Transcript
FAINOR - Faculdade Independente Do Nordeste
Curso – Enfermagem
3° semestre – Vespertino
Nutrição – Professor Renato
Alunas = Grazielle Rodrigues – Thatiane Bezerra
Minerais
Vitória Da Conquista – Ba
03-04-2011
Minerais
Os Minerais são uma grande classe de micronutrientes, sendo em sua maioria
considerados essências. São tradicionalmente divididos em macrominerais
(elementos de volume) e microminerais (elementos-traço) que são os
necessários em pequenas quantidades diárias (miligramas ou microgramas),
para manutenção da normalidade metabólica das células.
Funções
Os elementos minerais têm muitos papeis essenciais como:
Regulam as atividades de muitas enzimas;
Mantém o equilíbrio ácido-base e a pressão osmótica;
Facilitam a transferrina, pela membrana, de nutrientes essenciais e outras
molécula;
Mantém a irritabilidade nervosa e muscular.
Macrominerais
São essências para os seres humanos adultos em quantidade de 100 mg/dia ou
mais, são: Cálcio, Fósforo (fosfatos), Magnésio, Enxofre (sulfato), Sódio,
Cloro e Potássio. Com Exceção do enxofre, estes minerais são encontrados
tipicamente no estado iônico como componentes inorgânicos no corpo.
1. Cálcio
E mineral mais abundante do organismo, constitui cerca 1,5 a 2% do peso
corporal e 39% dos minerais do corpo humano. Aproximadamente 99% do cálcio
esta presente nos ossos e dentes, (por isso a importância do cálcio na
alimentação da criança, para a formação óssea e dos dentes). O 1% restante
do cálcio esta presente no sangue e fluido extras celulares e dentro das
células de todos os tecidos, o qual regula varias funções importantes.
Funções
A ingestão adequada é necessária para permitir ganhos ótimos na massa e
densidade ósseas nos anos pré-puberais e da adolescência.
Quantidades adicionais de cálcio são recomendadas para atender as
necessidades da gravidez e lactação. Construção e manutenção de ossos e
dentes.
Influencia as funções de transporte das membranas celulares.
O cálcio ionizado inicia a formação de um coagulo sangüíneo pela
estimulação de tromboplastina das plaquetas sangüíneas.
Fontes Alimentares e Ingestão
As hortaliças de folhas verdes escuras, como couve, folhas de mostarda e
brócolis; as sardinhas, salmão enlatado, moluscos e ostras são boas fontes
de cálcio. A soja, tofú, Paes e produtos de trigo preparados com propionato
de cálcio são boas fontes. E o leite e seus derivados.
Deficiência
Alterações cardiovasculares (incluindo hipotensão, arritmias, insuficiência
cardíaca, parada cardíaca) e neuromusculares (fraqueza, espasmos
musculares, hiper-reflexia, convulsões, tetania e paretesias), e doenças
ósseas (como osteoporose).
Excesso
Uma ingestão muito alta de cálcio (2000 mg ou mais por dia) é causa
potencial de hipercalcemia. Pode levar a calcificação excessiva em tecidos
moles, especialmente os rins, alem de problemas cardiovasculares e
neurológicos. Sintomas gastrintestinais também podem estar presentes.
2. Fósforo
O fósforo constitui aproximadamente 1% do peso corporal do ser humano.
Cerca de 90% do fósforo encontra-se nos ossos. O restante do fósforo
orgânico relaciona-se a uma serie de funções metabólicas, sendo metade
dessa quantidade encontrada na musculatura. O fósforo, assim como o cálcio,
esta sob influencia da vitamina D e do hormônio paratireoidiano.
Funções
O fósforo participa de várias funções essenciais do corpo. O acido
desoxirribonucléico (DNA) e o acido ribonucléico (RNA) são baseados no
fosfato. O fósforo relaciona-se intimamente a mineralização óssea e dos
dentes, mas também têm um papel estrutural ao nível de célula, notadamente
nos fosfolipídios, constituintes das membranas celulares.
O fosfato participa de numerosas atividades enzimáticas e, sobretudo tem um
papel fundamental para a célula como fonte de energia sob a forma de ATP
(adenosina trifosfato). É graças ao fosfato que a célula pode dispor de
reservas de energia. Alem disso é importante na absorção e transporte de
nutrientes, na regulação da atividade protéica e no balanço ácido-base.
Como parte dos fosfolipídios, o fósforo esta presente em cada membrana
celular do corpo. As reações do fosforilação e desfosforilaçao controlam
varias etapas na ativação e desativação de enzima citosólicas pela
fosfatasses. O sistema de tampão do fosfato é importante no fluido
intracelular e túbulos renais, onde o fosfato funciona na excreção do íon
hidrogênio.
Os íons fosfato se combinam com íons de cálcio para formar hidroxiapatita,
a principal molécula inorgânica presente nos dentes e ossos. O mineral
ósseo, não o mineral dental, fornece íons fosfatos por meio de regulação
homeostática de cálcio sérico pelo PTH.
Fontes Alimentares e Ingestões
Em geral as boas fontes de proteínas também são boas fontes de fósforo.
Carne, peixes e ovos são excelentes fontes. O leite e seus derivados são
boas fontes, assim como as nozes e leguminosas, cereais e grãos.
Quantidade significativa de fósforo também pode ser encontrada em bebidas
carbonatadas (refrigerantes gaseificados) na forma de fosfato.
Deficiência
Considerando que o fosfato é muito encontrado na natureza, a deficiência de
fósforo é rara, e geralmente tem causas múltiplas: diminuição do aporte na
nutrição parenteral exclusiva, alcoolismo crônico, jejum prolongado
(idosos), perdas de origem digestiva ou precipitação por antiácidos
gástricos em tratamentos prolongados...
Os sintomas resultam principalmente da síntese diminuída de trifosfato de
adenosina (ATP) e de outras moléculas orgânicas de fosfato. Ocorrem
anormalidades neurológicas, renais e outras.
Excesso
Seu excesso pode causar uma mobilização exagerada do cálcio ósseo, com
aumento dos riscos de osteoporose nas mulheres durante a menopausa.
Essa hipótese, porem, necessita de estudos que a comprovem, mas mostra uma
vez mais a necessidade de um aporte equilibrado dos diversos minerais e
oligoelementos.
3. Magnésio
O magnésio é o segundo cátion intracelular mais abundante (após o potássio)
no corpo. O organismo do ser humano adulto contém aproximadamente 28g de
magnésio, dos quais cerca de 60% se encontram nos ossos, 26% nos músculos e
o restante nos tecidos moles e fluidos corporais.
Cerca de metade do magnésio no plasma é livre, aproximadamente um terço
está ligado à albumina e o restante está ligado à citrato, fosfato ou
outros ânions.
Funções
A principal função do magnésio é estabilizar a estrutura do ATP nas reações
enzimáticas dependentes de ATP. O magnésio é um co-fator para mais de 300
enzimas envolvidas no metabolismo de componentes alimentares e na síntese
de muitos produtos como: Síntese de ácidos graxos e proteínas; Fosforilação
da glicose e seus derivados na via glicolítica, etc.
O magnésio desempenha um papel na transmissão e atividade neuromuscular,
trabalhando em conjunto e contra os efeitos do cálcio, dependendo do
sistema envolvido. Na contração muscular normal, o cálcio atua como um
estimulador e o magnésio atuam como um relaxante. O magnésio atua como um
bloqueador do canal do cálcio fisiológico e é chamado de "bloqueador da
natureza".
Ingestões Alimentares
Boas fontes de magnésio são as sementes, nozes, leguminosas e cereais
integrais moídos, assim como hortaliças de folhas verde-escuras porque o
magnésio é um constituinte essencial da clorofila.
O leite é uma boa fonte moderada de magnésio. Peixes, carnes e as frutas
(como laranjas, maçãs e banana) são fontes pobres (com baixo teor de
magnésio).
Deficiência
Apesar de muito rara, são sintomas da deficiência grave de magnésio:
espasmos musculares, tremores, mudança de personalidade, anorexia, náuseas
e vômitos. A tetania, movimentos abruptos, convulsões e coma também foram
relatados em indivíduos com deficiência. A hipoglicemia e a hipocalemia
ocorrem tipicamente muito cedo, juntamente com a alteração da resposta do
individuo ao PTH. Pode também ocorrer alguma retenção de sódio.
Entre os efeitos de depleção grave de magnésio sobre o metabolismo ósseo a
secreção diminuída de PTH pelas glândulas paratireóides, respostas ósseas e
renais prejudicadas ao PTH, resistência à vitamina D, formação alterada de
cristais de hidroxiapatita e crescimento ósseo prejudicado nos jovens, ou
osteoporose no idoso.
A baixa ingestão de magnésio é agora considerada um fator de risco
potencial para hipertensão.
Excesso
O excesso de magnésio poder inibir a calcificação óssea, porém, excessos de
magnésio por fontes alimentares, inclusive suplementos, é muito improvável
que resulte em toxicidade.
Os únicos casos de excesso que foram relatados envolvem trabalhadores de
fundição de minérios que inalaram ou de outra maneira ingeriram níveis
tóxicos de pó de magnésio.
4. Enxofre
O enxofre é um elemento fundamental da matéria viva, protagonista dos
fenômenos biológicos celulares.
Funções
Ele tem funções energéticas e plasmáticas. O enxofre está presente em todas
as células do organismo humano, representando 0,5% do peso do organismo
humano, principalmente nos locais ricos em aminoácidos sulfurados, como
pele, unhas e cabelo. Constituintes de três aminoácidos – cistina,
cisteína e metionina - e de muitas outras moléculas orgânicas. Como tal,
está presente como parte dessas moléculas orgânicas em todas as células e
nos compartimentos extracelulares, tais como no tecido conjuntivo.
Está presente nas proteínas de transferência de elétrons envolvidas nos
processos básicos da manutenção e fosforilação oxidativa.
É encontrado como um componente da heparina, um anticoagulante encontrado
no fígado e alguns outros tecidos e como sulfato de condroitina no osso e
cartilagem.
É um componente essencial de três vitaminas: tiamina, biotina e ácido
pantatênico.
Excreção: Excretado na urina como sulfitos.
Sua função principal é a desintoxicação ou eliminação de produtos tóxicos.
Enxofre liga para neutralizá-las e, assim, ser eliminada.
Possui função plástica, isto é, participando da reparação e construção
de tecidos e células;
Participa do colágeno, substância importante principalmente para a
formação e manutenção da pele, tecido conjuntivo e ossos;
Participa do metabolismo de gorduras e carboidratos;
Da formação do coágulo sangüíneo; Da formação de algumas vitaminas;
Da formação de proteínas, especialmente as muco-proteínas;
No processo de transferência de energia. Auxilia no combate aos
micróbios e parasitas.
Ingestões Dietéticas
Até o momento, não existe evidencias conclusivas sobre quantidade
recomendada de ingestão de enxofre.
Fontes Alimentares
As fontes alimentares de enxofre englobam carne, aves, peixes, ovos,
feijões secos, brócolis, couve-flor, leite, queijos, cereais e frutas
secas.
Deficiência
Ardor na garganta e no abdômen;
Astenia (sensação de debilidade física e psíquica generalizada);
Depressão nervosa, neurite, histerismo e outros problemas de natureza
nervosa;
Intumescimento do fígado, baço e útero; Redução do brilho e textura da
pele;
Dores nas articulações; Mau odor na saliva.
Excesso
Não foi encontrado um nível de toxicidade, uma vez que o excesso de enxofre
é excretado principalmente pela urina.
5. Sódio
O sódio (Na+) é o principal cátion do fluido extracelular, água e
substancias dissolvida nos espaço fora das células, varias secreções
intestinais, tais como a bile e o suco pancreático, contem quantidades
substanciais de sódio. Aproximadamente 35 a 40% do total de sódio corporal
esta no esqueleto; porém a maior parte desse sódio é imutável ou apenas
lentamente permutável com aquele dos fluidos corporal.
Ao contrario do que se pensa, o suor é hipotônico e contém uma quantidade
relativamente pequena de sódio.
Funções
O sódio regula o seu volume e o volume do plasma sanguíneo. O sódio também
auxilia na condução de impulsos nervosos e no controle da contração
muscular.
Fontes
A principal fonte de sódio é o cloreto de sódio, ou sal de mesa comum, do
qual o sódio constitui 40% do peso. Os alimentos de origem protéica
geralmente contem mais sódio de ocorrência natural do que os vegetais e
grão, enquanto as frutas contem pouco ou nenhum sódio.
Deficiência
A deficiência de sódio no organismo traz conseqüências como: Letargia,
fraqueza, convulsões.
Excesso
Pode causar hipertensão; Problemas no sistema nervoso central, distúrbios
no volume do plasma sangüíneo e edema.
6. Cloreto
O cloreto é amplamente distribuído por todo o corpo como o principal ânion
dos fluidos extracelulares. As concentrações mais altas de cloreto são
encontradas no fluido cérebro-espinhal, bile e sucos gástricos e
pancreáticos.
Funções
Junto com o sódio, o cloreto ajuda a manter o equilíbrio ácido-base e a
pressão osmótica.
Fontes
As maiores partes do cloreto da dieta provem do cloreto de sódio (sal de
mesa), que é 60% de cloreto em peso. O cloreto da água contribui apenas com
uma fração muito pequena do cloreto consumido na dieta.
Deficiência
Uma síndrome de deficiência de cloreto foi descrita em lactentes que
recebiam uma formula deficiente em cloreto, a síndrome e caracterizada por
perda de apetite, deficiência no desenvolvimento, fraqueza muscular,
letargia e alcalose metabólica grave com conseqüente hipocalemia.
7. Potássio
O potássio, o principal cátion do fluido intracelular esta presente em
pequenas quantidades no fluido extracelular.
Funções
Juntamente com o sódio, o potássio esta envolvido na manutenção do
equilíbrio ácido-base. Junto ao cálcio, é importante na regulação da
atividade neuromuscular. Também promove crescimento celular. O conteúdo de
potássio no músculo esta relacionado à massa muscular e armazenamento de
glicogênio.
Fontes
Em geral, frutas, hortaliças, carne fresca e produtos de laticínio são boas
fontes de potássio.
Deficiência
A ingestão insuficiente de potássio foi ligada a hipertensão e osteoporose.
Microminerais (elementos traço):
Uma serie de elemento presentes em quantidade mínima nos tecido corporais
são essências para o ótimo crescimento.
Características Gerais
Os elementos traço existem tipicamente em duas formas:
(1) Como íons carregados;
(2) Ligados a proteínas ou complexados nas moléculas (por exemplo,
mataloenzimas).
No sangue e outros tecidos e fluidos celulares, os elementos traço não
existem no estado iônico livre; está tipicamente ligada a proteína de
transporte ou retenção. Os íons flúor ligam-se aos cristais de
hidroxapatita dos ossos e dos dentes.
1. Ferro
O ferro foi reconhecido como nutriente essencial há mais de um século. A
anemia por deficiência de ferro é a doença nutricional mais comum do mundo.
O corpo humano adulto contém ferro com dois pools principais: (1) ferro
heme; (2) ferro não heme.
O ferro é altamente conservado pelo corpo: aproximadamente 90% são
recuperados e reutilizados a cada dia. O resto é excretado, principalmente
na bile.
Função
Quimicamente, o ferro é um elemento altamente reativo que pode interagir
com o oxigênio para formar intermediários com o potencial de danificar
membranas celulares ou degradar o DNA.
Este envolvido na função das hemácias, na atividade da mioglobina e nos
papeis de várias enzimas não heme e heme.
Por suas propriedades de oxidação e redução, o ferro possui papel no
transporte no sangue e respiratório de oxigênio e dióxido de carbono
(componente ativo dos citocromo, envolvidas no processo de respiração
celular e geração de energia). Função imunológica e no desempenho
cognitivo.
A hemoglobina, presente nas hemácias, é sintetizada nas células imaturas na
medula óssea. A hemoglobina trabalha de duas maneiras:
(1) a heme que contém ferro se combina com o oxigênio nos pulmões;
(2) a heme libera o oxigênio dos tecidos onde captura dióxido de carbono e
então libera nos pulmões após seu retorno dos tecidos.
A mioglobina, também uma proteína que contém heme, serve como um
reservatório de oxigênio dentro do músculo.
A ribonucleotideo redutase, a enzima taxa limitante envolvida na síntese de
DNA, também é uma enzima de ferro.
O ferro é necessário para as bactérias; portanto sua sobrecarga pode
resultar em maior risco de infecções. A deficiência diminui a imunidade
humoral e celular.
Duas proteínas que se ligam ao ferro transferrina (no sangue) e
lactoferrina (no leite materno), parecem proteger o organismo contra
infecções por negar o ferro aos microorganismos que o necessitam para sua
proliferação.
O ferro é utilizado pelas células cerebrais para sua função normal. Ele
esta envolvido na função e síntese de neurotransmissores e, possivelmente,
da mielina.
Fontes Alimentares
A melhor fonte de ferro da dieta é o fígado, seguido por frutos do mar
(ostras e peixes), rim, coração, carne magra e aves.
Os feijões secos e hortaliças são a melhores fontes vegetais. Alguns outros
alimentos que fornecem ferro são gemas de ovos, frutas secas, melaço
escuro, Pães de grãos integral e enriquecidos, vinhos e cereais.
Deficiência
A deficiência do ferro, precursora da anemia por deficiência de ferro é a
mais comum de todas as doenças nutricionais. Os estágios finais de
deficiência de ferro englobam anemia microcítia hipocrômia. Essas
deficiências podem ser causadas por lesão, hemorragia ou enfermidades, e
ingestão inadequada.
Excesso
A principal causa de sobrecarga é a hemocromatose hereditária (absorção
excessiva ou ingestão excessiva de ferro).
As transfusões sangüíneas freqüentes ou ingestões em longo prazo de grandes
quantidades de ferro podem levar ao acumulo anormal no fígado. Favorece a
oxidação da lipoproteína de baixa densidade, lesão de vaso arterial e
outros efeitos adversos que envolvem o sistema cardiovascular.
2. Zinco
O Zinco está abundantemente distribuído em todo o corpo humano e está em
segundo lugar apenas em relação ao ferro entre os elementos traço. O corpo
humano possui cerca de 2 a 3g de zinco com as maiores concentrações no
fígado, pâncreas, rins, ossos e músculos. Outros tecidos com altas
concentrações incluem várias partes do olho, próstata, espermatozóide,
pele, cabelo e unhas.
Funções
*Estruturais: É altamente concentrado em determinadas áreas cerebrais,
retina, fígado, próstata...
O zinco funciona como determinante da forma e disposição espacial de
enzimas e proteínas, assim como na estabilização de certas proteínas
ligadas ao DNA.
*Enzimáticas: Estima-se que cerca de 3.000 enzimas requerem zinco para sua
atividade, dentre as quais centenas de nucleoproteínas que estão envolvidas
na expressão gênica, incluindo as RNA-polimerases, metaloenzimas, incluindo
malato-desidrogenase, as carboxipeptidades A e B, etc.
*Regulatórias: O zinco é captado ativamente pelas vesículas sinápticas,
atuando na atividade neuronal e na memória. É um fator de crescimento,
necessário para síntese protéica, replicação de ácidos nucléicos, divisão
celular... É necessário para o funcionamento adequado de linfócitos,
mobilização de neutrófilos e ação de fibroblastos, o que torna essencial na
defesa imunológica e na cicatrização.
Fontes alimentares
As ingestões de zinco são fornecidas por carnes, peixes, aves, cereais
matinais prontos para o consumo fortificados com zinco e leite e seus
derivados. As ostras e outros mariscos, fígados, cereais de grãos
integrais, feijões secos e nozes são boas fontes de zinco. Os produtos de
soja são também razoavelmente bons de zinco. Em geral a ingestão de zinco
correlaciona-se com a ingestão de proteínas.
Deficiências
Os principais sintomas incluem pequena estatura, hipogonadismo, leves
anemia e baixos níveis plasmáticos de zinco a hipogeusia (menor acuidade do
paladar), cura demorada de ferimentos, alopecia e diversas formas de lesões
de pele.
A acarodermatite enteropática, uma doença autossômica recessiva
caracterizada pela má absorção do zinco, resulta em lesões eczematosas da
pele, alopecia, diarréia, infecções bacterianas e fúngicas, e
eventualmente, morte, se deixada sem tratamento.
Toxicidade
Suplementação excessiva com zinco interfere na absorção de cobre.
O sulfato de zinco em quantidades de 2g/dia ou mais pode causar irritação
gastrointestinal e vômito.
3. Flúor
O Flúor é um elemento natural encontrado em quase toda água potável e
solos, apesar do teor de flúor variar muito em todo o mundo.
Funções
O Flúor é considerado importante, se não essencial, por seu efeito benéfico
no esmalte dental conferindo-lhe resistência máxima à cárie dental- e
possivelmente para a hidroxiapatita esquelética.
Atua também como agente antibacteriano na cavidade oral, servindo como
inibidor enzimático.
O flúor substitui o grupo hidroxila na estrutura treliça dos sais de
fosfatos de cálcio (isto é, hidroxiapatita) dos dentes para formar a
fluoroapatita, que é mais dura e menos prontamente reabsorvida que a
hidroxiapatita.
Fontes Alimentares
As maiores fontes são a água potável e os alimentos processado que formam
preparados ou reconstituídos com água fluretada, os frutos do mar também
são ricos em flúor.
As sopas e ensopados feitos com peixes e ossos de carne também fornecem
boas quantidades de flúor. Fígado bovino e galinha carne desossados
mecanicamente são também ricos em flúor.
Deficiência
Como não há funções metabólicas conhecidas para o flúor, não pode haver uma
deficiência verdadeira que resulte em doença.
Excesso
Pode ocorrer fluorose dental.
*6,0mg/dia – Anulação de toda a parte do efeito benéfico (problemas ósseos
e neurológicos em crianças mal nutridas);
*10,0 a 20 mg/dia- Quantidade tóxica (problemas gástricos pelo acido
fluorídrico);
*200mg morte em crianças sensíveis; 2g pode matar um adulto.
4. Cobre
O cobre, um constituinte normal do sangue, é outro micronutriente essencial
estabelecido.
As concentrações do cobre são maiores no fígado, cérebro e rim. O músculo
contém baixas concentrações de cobre, mas, em função de sua grande massa, o
músculo esquelético contém aproximadamente 40% de todo o cobre no corpo.
Funções
O cobre é um componente de muitas enzimas. A manifestação clinica de cobre
são atribuíveis a falhas enzimáticas. O cobre na ceruloplasmina tem um
papel bem documentado na oxidação do ferro antes de ser transportado no
plasma.
A lisil oxidase, uma enzima que contém cobre, é essencial na ligação
cruzada derivada de lisina de colágeno e elastina que são proteínas do
tecido conjuntivo.
A proteína de transporte de elétrons que contém cobre este também participa
da produção de energia mitocondrial. Com parte das enzimas que contém cobre
como a superóxido dismutase, o cobre protege contra oxidantes e radicais
livres e promove a síntese de melanina e catecolaminas.
Fontes Alimentares
O cobre esta presente nos alimentos de origem animal (excerto leite). Os
alimentos ricos em cobre são os mariscos (ostras), vísceras (fígado, rim),
carnes de músculos, chocolate, nozes, grãos de cereais, leguminosas secas e
frutas secas.
Em geral, as frutas e os vegetais têm poucas quantidades de cobre.
Deficiência
A deficiência de cobre é caracterizada por anemia, neutropenia e
anormalidades esqueléticas, especialmente desminerização. Outras alterações
também podem ocorrer inclusive hemorragias subperiosteais, despigmentação
do cabelo e pele e formação de elastina defeituosa. A neutropenia e a
leucopenia são as melhores indicações iniciais de deficiência de cobre.
O cobre é armazenado no fígado; portanto, a deficiência se desenvolve
lentamente conforme suas reservas fim esgotadas.
A "Síndrome de Menkes ou Cabelo pixaim" é um defeito recessivo ligado ao
sexo que resulta em má absorção, perda urinária aumentada e anormalidades
de transporte de cobre intracelular, que causam uma distribuição anormal
desse mineral entre os órgãos e dentro das células. Os bebês afetados
apresentam retardo de crescimento, ceratinização e pigmentação de cabelo
defeituosa, hipotermia, alterações degenerativas na elastina da aorta,
anormalidades das metáfises dos ossos longos e deterioração mental
progressiva. Esses bebês geralmente não sobrevivem aos primeiros meses de
vida.
Excesso
A toxicidade do cobre pelo consumo de alimentos é considerada impossível,
porém, já foi relatada a toxicidade por suplementação excessiva ou por sais
de cobre utilizados na agricultura. A cirrose hepática geralmente se
desenvolve por ingestões tóxicas e também ocorrem anormalidades na formação
de hemácias.
A "Doença de Wilson" (degeneração hepatolenticular) é caracterizada por
acúmulo de cobre em excesso nos tecidos corporais, como olhos, como
resultado de deficiência genética na síntese hepática de ceruloplasmina.
5. Iodo
O corpo contém de 20 a 30mg de iodo, com mais de 75% na glândula tireóide e
o resto distribuído em todo o corpo, particularmente na glândula mamaria
lactante, mucosa gástrica e sangue. A necessidade dietética de iodo é para
síntese de hormônios tireóide.
Funções
O iodo é armazenado na glândula tireóide, onde é na síntese de
triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), hormônios que aceleram as reações
celulares em praticamente todos os órgão e tecidos do organismo, com o
aumento do metabolismo basal, do consumo de O² e da produção de calor. As
atividades desses hormônios são criticas para o desenvolvimento normal do
cérebro, na proliferação de neurônios e na regulação de processos que
envolvem a função cerebral.
Além disso, a tireoxina é essencial para a reprodução; outras funções dos
hormônios tireoidianos incluem a conversão do caroteno na forma ativa de
vitamina A, a síntese de proteínas e a absorção intestinal de carboidratos.
A atividade aumentada de numerosas enzimas após a administração de tiroxina
é conseqüência, pelo menos em parte, do dramático efeito estimulatório do
hormônio sobre a síntese protéica em vários tecidos, incluindo fígado,
cérebro imaturo do rato e músculo.
Fontes Alimentares
O iodo é encontrado em quantidades variáveis nos alimentos e água potável.
Os frutos do mar, tais como moluscos, lagostas, ostras, sardinhas e outros
peixes de água salgada são fontes mais ricas de iodo.
O teor de iodo das hortaliças varia de acordo com aquele do solo no qual
eles cresceram. O uso de sal iodado deveria ser defendido em certas áreas
para prevenir o bócio. A melhor maneira de obter uma ingestão adequada de
iodo é utilizar sal iodado no preparo do alimento.
Deficiência
A deficiência de iodo é a causa mais evitável de deficiência mental do
mundo. As ingestões muito baixas de iodo estão associadas ao
desenvolvimento do bócio endêmico ou simples, que é aumento do volume da
glândula tireóide.
Excesso
O iodo em excesso na dieta pode resultar em hipotireoidismo, formação de
bócio ou hipertireoidismo. A doença auto-imune tireoidiana e carcinoma
papilar tireoidiano podem ocorrer em proporção maior quando a ingestão
media do iodo é alta, como em certas populações consumindo sal iodado.
6. Selênio
O selênio é um elemento-traço necessário para a produção de enzimas
fundamentais na neutralização de radicais livres e na proteção contra
peroxidaçao lipídica das membranas celular e sub-celulares. O selênio age
em sinergismo com a vitamina E, em sua função antioxidante. O selênio
também esta envolvido na síntese da enzima que retira iodo da molécula de
T4, transformando-o numa forma ativa, o T3 (triiodotironina).
Funções
O selênio, como selenometionina ou selenocisteína, existe em varias
proteínas que são amplamente distribuídas no corpo. A glutationa peroxidase
celular pode ajudar a fornecer uma reserva de selênio nas proteínas que
pode ser removida quando necessário. A selenoproteína P, outra molécula que
contem selênio, pode atuar como varredura de radicais livres ou um
transportador de selênio.
Os efeitos antioxidantes do selênio e da vitamina E pode fortalecer uns aos
outros pela sobre posição de suas ações protetoras contra o dano oxidante.
Fontes Alimentares
A concentração de selênio nos alimentos depende do teor de selênio do solo
e água onde foram cultivados.
As principais fontes alimentares de selênio são castanhas do Pará, frutos
do mar, rins, fígado, carne vermelha e aves. Frutas e vegetais são pobres
em teor de selênio. A principal fonte alimentar de selênio identificado foi
os alimentos de origem animal.
Deficiência
Sua deficiência é rara em populações em todo mundo. A primeira doença de
deficiência de selênio é conhecida como doença de Keshan, uma forma de
miocardiopatia que afeta principalmente crianças e mulheres (observada na
China);
A segunda doença é conhecida como doença de Kashin-Beck e é comum é pré-
adolescentes e adolescentes (descoberta na Mongólia). A doença inicialmente
envolve rigidez simétrica, inchaço e dor nas articulações interfalangeanas
dos dedos das mãos, seguida de osteoartrite generalizada na qual,
cotovelos, joelhos e tornozelos também são acometidos.
Excesso
Os sinais de toxidade conhecida como selenose, incluem alterações cutâneas
e das unhas, cárie dental e anormalidades neurológicas.
7. Manganês
A deficiência de manganês em seres humanos foi relatada pela primeira vez
em 1972 e a sua essencialidade em seres humanos está bem estabelecida.
Funções
O manganês é um componente de muitas enzimas, inclusive glutamina
sintetase, piruvato carboxilase e dismutase mitocondrial. O manganês ativa
muitas outras enzimas, a maioria das quais também pode ser ativada pelo
magnésio. O manganês está associado à formação de tecidos conjuntivo e
esquelético, crescimento, reprodução e metabolismo de carboidratos e
lipídeos.
Deficiência
Os sintomas de deficiência são perda de peso, dermatite temporária e,
ocasionalmente náusea e vômitos, uma alteração na cor do cabelo e
crescimento lento de pelos e cabelos.
Estudos em animais estabeleceram que o manganês fosse essencial para a
reprodução; A esterilidade ocorre em ambos os sexos; Anormalidades
esqueléticas notáveis e ataxia caracterizam a prole de mães deficientes em
manganês.
Excesso
A toxicidade de manganês ocorreu em mineradores através da absorção pelo
trato respiratório. Este excesso se acumulou no fígado e SNC, produz
sintomas semelhantes à doença de Parkinson.
Também ouve toxicidade em pacientes que recebiam nutrição parenteral com
manganês. Os sintomas incluem cefaléias, tontura, imagens anormais na
ressonância magnética e disfunção hepática.
8. Cromo
O cromo não era aceito como um nutriente essencial até 1977, entretanto,
quando os pacientes que recebiam nutrição parenteral exibiam anormalidades
do metabolismo de glicose estas eram revertidas pela suplementação com
cromo.
Funções
O cromo potencializa a ação de insulina, e como tal, influencia no
metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. O cromo pode ter efeito
benéfico sobre os níveis de triglicerídeos séricos em pacientes com
diabetes mellitus não dependente de insulina (o cromo pode regular a
síntese de uma molécula que potencializa a ação da insulina).
Outro possível papel do cromo serias a regulação de expressão genética.
As afirmações recentes de que a ingestão de altas doses de cromo melhoram a
força, composição corporal, resistência ou outras características de boa
forma física são controversas, com alguns estudos sustentando essas
afirmações e outros não.
Fontes Alimentares
O levedo da cerveja, ostras, fígado e batatas possuem altas concentrações
de cromo; os frutos de mar, grãos integrais, queijos, frango, carnes e
farelo possuem concentrações médias de cromo.
A refinação do trigo remove o cromo juntamente com o germe e farelo, a
refinação do açúcar fraciona o cromo nas porções de melaço.
Os laticínios, frutas e vegetais são pobres em cromo.
Deficiência
Sua deficiência resulta em resistência à insulina e algumas anormalidades
lipídicas, que podem ser melhoradas com suplementação com cromo.
Entre os sintomas de deficiência de cromo em animais o crescimento
prejudicado, concentrações séricas elevadas de colesterol e triglicerídeos,
incidência aumentada de aterosclerose, lesões corneanas, fertilidade e
contagem de esperma diminuído.
Excesso
Toxicidade a parti da alimentação não foi relatada, porém, o picolonato de
cromo tomado como suplemento em altas doses por atletas e levantadores de
peso resultou em alguns efeitos adversos, principalmente lesão de pele.
9. Molibdênio
O molibdênio foi estabelecido como micronutriente essencial,
particularmente por sua necessidade na enzima xantina oxidase.
Os indivíduos que recebiam nutrição parenteral em longo prazo exibiram
sintomas de deficiência de molibdênio, inclusive alterações mentais e
anormalidades de metabolismo de enxofre e purina.
Funções
A xantina oxidase, aldeído oxidase e sulfito oxidase, todas as enzimas de
um grupo prostético que contenha molibdênio. O sulfito oxidase é importante
para a degradação de metionina e também catalisa a formação de sulfato a
partir de sulfito.
Sua função como co-fator em diversas enzimas é essencial para o metabolismo
de aminoácidos, nucleotídeos e ácido úrico, e no metabolismo de drogas e
medicamentos.
Fontes Alimentares
O molibdênio é distribuído de forma ampla nos alimentos normalmente
consumidos, como leguminosas, cereais de grãos integrais, leite e derivados
e vegetais folhosos verdes.
Deficiência
A deficiência de molibdênio não foi estabelecida em seres humanos excerto
para pacientes tratados com nutrição parenteral. Estão entre os sintomas,
as alterações mentais e as anormalidades de metabolismo de enxofre e
purina.
Excesso
Uma ingestão excessiva de molibdênio de 10 a 15 mg/dia está associado a uma
síndrome semelhante a da Gota.
10. Boro
O boro, um elemento ultra-traço, é obtido dos alimentos como bromato de
sódio e é rápido e quase completamente (90%) absorvido. As altas
concentrações de boro são encontradas nos ossos, baça e tireóide, apesar de
estar presente em todos os tecidos do organismo.
Funções
O boro está associado as membranas celulares e nas plantas está envolvido
na eficiência funcional das membranas células. O boro aparentemente liga-se
a sítios ativos de algumas enzimas, reduzindo sua capacidade funcional.
A evidência, em estudos em animais, mostra que a privação de boro altera
dois órgãos principais: o cérebro e o osso. Em decorrência de papel do boro
no osso, os estudos em seres humanos enfocaram o seu papel potencial no
desenvolvimento de osteoporose.
Fontes Alimentares
São boas fontes de boro os vegetais, especialmente as frutas não cítricas,
nozes e leguminosas.
Vinho, cidra e cerveja são outras boas fontes de boro.
Deficiências e Excesso
A deficiência de boro altera a composição e funcionamento cerebral e reduz
a composição, estrutura e forças ósseas, porém, ainda não foi relatada em
seres humanos e não foi estabelecido nenhum nível de toxicidade.
11. Cobalto
A maioria do cobalto esta como reserva de vitamina B12 no fígado, porém,
uma enzima possui uma necessidade especifica estabelecida de cobalto. O
plasma sanguíneo contém aproximadamente 1μg de cobalto por 100ml.
Funções
É um componente da vitamina B12 (cobalamina). Essa vitamina é essencial
para a maturação das hemácias, e para a função normal de todas as células.
A metionina aminopeptidade, uma enzima envolvida na regulação da translação
(de DNA para RNA), é a única enzima em seres humanos que se sabe que possui
uma necessidade estabelecida do cobalto.
Fontes Alimentares
O cobalto é encontrado nos alimentos, porém, apenas os microrganismos são
capazes de sintetizar a vitamina B12.
Os microrganismos de espécies monogástricas, como os seres humanos, têm uma
capacidade extremamente limitada de síntese em áreas onde a vitamina B12 –
e, dessa forma o cobalto – de alimentos animais, como víceras e músculos.
Os vegetarianos estritos podem se tornar deficientes de vitaminas B12. A
deficiência pode se desenvolver apenas após 3 a 6 anos, ou não se
desenvolver.
Deficiência
A deficiência de cobalto ocorre somente em relação á deficiência de
vitaminas B12, causando anemia macrocítica
Um defeito genético que interfere na absorção da vitamina B12 causa anemia
perniciosa, que é tratada com doses maciças da vitamina.
Excesso.
A alta ingestão de cobalto inorgânico (livre de cobalamina) em dietas
animais produz policitemia (superprodução de hemácias), hiperplasia da
medula óssea, reticulocitose e volume sanguíneo aumentado.