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Diabetes Mellitus no Idoso: diferente do adulto? Tatiana Mendes Casagrande 3º Simpósio Estadual do Idoso Belo Horizonte 21 e 22 de novembro de 2007
Importância em geriatria prevalência e incidência c/ a idade EUA: 20% Brasil (60-69 anos): 17,4% 6x mais que na população mais jovem DM no idoso é subdiagnosticada (33%) e subtratada (apenas 56% tem A1c <8%)
Importância em geriatria
25% dos idosos admitidos em ILPIs têm DM.
Cada ↑ da A1c em 1% entre 6-10% resulta em 4%, 10%, 20% e 30% de aumento do custo do paciente com DM, respectivamente.
Elevação da glicemia
Glicemia de jejum 1-2mg/dl/década após os 30-40 anos.
Glicemia pós prandial 8-20 mg/dl década.
Elevação da glicemia
↑massa adiposa ↓massa magra ↓atividade física Doenças coexistentes > ingestão de carboidratos Polifarmácia Drogas hiperglicemiantes ou contra-insulínicas (CE) ↓secreção de insulina ↑ resistência periférica à insulina
Etiopatogenia
Alterações metabólicas: hiperglicemia, alterações no metabolismo de lípides e proteínas.
Hiperglicemia crônica está associada a complicações micro e macrovasculares.
Diagnóstico
Apesar da elevação da glicemia com a idade ser um fato reconhecido, não há critério diagnóstico específico para o idoso.
Diagnóstico por acaso em exames de rotina ou internações por outras causas.
Diagnóstico
Sintomas de DM (poliúria, polidipsia e perda de peso inexplicável)+ glicemia casual > 200mg/dl. Glicemia de jejum >126mg/dl. Glicemia 2h após 75g de dextrosol >200mg/dl. valores confirmados por duas glicemias em dias diferentes
Diagnóstico
Dificuldade diagnóstica
Poliúria pode não ser observada no idoso.
► glicosúria no idoso ocorre com valores >220mg/dl ►glicosúria no adulto ocorre com valores >180mg/dl
Polidipsia tb pode não ocorrer
►atenuação dos mecanismos clássicos de sede
Sintomas comuns
Fraqueza, adinamia, estado confusional agudo, incontinência urinária.
Limitação dolorosa de movimentação ombros: > glicação das proteínas.
Complicações infecciosas não usuais: ►otite externa maligna (Pseudomonas) ►ITU com necrose papilar assintomática
dos
Acompanhamento do DM
Cuidado com o pé diabético
Objetivos do tratamento
↓instalação de complicações crônicas e sua progressão.
Combater a hiperglicemia aguda: cetoacidose e coma hiperosmolar, desidratação, ↑ infecções e ↑ agregação plaquetária
Controle glicêmico-alvo
A1C <7% - idosos com bom estado funcional, expectativa de vida >10 anos. A1C <8% - idosos frágeis e expectativa de vida < 5 anos. ↓1% A1C – 37% decréscimo complicações microvasculares e 21% nos desfechos relacionados ao DM. Riscos: hipoglicemia, polifarmácia.
Controle-alvo
Tratamento
Tratamento não farmacológico
►Dieta
►Exercício físico: melhora a tolerância à glicose e ↑ sensibilidade à insulina, ↓ adiposidade visceral, minimiza perda de massa magra
MUDANÇA DE HÁBITOS
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Lista de Beers
Insulinas
Cerca de 20% dos idosos erram a dose da insulina.
A auto-aplicação de insulina requer bom estado cognitivo, acuidade visual satisfatória, habilidade manual e ausência de tremores significativos.
Insulinas
Insulina Inalável Aprovada pela ANVISA em 2007 Contra-indicações: DPOC e asma Em tabagistas ↑ risco de hipoglicemia Ação semelhante à insulina rápida, porém com ação mais prolongada. Obs: o inalador é grande e desconfortável e o ajuste da dose, mais difícil.
Perspectivas futuras
Tratamento cirúrgico
Hipoglicemia – Atenção!!! Apresentações atípicas Sintomas adrenérgicos: suor, taquicardia, tremores (podem passar despercebidos no idoso). Sintomas neuroglicopênicos: disfunção cognitiva, estado confusional agudo, convulsões.
Conclusões
O DM do idoso é diferente do adulto. Sintomas de descompensação glicêmica e hipoglicemia podem mimetizar várias patologias em idosos. Cuidado com o tratamento agressivo da glicemia e da HAS!!! Individualizar o tratamento. Evitar iatrogenia. Objetivo: manter o idoso em sua autonomia e independência o maior tempo possível. vel
Fim