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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE
ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO - POLI
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
PROFESSORA: Mônica Barradas
TURMA: AO TURNO: Noite
ALUNOS:
Junho de 2004
Índice
Apresentação 4
Introdução 5
1 – História da Estatística 6
2 – Definição 6
3 – Objetivo 7
4 – Limites 7
5 – Relações 7
6 – Divisão 8
7 – Utilidade 8
8 – Fases do trabalho estatístico 8
8.1 – População 9
8.2 – Amostra 9
8.3 – Variável 10
8.4 – Freqüências 10
8.5 – Medidas de tendência central 11
Análise Final 12
Referências Bibliográficas 13
Apresentação
(...) A finalidade de qualquer pesquisa é descobrir respostas para
questões, mediante a aplicação de métodos científicos. Tais métodos são
desenvolvidos tendo por objetivo criar uma probabilidade, cada vez mais
tendente para a certeza, de as informações obtidas às questões apresentadas
serem, além de seguras e imparciais, realmente representativas do mundo
real.
Não é verdade, entretanto, que qualquer tentativa de realização uma
pesquisa dê resultados satisfatórios, embora os métodos científicos tenham,
efetivamente, maiores condições de apresentar resultados mais coerentes,
mais próximos da verdade.
Introdução
Este trabalho...
1. História da Estatística
De origem muito antiga, a Estatística teve durante séculos um caráter
meramente descritivo e de registro de ocorrências. As primeiras atividades
datam de cerca de 2000 a.C. e referem-se a iniciativas como o recenseamento
das populações agrícolas chinesas.
Muitos séculos antes da era cristã, utilizava-se a Estatística de modo
empírico e quase instintivo, em pesquisas indispensáveis à civilização
daqueles distantes milênios. Exemplificando, já as pirâmides do Egito
possuem, eternizadas em seus hieróglifos, as mais variadas informações
numéricas de trinta séculos antes de Cristo.
O estado incipiente e inato da aplicação estatística se manteve até
metade do século XIX, quando se iniciavam estudos e medidas para o seu
aperfeiçoamento e sua utilização, como método científico de mensuração e
análise de fenômenos sociais.
A evolução da Estatística pode ser dividida, não de modo preciso, em
três épocas:
a primeira, abrangendo toda a antiguidade, o início da era cristã,
a idade média e o primeiro século da idade moderna. É o longo
período embrionário, durante o qual a Estatística apenas era
aplicada sem qualquer nuança de técnica ou de ciência, como prática
decorrente de circunstâncias e ainda de naturais desejos de atender
a imperativos do lento desenvolvimento da sociedade humana;
a segunda, iniciada no alvorecer do século XVII. As circunstâncias
impuseram melhor organização da Estatística, a fim de que se
tornasse possível à avaliação dos recursos financeiros e militares
da França, bem como de suas correntes de comércio e da situação
geral do país;
a terceira, com início aproximado em 1850, estendendo-se em
progressiva melhoria, até os dias atuais. É a fase do aprimoramento
científico da estatística e da ampliação incessante de seu uso a
todos os setores da atividade humana. A aplicação útil, correta e
inteligente de suas virtualidades lhe vem assegurando lugar de
destaque inarredável como colaboração de quase todas as ciências.
Atualmente, a Estatística moderna conta com nomes de vulto que,
elaborando fecundos estatísticos, escrevendo monografias metodológicas e
fazendo aplicações particulares, têm contribuído para um aperfeiçoamento
cada vez maior da metodologia estatística, dentre os quais podemos citar
Galton, Pearson e Fisher.
O primeiro criou entre outras teorias a de Regressão, que com a
Correlação, desenvolvida por Pearson, constituem um dos pontos mais
fecundos nas aplicações da Estatística.
Finalmente, Fisher, partindo da interferência estatística de Pearson,
estruturou de forma vigorosa a teoria de Pearson, em particular a teoria
das pequenas amostras e da estimativa.
2. Definição
Inúmeras são as definições com que os autores conceituam a
Estatística, tendo em vista seus processos, objetivos, aplicações etc.
Podemos citar a definição feita por Wallis: "Estatística é o conjunto
de métodos que se destina a possibilitar a tomada de decisões acertadas,
face às incertezas".
O que modernamente se conhece como Ciência Estatística, ou
simplesmente Estatística, é um conjunto de técnicas e métodos de pesquisa
que, entre outros tópicos, envolve o planejamento do experimento a ser
realizado, a coleta qualificada dos dados, a inferência e o processamento e
análise das informações.
Grande parte das informações divulgadas pelos meios de comunicação
atual provém de pesquisas e estudos estatísticos.
Utilizando hoje os poderosos meios da Informática, a Estatística tem
sido fundamental para o desenvolvimento da Economia, da Medicina, da
Física, da Psicologia, da Lingüística, etc.
Por meio das análises feitas de dados organizados podemos, em muitos
casos, fazer previsões, determinar tendências, auxiliar na tomada de
decisões e, portanto, elaborar um planejamento com mais precisão.
3. Objetivo
De acordo com as definições, o objeto da Estatística é, obviamente, a
indagação e análise de qualquer fenômeno que possa ser expresso
numericamente.
4. Limites
Os campos de aplicação da Estatística são ilimitados, não a podendo
dispensar os que cientificamente investigam qualquer fenômeno.
Segundo BULHÕES CARVALHO, os limites de sua metodologia de aplicação
podem ser, do seguinte modo, resumidos e ordenados:
1. reconhecer os fenômenos que constituem objeto da Estatística;
2. observar os fenômenos considerados como objetos estatísticos,
realizando as respectivas observações sistemáticas na massa dos casos;
3. registrar as observações como verificações estatísticas;
4. recolher e classificar as observações registradas;
5. apurar as observações;
6. formar grupos das observações resultantes da apuração, efetuando, em
seguida, as operações numéricas das tabelas;
7. verificar a uniformidade;
8. explicar as observações coligidas nos grupos e a sua uniformidade,
isto é, descobrir a causalidade nos fenômenos e nas variações de tempo
e lugar;
9. verificar a regularidade, a regra, a normalidade e as leis em que se
baseiam os fenômenos observados e a respectiva uniformidade;
10. expor e publicar as observações registradas, classificadas e
agrupadas, assim como os resultados obtidos".
5. Relações
Evidentes são as afinidades entre a Estatística e as ciências físico-
naturais, as ciências exatas e matemáticas e as ciências sociais no sentido
mais genérico. Relacionam-se com tão grande número de ciências pelo
recíproco auxílio que se prestam.
A geografia lhe fornece a base física, delimita-lhe o âmbito, para as
suas pesquisas. A história narra ou relaciona no tempo os fatos, a
Estatística os retrata em cada momento; segundo feliz expressão de
SCHLÖZER, a Estatística é a História parada, ao contrario desta, que é a
Estatística em movimento. As suas ligações com a Sociologia são íntimas,
podendo-se atestar que, se ambas não nasceram juntas, a Estatística dela
surgiu como indispensável complemento, uma vez que todos os fatos da vida
social podem ser regulados por leis, estabelecidos, como regra, graças ao
valioso auxílio da Estatística.
A matemática dá o alicerce para os cálculos, aos quais se
obriga na aplicação do método. Os especialistas no ensino da Estatística
recomendam fortemente o ensino dos métodos estatísticos sem aprofundamentos
matemáticos, sobretudo para iniciantes; depois de ensinado o ABC do método,
demonstrar matematicamente o significado da aplicação desta ou daquela
técnica torna o aprendizado da Estatística mais racional.
6. Divisão
A Estatística divide-se naturalmente em:
Estatística metodológica,
Estatística aplicada ou descritiva.
A primeira abrange a teoria e técnica, estabelecendo regras para a
observação, enumeração, classificação dos fatos sociais, e indicam os
processos de cálculo para a elaboração dos resultados estatísticos e
subseqüentes análise qualitativa e quantitativa, com o objetivo de conhecer
as leis e causas determinantes ou reguladoras; a segunda visa à
investigação e a descrição, limitando-se a expor os fatos e aproveitá-los
quantitativamente, sem se preocupar com a precisão matemática e apenas
tendo em vista resultado aproximado, tornando-se investigadora quando
procura determinar o elemento típico dos fatos observados, descritos e
expressos em quantidades concretas, o que facilita o conhecimento das
causas determinantes dos fenômenos estudados e daí as leis da sua regular
manifestação.
7. Utilidade
Constitui atualmente a máxima afirmativa de que qualquer ação de
chefia, administração ou comando não pode ser exercida plena ou, pelo
menos, satisfatoriamente sem o auxílio da Estatística.
A coisa mais importante acerca da interpretação dos dados estatísticos
é saber que eles devem ser interpretados; só habilmente coletados e
criticamente interpretados podem ser extremamente úteis.
Infelizmente os maus empregos são tão numerosos quanto os usos válidos
da Estatística. Ninguém – administrador, executivo, cientista, ou
pesquisador social – deve deixar-se enganar pelas más estatísticas, embora
os casos do emprego indevido da Estatística sejam tantos que possam gerar a
falsa impressão de que esta ciência é, raras vezes ou nunca, digna de
confiança.
Não é somente na esfera da administração pública, mas ainda nas
atividades particulares, sobretudo nas de caráter sócio-econômico, que a
Estatística é chamada a prestar o seu concurso, como instrumento
indispensável, desde que a organização alcance desenvolvimento expressivo.
Convém acentuar não ser ela apenas um método prático para o estudo
comparativo de números. Mais transcendentes seus objetivos, serve de base
ao progresso das ciências relacionadas com os fenômenos sociais, quer sob o
ponto de vista físico ou material, quer no que concerne aos aspectos
intelectual e moral.
A Estatística é a base de qualquer organização que tenha em mira o
interesse público.
8. Fases do trabalho estatístico
Planejamento: é a fase ou preocupação inicial do responsável ou
encarregado daquela pesquisa. Esta etapa tem como finalidade
significar as medidas prévias, identificar o objetivo do trabalho,
identificar a população e a amostra e verificar orçamento. Nesta fase
é que se equaciona a verdadeira necessidade do levantamento, a fim de
prever a possibilidade ou variabilidade prática de seu êxito, tendo em
vista o seu objetivo.
Coleta de dados: é a fase básica da pesquisa estatística, é a busca
informações necessárias para iniciar o trabalho estatístico
propriamente dito. A coleta de dados pode ser feita através de
questionários, declarações de registros, consulta ao censo, etc.
Requer cuidados atentos e especiais, no que diz respeito à
delimitação, extensão e profundidade das indagações, seleção do
processo mais adequado às circunstâncias, forma de confecção e
apresentação dos instrumentos de coleta; previsão, a fim de evitá-los
dos erros em geral; seleção do pessoal para a operação de campo e
instruções em favor de seu êxito. Nunca será demais encarecer a
importância da coleta, uma vez que, como fundamento do trabalho
estatístico, sem ela jamais poderia ele ser realizado.
Critica: é o trabalho de revisão e correção com a finalidade de
purificar as indagações de quaisquer imperfeições, buscando suprir
deficiências, corrigir imperfeições, retirar detalhes supérfluos,
enfim condicionar a pesquisa realizada a uma apuração tanto quanto
possível exata e rápida.
Classificação: pela classificação são dispostas as modalidades,
segundo as quais serão apuradas as informações obtidas na coleta. É
este o momento do destaque e das combinações dos diversos atributos do
fenômeno, com o fim de torná-los expressivos e condizentes com os
objetivos da elaboração. O esforço de bem conduzida coleta pode ser
prejudicada se a classificação não discriminar eloqüentemente os dados
a serem apurados, tornando a apresentação seguinte inexpressiva, até
mesmo muda ou alheia à apreciação do fenômeno.
Apuração das informações: é a contagem e o agrupamento dos fatos
constatados. Essas informações podem ser totalizadas manualmente, na
máquina ou no computador.
Apresentação: é a fase final da elaboração estatística. A
apresentação ou divulgação dos resultados pode ser feita sob forma
tabular, gráfica ou em texto, envolvendo esta os estudos analíticos,
descritivos ou informativos dos fenômenos pesquisados. Em qualquer
dessas três espécies, o encarregado da apresentação deve ter sempre em
vista o cuidado de fazê-la clara, objetiva e atraente, a fim de não
prejudicar ou, até mesmo, anular os esforços despendidos nas demais
fases que a precederam.
8.1. População
A Estatística parte da observação de grupos, geralmente numerosos, aos
quais damos o nome de população ou universo estatístico.
Cada elemento da população estudada é denominado unidade estatística.
8.2. Amostra
A população estatística pode ser finita ou infinita.
Finita: quando apresenta um número finito de elementos.
Ex: nº de operários que trabalham em uma fábrica em uma determinada
data; ou, as notas de Probabilidade e Estatística dos alunos de
Engenharia em um determinado período.
Infinita: quando apresenta um número infinito de elementos.
Ex: as temperaturas nos diversos pontos do Brasil em determinado
momento.
Quando o universo estatístico é infinito, não é possível fazer uma
observação que abranja todos os seus elementos, Nesse caso, recorre-se a um
subconjunto do universo estudado chamado de amostra.
Mesmo quando o universo é finito, há razões que nos levam à utilização
de técnicas de amostragem, tais como:
- razões econômicas, por ser dispendioso observar grande número de
elementos;
- razões de tempo, pois uma observação demorada pode levar a resultados
desatualizados.
8.3. Variável
As modalidades com que se apresentam os fenômenos podem ser:
Qualitativas: se os valores tomados não são numéricos, como: raça,
sexo, estado conjugal, etc.
Quantitativas: se os valores tomados são numéricos, como: altura,
peso, idade, vencimento, número de filhos, etc.
Conforme a natureza da classificação ou do fenômeno a ser apurado, a
variável qualitativa assume características de classificação cronológica ou
geográfica. É cronológica quando os resultados das apurações serão
ordenados segundo as épocas que ocorreram os fenômenos; geográfica é
tipicamente uma distribuição qualitativa, disposta segundo as áreas nas
quais as ocorrências se verificaram.
Uma característica quantitativa também é chamada de variável
estatística ou simplesmente variável. Cada valor que essa variável pode
assumir chama-se dado estatístico.
As variáveis quantitativas subdividem-se em:
Continuas: quando os seus caracteres podem assumir qualquer
valor do intervalo da variação.
Discretas: quando só podem assumir valores inteiros, não
fracionários ou submúltiplos.
8.4. Freqüências
A primeira fase de um estudo estatístico consiste em recolher, contar
e classificar os dados pesquisados sobre uma população estatística ou sobre
uma amostra dessa população.
Escolhida uma característica sobre os elementos de uma população,
devemos elaborar uma tabela de dados denominada distribuição estatística.
Posteriormente, os resultados podem ser interpretados por meio de um
gráfico. Diversos tipos de gráficos são usados em Estatística: de barras,
de setores, poligonais e pictogramas.
Freqüência absoluta ( fi ) do valor xi é o número de vezes que a variável
estatística assume o valor xi.
Freqüência relativa ( fr ) do valor xi da variável é o quociente entre a
freqüência absoluta ( fi ) e o número de elementos N da amostra, ou seja:
fr = fi / N
8.5. Medidas de tendência central
Depois de se fazer a coleta e a representação dos dados de uma
pesquisa, é comum analisarmos as tendências que essa pesquisa revela.
Assim, se a pesquisa envolve muitos dados, convém sintetizarmos todas essas
informações a um mínimo de parâmetros que possam caracterizá-la. Esses
parâmetros podem ser de:
Centralização: média aritmética, mediana e moda.
Dispersão: intervalo de variação, desvio médio, variância e
desvio padrão.
Análise Final
Concluímos que... bla bla bla...
Bibliografia
GONÇALVES, FERNANDO ANTÔNIO, Estatística descritiva: uma introdução.
São Paulo, Editora Atlas, 1978.
MÁRIO RITTER NUNES, Noções práticas de Estatística. Rio de Janeiro,
1968.
JOSÉ RUI GIOVANNI e JOSÉ ROBERTO BONJORNO, Coleção Matemática: uma nova
abordagem, Vol. 02, São Paulo, Editora FTD, 2000.
MÔNICA BARRADAS P. MELO, Estatística Básica – apostila.