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FACULDADES UNIME – UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA
NÚCLEO DE DISCIPLINAS INTEGRADAS
DISCIPLINA: METODOLOGIA CIENTÍFICA
PROFESSOR: LUIZ TOURINHO
ALUNOS DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 3ºSEMESTRE / TURMA (A)
CLAUDECIR MARÇAL
RENATO FELIX SACRAMENTO
JOSE LUCIO DOS SANTOS
RENATO ALEXANDRE F. SOUZA
JOCIMAR N. RODRIGUES
LUCIANO GOMES
LUANA GUIMARÃES
TRABALHO REFERÊNTE A:
DRENAGEM DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS
Lauro de Freitas - Bahia
2015
ALUNOS DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 3ºSEMESTRE / TURMA (A)
CLAUDECIR MARÇAL
RENATO FELIX SACRAMENTO
JOSE LUCIO DOS SANTOS
RENATO ALEXANDRE F. SOUZA
JOCIMAR N. RODRIGUES
LUCIANO GOMES
LUANA GUIMARÃES
TRABALHO REFERÊNTE A:
DRENAGEM DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS
Trabalho apresentado à disciplina
Metodologia Científica como
requisito parcial de avaliação do
segundo bimestre,
sob a
orientação do Prof. Luiz Tourinho
Lauro de Freitas - Bahia
2015
ÁREA DE CONHECIMENTO
Engenharia Civil
AREA ESPECIALIZADA DO CONHECIMENTO
Pavimento em Rodovias
AREA DE CONCENTRAÇÃO
Drenagem para proteção de pavimentos em rodovias
* TEMA
Drenagem de pavimentos em rodovias
* DELIMITAÇÃO DO TEMA
Drenagem e seus tipos de aplicações para proteção de pavimentos em
rodovias
* JUSTIFICATIVA
Devido o grande poder das águas pluviais causarem sérios danos aos
pavimentos, algumas técnicas devem ser devidamente utilizadas para um
melhor significado na conservação das rodovias e consequentemente
maior segurança aos usuários dessas vias.
* PROBLEMA DE PESQUISA
Qual a importância da drenagem do pavimento em rodovias e os problemas
que afetam a durabilidade e a conservação do sistema de pavimentação
asfáltica, e os dispositivos e técnicas utilizados como solução?
* HIPÓTESE
Em rodovias temos o problema de precipitação, condução através de
talvegues, infiltrações e os lençóis freáticos que podem vir a trazer
problemas pelo fenômeno da capilaridade formando a "franja capilar",
então foram desenvolvidas várias técnicas para resolver esses
problemas. Pois a má drenagem dessa água pode acarretar vários danos
ao pavimento como a deterioração do pavimento, e a exposição contínua
a umidade tem como consequências a perda de rigidez das camadas de
fundação com a saturação e a degradação da qualidade dos materiais,
causadas pela interação da umidade, junto com isso outros defeitos
como o trincamento do pavimento e o aumento da irregularidade
longitudinal com o tempo.
Dentre essas técnicas podemos dividi-las em quatro grandes grupos,
drenagem de talvegues, drenagem superficial, drenagem do pavimento e
drenagem subterrânea ou profunda que devem ser devidamente empregados
de acordo com estudos apropriados para sua correta implantação.
* QUESTÕES NORTEADORAS
1 - Quais os problemas enfrentados pelas rodovias quando
expostas à ação das águas pluviais?
2 – Quais os objetivos almejados diante da implantação de
técnicas de conservação de rodovias?
3 - Quais as técnicas de conservação disponíveis para prevenir
e/ou minimizar os danos ao pavimento?
4 - Como as técnicas de conservação agem quando devidamente
aplicadas?
* RESUMO
O presente trabalho sintetiza os diversos dispositivos disponíveis em
se tratando de processos de drenagem para a proteção dos pavimentos em
rodovias. Devido o grande poder das águas pluviais causarem sérios
danos aos pavimentos, algumas técnicas devem ser devidamente
utilizadas para uma melhora significativa na conservação das rodovias
e consequentemente maior segurança aos usuários dessas vias. A
necessidade de diferentes aplicações para o processo de drenagem
engloba muitas variáveis como a geometria da estrada, precipitação das
chuvas, localização do lençol freático, entre outras, o que de fato
carece um elevado grau de conhecimento do responsável pelas obras na
área de drenagem para assim escolher o método mais viável em cada
situação.
3.5 até 3.10.2 (incluindo)
* SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO..................................................................
.......................................5
2 TRANSPOSIÇÃO DE
TALVEGUES...................................................................
....6
2.1
BUEIROS.....................................................................
........................................6
2.2
PONTILHÕES..................................................................
....................................7
2.3
PONTES......................................................................
........................................7
3 DRENAGEM
SUPERFICIAL.................................................................
..................7
3.1 VALETAS DE PROTEÇÃO DE
CORTE..............................................................8
3.2 VALETAS DE PROTEÇÃO DE
ATERRO............................................................8
3.3 SARJETAS DE
CORTE.......................................................................
................9
3.4 SARJETAS DE
ATERRO......................................................................
...............9
3.5 VALETA DO CANTEIRO
CENTRAL..................................................................10
3.6 DECIDAS
D'ÁGUA......................................................................
.......................10
3.7 SAÍDAS DE
ÁGUA........................................................................
.....................10
3.8 CAIXAS
COLETORAS...................................................................
....................11
3.9 BUEIROS DE
GREIDE......................................................................
................12
3.10 DISSIPADORES DE
ENERGIA.....................................................................
...12
3.10.1 Dissipadores
localizados.................................................................
..............12
3.10.2 Dissipadores
contínuos...................................................................
..............12
3.11 ESCALONAMENTO DE
TALUDES.................................................................13
3.12 CORTA-
RIOS........................................................................
...........................13
4 DRENAGEM DO
PAVIMENTO...................................................................
...........13
1. CAMADA
DRENANTE..................................................................
......................13
2. DRENOS RASOS
LONGITUDINAIS.............................................................
.....14
3. DRENOS LATERAIS DE
BASE......................................................................
....14
4. DRENOS
TRANSVERSAIS..............................................................
..................14
5 DRENAGEM SUBTERRÂNEA OU
PROFUNDA...................................................15
5.1 DRENOS
PROFUNDOS...................................................................
.................15
5.2 DRENOS EM ESPINHA DE
PEIXE...................................................................15
5.3 COLCHÃO
DRENANTE....................................................................
.................16
5.4 VALETÕES
LATERAIS....................................................................
..................16
5.5 DRENOS
VERTICAIS...................................................................
.....................16
6
CONCLUSÃO...................................................................
......................................17
7.REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS..............................................................
.........18
* INTRODUÇÃO
Em rodovias temos o problema de precipitação, condução através de
talvegues, infiltrações e os lençóis freáticos que podem vir a trazer
problemas pelo fenômeno da capilaridade formando a "franja capilar",
então foram desenvolvidas várias técnicas para resolver esses
problemas. Pois a má drenagem dessa água pode acarretar vários danos
ao pavimento como a deterioração do pavimento, a exposição contínua e
a umidade tem como conseqüências a perda de rigidez das camadas de
fundação com a saturação e a degradação da qualidade dos materiais,
causadas pela interação da umidade, junto com isso outros defeitos
como o trincamento do pavimento e o aumento da irregularidade
longitudinal com o tempo. Dentre essas técnicas podemos dividi-las em
quatro grandes grupos, drenagem de talvegues, drenagem superficial,
drenagem do pavimento e drenagem subterrânea ou profunda.
* OBJETIVO GERAL
Avaliar as orientações e procedimentos normativos e metodológicos
contidos no Manual de Drenagem de Rodovias e no Álbum de Projeto-Tipo
de Dispositivos de Drenagem do Órgão Rodoviário Federal/DNIT, que
constituem diretrizes oficiais, associados às considerações de
natureza práticas adotadas por profissionais da área de projeto de
drenagem, com procedimentos investigativos fundamentados em aspectos
teóricos e experimentais, de modo a proporcionar análise crítica
comparativa entre os procedimentos empregados na prática profissional
e aqueloutros com base epistemológica, com a finalidade de oferecer
uma temática questionadora a ser apresentada ao meio técnico
diretamente envolvido com esta área de atuação na engenharia, bem como
promover debates em ambiente acadêmico universitário. Provavelmente,
em decorrência, poder-se-á oferecer críticas construtivas e sugestões
aos órgãos rodoviários oficiais, nos segmentos de poder federal,
estaduais e municipais, responsáveis legalmente pela oferta de
diretrizes aos engenheiros projetistas de drenagem rodoviária, quer em
meio rural, quer no ambiente urbano.
OBJETIVOS ESPECIFICOS
Estabelecer análises investigativas sobre os procedimentos adotados na
prática profissional em relação à elaboração de projeto de drenagem
rodoviária, de modo especial à drenagem do corpo do pavimento e sua
relação com a vida útil do mesmo, na perspectiva das diretrizes
oferecidas pelo Manual de Drenagem de Rodovias/DNIT e pelo Álbum de
Projeto-Tipo de Dispositivos de Drenagem/DNIT.
Realizar análise crítica acerca das diretrizes oficiais contidas no
Manual de Drenagem de Rodovias/DNIT e seu caderno de projeto-tipo para
drenagem do corpo do pavimento.
Analisar o projeto e dimensionamento da drenagem do corpo do pavimento
da Avenida Deputado Luís Eduardo Magalhães, e seus detalhes
executivos. Verificar a capacidade hidráulica dos elementos drenantes
do corpo do pavimento da Avenida Deputado Luís Eduardo Magalhães, com
base na Teoria Hidrodinâmica em técnico-científico. Meios Porosos e
com apoio de medidas experimentais de campo e laboratório de
propriedades físicas e hidráulicas dos materiais empregados na
construção das camadas do pavimento e utilizados nos elementos
drenantes (granulometria, permeabilidade, dentre outras). Estabelecer
análise comparativa entre os dois procedimentos empregados
(perspectiva usual da prática profissional de projeto de drenagem
versus perspectiva com base na fundamentação teórica com apoio em
medidas experimentais), oferecendo críticas construtivas aos órgãos
oficiais disciplinadores da metodologia de projeto na área de análise.
Promover debate técnico com profissionais atuantes neste segmento da
Engenharia Rodoviária e a socialização dos resultados obtidos mediante
a elaboração de artigo .
2 TRANSPOSIÇÃO DE TALVEGUES
As águas que escoam por talvegues, os quais atravessam a rodovia,
devem ser transpostas sem comprometer a estrutura do pavimento. Isso pode
ser feito com a locação de uma ou mais linhas de bueiros sob os aterros e
construção de pontilhões ou pontes transpondo os cursos d'água.
2.1 Bueiros
Os bueiros permitem a passagem das águas, cruzando as estradas. Eles
são compostos de bocas e corpo. Corpo é a parte localizada abaixo de cortes
e aterros. As bocas constituem os dispositivos de admissão e lançamento, a
montante e a jusante. No caso de o nível da entrada d'água na boca de
montante estar situado abaixo da superfície do terreno natural, a referida
boca deverá ser substituída por uma caixa coletora.
Os bueiros podem possuir várias formas, dentre elas tubulares (seção
circular) e celulares (seção retangular) entre as principais, podendo haver
também perfis especiais (elipses e ovóides).
Os bueiros são definidos quanto ao número de linhas, sendo simples,
duplo e triplo, com uma, duas ou três linhas, respectivamente.
Esses perfis podem ser confeccionados em concreto simples, concreto
armado, chapa metálica corrugada ou polietileno de alta densidade (PEAD),
além do plástico reforçado de fibra de vidro (PRFV).
Pode-se classificar os bueiros quanto à esconsidade. Segundo o Manual
de Drenagem de Rodovias (2006), a esconsidade é definida pelo ângulo
formado entre o eixo longitudinal do bueiro e a normal ao eixo longitudinal
da rodovia.
Os bueiros podem ser normais, quando o eixo do bueiro coincidir com a
normal ao eixo da rodovia, ou esconsos, quando o eixo longitudinal do
bueiro fizer um ângulo diferente de zero com a normal ao eixo da rodovia.
Os bueiros devem estar sob os aterros, para a transposição dos
talvegues, nas bocas dos cortes, para evitar erosão, e nos cortes, se o
volume de água for grande e superar a capacidade das sarjetas.
2.2 Pontilhões
Quando para a transposição de talvegues não é possível a construção de
bueiros, utilizam-se pontilhões. Os pontilhões são como pontes em dimensões
menores (vãos de até dez metros).
2.3 Pontes
As pontes são obras de artes especiais, cuja principal função é
transpor os cursos d'água de talvegues que não podem ser transpostos com
bueiros ou pontilhões. Pela importância, grande porte e complexidade, as
pontes exigem dimensionamentos mais acurados, levando em conta os custos, a
vida útil e principalmente a segurança para as vidas humanas que utilizarão
a via.
3 DRENAGEM SUPERFICIAL
A drenagem superficial é a parte que deve promover um deságüe seguro
das águas que incidem diretamente sobre o corpo estradal, garantindo a
segurança e estabilidade da via.
São utilizados vários sistemas e dispositivos de drenagem, os quais
estão enunciados a seguir, que serão explanados separadamente.
Valetas de proteção de corte;
Valetas de proteção de aterro;
Sarjetas de corte;
Sarjetas de aterro;
Sarjeta de canteiro central;
Descidas d'água;
Saídas d'água;
Caixas coletoras;
Bueiros de greide;
Dissipadores de energia;
Escalonamento de taludes;
Corta-rios.
3.1 Valetas de Proteção de Corte
As valetas de proteção de cortes interceptam as águas que escoam à
montante do talude de corte, evitando que elas saturem o solo e desencadeie
a ruptura do talude, o que geraria danos à rodovia ou até acidentes. O
Manual de Drenagem de Rodovias (2006) relata que as valetas devem ser
construídas paralelas às cristas dos cortes, a uma distância entre 2,0 a
3,0 metros. O material resultante da escavação deve ser colocado entre a
valeta e a crista do corte e apiloado manualmente.
As valetas de proteção de cortes podem possuir seções trapezoidais,
retangulares ou triangulares. As triangulares não são recomendadas para
grandes vazões, pois cria um plano preferencial de escoamento da água
(favorecem a erosão do solo), as retangulares são adotadas no caso de
cortes em rocha, por facilidade de execução e as trapezoidais têm maior
eficiência hidráulica.
O revestimento da valeta depende da velocidade do escoamento e do tipo
do solo natural. É sempre aconselhável revestir as valetas, principalmente
em terrenos permeáveis, que possam facilitar a infiltração da água e causar
instabilidade nos taludes. Os revestimentos podem ser de concreto,
alvenaria de tijolo ou pedra, pedra arrumada ou vegetação.
3.2 Valetas de Proteção de Aterro
As valetas de proteção de aterros interceptam as águas que escoam nas
partes superiores dos aterros, impedindo-as de atingir o pé do talude de
aterro, evitando a erosão do solo, além de conter as águas provenientes das
sarjetas e valetas de corte, conduzindo-as para algum dispositivo de
transposição de talvegues. De acordo com o Manual de Drenagem de Rodovias
(2006), as valetas de proteção de aterro deverão estar localizadas,
aproximadamente paralelas ao pé do talude de aterro a uma distância entre
2,0 e 3,0 metros. O material resultante da escavação deve ser colocado
entre a valeta e o pé do talude de aterro, apiloado manualmente com o
objetivo de suavizar a interseção das superfícies do talude e do terreno
natural. As seções adotadas podem ser trapezoidais ou retangulares.
O revestimento da valeta de proteção de aterro, assim como as de
proteção de corte, deverá ser escolhido de acordo com a velocidade do
escoamento, tipo do solo ou alguma outra conveniência estética.
Os revestimentos podem ser em concreto, alvenaria de tijolo ou pedra,
pedra arrumada ou vegetação.
3.3 Sarjetas de Corte
A sarjeta de corte conduz longitudinalmente as águas que precipitam
sobre os taludes de corte e a plataforma da rodovia, levando-as até uma
caixa coletora ou algum outro deságüe seguro. As sarjetas são essenciais em
todos os cortes, localizadas à margem dos acostamentos.
As sarjetas de corte podem ter seção triangular, que tem como
principal importância a redução de riscos de acidente, trapezoidal, para
grandes vazões, e retangular, para terrenos rochosos, devido a facilidade
na execução.
As sarjetas podem ser revestidas em concreto, alvenaria de tijolo,
alvenaria de pedra argamassada, pedra arrumada revestida, pedra arrumada ou
simples revestimento vegetal, que tem alto custo de conservação.
3.4 Sarjetas de Aterro
As sarjetas de aterro são semelhantes às de corte. Localizadas nas
bordas dos acostamentos, impedem a erosão do talude de aterro, captando as
águas precipitadas sobre o pavimento e conduzindo-as até as descidas de
água ou algum outro local seguro.
A seção transversal pode ser triangular, trapezoidal ou retangular,
sempre analisando a viabilidade e segurança, conforme discutido nos itens
anteriores.
Um tipo de sarjeta de aterro muito utilizada atualmente, é quando se
cria uma espécie de seção triangular entre o desnível do pavimento e o meio
fio, formando o meio-fio-sarjeta.
Os dispositivos podem ser em concreto, CBUQ, solo betume, solo cimento
ou solo.
3.5 Valeta do Canteiro Central
Os canteiros centrais são divisores de pistas muito utilizados nas
rodovias em pista dupla. Esses canteiros quando côncavos necessitam desta
valeta, que tem como objetivo conduzir longitudinalmente as águas que
incidem sobre ela, devido à precipitação sobre a pista e sobre o próprio
canteiro. Essas águas são lançadas nas caixas coletoras ou bueiros de
greide.
As seções transversais são geralmente triangulares, podendo também ser
usado seções semicirculares, meia cana. Outros tipos de seções são usados
apenas para casos especiais ou por insuficiência hidráulica.
Quanto ao revestimento, pode ser empregado qualquer tipo, como citado
anteriormente, dependendo da necessidade, vazão, custo ou razões estéticas.
Aconselha-se sempre o uso de algum tipo de revestimento.
3.6 Decidas d'água
As descidas d'água são os dispositivos que transpõem as inclinações do
terreno, principalmente nos taludes de corte e aterro, tendo como objetivo
conduzir as águas captadas por outros dispositivos de drenagem. As descidas
de água são colocadas quando as valetas e sarjetas atingem seu comprimento
crítico, no caso dos taludes de corte, levam as águas da valeta de proteção
de corte até uma caixa coletora ou sarjeta de corte, já no caso dos taludes
de aterro, elas conduzem principalmente as águas provenientes das sarjetas
de corte ou das saídas de bueiros, visando conduzir o fluxo pelo talude até
o terreno natural.
Dependendo da velocidade do escoamento as descidas podem ser em
degraus, dissipando um pouco a energia do fluido.
As seções podem ser retangulares, em calha tipo rápido ou em degraus,
ou semicirculares, meia cana, construídas em concreto ou em metal.
Aconselha-se evitar a construção em módulos, que podem acarretar
desjuntamento das peças.
3.7 Saídas de Água
As saídas d'água ou também denominadas de entradas d'água, são
dispositivos de transição que conduzem as águas das sarjetas de aterro para
as descidas d'água. Elas localizam-se junto aos acostamentos, na borda da
plataforma, ou em locais próprios para sua execução, levando as águas aos
pontos baixos junto às pontes, pontilhões e viadutos.
As seções das saídas d'água devem permitir uma rápida captação das
águas conduzindo-as às descidas d'água de forma eficiente. A captação pode
ser feita com o rebaixamento gradativo da seção.
Quanto ao revestimento, as saídas d'água podem ser de concreto ou com
chapas metálicas.
3.8 Caixas Coletoras
As caixas coletoras coletam as águas provenientes das sarjetas,
descidas d'água e áreas a montante que se destinam aos bueiros de greide.
Uma das características é a possibilidade de inspeção dos condutos que por
elas passam, para verificação de funcionalidade e eficiência.
As caixas coletoras podem ser classificadas em coletoras, caixas de
inspeção ou caixas de passagem, podendo ser abertas ou tampadas.
As caixas coletoras localizam-se nas extremidades dos comprimentos
críticos das sarjetas de corte, pontos de passagem de cortes para aterros,
nas extremidades das descidas d'água de corte e nos canteiros centrais das
rodovias com pista dupla, conduzindo as águas para o bueiro de greide, que
garantirá um deságüem seguro.
As caixas de inspeção são colocadas nos locais destinados a vistoriar
os condutos e os drenos profundos, possibilitando a verificação do
funcionamento e do estado de conservação.
As caixas de passagem ficam nos locais onde houver necessidade de
mudanças de dimensão, declividade, direção ou cotas de instalação de um
bueiro.
As caixas com tampa podem tê-la removível ou não, dependendo da
função. As caixas com tampa fixa são para finalidades coletoras e as
removíveis são para inspeção. As caixas com finalidade coletora não
necessitam de tampa, mas apenas em locais que não comprometam a segurança
do tráfego.
3.9 Bueiros de greide
Os bueiros de greide são dispositivos que levam as águas captadas
pelas caixas coletoras até um deságüe adequado. São semelhantes aos bueiros
de transposição de talvegues, só difere da fonte das águas que, nesse caso,
provém de outros sistemas de drenagem e não dos cursos d'água dos
talvegues.
3.10 Dissipadores de energia
Os dissipadores de energia dissipam a energia do fluxo d´água,
reduzindo a velocidade, o que diminui as possibilidades de erosão do solo
ou até o desgaste do revestimento das sarjetas e valetas, principalmente
quando estas são de cobertura vegetal.
Os dissipadores de energia classificam-se localizados e contínuos.
3.10.1 Dissipadores localizados
Os dissipadores localizados, também chamados de bacias de
amortecimento, têm como principal função evitar o fenômeno da erosão quando
a água encontra com o terreno natural. Esses dispositivos dissipam a
energia para reduzir a velocidade da água.
Os dissipadores localizados são instalados no pé das descidas d'água
nos aterros, na boca de jusante dos bueiros, na saída das sarjetas de corte
e nos pontos de passagem de corte-aterro.
3.10.2 Dissipadores contínuos
O dissipador contínuo tem a função de reduzir a velocidade do
escoamento da água para evitar a erosão dos locais que possam comprometer a
estabilidade do pavimento.
Os dissipadores contínuos são encontrados nas descidas d'água, com
degraus, ao longo do aterro, para escoar a água que incide sobre a
plataforma, conduzindo-a pelo talude, de forma contínua, não o afetando.
3.11 Escalonamentos de taludes
O escalonamento de taludes tem a função de dissipar a energia do
escoamento das águas que incidem sobre os taludes, diminuindo a velocidade
das águas à limites aceitáveis e reduzindo a erosão.
As banquetas são os níveis do escalonamento e são providas de
dispositivos de drenagem como as sarjetas de banqueta.
3.12 Corta-rios
Os corta-rios são canais de desvio abertos para evitar que um curso
d'água existente interfira com a diretriz da rodovia, obrigando a
construção de sucessivas obras de transposição de talvegues e para afastar
as águas que serpenteiam em torno da diretriz da estrada, colocando em
risco a estabilidade dos aterros.
4 DRENAGEM DO PAVIMENTO
As técnicas de drenagem dos pavimentos, que objetivam protegê-lo
contra a ação da água, vêm sofrendo grandes melhorias no decorrer dos
últimos anos. "De um modo geral, essa drenagem se faz necessária, no
Brasil, nas regiões onde anualmente se verifica uma altura pluviométrica
maior que 1500 milímetros e nas estradas com um TMD de 500 veículos
comerciais."(DNIT, 2006)
As infiltrações de água podem ocorrer de duas maneiras: provenientes
de águas de chuva e vindas de lençóis d'água subterrâneos. Tais processos
podem danificar seriamente a estrutura do pavimento se a drenagem não
ocorrer.
São quatro os números de técnicas de drenagens utilizadas: camadas
drenantes, drenos rasos longitudinais, drenos laterais de base e drenos
transversais. As técnicas citadas serão abordadas a seguir.
4.1 Camada Drenante
Consiste em uma camada de brita, com granulometria apropriada, localizada
diretamente abaixo do pavimento e acima da base ou sub-base. A espessura de
tal camada varia de acordo com o índice de chuvas da região e a necessidade
de drenagem.
FIGURA 1 – Camada Drenante
2. Drenos Rasos Longitudinais
Têm por função coletar as águas drenadas da camada e base drenante e levá-
las até o local onde essas irão desaguar. O dreno longitudinal possui forma
de um pentágono ou então de um retângulo e localiza-se abaixo da camada
drenante (FIGURA 1) e deve ter, no mínimo, a mesma condutividade hidráulica
da camada acima.
3. Drenos Laterais de Base
Possuem a mesma função dos drenos rasos longitudinais, ou seja, coletar a
água que foi drenada pela camada drenante, mas aproveitando mais sua
capacidade de escoar as águas. Localizam-se entre a borda da camada
drenante e a borda livre do acostamento, fazendo com que o material drenado
passe a correr junto a base dos acostamentos, até chegar nos drenos
laterais e serem levados para desaguar em um local seguro.
4. Drenos Transversais
São drenos dispostos transversalmente à pista de rolamento, objetivando
drenar as águas que atravessam as camadas do pavimento. Localizam-se em
pontos baixos de curvas verticais e em locais onde haja águas acumuladas e
que não foram drenadas pelos demais drenos.
DRENAGEM SUBTERRÂNEA OU PROFUNDA
A drenagem subterrânea ou profunda tem como objetivo interceptar o
fluxo subterrâneo e rebaixar o lençol freático. A solução de projeto de
drenagem subterrânea exige segundo o 2º Edição do Manual de Drenagem de
Rodovias do DNIT os seguintes tópicos:
a) conhecimento da topografia da área;
b) observações geológicas e pedológicas necessárias, com obtenções de
amostras dos solos por meio de sondagens a trado, percussão, rotativa e em
certos casos, por abertura de poços por meio de pá e picareta;
c) conhecimento da pluviometria da região, por intermédios dos
recursos que oferece a hidrologia.
Para eliminar esses problemas foram desenvolvidos esses dispositivos:
* Drenos profundos;
* Drenos espinhas de peixe;
* Colchão drenante;
* Drenos horizontais profundos;
* Valetões laterais;
* Drenos verticais de areia;
5.1 Drenos Profundos
Esses drenos são instalados a cerca de 1,5 a 2 metros de profundidade,
para interceptar o fluxo de água subterrânea e aliviar o lençol freático.
São feitos com matérias filtrantes ( areia, agregados britados), materiais
condutores ( tubos) e matérias drenantes (britas, cascalhos grossos
lavados). Eles devem ser instalados onde haja o objetivo de interceptar e
rebaixar o lençol freático.
5.2 Drenos Em Espinha De Peixe
São drenos normalmente usados em série quando o lençol freático
estiver próximo da superfície, e também quando o solo natural não for
permeável. Geralmente são de pequena profundidade e por isso usado sem
tubos, embora possam ser usados com tubos. Para exemplificar veja essa
figura retirando da Edição do Manual de Drenagem de Rodovias do DNIT:
FIGURA 2 – Drenos em espinha de peixe
5.3 Colchão Drenante
O objetivo das camadas drenantes é captar a água de pequena
profundidade do corpo estradal que os drenos de espinha de peixe não possam
drenar. São usados nos cortes de rocha, nos cortes em que o lençol freático
estiver próximo do greide de terraplenagem, na base de aterros onde houver
água livre próximo do aterro natural e nos aterros constituídos sobre
terrenos impermeáveis. E retirada da água captada pelos colchões drenantes
é feita por drenos longitudinais.
5.4 Valetões Laterais
É feito no bordo da rodovia, assim deixando as laterais da rodovia
mais confiáveis nas épocas de chuva. Em regiões planas o dispositivo pode
funcionar tanto como sarjeta como dreno profundo ao mesmo tempo.
5.5 Drenos Verticais
Aterros onde existem depósitos de solos moles com pouca condição de
permeabilidade como argilas, siltes e turfas, onde nesses casos são
necessários soluções difíceis e onerosas, entre essa soluções entra os
drenos verticais como os de areia, cartão e fibro-químicos.
CONCLUSÃO
No trabalho foram apresentados diversos tipos de dispositivos que
fazem parte da drenagem do pavimento rodoviário. Estes dispositivos devem
ser dimensionados adequadamente para garantir a integridade da estrutura do
pavimento e a segurança dos usuários.
Os vários sistemas com funções distintas devem interagir
harmoniosamente entre si, evitando principalmente a erosão do solo e também
uma possível ruptura de taludes, devido à grande quantidade de água que
pode incidir no solo.
Devem ser avaliadas as condições financeiras, nos vários tipos de
revestimentos para as sarjetas e valetas, o que pode ser de baixo custo de
implantação posteriormente poderá gerar grande manutenção.
Também se conclui que o projetista da drenagem dos pavimentos deve
interagir com as características naturais do terreno, propondo soluções
adequadas para cada tipo de situação, na drenagem superficial, profunda,
transposição de talvegues, o que está ligado diretamente com a vida útil da
via e a qualidade do pavimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DNIT. Manual de drenagem de rodovias. Ministério dos Transportes.
Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. 2006.
http://www1.dnit.gov.br
http://www.drenagem.ufjf.br
http://www.revistatechne.com.br/