Transcript
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
MATERIAIS / MATERIAIS I 1
Pedro Almeida DEM 2005
Materiais Compósitos Compósitos, são materiais que conjugam as propriedades de dois ou mais tipos de materiais distintos, para obter um material com propriedades superiores.
2
Materiais Compósitos
º Materiais
Definições dos Materiais Compósitos: º Matriz
– Fase que está em maior percentagem, na composição do compósito – fase contínua. º Reforço – Fase dispersa no interior da matriz – fase descontínua. º Matriz
– fase clara º Reforç Reforço – fase escura
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
Materiais Compósitos Estrutura dos Materiais Compósitos: º
Reforçados com partículas
º Reforçados
com fibras
º Compósitos
estruturais
MATERIAIS / MATERIAIS I 3
Pedro Almeida DEM 2005
Materiais Compósitos
4
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
MATERIAIS / MATERIAIS I 5
Pedro Almeida DEM 2005
Materiais Compósitos
Os materiais de engenharia requerem muitas vezes combinaç combinações de propriedades. º Por exemplo a indú indústria aeroespacial requer propriedades que não estão disponí disponíveis num material quando utilizado isoladamente. Normalmente os materiais para a indú indústria aeroespacial têm que ser duros, com elevada resistência mecânica, leves, resistentes à abrasão, impacto e ser isolantes térmicos.
º
6
Materiais Compósitos A Solução é o uso de materiais Compósitos. º São
materiais multifásicos º Normalmente conjugam propriedades das várias fases º Normalmente apresentam melhores propriedades que as das fases constituintes quando usadas isoladamente.
A maior parte dos materiais duros e com elevada resistência mecânica mecânica são muito densos (logo pesados) e a maior parte dos materiais pouco pouco densos (leves), não são resistentes à abrasão ou à temperatura.
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
Materiais Compósitos
MATERIAIS / MATERIAIS I 7
Exemplos de materiais compósitos: º Naturais º Madeira
(as fibras flexí flexíveis de celulose, são mantidas unidas por uma matriz de lenhina) lenhina) º Osso (zona interior – porosa com proteí proteínas, zona exterior dura e frá frágil – apatite) apatite)
Pedro Almeida DEM 2005
Materiais Compósitos º Artificiais º As
fases constituintes são quimicamente distintas.
8
MATERIAIS / MATERIAIS I
MATERIAIS / MATERIAIS I
Pedro Almeida DEM 2005
9
Pedro Almeida DEM 2005
Materiais Compósitos
10
Materiais Compósitos As propriedades dos materiais compósitos depende de: º Fases
Constituintes º Percentagens relativas das fases º Geometria da fase dispersa
Concentração
Distribuição
Orientação
º Forma
das partí partículas º Tamanho das partí partículas º Orientaç Orientação reforç reforço
Forma
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
MATERIAIS / MATERIAIS I 11
Materiais Compósitos Compósitos reforçados com Partículas º Os compósitos de partículas subdividem-se em duas classes: º Partículas
grandes
º As
interacç interacções entre as partí partículas e a matriz, não são ao ní í vel ató ó mico ou molecular. n at º A interface entre a matriz e o reforç reforço é crí crítica º Reforçados
por dispersão (partículas pequenas)
geralmente com diâmetro entre 0,01– 0,01–0,1 µm º Inibem o movimento das deslocaç deslocações º Partí Partículas
Tamanho
Pedro Almeida DEM 2005
12
Materiais Compósitos Compósitos reforçados com Partículas As partí partículas devem ser aproximadamente equiaxiais º As partí partículas devem estar uniformemente distribuí distribuídas º A fracç fracção volú volúmica depende das propriedades desejadas º Podem ser usados como matriz/reforç matriz/reforço as três grandes classes de materiais: Cerâmicos, Metais e polí polímeros º
º Exemplo:
reforç reforço.
O betão, onde o cimento é a matriz e o cascalho o
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
MATERIAIS / MATERIAIS I 13
Pedro Almeida DEM 2005
Materiais Compósitos
Materiais Compósitos Exemplo: CERMET (compósito cerâmico-metal) º Partículas
cerâmicas (duras) dispersas no interior de uma matriz metálica (dúctil). O produto final é uma ferramenta de corte, com uma fracção de reforço que pode ir até 90%.
O módulo de elasticidade destes compósitos depende da fracção volúmica das partículas e obedece à Regra das Misturas. º E-Módulo de Elasticidade (Young) º V-Fracção volúmica (m–Matriz e p–Partículas)
º Fase
clara - Matriz º Fase escura - Reforç Reforço
º Limite
Superior - Ec = EmVm + E pV p
º Limite
Inferior -
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
Ec =
Em E p E pVm + EmV p
MATERIAIS / MATERIAIS I 15
Pedro Almeida DEM 2005
Materiais Compósitos
Materiais Compósitos Os valores do mó módulo de elasticidade do compó compósito, para uma dada composiç composição, encontraencontra-se entre estes dois limites.
14
16
Compó Compósitos reforç reforçados com fibras º Tecnologicamente, é este o tipo de compó compósito mais importante
Valores º
Fase das fibras º
E- matriz
Limite superior
** ** *
*
º
*
Limite inferior
º
º
Fase da matriz º º º º
conc. de particulas
As fibras devem ter uma alta tensão de ruptura, normalmente superior superior à da matriz. Podem ter vá vários tamanhos, sendo classificadas em fibras curtas e longas e contí contínuas. O diâmetro das fibras é també também um factor muito importante. Serve como meio de manter as fibras agrupadas da forma desejada. Serve també também como meio atravé através do qual a tensão aplicada é transmitida e distribuí distribuída às fibras. Protege as fibras do meio exterior Separa as fibras impedindo que uma fenda numa fibra se propague para uma outra fibra vizinha.
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
MATERIAIS / MATERIAIS I 17
Pedro Almeida DEM 2005
Materiais Compósitos
Materiais Compósitos
Influência do comprimento das fibras º
º
As propriedades mecânicas do compó compósito dependem das propriedades mecânicas da fibra bem como da quantidade de carga que a matriz é capaz de transmitir à fibra (ou seja depende do tipo de interface fibra/matriz).
Existe um tamanho crí crítico para o qual o compó compósito tem melhores propriedades mecânicas e a partir do qual as mesmas pioram. Esse tamanho crí crítico depende do diâmetro das fibras, da sua tensão de ruptura, e da adesão fibra/matriz.
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
Materiais Compósitos
º º º
a) Fibras longas alinhadas b) Fibras curtas alinhadas c) Fibras curtas aleatoriamente distribuí distribuídas
18
Influência da orientação das fibras º
É muito importante a forma como as fibras estão dispostas umas em relaç relação às outras, bem como a sua concentraç concentração e orientaç orientação.
º
As fibras podem estas alinhadas paralelamente, perpendicularmente, perpendicularmente, aleatoriamente ou uma mistura destes.
MATERIAIS / MATERIAIS I 19
Pedro Almeida DEM 2005
20
Materiais Compósitos Fibras alinhadas º Quando as fibras estão alinhadas as propriedades do compósito vão ser muito anisotrópicas. módulo de elasticidade na direcção do ºO alinhamento é função da fracção volúmica das fibras e dos módulos de elasticidade das fibras e matriz. º O módulo de elasticidade na direcção perpendicular ao alinhamento, é consideravelmente menor, pois as fibras não estarão a contribuir para o seu aumento.
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
MATERIAIS / MATERIAIS I 21
Pedro Almeida DEM 2005
Materiais Compósitos
Materiais Compósitos
Fibras aleatórias º As propriedades do compósito são isotrópicas, ou seja, não dependem da direcção. º A tensão de ruptura destes compósitos é de forma geral menor do que no caso em que eles fossem feitos do mesmo material mas com as fibras linhadas º Mas pode der necessário sacrificar a tensão de ruptura em detrimento das propriedades isotrópicas.
Compósitos reforçados com fibra de vidro º São
Materiais Compósitos
fácil inserir as fibras no interior da matriz º É relativamente barato e de fá fácil acesso º São de fá fácil processamento º Podem ser produzidos compó compósitos muito leves e mecanicamente muito resistentes º São quimicamente inertes (não se degradam com facilidade)
MATERIAIS / MATERIAIS I 23
Comportamento elástico – direcção longitudinal º
º
muito usados pois:
ºÉ
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
22
Consideremos um compó compósito de fibras contí contínuas alinhadas segundo uma direcç direcção. sujeito a uma tensão mecânica segundo a direcç direcção do alinhamento. Se houver uma boa adesão fibra/matriz, teremos a mesma deformaç deformação aplicada às duas fases constituintes (iso (iso--deformaç deformação) ão)
Pedro Almeida DEM 2005
24
Materiais Compósitos Comportamento elástico – direcção longitudinal º
º
Consideremos um compó compósito de fibras contí contínuas alinhadas segundo uma direcç direcção. sujeito a uma tensão mecânica perpendicular à direcç direcção do alinhamento. Se houver uma boa adesão fibra/matriz, teremos a mesma tensão aplicada às duas fases constituintes (iso (iso--tensão) tensão)
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
MATERIAIS / MATERIAIS I 25
Pedro Almeida DEM 2005
Materiais Compósitos
26
Materiais Compósitos
Estas condiç condições de isoiso-deformaç deformação e isoiso-tensão serão os limites superior e inferior das propriedades mecânicas de um compó compósito para uma dada fracç fracção volú volúmica de fibras.
Tensão de Ruptura A tensão de ruptura de um compósito é dada pela equação a seguir apresentada, assumindo que as fibras fracturam antes da matriz.
σc = σmVm + σfVf
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
MATERIAIS / MATERIAIS I 27
Pedro Almeida DEM 2005
Materiais Compósitos
28
Materiais Compósitos Outras propriedades dos compósitos º De forma geral, a regra das misturas (para os limites inferior e superior), pode ser usada para qualquer propriedade dos compósitos Xc. Xc = XmVm + XfVf Xc = XmXf/(VmXf + VfVm)
º º
a) b) No grá gráfico a) é mostrada a curva de tracç tracção dos dois materiais constituintes do compó compósito. PodePode-se verificar que a matriz é dúctil e que o reforç reforço é duro e frá frágil. No grá gráfico b) é possí possível visualizar uma curva de tracç tracção de um compó compósito de fibras alinhadas, quando traccionado uniaxialmente na direcç direcção de orientaç orientação das fibras.
º Ex.
Conductividade eléctrica, ... etc..
térmica,
conductividade
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
MATERIAIS / MATERIAIS I 29
Materiais Compósitos Compósitos estruturais Formados por materiais homogéneos e compósitos, com propriedades dependentes da orientação relativa dos componentes. º
Laminados – formados por camadas sucessivas de um compó compósito anisotró anisotrópico, pico, com orientaç orientações alternadas. Ex. contraplacado de madeira.
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
Resinas termoendurecíveis Moldagem por pistola
Pedro Almeida DEM 2005
Materiais Compósitos
30
Compó Compósitos estruturais Sandwich – formados duas camadas superficiais, mais densas e menos espessas, separadas por uma camada de material menos denso (que tem um menor mó módulo de elasticidade). º O interior resiste a forç forças perpendiculares à superfí superfície do compó compósito, muitas vezes são usadas estruturas em forma de favo de abelha. º Muito usados em telhados, paredes, asas de aeronaves, etc.
MATERIAIS / MATERIAIS I 31
Pedro Almeida DEM 2005
Pultrusão
32
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
MATERIAIS / MATERIAIS I 33
Prepeg
Pedro Almeida DEM 2005
34
Enrolamento de filamento
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
MATERIAIS / MATERIAIS I 35
Pedro Almeida DEM 2005
Moldagem por compressão a ar
36
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
MATERIAIS / MATERIAIS I 37
Pedro Almeida DEM 2005
38
Moldagem em autoclave Moldagem à vácuo
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
Moldagem por compressão
MATERIAIS / MATERIAIS I 39
Pedro Almeida DEM 2005
Moldagem por extrusão para produção de compósitos em matrizes de termoplásticos com fibras curtas ou cargas particuladas.
40
MATERIAIS / MATERIAIS I Pedro Almeida DEM 2005
Produção de chapas de compósitos de matrizes de polímeros termoplásticos reforçados com fibras contínuas
MATERIAIS / MATERIAIS I 41
Pedro Almeida DEM 2005
Termo-enformação
42