Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Estudo De Caso 1 Difração Raios-x

Estudo de caso 1 Difração Raios-X - PMI2201

   EMBED


Share

Transcript

LCT-EPUSP TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS PMI-2201 DIFRAÇÃO DE RAIOS X (DRX) por Prof. Dr. Henrique Kahn LCT-EPUSP DRX - FUNDAMENTOS DA TÉCNICA MATÉRIA ESTADO GASOSO ESTADO LÍQUIDO ESTADO SÓLIDO AMORFO (desordenado) CRISTALINO (ordenado) 1 LCT-EPUSP DRX - FUNDAMENTOS DA TÉCNICA O ESTADO CRISTALINO cristal de quartzo, ametista superfície de cristal de grafita • Corpo sólido com átomos dispostos em um arranjo tridimensional regular que se repete indefinidamente no espaço. LCT-EPUSP CELA UNITÁRIA • Menor conjunto de átomos que se transladado no espaço gera uma estrutura infinita (retículo cristalino). Este conjunto de átomos, menor unidade do retículo cristalino, pode ser traduzido por um paralelepípedo: • eixos = x, y, z • parâmetros = a, b, c • ângulos •α=y∧z •β=x∧z •γ=x∧y 2 LCT-EPUSP ESTRUTURA CRISTALINA F Ca FLUORITA, CaF2 GRAFITA, C LCT-EPUSP OS RETÍCULOS ESPACIAIS DE BRAVAIS 3 LCT-EPUSP OS RETÍCULOS ESPACIAIS DE BRAVAIS E OS SISTEMAS CRISTALINOS SISTEMA Retículos de Bravais Nº símbolos CÚBICO 3 P, I, F TETRAGONAL 2 P, I ORTORRÔMBICO 4 P, C, I, F HEXAGONAL 1 P TRIGONAL 1 R MONOCLÍNICO 2 P, C TRICLÍNICO 1 P Restrições quanto aos parâmetros da cela unitária a=b=c α = β = γ = 90º a=b≠c α = β = γ = 90º a≠b≠c α = β = γ = 90º a=b≠c α = β = 90º e γ = 120º a=b=c α = β = γ < 120, ≠ 90º a≠b≠c α = γ = 90º ≠ β a≠b≠c α≠β≠γ LCT-EPUSP ÍNDICES DE MILLER Definem a orientação de um plano no retículo cristalino, sendo também adotado para notação de faces em um cristal. ‰ Os índices correspondem ao recíproco da intersecção do plano com os eixos de coordenação (a, b, c ) do retículo cristalino. ‰ O primeiro dígito refere-se ao eixo “a”, o segundo ao eixo “b” e o terceiro ao eixo “c”. A notação genérica adotada é (hkl) Exemplos: Plano u v x y z Intersecção a b c ∞ 1 1 2 3 1 ∞ ∞ 1 1/2 1/3 1 ∞ 1 1/2 Recíproco 1/∞ 1/2 1/∞ 2/1 ∞/1 1/1 1/3 1/∞ 3/1 1/1 multip. 1/1 1/1 1/1 1/1 2/1 *6 Índices de Miller (011) (326) (001) (231) (012) 4 LCT-EPUSP ÍNDICES DE MILLER c 2 Intersecção a b c 4 3 2 Recíproco 1/4 1/3 1/2 Multip = 12 12/4 12/3 12/2 3 4 6 (hkl) 3 4 a b LCT-EPUSP ÍNDICES DE MILLER 5 LCT-EPUSP PRINCÍPIOS DE DIFRAÇÃO • Difração é um fenômeno de interferência • Ondas eletromagnéticas interagem com um objeto • Exemplo simples : difração óptica OPTICA LCT-EPUSP DIFRAÇÃO - ÓPTICA Se ao invés de se ter somente duas fendas existirem um grande número de fendas, a posição do primeiro máximo se mantém a mesma e os picos vão ficando mais estreitos. 6 LCT-EPUSP DIFRAÇÃO - INTERFERÊNCIA LCT-EPUSP CONDIÇÕES PARA A DIFRAÇÃO DE RAIOS X feixe de raios X “monocromático”, de determinado comprimento de onda (λ) incide sobre um cristal a um ângulo θ (ângulo de Bragg) ‰ Cada átomo atua como uma fonte pontual, com os raios X sendo espalhados coerentemente (espalhamento elástico, sem perda de energia) 7 LCT-EPUSP CONDIÇÕES PARA A DIFRAÇÃO DE RAIOS X A difração de raios X ocorre de acordo com a lei de Bragg n λ = 2 d sen θ θ: ângulo entre o feixe incidente e planos do cristal, d: distância interplanar entre os planos de átomos e n: ordem de difração. LCT-EPUSP DIFRAÇÃO – LEI DE BRAGG 8 LCT-EPUSP CsCl hkl d (Å) I 100 4,12 Å 45 110 2,917 100 111 2,380 13 200 2,062 17 210 1,844 14 211 1,683 25 222 1,457 6 LCT-EPUSP DIFRAÇÃO DE RAIOS X ‰ Os ângulos difratados trazem informações relativas ao retículo cristalino; ‰ As intensidades relativas trazem informações sobre a estrutura do cristal; ‰ Como a estrutura de um determinado composto é única o seu padrão difratométrico também é único Î IDENTIFICAÇÃO 9 LCT-EPUSP DIFRAÇÃO DE RAIOS X - DRX • é uma das principais ferramentas para a identificação das fases presentes em materiais cristalinos • sua aplicação é de fundamental importância no estudo de substâncias cristalinas em geral LCT-EPUSP DRX - APLICAÇÕES † identificação de fases cristalinas; † análise quantitativa das fases presentes; † cálculo das dimensões da cela unitária; † determinação da cristalinidade; † avaliação do tamanho dos cristalitos; † análises sob atmosfera controlada † † temperatura (-196 a 1500ºC), † pressão parcial de gases † umidade outras aplicações em caracterização de materiais: † orientação de cristais ou textura; † tensão residual † filmes finos. 10 LCT-EPUSP DRX EQUIPAMENTOS: CAMARA DEBYE-SCHERRER Câmara de pó de Debye-Scherrer Filme fotográfico com registro de difração de 0 a 180º LCT-EPUSP X´Pert MPD Philips goniômetro INSTRUMENTAÇÃO tubo amostra detector 11 LCT-EPUSP GEOMETRIA DE DIFRATÔMETRO SEM MONOCROMADOR goniômetro horizontal LCT-EPUSP DRX DIFRATÔGRAMA DE RAIOS X Gráfico de intensidade difratada versus ângulo 2θ (ou d), com os picos de difração destacando-se do background (ou linha de base). 12 LCT-EPUSP BUSCA DE PICOS LCT-EPUSP BANCO DE DADOS ‰ Cada substância cristalina apresenta um padrão difratométrico distinto. ‰ Cada estrutura cristalina apresenta sempre o mesmo padrão. ‰ Em uma mistura policristalina, cada constituinte gera um padrão independente dos demais Î IDENTIFICAÇÃO DE CADA COMPOSTO “IMPRESSÃO DIGITAL” 13 LCT-EPUSP DRX IDENTIFICAÇÃO DE FASES Banco de dados de fases cristalinas - ICDD (International Center for Diffraction Data) LCT-EPUSP PROCEDIMENTOS PARA INTERPRETAÇÃO Previamente a qualquer procedimento de identificação devem ter sido assinaladas as distâncias interplanares, interplanares d (Å), e intensidades líquidas e/ou relativas para todos os picos do difratograma. Na sequência, deve ser selecionado o método a ser empregado para a identificação e as estratégias a serem adotadas. 14 LCT-EPUSP DRX CÁLCULO DE DISTÂNCIAS INTERPLANARES E RESPECTIVAS INTENSIDADES DIFRATADAS ângulo [2Θ] d-value α1 6,19 9,50 12,56 19,03 19,48 20,94 25,26 26,74 28,70 29,56 31,05 34,16 34,62 36,20 36,60 14,27 9,30 7,04 4,66 4,55 4,24 3,52 3,33 3,11 3,02 2,88 2,62 2,59 2,48 2,45 d-value Largura pico Intens. pico Intens. back Intensidade [contagens [contagens] relativa (%) [2Θ] α2 14,3 9,33 7,06 4,67 4,56 4,25 3,53 3,34 3,12 3,03 2,89 2,63 2,60 2,49 2,46 0,30 0,15 0,12 0,15 0,12 0,09 0,12 0,12 0,15 0,09 0,15 0,24 0,15 0,12 0,24 12 17477 37 1706 835 190 50 253 7465 137 480 202 350 640 424 199 104 26 58 67 98 94 88 79 76 69 67 66 64 62 0,1 100,0 0,2 9,8 4,8 1,1 0,3 1,4 42,7 0,8 2,7 1,2 2,0 3,7 2,4 61,47 63,58 67,08 67,59 1,51 1,46 1,39 1,38 1,51 1,47 1,40 1,39 0,24 0,60 0,24 0,36 108 14 112 108 67 69 88 83 0,6 0,1 0,6 0,6 Gráfico de intensidade difratada versus ângulo 2θ (ou d), com os picos de difração destacando-se do background (ou linha de base). LCT-EPUSP DRX ESTRATÉGIAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE FASES INÍCIO INÍCIO VERIFICA PADRÃO DO COMPOSTO ORDENAR OS PICOS POR INTENSIDADE; SELECIONAR O PRIMEIRO SELECIONE OUTRA LINHA DENTRE AS MAIS INTENSAS Não Não CONFERE? EXISTEM PICOS NÃO UTILIZADOS? Sim Sim SUBTRAI O PADRÃO Sim Não PICOS RESTANTES? POR COMPOSTO DEMAIS PICOS CONFEREM? Sim SUBTRAI O PADRÃO Não RESULTADO FINAL SELECIONE O PRÓXIMO PICO MAIS INTENSO NÃO UTILIZADO MÉTODO HANAWALT SOFTWARES Busca automática por métodos booleanos ou lógica Fuzzy PICOS RESTANTES? Não RESULTADO FINAL 15 LCT-EPUSP SOFTWARE PCPDFWIN OPERAÇÕES BOOLEANAS (E & OU & NÃO) ‰ Banco de dados PDF-2 ‰ Classificação por: – Subfiles: Subfiles inorgânico, orgânico, mineral, metais & ligas, etc. – Elementos quí químicos: micos nº elementos e elemento químico (only, inclusive, just). – Nome: Nome inorgânico, comum, mineral e orgânico. – Miscelânea: Miscelânea ‰ linha mais intensa: intensa limite superior e inferior ‰ “ long line” line”: limite superior e inferior ‰ densidade ‰ volume cela unitá unitária reduzida ‰ etc LCT-EPUSP DRX QUANTIFICAÇÃO DE FASES 2 2 I(hkl)J = Ke p(hkl) (1/VJ ) ⏐F(hkl)J⏐ LP(hkl) fJ / μ onde, I(hkl)J intensidade integrada; Ke constante para um equipamento particular; P(hkl) fator de multiplicidade; VJ volume da cela unitária; F(hkl)J fator estrutura; LP(hkl) fator Lorentz-polarização; fJ fração volumétrica da fase J na amostra; μ coeficiente de absorção linear da amostra. 16 LCT-EPUSP DRX QUANTIFICAÇÃO DE FASES - efeito matriz Efeitos de distintos coeficientes de absorção de massa sobre intensidades difratadas de quartzo em misturas binárias LCT-EPUSP DRX MÉTODOS DE QUANTIFICAÇÃO DE FASES ‰ Métodos convencionais (1 pico) ‰ método do padrão interno ‰ método da adição ‰ método de matrix-flushing 17 LCT-EPUSP DRX MÉTODOS DE QUANTIFICAÇÃO DE FASES ‰ Método de Rietveld (todo o difratograma) ‰ difratograma coletado ‰ difratograma calculado por Rietveld ‰ resíduo do processamento • corindon • cristobalita = 30,1 ± 9,5 • fluorita = 28,1 ± 2,6 • mulita = 40,8 ± 6,8 • rutilo = 0,1 ± 0,1 = 1,1 ± 0,9 18