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Construção De Edifícios - A7 Ce80

Material de apoio

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    December 2018
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CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS AULA 7 PG 1 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Este material é parte integrante da disciplina “Construção de Edifícios” oferecido pela UNINOVE. O acesso às atividades, as leituras interativas, os exercícios, chats, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente de aprendizagem on-line. AULA 7 PG 2 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Sumário AULA 07 • AGREGADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL III ..................................................................4 Impactos ambientais....................................................................................................................4 Agregados de RCD (reciclagem de resíduos de construção e demolição) ..................................5 Areia reciclada.............................................................................................................................5 Agregados da reciclagem de termoplásticos ...............................................................................6 REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................8 AULA 7 PG 3 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS AULA 07 • AGREGADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL III Como continuação da aula anterior, está aula dará ao aluno mais informações sobre os agregados de origem não-mineral. Impactos ambientais Na aula anterior foi comentada a possibilidade de usar materiais não-minerais, produtos de reciclagem de rejeitos de indústrias siderúrgicas e de construção civil, para a produção de agregados. A maioria dos agregados usados no Brasil é de origem mineral. A matéria-prima é extraída da natureza, alterando-se a paisagem e o relevo do meio ambiente da região da jazida, encontrados na natureza. Os principais impactos ambientais causados pela extração dos agregados são: • Desmatamento e supressão da vegetação. • Alteração na calha dos cursos d’água. • Instabilidade de margens e taludes. • Lançamento de efluentes, contaminando-se o solo e a água. • Turbidez da água, causada pela emissão de partículas no solo nos rios. O desperdício dos materiais de construção também constitui um fator de impacto ambiental. As causas do desperdício podem ser: imperícia no armazenamento e aplicação na construção civil, e rejeitos de materiais pós-construção (entulhos e sobras da obras e de demolições). Uma solução é a da RCD (reciclagem de resíduos de construção e demolição). AULA 7 PG 4 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Agregados de RCD (reciclagem de resíduos de construção e demolição) A forma mais simples e barata de agregados de RCD é seu uso na pavimentação de vias. Para tal fim, as normas NBR 15115:2004 – “Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos” e NBR 15116:2004 – “Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural – Requisitos” apresentam diretrizes básicas que asseguram a qualidade do agregado reciclado e o desempenho do produto final (o pavimento). Acesse a plataforma de estudo para realizar leitura complementar Areia reciclada A areia artificial produzida a partir da RCD é a areia reciclada. Ela é classificada como "agregado de entulho reciclado" e definida pela norma NBR 13529:1995 como "material proveniente da moagem de argamassas endurecidas, blocos cerâmicos, blocos de concreto ou tijolos, com dimensão máxima característica de #2,4 mm". A principal vantagem é a redução dos impactos ambientais, contribuindo para a sustentabilidade na Construção Civil. Outra importante vantagem é dispensa da cal na produção de argamassas, pois a areia reciclada possui elevado teor de materiais pulverulentos. Na prática, tem sido observado que, quando se acrescenta cal à argamassa com areia reciclada, há um aumento na ocorrência de fissuração de revestimentos, devido ao teor excessivo de cal na composição final da argamassa. A principal desvantagem é a presença de teor excessivo de impurezas e de partículas ultrafinas, que pode constituir até 30% do material. Uma das impurezas é o gesso, que possui o sulfato de cálcio em sua composição química. Os sulfatos reagem diretamente com o cimento, formando a etringita – produto expansivo que causa microfissuras na matriz da argamassa, que se desenvolvem e se espalham, enfraquecendo-a. AULA 7 PG 5 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Os efeitos do gesso nas argamassas podem ser neutralizados por cimentos mais resistentes aos sulfatos, tais como o CP III (cimento Portland de alto-forno) e o CP IV (cimento Portland pozolânico). Acesse a plataforma de estudo para realizar leitura complementar Agregados da reciclagem de termoplásticos Os GRAP (grãos reciclados aglutinados de polipropileno) tem sido uma nova alternativa de agregados para concreto. O polipropileno é um dos três plásticos mais consumidos e descartados no Brasil, correspondendo a 25% dos termoplásticos usados (COELHO, 2005). Os sacos e ráfia utilizados para embalar produtos agrícolas (batatas, cebola etc) são confeccionados por tiras de polipropileno entrelaçadas. Esses sacos são encaminhados para pequenas empresas de reciclagem, nas quais passam por um processo de transformação no qual os sacos são inicialmente cortados, triturados e lavados para a remoção de impurezas (Erro! Fonte de referência não encontrada.). Logo em seguida, são secos e encaminhados para uma máquina aglutinadora na qual serão formados os grãos de aspecto esférico, estriado e fibroso, lembrando uma “pipoca estourada” de milho. Quinze a vinte sacos de ráfia podem produzir 1 kg de GRAP. AULA 7 PG 6 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Os GRAP produzidos possuem a dimensão máxima (diâmetro máximo) característica de # 9,5mm, módulo de finura 5,81 e massa específica ρ = 0,93 kg/m³. A baixa massa específica qualifica o GRAP como agregado leve para concreto, sendo indicado na substituição de agregados minerais industrializados tais como o vermiculita e a argila expandida. Os GRAP podem ser usados tanto na mistura de concreto fresco para moldagem de estruturas, como na produção de blocos de concreto para execução de alvenarias. Saiba mais: QUEIROZ, M. Aula 06 - Química – Polímeros. Projeto EDUCA BAHIA! Videoaula. Disponível em: . Acesso em: 28 jul. 2009. COELHO, R. T. Contribuição ao estudo da aplicação de materiais alternativos nos compósitos à base de cimento Portland: Uso de grãos de polipropileno reciclado em substituição aos agregados do concreto. 2005. xv p., 150 p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2005. Sites recomendados www.ibracon.org.br www.comunidadedaconstrucao.com.br http://www.inmetro.gov.br/ AULA 7 PG 7 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13529: “Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas”. Rio de Janeiro, 1995. 8 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14432: “Agregados Determinação do inchamento de agregado miúdo - Método de ensaio”. Rio de Janeiro, 2006. 5 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7211: “Agregados para concreto - Especificação”. Rio de Janeiro, 2009. 9 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBRNM 248: “Agregados Determinação da composição granulométrica”. Rio de Janeiro, 2003. 6 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBRNM 49: “Agregado fino Determinação de impurezas orgânicas”. Rio de Janeiro, 2003. 3 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9775: “Agregados Determinação da umidade superficial em agregados miúdos por meio do frasco de Chapman”. Rio de Janeiro, 1987. 3 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBRNM 52: “Agregado miúdo Determinação de massa específica e massa específica aparente”. Rio de Janeiro, 2003. 3 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBRNM 30: “Agregado miúdo Determinação da absorção de água”. Rio de Janeiro, 2001. 3 p. PETRUCCI, E. G. Materiais de construção. 14. ed. Porto Alegre: Globo, 2005. xvi, 435 p. BAUER, L. A. F. Materiais de construção. São Paulo: Livros Técnicos e Científicos, 2001. v.1 e v.2. CECHELLA, I. (Ed.). Materiais de Construção Civil. 1 vol. São Paulo: IBRACON; 2005. COELHO, R. T. Contribuição ao estudo da aplicação de materiais alternativos nos compósitos à base de cimento Portland: Uso de grãos de polipropileno reciclado em substituição aos agregados do concreto. 2005. xv p., 150 p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2005. AULA 7 PG 8 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Sites Recomendados www.ibracon.org.br www.comunidadedaconstrucao.com.br http://www.inmetro.gov.br/ AULA 7 PG 9