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Equipamentos, Segurança E Vidraria.

EQUIPAMENTOS, SEGURANÇA E VIDRARIA.

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Introdução: O avanço científico tornou as análises químicas e físicas de suma importância em indústrias, fazendo-se necessário que haja uma forma de comunicação padronizada, para que, uma experiência realizada em um laboratório seja reproduzível, atingindo resultados similares, em outro laboratório. Para tal é imprescindível que se tenha uma padronização não apenas no registro experimental, mas nas instalações dos laboratórios. As pesquisas e experiências, realizadas pelos diversos ramos da ciência, são feitas em ambientes propriamente munidos de equipamento adequados e necessários, seguindo certas normas de disposição espacial e de segurança. Essas normas fazem com que as atividades sejam realizadas em condições ambientais controláveis, assegurando a repetibilidade do experimento. Boas práticas de ordem pessoal são de extrema importância em ambiente laboratorial, tais como utilizar corretamente os Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva (EPIs e EPCs, como jaleco, luva, capela, exaustor) e o bom conhecimento da Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) da substância a ser manipulada. Entretanto, tão importante quanto isso é a disposição espacial do laboratório e sua conformidade com as normas de segurança e competência. Para a obtenção de resultados aceitáveis em mercado nacional e internacional, muitas vezes os laboratórios tem que obter uma certificação de qualidade de um órgão acreditador com o INMETRO. Dentro do meio químico, os laboratórios que fazem ensaios e calibrações devem se adequar segundo a ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005, "Requisitos gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibração", referente às Boas Práticas de Laboratório (BPL). Essa norma visa "promover o desenvolvimento e a permanente avaliação e certificação da qualidade dos seus serviços, permitindo o aprimoramento contínuo, de forma a garantir a qualidade dos ensaios realizados" (ANVISA). Segurança: O laboratório pode conter substancias químicas perigosas à saúde quando manuseadas de maneira errada. A segurança dependerá do cumprimento de regras, como as seguintes, que são elaboradas como consequência das adequadas utilizações de diversos equipamentos laboratoriais, definidas por Normas Brasileiras de Regulamentação (NBRs): O acesso a área do laboratório deve ser sempre previamente autorizado. O acesso de crianças ao laboratório não deve ser permitido. Não é permitido que pessoas não autorizadas manuseiem os reagentes químicos ou equipamentos existentes no laboratório. Quando o laboratório estiver vazio, ele deve permanecer trancado. As portas do laboratório devem se manter fechadas, desobstruindo a passagem, e devem conter certo tipo de visibilidade através da mesma. A abertura da porta deve ser sempre para o sentido de evacuação do laboratório. Recomenda-se, também, que o laboratório tenha mais de uma porta. Não se devem usar escadas e saguões para estocagem de materiais ou equipamentos de laboratório. Isto se aplica também a equipamentos de uso pessoal. As áreas de circulação e passagem dos laboratórios devem ser mantidas limpas. Os acessos aos equipamentos e saídas de emergência nunca devem estar bloqueados. O manuseio de matérias, especialmente reagentes químicos, deve ser feito tomando o cuidado de rotula-los, frisando os riscos atrelados ao conteúdo do material, toda solução preparada e amostras coletadas e, ao disponibilizar frascos dos mesmos para lavagem, realizar limpeza prévia com água. Manter gavetas fechadas e bancadas limpas e sem materiais não pertinentes a prática realizada no momento. Em caso de derrame, acidente ou exposição a materiais infecciosos que acontecera ou possa acontecer o trabalho deve ser interrompido, a limpeza deve ser solicitava e deve ser notificado ao supervisor do laboratório, tendo este que manter um registro escrito de tais acidentes e incidentes. O pessoal responsável pela limpeza deve ser instruído dos riscos envolvendo os reagentes envolvidos e os procedimentos de limpeza adequados. Vidrarias quebradas ou trincadas devem ser descartadas em local apropriado. Materiais usados ou não etiquetados não devem ser acumulados no interior do laboratório e devem ser descartados imediatamente após sua identificação, seguindo os métodos adequados para descarte de material de laboratório. Cilindros de gás devem estar sempre amarrados ou protegidos, principalmente antes de serem retiradas as tampas de proteção. Reagentes químicos não devem ser armazenados no chão ou em lugares de difícil acesso. Deve-se manter um registro de todos os reagentes químicos utilizados no laboratório. Todo laboratório deve ter esquema de descarte próprio dos reagentes químicos assim como dos frascos destes reagentes. Os equipamentos de laboratório devem ser inspecionados e mantidos em condições por pessoas qualificadas para este trabalho. Todos os equipamentos e vidrarias devem ser guardados adequadamente para prevenir quebras ou perda de componentes do mesmo. A NBR 14050 – ABNT recomenda que todos os laboratórios tenham pisos do tipo Argamassa polimérica com grande quantidade de carga mineral. O piso de cerâmica comum é o mais recomendável pelo seu baixo custo, facilidade na colocação e limpeza, segurança oferecida, ótima resistência e durabilidade. Paredes e tetos seguem a recomendação da NR-8, itens 8.4.1 e 8.2, respectivamente, quanto a isolamento térmico e acústico. Recomendam-se janelas basculantes por apresentarem maior segurança e por serem facilmente abertas e fechadas com um só comando de mão. O projeto das instalações elétricas deve obedecer às normas de segurança e atender ao estabelecido na NR-10, do MTE. A NR-17, do MTE, em seu item 17.5, que trata das condições ambientais de trabalho, estabelece, no subitem 17.5.3.3, que os níveis mínimos de iluminamento são os estabelecidos na Norma NBR 5413, da ABNT. Todas as redes de água devem dispor de uma válvula de bloqueio, do tipo fechamento rápido, de fácil acesso, para ter agilidade quando houver necessidade de interromper o suprimento de água. A mais segura forma de instalação de gás é de um único botijão, instalado fora do prédio, em uma caixa ventilada, porém fechada com cadeado e de preferência numa área inacessível a alunos, para uma maior segurança. Segundo o Departamento de Química da Universidade Federal de Goiás, os materiais de laboratório para as praticas da disciplina de Química Orgânica Experimental são: Vidrarias: O laboratório de química orgânica em especifico utiliza soluções orgânicas em suas praticas. O vidro utilizado na fabricação deve ser de alta resistência a ataque químico e a vidraria necessária para um bom manuseio das mesmas é: Tubo de Ensaio Béquer Erlenmeyer Kitassato Cilindro Graduado (ou proveta) Bureta Pipeta Volumétrica Pipeta Graduada: usada para medir volumes variáveis de líquidos; Funil: Com colo longo (funil analítico) e para sólidos (colo grosso); Extrator de Soxhlet Balão de Fundo Chato Balão de Fundo Redondo Balão de Destilação Funil de Decantação Vidro de Relógio Placa de Petri Cuba de Vidro Bastão de Vidro Pesa-Filtro Condensadores Terminal de destilação (com e sem vácuo) Picnômetro Aparelho de Kipp Dessecador Materiais de Porcelana: Cadinho Triângulo de Porcelana Almofariz e Pistilo Cápsula Funil de Büchner Espátula de Porcelana Utensílios Metálicos: Suporte Universal, Mufa e Garra Pinças de Mohr e de Hofmann Pinça Metálica Tripé Espátula Outros Utensílios: Tela de Amianto Pinça de Madeira Pipetador ou Pêra; Pissete Trompa de Água Equipamentos: Solventes orgânicos: maioria inflamável, portanto evitar aquecimento com chama direta. Placas De Aquecimento Mantas Elétricas Agitação Magnética Aparelho de Fisher-Johns Bomba de Vácuo Estufa Balança de Precisão Objetivos: Conhecer as vidrarias e equipamentos básicos no Laboratório de Química Orgânica da UFF e seu manuseio correto e compreender as regras de segurança no ambiente laboratorial e a adequação do laboratório nas mesmas. Resultados e Discussão: A disciplina Química Experimental A tem o intuito de apresentar o aluno ao convívio em ambiente laboratorial e, portanto, não existe nele grande necessidade que seus equipamentos e vidrarias sejam ideais, visto que as práticas não necessitam de precisão de resultados. Conforme o observado notou-se que o laboratório de química orgânica da Universidade Federal Fluminense (UFF), na sala 104, não dispõe de todo equipamento previsto à um laboratório de química orgânica. Entretanto, dispõe de equipamentos necessários para as realizações das praticas previstas à disciplina, atendendo às necessidades dos alunos, que são: - Pesagem do material e início da Fermentação; - Reação de Isomerização; - Calibração do termômetro (PF e PE); - Análise do ácido fumárico (PF e sublimação); - Destilação do Fermentado; - Análise do destilado (Densidade, Teste de Jones); - Extração por Soxhlet do coco; - Destilação do solvente em rotavapor; - Síntese do sabão; - Reciclagem de polímeros; - Desodorante. A segurança do laboratório é garantida nas medidas de distinção de cor entre a tubulação de água e gás, equipamentos perigosos em longe alcance caso haja explosão, utilização de capela com exaustor, separação de material quebrado, separação de rejeito químico, fácil acesso aos reagentes químicos, entre outros. A disposição espacial do laboratório, no entanto, apresenta falhas de segurança. O espaço é pequeno demais para o número de alunos, dificultando o isolamento caso aconteça algum acidente. Dificultando a evacuação existem dois problemas graves: As janelas estão obstruídas, e a única porta presente abre para o sentido contrario ao da evacuação. Há armazenagem de vidraria em armários fora dos laboratórios, no corredor. Além de inseguro, atrapalha a passagem e impede o fluxo em caso de evacuação. Contudo, as práticas realizadas são de simples realização e todo o procedimento é feito com o auxilio de um professor e um monitor experiente, tornando o processo menos inseguro. Conclusão: A vidraria básica providenciada, relacionadas à disciplina, foram suficientes a uma boa compreensão dos equipamentos. O laboratório não está adequado à literatura, porém, visto que o objetivo não era a precisão de um laboratório de análise, as substituições o tornam adequado ao ensino básico de química experimental. Bibliografia: VOGEL, Arthur. Textbook of Practical Organic chemistry. 5ª edição. Editora Longman. Londres, 1989. FELTRE, Ricardo. Fundamentos da Química - vol único. 3ª Ed revista e ampliada. São Paulo: Editora Moderna. 2001. Materiais de Laboratório. Disponível em: . Acessado em: 30 de Setembro de 2013 Acreditação de Laboratórios (ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005). Disponível em: . Acessado em: 30 de Setembro de 2013. Normas Regulamentadoras. Disponível em: . Acessado em: 30 de Setembro de 2013. Recomendações Para Montagem do Laboratório de Análise Química. Disponível em: . Acessado em 30 de Setembro de 2013.