
acrescentado, totalizando doze segmentos abdominais (anamorfose).
Vivem em sólo úmido ou em húmus, folhas mortas, sob troncos. Alimentam-
se de matéria morta em decomposição e esporos de fungos.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Uniramia
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Ordem: Protura
Subordem: Acerentomata, Eosentomata, Sinentomata
SYMPHYLA
Representa um táxon com cerca de 160 espécies conhecidas com tamanho
entre 1 a 8 mm de comprimento que vivem em solo úmido, são anamorficos
(nascem com número de pares de pernas menores que os adultos) e quando
adultos possuem 12 pares de pernas destribuidos num tronco com 14
segmentos, onde no ultimo encontra-se a fiandeira (estrutura semelhante as
pernas). Não possuem olhos, suas antenas são compridas, possuem em suas
pernas pelos com funções tatéis e quimiorreceptoras. Alimentam-se de raizes
de plantas, e sofre ecdiase (muda) por toda vida
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Myriapoda
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Ordem: Symphyla
Família: Scutigerellidae,Scolopendrellidae
THYSANOPTERA
Trípes ou lacerdinha - Nome: thysano (franja) + ptera (asas).
Situação: Mais de 3,1 mil espécies descritas. Características: aparelho
bucal raspador sugador; asas membranosas franjadas; insetos pequenos 0,5 a
5 mm de comprimento, de cor castanha até preto. Hábito alimentar: raspam e
sugam seiva das flores, folhas e frutos. Desenvolvimento: paurometábolo:
ovo, ninfa e adulto.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Uniramia
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Ordem: Thysanoptera
Subordem: Terebrantia
Família: Adiheterothripidae, Aelothripidae, Fauriellidae,
Phlaethripidae...
REFERENCIAS
GALLO, D et al. Manual de entomologia agrícola. Piracicaba: FEALQ, 2002
MARICONI, F. A. M. Insetos e outros invasores de residências. Piracicaba:
FEALQ, 1999.
ZEPPELIN, D.; BELLINI, B. Introdução ao estudo dos Collembola. Campina
Grande: Ed. Universitária, UFPB, 2004.
BUZZI, Z. J. Entomologia didática. 4. ed. Curitiba: Editora UFPR, 2002.