Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Enfermagem - Nutrição - 3° Semestre - Minerais

Trabalho relatando oa minerais, sua divisão em macro e micro minerais, os seus elementos, funções, fontes, excesso e deficiência

   EMBED


Share

Transcript

FAINOR - Faculdade Independente Do Nordeste Curso – Enfermagem 3° semestre – Vespertino Nutrição – Professor Renato Alunas = Grazielle Rodrigues – Thatiane Bezerra Minerais Vitória Da Conquista – Ba 03-04-2011 Minerais Os Minerais são uma grande classe de micronutrientes, sendo em sua maioria considerados essências. São tradicionalmente divididos em macrominerais (elementos de volume) e microminerais (elementos-traço) que são os necessários em pequenas quantidades diárias (miligramas ou microgramas), para manutenção da normalidade metabólica das células. Funções Os elementos minerais têm muitos papeis essenciais como: Regulam as atividades de muitas enzimas; Mantém o equilíbrio ácido-base e a pressão osmótica; Facilitam a transferrina, pela membrana, de nutrientes essenciais e outras molécula; Mantém a irritabilidade nervosa e muscular. Macrominerais São essências para os seres humanos adultos em quantidade de 100 mg/dia ou mais, são: Cálcio, Fósforo (fosfatos), Magnésio, Enxofre (sulfato), Sódio, Cloro e Potássio. Com Exceção do enxofre, estes minerais são encontrados tipicamente no estado iônico como componentes inorgânicos no corpo. 1. Cálcio E mineral mais abundante do organismo, constitui cerca 1,5 a 2% do peso corporal e 39% dos minerais do corpo humano. Aproximadamente 99% do cálcio esta presente nos ossos e dentes, (por isso a importância do cálcio na alimentação da criança, para a formação óssea e dos dentes). O 1% restante do cálcio esta presente no sangue e fluido extras celulares e dentro das células de todos os tecidos, o qual regula varias funções importantes. Funções A ingestão adequada é necessária para permitir ganhos ótimos na massa e densidade ósseas nos anos pré-puberais e da adolescência. Quantidades adicionais de cálcio são recomendadas para atender as necessidades da gravidez e lactação. Construção e manutenção de ossos e dentes. Influencia as funções de transporte das membranas celulares. O cálcio ionizado inicia a formação de um coagulo sangüíneo pela estimulação de tromboplastina das plaquetas sangüíneas. Fontes Alimentares e Ingestão As hortaliças de folhas verdes escuras, como couve, folhas de mostarda e brócolis; as sardinhas, salmão enlatado, moluscos e ostras são boas fontes de cálcio. A soja, tofú, Paes e produtos de trigo preparados com propionato de cálcio são boas fontes. E o leite e seus derivados. Deficiência Alterações cardiovasculares (incluindo hipotensão, arritmias, insuficiência cardíaca, parada cardíaca) e neuromusculares (fraqueza, espasmos musculares, hiper-reflexia, convulsões, tetania e paretesias), e doenças ósseas (como osteoporose). Excesso Uma ingestão muito alta de cálcio (2000 mg ou mais por dia) é causa potencial de hipercalcemia. Pode levar a calcificação excessiva em tecidos moles, especialmente os rins, alem de problemas cardiovasculares e neurológicos. Sintomas gastrintestinais também podem estar presentes. 2. Fósforo O fósforo constitui aproximadamente 1% do peso corporal do ser humano. Cerca de 90% do fósforo encontra-se nos ossos. O restante do fósforo orgânico relaciona-se a uma serie de funções metabólicas, sendo metade dessa quantidade encontrada na musculatura. O fósforo, assim como o cálcio, esta sob influencia da vitamina D e do hormônio paratireoidiano. Funções O fósforo participa de várias funções essenciais do corpo. O acido desoxirribonucléico (DNA) e o acido ribonucléico (RNA) são baseados no fosfato. O fósforo relaciona-se intimamente a mineralização óssea e dos dentes, mas também têm um papel estrutural ao nível de célula, notadamente nos fosfolipídios, constituintes das membranas celulares. O fosfato participa de numerosas atividades enzimáticas e, sobretudo tem um papel fundamental para a célula como fonte de energia sob a forma de ATP (adenosina trifosfato). É graças ao fosfato que a célula pode dispor de reservas de energia. Alem disso é importante na absorção e transporte de nutrientes, na regulação da atividade protéica e no balanço ácido-base. Como parte dos fosfolipídios, o fósforo esta presente em cada membrana celular do corpo. As reações do fosforilação e desfosforilaçao controlam varias etapas na ativação e desativação de enzima citosólicas pela fosfatasses. O sistema de tampão do fosfato é importante no fluido intracelular e túbulos renais, onde o fosfato funciona na excreção do íon hidrogênio. Os íons fosfato se combinam com íons de cálcio para formar hidroxiapatita, a principal molécula inorgânica presente nos dentes e ossos. O mineral ósseo, não o mineral dental, fornece íons fosfatos por meio de regulação homeostática de cálcio sérico pelo PTH. Fontes Alimentares e Ingestões Em geral as boas fontes de proteínas também são boas fontes de fósforo. Carne, peixes e ovos são excelentes fontes. O leite e seus derivados são boas fontes, assim como as nozes e leguminosas, cereais e grãos. Quantidade significativa de fósforo também pode ser encontrada em bebidas carbonatadas (refrigerantes gaseificados) na forma de fosfato. Deficiência Considerando que o fosfato é muito encontrado na natureza, a deficiência de fósforo é rara, e geralmente tem causas múltiplas: diminuição do aporte na nutrição parenteral exclusiva, alcoolismo crônico, jejum prolongado (idosos), perdas de origem digestiva ou precipitação por antiácidos gástricos em tratamentos prolongados... Os sintomas resultam principalmente da síntese diminuída de trifosfato de adenosina (ATP) e de outras moléculas orgânicas de fosfato. Ocorrem anormalidades neurológicas, renais e outras. Excesso Seu excesso pode causar uma mobilização exagerada do cálcio ósseo, com aumento dos riscos de osteoporose nas mulheres durante a menopausa. Essa hipótese, porem, necessita de estudos que a comprovem, mas mostra uma vez mais a necessidade de um aporte equilibrado dos diversos minerais e oligoelementos. 3. Magnésio O magnésio é o segundo cátion intracelular mais abundante (após o potássio) no corpo. O organismo do ser humano adulto contém aproximadamente 28g de magnésio, dos quais cerca de 60% se encontram nos ossos, 26% nos músculos e o restante nos tecidos moles e fluidos corporais. Cerca de metade do magnésio no plasma é livre, aproximadamente um terço está ligado à albumina e o restante está ligado à citrato, fosfato ou outros ânions. Funções A principal função do magnésio é estabilizar a estrutura do ATP nas reações enzimáticas dependentes de ATP. O magnésio é um co-fator para mais de 300 enzimas envolvidas no metabolismo de componentes alimentares e na síntese de muitos produtos como: Síntese de ácidos graxos e proteínas; Fosforilação da glicose e seus derivados na via glicolítica, etc. O magnésio desempenha um papel na transmissão e atividade neuromuscular, trabalhando em conjunto e contra os efeitos do cálcio, dependendo do sistema envolvido. Na contração muscular normal, o cálcio atua como um estimulador e o magnésio atuam como um relaxante. O magnésio atua como um bloqueador do canal do cálcio fisiológico e é chamado de "bloqueador da natureza". Ingestões Alimentares Boas fontes de magnésio são as sementes, nozes, leguminosas e cereais integrais moídos, assim como hortaliças de folhas verde-escuras porque o magnésio é um constituinte essencial da clorofila. O leite é uma boa fonte moderada de magnésio. Peixes, carnes e as frutas (como laranjas, maçãs e banana) são fontes pobres (com baixo teor de magnésio). Deficiência Apesar de muito rara, são sintomas da deficiência grave de magnésio: espasmos musculares, tremores, mudança de personalidade, anorexia, náuseas e vômitos. A tetania, movimentos abruptos, convulsões e coma também foram relatados em indivíduos com deficiência. A hipoglicemia e a hipocalemia ocorrem tipicamente muito cedo, juntamente com a alteração da resposta do individuo ao PTH. Pode também ocorrer alguma retenção de sódio. Entre os efeitos de depleção grave de magnésio sobre o metabolismo ósseo a secreção diminuída de PTH pelas glândulas paratireóides, respostas ósseas e renais prejudicadas ao PTH, resistência à vitamina D, formação alterada de cristais de hidroxiapatita e crescimento ósseo prejudicado nos jovens, ou osteoporose no idoso. A baixa ingestão de magnésio é agora considerada um fator de risco potencial para hipertensão. Excesso O excesso de magnésio poder inibir a calcificação óssea, porém, excessos de magnésio por fontes alimentares, inclusive suplementos, é muito improvável que resulte em toxicidade. Os únicos casos de excesso que foram relatados envolvem trabalhadores de fundição de minérios que inalaram ou de outra maneira ingeriram níveis tóxicos de pó de magnésio. 4. Enxofre O enxofre é um elemento fundamental da matéria viva, protagonista dos fenômenos biológicos celulares. Funções Ele tem funções energéticas e plasmáticas. O enxofre está presente em todas as células do organismo humano, representando 0,5% do peso do organismo humano, principalmente nos locais ricos em aminoácidos sulfurados, como pele, unhas e cabelo. Constituintes de três aminoácidos – cistina, cisteína e metionina - e de muitas outras moléculas orgânicas. Como tal, está presente como parte dessas moléculas orgânicas em todas as células e nos compartimentos extracelulares, tais como no tecido conjuntivo. Está presente nas proteínas de transferência de elétrons envolvidas nos processos básicos da manutenção e fosforilação oxidativa. É encontrado como um componente da heparina, um anticoagulante encontrado no fígado e alguns outros tecidos e como sulfato de condroitina no osso e cartilagem. É um componente essencial de três vitaminas: tiamina, biotina e ácido pantatênico. Excreção: Excretado na urina como sulfitos. Sua função principal é a desintoxicação ou eliminação de produtos tóxicos. Enxofre liga para neutralizá-las e, assim, ser eliminada. Possui função plástica, isto é, participando da reparação e construção de tecidos e células; Participa do colágeno, substância importante principalmente para a formação e manutenção da pele, tecido conjuntivo e ossos; Participa do metabolismo de gorduras e carboidratos; Da formação do coágulo sangüíneo; Da formação de algumas vitaminas; Da formação de proteínas, especialmente as muco-proteínas; No processo de transferência de energia. Auxilia no combate aos micróbios e parasitas. Ingestões Dietéticas Até o momento, não existe evidencias conclusivas sobre quantidade recomendada de ingestão de enxofre. Fontes Alimentares As fontes alimentares de enxofre englobam carne, aves, peixes, ovos, feijões secos, brócolis, couve-flor, leite, queijos, cereais e frutas secas. Deficiência Ardor na garganta e no abdômen; Astenia (sensação de debilidade física e psíquica generalizada); Depressão nervosa, neurite, histerismo e outros problemas de natureza nervosa; Intumescimento do fígado, baço e útero; Redução do brilho e textura da pele; Dores nas articulações; Mau odor na saliva. Excesso Não foi encontrado um nível de toxicidade, uma vez que o excesso de enxofre é excretado principalmente pela urina. 5. Sódio O sódio (Na+) é o principal cátion do fluido extracelular, água e substancias dissolvida nos espaço fora das células, varias secreções intestinais, tais como a bile e o suco pancreático, contem quantidades substanciais de sódio. Aproximadamente 35 a 40% do total de sódio corporal esta no esqueleto; porém a maior parte desse sódio é imutável ou apenas lentamente permutável com aquele dos fluidos corporal. Ao contrario do que se pensa, o suor é hipotônico e contém uma quantidade relativamente pequena de sódio. Funções O sódio regula o seu volume e o volume do plasma sanguíneo. O sódio também auxilia na condução de impulsos nervosos e no controle da contração muscular. Fontes A principal fonte de sódio é o cloreto de sódio, ou sal de mesa comum, do qual o sódio constitui 40% do peso. Os alimentos de origem protéica geralmente contem mais sódio de ocorrência natural do que os vegetais e grão, enquanto as frutas contem pouco ou nenhum sódio. Deficiência A deficiência de sódio no organismo traz conseqüências como: Letargia, fraqueza, convulsões. Excesso Pode causar hipertensão; Problemas no sistema nervoso central, distúrbios no volume do plasma sangüíneo e edema. 6. Cloreto O cloreto é amplamente distribuído por todo o corpo como o principal ânion dos fluidos extracelulares. As concentrações mais altas de cloreto são encontradas no fluido cérebro-espinhal, bile e sucos gástricos e pancreáticos. Funções Junto com o sódio, o cloreto ajuda a manter o equilíbrio ácido-base e a pressão osmótica. Fontes As maiores partes do cloreto da dieta provem do cloreto de sódio (sal de mesa), que é 60% de cloreto em peso. O cloreto da água contribui apenas com uma fração muito pequena do cloreto consumido na dieta. Deficiência Uma síndrome de deficiência de cloreto foi descrita em lactentes que recebiam uma formula deficiente em cloreto, a síndrome e caracterizada por perda de apetite, deficiência no desenvolvimento, fraqueza muscular, letargia e alcalose metabólica grave com conseqüente hipocalemia. 7. Potássio O potássio, o principal cátion do fluido intracelular esta presente em pequenas quantidades no fluido extracelular. Funções Juntamente com o sódio, o potássio esta envolvido na manutenção do equilíbrio ácido-base. Junto ao cálcio, é importante na regulação da atividade neuromuscular. Também promove crescimento celular. O conteúdo de potássio no músculo esta relacionado à massa muscular e armazenamento de glicogênio. Fontes Em geral, frutas, hortaliças, carne fresca e produtos de laticínio são boas fontes de potássio. Deficiência A ingestão insuficiente de potássio foi ligada a hipertensão e osteoporose. Microminerais (elementos traço): Uma serie de elemento presentes em quantidade mínima nos tecido corporais são essências para o ótimo crescimento. Características Gerais Os elementos traço existem tipicamente em duas formas: (1) Como íons carregados; (2) Ligados a proteínas ou complexados nas moléculas (por exemplo, mataloenzimas). No sangue e outros tecidos e fluidos celulares, os elementos traço não existem no estado iônico livre; está tipicamente ligada a proteína de transporte ou retenção. Os íons flúor ligam-se aos cristais de hidroxapatita dos ossos e dos dentes. 1. Ferro O ferro foi reconhecido como nutriente essencial há mais de um século. A anemia por deficiência de ferro é a doença nutricional mais comum do mundo. O corpo humano adulto contém ferro com dois pools principais: (1) ferro heme; (2) ferro não heme. O ferro é altamente conservado pelo corpo: aproximadamente 90% são recuperados e reutilizados a cada dia. O resto é excretado, principalmente na bile. Função Quimicamente, o ferro é um elemento altamente reativo que pode interagir com o oxigênio para formar intermediários com o potencial de danificar membranas celulares ou degradar o DNA. Este envolvido na função das hemácias, na atividade da mioglobina e nos papeis de várias enzimas não heme e heme. Por suas propriedades de oxidação e redução, o ferro possui papel no transporte no sangue e respiratório de oxigênio e dióxido de carbono (componente ativo dos citocromo, envolvidas no processo de respiração celular e geração de energia). Função imunológica e no desempenho cognitivo. A hemoglobina, presente nas hemácias, é sintetizada nas células imaturas na medula óssea. A hemoglobina trabalha de duas maneiras: (1) a heme que contém ferro se combina com o oxigênio nos pulmões; (2) a heme libera o oxigênio dos tecidos onde captura dióxido de carbono e então libera nos pulmões após seu retorno dos tecidos. A mioglobina, também uma proteína que contém heme, serve como um reservatório de oxigênio dentro do músculo. A ribonucleotideo redutase, a enzima taxa limitante envolvida na síntese de DNA, também é uma enzima de ferro. O ferro é necessário para as bactérias; portanto sua sobrecarga pode resultar em maior risco de infecções. A deficiência diminui a imunidade humoral e celular. Duas proteínas que se ligam ao ferro transferrina (no sangue) e lactoferrina (no leite materno), parecem proteger o organismo contra infecções por negar o ferro aos microorganismos que o necessitam para sua proliferação. O ferro é utilizado pelas células cerebrais para sua função normal. Ele esta envolvido na função e síntese de neurotransmissores e, possivelmente, da mielina. Fontes Alimentares A melhor fonte de ferro da dieta é o fígado, seguido por frutos do mar (ostras e peixes), rim, coração, carne magra e aves. Os feijões secos e hortaliças são a melhores fontes vegetais. Alguns outros alimentos que fornecem ferro são gemas de ovos, frutas secas, melaço escuro, Pães de grãos integral e enriquecidos, vinhos e cereais. Deficiência A deficiência do ferro, precursora da anemia por deficiência de ferro é a mais comum de todas as doenças nutricionais. Os estágios finais de deficiência de ferro englobam anemia microcítia hipocrômia. Essas deficiências podem ser causadas por lesão, hemorragia ou enfermidades, e ingestão inadequada. Excesso A principal causa de sobrecarga é a hemocromatose hereditária (absorção excessiva ou ingestão excessiva de ferro). As transfusões sangüíneas freqüentes ou ingestões em longo prazo de grandes quantidades de ferro podem levar ao acumulo anormal no fígado. Favorece a oxidação da lipoproteína de baixa densidade, lesão de vaso arterial e outros efeitos adversos que envolvem o sistema cardiovascular. 2. Zinco O Zinco está abundantemente distribuído em todo o corpo humano e está em segundo lugar apenas em relação ao ferro entre os elementos traço. O corpo humano possui cerca de 2 a 3g de zinco com as maiores concentrações no fígado, pâncreas, rins, ossos e músculos. Outros tecidos com altas concentrações incluem várias partes do olho, próstata, espermatozóide, pele, cabelo e unhas. Funções *Estruturais: É altamente concentrado em determinadas áreas cerebrais, retina, fígado, próstata... O zinco funciona como determinante da forma e disposição espacial de enzimas e proteínas, assim como na estabilização de certas proteínas ligadas ao DNA. *Enzimáticas: Estima-se que cerca de 3.000 enzimas requerem zinco para sua atividade, dentre as quais centenas de nucleoproteínas que estão envolvidas na expressão gênica, incluindo as RNA-polimerases, metaloenzimas, incluindo malato-desidrogenase, as carboxipeptidades A e B, etc. *Regulatórias: O zinco é captado ativamente pelas vesículas sinápticas, atuando na atividade neuronal e na memória. É um fator de crescimento, necessário para síntese protéica, replicação de ácidos nucléicos, divisão celular... É necessário para o funcionamento adequado de linfócitos, mobilização de neutrófilos e ação de fibroblastos, o que torna essencial na defesa imunológica e na cicatrização. Fontes alimentares As ingestões de zinco são fornecidas por carnes, peixes, aves, cereais matinais prontos para o consumo fortificados com zinco e leite e seus derivados. As ostras e outros mariscos, fígados, cereais de grãos integrais, feijões secos e nozes são boas fontes de zinco. Os produtos de soja são também razoavelmente bons de zinco. Em geral a ingestão de zinco correlaciona-se com a ingestão de proteínas. Deficiências Os principais sintomas incluem pequena estatura, hipogonadismo, leves anemia e baixos níveis plasmáticos de zinco a hipogeusia (menor acuidade do paladar), cura demorada de ferimentos, alopecia e diversas formas de lesões de pele. A acarodermatite enteropática, uma doença autossômica recessiva caracterizada pela má absorção do zinco, resulta em lesões eczematosas da pele, alopecia, diarréia, infecções bacterianas e fúngicas, e eventualmente, morte, se deixada sem tratamento. Toxicidade Suplementação excessiva com zinco interfere na absorção de cobre. O sulfato de zinco em quantidades de 2g/dia ou mais pode causar irritação gastrointestinal e vômito. 3. Flúor O Flúor é um elemento natural encontrado em quase toda água potável e solos, apesar do teor de flúor variar muito em todo o mundo. Funções O Flúor é considerado importante, se não essencial, por seu efeito benéfico no esmalte dental conferindo-lhe resistência máxima à cárie dental- e possivelmente para a hidroxiapatita esquelética. Atua também como agente antibacteriano na cavidade oral, servindo como inibidor enzimático. O flúor substitui o grupo hidroxila na estrutura treliça dos sais de fosfatos de cálcio (isto é, hidroxiapatita) dos dentes para formar a fluoroapatita, que é mais dura e menos prontamente reabsorvida que a hidroxiapatita. Fontes Alimentares As maiores fontes são a água potável e os alimentos processado que formam preparados ou reconstituídos com água fluretada, os frutos do mar também são ricos em flúor. As sopas e ensopados feitos com peixes e ossos de carne também fornecem boas quantidades de flúor. Fígado bovino e galinha carne desossados mecanicamente são também ricos em flúor. Deficiência Como não há funções metabólicas conhecidas para o flúor, não pode haver uma deficiência verdadeira que resulte em doença. Excesso Pode ocorrer fluorose dental. *6,0mg/dia – Anulação de toda a parte do efeito benéfico (problemas ósseos e neurológicos em crianças mal nutridas); *10,0 a 20 mg/dia- Quantidade tóxica (problemas gástricos pelo acido fluorídrico); *200mg morte em crianças sensíveis; 2g pode matar um adulto. 4. Cobre O cobre, um constituinte normal do sangue, é outro micronutriente essencial estabelecido. As concentrações do cobre são maiores no fígado, cérebro e rim. O músculo contém baixas concentrações de cobre, mas, em função de sua grande massa, o músculo esquelético contém aproximadamente 40% de todo o cobre no corpo. Funções O cobre é um componente de muitas enzimas. A manifestação clinica de cobre são atribuíveis a falhas enzimáticas. O cobre na ceruloplasmina tem um papel bem documentado na oxidação do ferro antes de ser transportado no plasma. A lisil oxidase, uma enzima que contém cobre, é essencial na ligação cruzada derivada de lisina de colágeno e elastina que são proteínas do tecido conjuntivo. A proteína de transporte de elétrons que contém cobre este também participa da produção de energia mitocondrial. Com parte das enzimas que contém cobre como a superóxido dismutase, o cobre protege contra oxidantes e radicais livres e promove a síntese de melanina e catecolaminas. Fontes Alimentares O cobre esta presente nos alimentos de origem animal (excerto leite). Os alimentos ricos em cobre são os mariscos (ostras), vísceras (fígado, rim), carnes de músculos, chocolate, nozes, grãos de cereais, leguminosas secas e frutas secas. Em geral, as frutas e os vegetais têm poucas quantidades de cobre. Deficiência A deficiência de cobre é caracterizada por anemia, neutropenia e anormalidades esqueléticas, especialmente desminerização. Outras alterações também podem ocorrer inclusive hemorragias subperiosteais, despigmentação do cabelo e pele e formação de elastina defeituosa. A neutropenia e a leucopenia são as melhores indicações iniciais de deficiência de cobre. O cobre é armazenado no fígado; portanto, a deficiência se desenvolve lentamente conforme suas reservas fim esgotadas. A "Síndrome de Menkes ou Cabelo pixaim" é um defeito recessivo ligado ao sexo que resulta em má absorção, perda urinária aumentada e anormalidades de transporte de cobre intracelular, que causam uma distribuição anormal desse mineral entre os órgãos e dentro das células. Os bebês afetados apresentam retardo de crescimento, ceratinização e pigmentação de cabelo defeituosa, hipotermia, alterações degenerativas na elastina da aorta, anormalidades das metáfises dos ossos longos e deterioração mental progressiva. Esses bebês geralmente não sobrevivem aos primeiros meses de vida. Excesso A toxicidade do cobre pelo consumo de alimentos é considerada impossível, porém, já foi relatada a toxicidade por suplementação excessiva ou por sais de cobre utilizados na agricultura. A cirrose hepática geralmente se desenvolve por ingestões tóxicas e também ocorrem anormalidades na formação de hemácias. A "Doença de Wilson" (degeneração hepatolenticular) é caracterizada por acúmulo de cobre em excesso nos tecidos corporais, como olhos, como resultado de deficiência genética na síntese hepática de ceruloplasmina. 5. Iodo O corpo contém de 20 a 30mg de iodo, com mais de 75% na glândula tireóide e o resto distribuído em todo o corpo, particularmente na glândula mamaria lactante, mucosa gástrica e sangue. A necessidade dietética de iodo é para síntese de hormônios tireóide. Funções O iodo é armazenado na glândula tireóide, onde é na síntese de triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), hormônios que aceleram as reações celulares em praticamente todos os órgão e tecidos do organismo, com o aumento do metabolismo basal, do consumo de O² e da produção de calor. As atividades desses hormônios são criticas para o desenvolvimento normal do cérebro, na proliferação de neurônios e na regulação de processos que envolvem a função cerebral. Além disso, a tireoxina é essencial para a reprodução; outras funções dos hormônios tireoidianos incluem a conversão do caroteno na forma ativa de vitamina A, a síntese de proteínas e a absorção intestinal de carboidratos. A atividade aumentada de numerosas enzimas após a administração de tiroxina é conseqüência, pelo menos em parte, do dramático efeito estimulatório do hormônio sobre a síntese protéica em vários tecidos, incluindo fígado, cérebro imaturo do rato e músculo. Fontes Alimentares O iodo é encontrado em quantidades variáveis nos alimentos e água potável. Os frutos do mar, tais como moluscos, lagostas, ostras, sardinhas e outros peixes de água salgada são fontes mais ricas de iodo. O teor de iodo das hortaliças varia de acordo com aquele do solo no qual eles cresceram. O uso de sal iodado deveria ser defendido em certas áreas para prevenir o bócio. A melhor maneira de obter uma ingestão adequada de iodo é utilizar sal iodado no preparo do alimento. Deficiência A deficiência de iodo é a causa mais evitável de deficiência mental do mundo. As ingestões muito baixas de iodo estão associadas ao desenvolvimento do bócio endêmico ou simples, que é aumento do volume da glândula tireóide. Excesso O iodo em excesso na dieta pode resultar em hipotireoidismo, formação de bócio ou hipertireoidismo. A doença auto-imune tireoidiana e carcinoma papilar tireoidiano podem ocorrer em proporção maior quando a ingestão media do iodo é alta, como em certas populações consumindo sal iodado. 6. Selênio O selênio é um elemento-traço necessário para a produção de enzimas fundamentais na neutralização de radicais livres e na proteção contra peroxidaçao lipídica das membranas celular e sub-celulares. O selênio age em sinergismo com a vitamina E, em sua função antioxidante. O selênio também esta envolvido na síntese da enzima que retira iodo da molécula de T4, transformando-o numa forma ativa, o T3 (triiodotironina). Funções O selênio, como selenometionina ou selenocisteína, existe em varias proteínas que são amplamente distribuídas no corpo. A glutationa peroxidase celular pode ajudar a fornecer uma reserva de selênio nas proteínas que pode ser removida quando necessário. A selenoproteína P, outra molécula que contem selênio, pode atuar como varredura de radicais livres ou um transportador de selênio. Os efeitos antioxidantes do selênio e da vitamina E pode fortalecer uns aos outros pela sobre posição de suas ações protetoras contra o dano oxidante. Fontes Alimentares A concentração de selênio nos alimentos depende do teor de selênio do solo e água onde foram cultivados. As principais fontes alimentares de selênio são castanhas do Pará, frutos do mar, rins, fígado, carne vermelha e aves. Frutas e vegetais são pobres em teor de selênio. A principal fonte alimentar de selênio identificado foi os alimentos de origem animal. Deficiência Sua deficiência é rara em populações em todo mundo. A primeira doença de deficiência de selênio é conhecida como doença de Keshan, uma forma de miocardiopatia que afeta principalmente crianças e mulheres (observada na China); A segunda doença é conhecida como doença de Kashin-Beck e é comum é pré- adolescentes e adolescentes (descoberta na Mongólia). A doença inicialmente envolve rigidez simétrica, inchaço e dor nas articulações interfalangeanas dos dedos das mãos, seguida de osteoartrite generalizada na qual, cotovelos, joelhos e tornozelos também são acometidos. Excesso Os sinais de toxidade conhecida como selenose, incluem alterações cutâneas e das unhas, cárie dental e anormalidades neurológicas. 7. Manganês A deficiência de manganês em seres humanos foi relatada pela primeira vez em 1972 e a sua essencialidade em seres humanos está bem estabelecida. Funções O manganês é um componente de muitas enzimas, inclusive glutamina sintetase, piruvato carboxilase e dismutase mitocondrial. O manganês ativa muitas outras enzimas, a maioria das quais também pode ser ativada pelo magnésio. O manganês está associado à formação de tecidos conjuntivo e esquelético, crescimento, reprodução e metabolismo de carboidratos e lipídeos. Deficiência Os sintomas de deficiência são perda de peso, dermatite temporária e, ocasionalmente náusea e vômitos, uma alteração na cor do cabelo e crescimento lento de pelos e cabelos. Estudos em animais estabeleceram que o manganês fosse essencial para a reprodução; A esterilidade ocorre em ambos os sexos; Anormalidades esqueléticas notáveis e ataxia caracterizam a prole de mães deficientes em manganês. Excesso A toxicidade de manganês ocorreu em mineradores através da absorção pelo trato respiratório. Este excesso se acumulou no fígado e SNC, produz sintomas semelhantes à doença de Parkinson. Também ouve toxicidade em pacientes que recebiam nutrição parenteral com manganês. Os sintomas incluem cefaléias, tontura, imagens anormais na ressonância magnética e disfunção hepática. 8. Cromo O cromo não era aceito como um nutriente essencial até 1977, entretanto, quando os pacientes que recebiam nutrição parenteral exibiam anormalidades do metabolismo de glicose estas eram revertidas pela suplementação com cromo. Funções O cromo potencializa a ação de insulina, e como tal, influencia no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. O cromo pode ter efeito benéfico sobre os níveis de triglicerídeos séricos em pacientes com diabetes mellitus não dependente de insulina (o cromo pode regular a síntese de uma molécula que potencializa a ação da insulina). Outro possível papel do cromo serias a regulação de expressão genética. As afirmações recentes de que a ingestão de altas doses de cromo melhoram a força, composição corporal, resistência ou outras características de boa forma física são controversas, com alguns estudos sustentando essas afirmações e outros não. Fontes Alimentares O levedo da cerveja, ostras, fígado e batatas possuem altas concentrações de cromo; os frutos de mar, grãos integrais, queijos, frango, carnes e farelo possuem concentrações médias de cromo. A refinação do trigo remove o cromo juntamente com o germe e farelo, a refinação do açúcar fraciona o cromo nas porções de melaço. Os laticínios, frutas e vegetais são pobres em cromo. Deficiência Sua deficiência resulta em resistência à insulina e algumas anormalidades lipídicas, que podem ser melhoradas com suplementação com cromo. Entre os sintomas de deficiência de cromo em animais o crescimento prejudicado, concentrações séricas elevadas de colesterol e triglicerídeos, incidência aumentada de aterosclerose, lesões corneanas, fertilidade e contagem de esperma diminuído. Excesso Toxicidade a parti da alimentação não foi relatada, porém, o picolonato de cromo tomado como suplemento em altas doses por atletas e levantadores de peso resultou em alguns efeitos adversos, principalmente lesão de pele. 9. Molibdênio O molibdênio foi estabelecido como micronutriente essencial, particularmente por sua necessidade na enzima xantina oxidase. Os indivíduos que recebiam nutrição parenteral em longo prazo exibiram sintomas de deficiência de molibdênio, inclusive alterações mentais e anormalidades de metabolismo de enxofre e purina. Funções A xantina oxidase, aldeído oxidase e sulfito oxidase, todas as enzimas de um grupo prostético que contenha molibdênio. O sulfito oxidase é importante para a degradação de metionina e também catalisa a formação de sulfato a partir de sulfito. Sua função como co-fator em diversas enzimas é essencial para o metabolismo de aminoácidos, nucleotídeos e ácido úrico, e no metabolismo de drogas e medicamentos. Fontes Alimentares O molibdênio é distribuído de forma ampla nos alimentos normalmente consumidos, como leguminosas, cereais de grãos integrais, leite e derivados e vegetais folhosos verdes. Deficiência A deficiência de molibdênio não foi estabelecida em seres humanos excerto para pacientes tratados com nutrição parenteral. Estão entre os sintomas, as alterações mentais e as anormalidades de metabolismo de enxofre e purina. Excesso Uma ingestão excessiva de molibdênio de 10 a 15 mg/dia está associado a uma síndrome semelhante a da Gota. 10. Boro O boro, um elemento ultra-traço, é obtido dos alimentos como bromato de sódio e é rápido e quase completamente (90%) absorvido. As altas concentrações de boro são encontradas nos ossos, baça e tireóide, apesar de estar presente em todos os tecidos do organismo. Funções O boro está associado as membranas celulares e nas plantas está envolvido na eficiência funcional das membranas células. O boro aparentemente liga-se a sítios ativos de algumas enzimas, reduzindo sua capacidade funcional. A evidência, em estudos em animais, mostra que a privação de boro altera dois órgãos principais: o cérebro e o osso. Em decorrência de papel do boro no osso, os estudos em seres humanos enfocaram o seu papel potencial no desenvolvimento de osteoporose. Fontes Alimentares São boas fontes de boro os vegetais, especialmente as frutas não cítricas, nozes e leguminosas. Vinho, cidra e cerveja são outras boas fontes de boro. Deficiências e Excesso A deficiência de boro altera a composição e funcionamento cerebral e reduz a composição, estrutura e forças ósseas, porém, ainda não foi relatada em seres humanos e não foi estabelecido nenhum nível de toxicidade. 11. Cobalto A maioria do cobalto esta como reserva de vitamina B12 no fígado, porém, uma enzima possui uma necessidade especifica estabelecida de cobalto. O plasma sanguíneo contém aproximadamente 1μg de cobalto por 100ml. Funções É um componente da vitamina B12 (cobalamina). Essa vitamina é essencial para a maturação das hemácias, e para a função normal de todas as células. A metionina aminopeptidade, uma enzima envolvida na regulação da translação (de DNA para RNA), é a única enzima em seres humanos que se sabe que possui uma necessidade estabelecida do cobalto. Fontes Alimentares O cobalto é encontrado nos alimentos, porém, apenas os microrganismos são capazes de sintetizar a vitamina B12. Os microrganismos de espécies monogástricas, como os seres humanos, têm uma capacidade extremamente limitada de síntese em áreas onde a vitamina B12 – e, dessa forma o cobalto – de alimentos animais, como víceras e músculos. Os vegetarianos estritos podem se tornar deficientes de vitaminas B12. A deficiência pode se desenvolver apenas após 3 a 6 anos, ou não se desenvolver. Deficiência A deficiência de cobalto ocorre somente em relação á deficiência de vitaminas B12, causando anemia macrocítica Um defeito genético que interfere na absorção da vitamina B12 causa anemia perniciosa, que é tratada com doses maciças da vitamina. Excesso. A alta ingestão de cobalto inorgânico (livre de cobalamina) em dietas animais produz policitemia (superprodução de hemácias), hiperplasia da medula óssea, reticulocitose e volume sanguíneo aumentado.