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Características Do Concentrado Oferecido Para Animais De Alta Produção

Nutrição de Equinos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA ANDRESA DE JESUS VIEIRA CARACTERÍSTICAS DO CONCENTRADO OFERECIDO PARA ANIMAIS DE ALTA PRODUÇÃO BOA VISTA 2012 ANDRESA DE JESUS VIEIRA CARACTERÍSTICA DO CONCENTRADO OFERECIDO PARA ANIMAIS DE ALTA PRODUÇÃO Trabalho apresentado como componente obrigatório de avaliação da disciplina Equideocultura do Curso de Zootecnia da UFRR. . Professor: Profª. Drª. Denise Ribeiro de Melo BOA VISTA 2012 SUMÁRIO 1. Introdução ....................................................................................................................................4 2. Fisiologia da digestão...................................................................................................................5 3. Características do concentrado.....................................................................................................6 3.1 Concentrados proteicos ..........................................................................................................7 3.2 Concentrados energéticos ......................................................................................................6 4. Necessidades dos animais de alta produção..................................................................................9 4.1 Equinos atletas........................................................................................................................9 4.2 Éguas reprodutoras.................................................................................................................9 4.3 Potros em crescimento..........................................................................................................10 5. Conclusão ...................................................................................................................................11 INTRODUÇÃO A nutrição favorece o bem estar de qualquer animal. Um cavalo nutrido adequadamente, além de apresentar boa saúde, fertilidade e longevidade, desempenhará melhor sua função (MEYER, 1995). Por isso pesquisadores buscam o equilíbrio entre o requerimento nutricional, que varia de acordo com o peso, idade, tipo e intensidade do esforço físico realizado, e a disponibilidade de nutrientes presentes nos alimentos concentrados, volumoso e suplementos (CARMIGNOTTO, 2010). No entanto devemos respeitar os limites do cavalo que a natureza impõe e conhecer as suas origens para evitar erros de manejo (MAYER, 1995). As categorias de animais que necessitam de ajustes na sua alimentação são as éguas em gestação ou lactação, potros em crescimento e cavalos atletas, que a partir da categoria determinará o tipo de concentrado a ser utilizado. Segundo Embrapa (2005) os concentrados são considerados alimentos com menos de 18% de fibra bruta, podendo ser energético ou protéico. E esta deve ser sua função: complementar e corrigir as necessidades do animal, que o volumoso disponível não consegue suprir. Considera-se concentrado proteico, os que possuem menos de 18% de fibra e mais de 20% de proteína bruta, na matéria seca. Fazem parte deste grupo de alimento os farelos de oleaginosas como o de soja, o de amendoim, o do algodão, o de girassol, etc.; glúten de milho; farelo de coco, subprodutos de origem animal, como as farinhas de carne, sangue e peixe (EMBRAPA, 2005). Os concentrados energéticos caracterizam por conter menos de 18% de fibra e menos de 20% de proteína bruta, na matéria seca. A aveia, milho, cevada, trigo e o arroz são alguns dos grãos que compõem o concentrado energético (EMBRAPA, 2005). 2. FISIOLOGIA DA DIGESTÃO A nutrição favorece o bem estar de qualquer animal. Um cavalo nutrido adequadamente, além de apresentar boa saúde, fertilidade e longevidade, desempenhará melhor sua função (MEYER, 1995). Mas antes de mencionar qualquer assunto sobre a alimentação de equinos, é importante salientar sobre algumas características do sistema digestivo, juntamente com seus hábitos alimentares, incluindo limitações e áreas de digestão e absorção (OLIVEIRA, sem ano). Meyer (1995) classifica os equinos segundo a anatomia do seu trato digestivo, como sendo herbívoros monogástricos. Pois digerem e absorvem alguns alimentos como monogástricos que utilizam os produtos da digestão enzimática no intestino delgado, mas processam outros alimentos num modo similar aos ruminantes com a fermentação bacteriana (ácidos graxos voláteis) no ceco e grande cólon. Segundo Meyer (1995) a apreensão dos alimentos pelos equinos é feita por meio dos lábios, dentes e língua. O animal apreende o alimento principalmente com os lábios superiores e com a língua. Pela grande mobilidade dos lábios superiores, o cavalo pode separar partículas alimentares e deixar componentes não palatáveis. A mastigação e a ingestão de substâncias mais firmes são exercidas pelos dentes incisivos. E o tempo de mastigação varia de 10 a 40 minutos, dependo da estrutura e consistência do alimento. Cavalos demoram em torno de 10 minutos para mastigar 1 kg de aveia ou ração peletizada, enquanto demoram 40 minutos para mastigar 1 kg de feno. Uma ferramenta muito importante na mastigação além dos dentes é a saliva, produzida e misturada na boca com o alimento. Cavalos produzem 40-90 ml de saliva por minuto dependendo do alimentado consumido. A produção de saliva é mais acentuada quando o animal esta consumindo material fibroso em relação ao consumo do concentrado. A saliva não contém enzimas digestivas somente auxilia na umidificação do bolo Alimentar e neutralização do estômago. Fazem parte do trato gastrointestinal do equino. O estômago onde ocorre uma parte da digestão proteica e a degradação parcial dos alimentos, relativamente pequeno, com capacidade para 15-20 litros dependendo do tamanho do animal em questão, ajustado para uma recepção contínua de pequenas quantidades de alimento. O intestino delgado mensurado em 20 m de comprimento, com capacidade de 64 litros, subdividido em duodeno, jejuno e íleo, onde boa parte das gorduras, proteínas e dos carboidratos solúveis são digeridos e absorvidos. E o intestino grosso que contém microorganismos que digerem boa parte das fibras (MAYER, 1995). 3. CARACTERISTICAS DO CONCENTRADO É fundamental respeitar os limites do cavalo que a natureza impõe e conhecer as suas origens para evitar erros de manejo. Sendo o cavalo um animal herbívoro com ceco funcional, estas características anatômicas e fisiológicas permitem que os equinos possam absorver os carboidratos contidos nos concentrados energéticos antes do ataque da microflora intestinal (MAYER, 1995). Cintra (2011) ressalvou que após termos suprido as mínimas necessidades para manutenção do cavalo, devemos oferecer-lhe os complementos de uma alimentação, para que possamos atingir os níveis energéticos e/ou protéicos e minerais suficientes para suprir as necessidades. Seja este um potro em crescimento, égua em reprodução ou cavalo de esporte e trabalho, mas sempre respeitando a sua natureza e valorizando o volumoso. Embrapa (2005) cita que os concentrados são alimentos com menos de 18% de fibra bruta, podendo ser energético ou protéico. O concentrado na verdade deve ser chamado de complemento corretor, pois esta deve ser sua função: complementar e corrigir as necessidades do animal, que o volumoso disponível não consegue suprir. Ela deve ser equilibrada, oriunda de empresas idôneas para se ter garantia da qualidade do produto. O concentrado contém elementos ricos em carboidratos (aveia, milho, cevada, trigo e arroz). Além de subprodutos do processo de moagem de grãos. A inclusão de até 5% de óleo para estreitar a relação proteína: energia diminui a proporção de amido e aumenta a densidade energética e também reduz o metabolismo e a atividade microbiana ao nível de estômago e duodeno. A utilização dos concentrados varia com a qualidade e disponibilidade das forragens, bem como com as fases de crescimento do animal, estágio reprodutivo, intensidade de trabalho e raças a serem alimentadas. Segundo Cintra (2011) ao comprar uma “ração 12% de proteína” isto não significará que o cavalo estará comendo o equivalente a 12% de proteína em sua dieta total, mas sim que, a cada quilograma de ração fornecida, o animal está ingerindo 120 g de proteína bruta. Devemos levar ainda em consideração, a qualidade desta proteína que está sendo oferecida, pois é esta qualidade que determina o valor nutricional, em aminoácidos, deste ingrediente. Acima de tudo, o concentrado precisa ser considerado complemento nutricional do volumoso, e não o inverso esclarece Cintra (2011). Existem dois grupos de concentrado, os proteicos e os energéticos: 3.1 Concentrados proteicos São alimentos com menos de 18% de fibra e mais de 20% de proteína bruta, na matéria seca. Fazem parte deste grupo de alimento os farelos de oleaginosas como o de soja, o de amendoim, o do algodão, o de girassol, etc.; glúten de milho; farelo de coco, subprodutos de origem animal, como as farinhas de carne, sangue e peixe (EMBRAPA, 2005). As proteínas são constituídas de aminoácidos e exercem diversas funções no organismo dos equinos, incluindo a formação dos músculos (CARMIGNOTTO, 2010). As deficiências de proteína ocorrem quando as forragens consumidas pelos equinos não contém a quantidade necessária de proteína para satisfazer as necessidades das éguas em lactação ou no último quarto da gestação e também dos potros em crescimento. Pelo menos para essas categorias de animais, torna-se necessária uma suplementação de proteína, sob a forma de um farelo ou torta de oleaginosa (TORRES; JARDIM, 1992). A ração com 15% de proteína é recomendada para éguas em reprodução e potros entre 18 e 36 meses de idade. Outras categorias não têm necessidade deste valor protéico na ração (CINTRA, 2011). 3.2 Concentrados energéticos Alimentos que possuem menos de 18% de fibra e menos de 20% de proteína bruta, na matéria seca. A aveia, milho, cevada, trigo e o arroz são alguns dos grãos que compõem o concentrado energético. Estes cereais e seus subprodutos são muito utilizados na alimentação de equinos, ricos em energia pela elevada taxa de amido que contém e muito digestíveis devido ao seu baixo teor de celulose (2% no milho a 10% na aveia) (EMBRAPA, 2005). Mayer (1995) e Primiano (2010) destacam que um dos aspectos mais importantes dos concentrados são suas necessidades energéticas, uma vez que se encontra prontamente disponível para o músculo. Atrasando a fadiga muscular decorrente da diminuição do glicogênio nas células musculares, possibilitando uma boa performance esportiva (MORGADO, 2006). Entretanto a tradicional substituição de forragens por concentrados aumenta o risco de certas doenças e distúrbios digestivos nos equinos. Estes riscos podem ser reduzidos com o uso de óleos (extrato etéreo) substituindo em parte carboidratos de rápida fermentação (exemplo: milho) considera Primiano (2010). Os lipídios têm sido classificados como fontes alternativas de energia prontamente disponível para o consumo e, em sua maioria, são alimentos palatáveis para os equinos. O uso de lipídios na dieta de equinos parece ser uma alternativa eficiente para as categorias com alta exigência energética, pois supri-las utilizando apenas carboidratos exigiria grandes quantidades desses nutrientes que, se oferecidos em excesso, poderiam trazer consequências indesejáveis como laminite e cólica (MORGADO; GALZERANO, 2006). Primiano (2010) elucida que ao adotar uma dieta muito rica em energia aumentaria também as necessidades vitamínicas do cavalo, já elevadas pelo exercício físico. E também impedirá a absorção de Magnésio responsável pelo relaxamento da musculatura induzindo o animal a travar. Na tabela 1 temos exemplo da composição de um concentrado energético para animais de alta exigência: Tabela: 1; Composição: Arroz integral, cloreto de sódio (sal comum), farelo de soja extrusado, farelo de arroz, farinha de conchas de ostras tipo 1, fosfato bicálcico 95%, L.Lysina, óleo vegetal e premix mineralvitamínico Energia Digestível (mínima) 5.400 Kcal 100 g/kg Umidade (máxima) 150 g/kg Proteína bruta (mínimo) 200 g/kg Extrato Etéreo (min.) 120 g/kg Matéria Fibrosa (máx.) 150 g/kg Matéria Mineral (max.) 4.000kcal/kg Energia Matabolizável (mín.) 12 g/kg Fósforo (mín.) 20/28 g/kg Cálcio (mín/máx.) 120 g/kg FDA (max.) 10 g/kg L-Lisina (mín.) 2,0 g/kg Metionina (mín.) 15.000 UI/kg Vitamina A (mín.) 1.500 UI/kg Vitamina D3 (mín.) 0,5 mg/kg Biotina (mín.) 50 mg/kg Vitamina B2 (mín.) 14 mg/kg Vitamina B6 (mín.) 150 mg/kg Pantotenato de cálcio (mín.) 0,5 mg/kg Cobalto (mín.) 180 mg/kg Cobre (mín.) 335 mg/kg Ferro (mín.) 380 mg/kg Manganês (mín.) 0,5 mg/kg Selênio (mín.) 450 mg/kg Zinco (mín.) Fonte: Malbran Horse 4. NECESSIDADES DOS ANIMAIS DE ALTA PRODUÇÃO 4.1 Equinos atletas Animais atletas em treinamento normalmente requerem mais atenção nas exigências de energia e minerais como sódio, cloro, potássio e cálcio caso o animal vier a ter uma sudorese excessiva. A influência do exercício ou trabalho sobre as exigências nutricionais depende da intensidade, da duração, do tamanho do animal, do peso do cavaleiro e do esporte praticado. A partir daí deve-se saber qual categoria de ração usar na dieta de cada animal, pois cada modalidade equestre tem uma intensidade a ser respeitada para que não ocorram consequências como lesões relacionadas ao sistema locomotor. É importante ressaltar que as necessidades protéicas dos cavalos atletas são pequenas quando comparadas ás necessidades de crescimento, reprodução e lactação, pois são animais formados (PRIMIANO, 2010). Nesta categoria de cavalos atletas as necessidades são essencialmente energéticas. A ração pode ter de 11 a 12% de proteína bruta e o extrato etéreo pode chegar a 10%. Quanto maior o extrato etéreo, menor deverá ser a quantidade de ração oferecida (maior energia por kg de produto). As quantidades variam conforme a qualidade da ração e a intensidade do trabalho, de leve e muito intenso. Podem ser de 0,8 a 1,5% do peso vivo em ração (CINTRA, 2011). A tabela 2 demostra a exigência requerida para cavalos atletas. Tabela: 2 Exigências para cavalos atletas. Teores Kg Cavalos de Cavalos para provas corrida múltiplas e enduro Ed, MJ 12,7 14,2 PBd, g 76 71 Ca, g 5 4 P, g 3,5 3,1 Na, g 4 9 Cl, g 5,3 12,5 Fonte: Meyer (1995) 4.2 Éguas reprodutoras A suplementação com concentrado deverá ocorrer no terço final de gestação e nos três primeiros meses de lactação, utilizando a proporção de 2% do peso vivo na gestação e 1.5% na lactação. Os níveis de proteína e energia a serem utilizados nessas fases deverá variar entre 14% e 16% PB (proteína bruta) e entre 2800 Kcal e 3200 Kcal por kg de produto, respectivamente. Minerais e vitaminas também deverão ser adequados de acordo com o requerimento destas fases conforme descreve em Teixeira (2010) e Meyer (1995). Procedimento importante é adequar à quantidade de concentrado fornecida a égua no pósparto, pois o nível de alimentação é baixo, devendo respeitar cuidadosamente o apetite e a atividade digestiva da égua e do potro. O aumento muito rápido na quantidade do alimento pode levar diarréias aos potros devido ao aumento súbito de produção de leite (TEIXEIRA, 2010). 4.3Potros em crescimento Teixeira (2010) cita que a suplementação com concentrado deve ser iniciada a partir do 3º mês de vida, justificado pelo início da redução de produção de leite da égua. A quantidade a ser fornecida varia de 1.5% a 2% do peso vivo, sendo fracionada em três refeições. Os níveis nutricionais do concentrado nesta fase devem apresentar 18% PB e 3000 kcal por kg de produto, além dos níveis adequados de minerais e vitaminas. O desmame deverá ocorrer entre o quinto e o sexto mês de vida. Nesta fase os animais deverão receber suplementação no sistema lanchonete o qual proporciona um arraçoamento individualizado. A proporção média a ser fornecida deve ser 1.5% do peso vivo. A densidade nutricional do concentrado pode variar de 16% a 18% PB e 2900 Kcal a 3000 kcal por Kg de produto além dos minerais e vitaminas adequados exigidos para esta fase. Esta indicação é para animais em desmame até 12 meses. A partir desta fase, os níveis tradicionais dos concentrados e a quantidade fornecida irão variar com a disponibilidade e qualidade das forragens (TEIXEIRA, 2010). A formulação do concentrado é a mesma utilizada nos meses iniciais e permanece até o animal completar 12 meses. Após é fornecido um concentrado com valor protéico e energético mais baixo, administrando assim até o décimo oitavo mês. A quantidade fornecida varia para cada animal, mas tem como base os 1,5% do peso vivo (TEIXEIRA, 2010). CONCLUSÃO O concentrado chega ser uma ferramenta útil e altamente eficiente para o animal desempenhar melhor sua função. No entanto devemos levar em consideração a categoria que esta sendo trabalhada. A partir dessas informações torna-se vantajosa a utilização do concentrado, sendo ele energético ou proteico, na alimentação da categoria em trabalho. Obter o conhecimento da caracterização do concentrado, necessidades dos animais e como fornecer esse suplemento, evitara futuros erros de manejo e prevenção de doenças. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARMIGNOTTO, H. Tópicos em nutrição de cavalos atletas. 2010. Disponível em: . Acesso em: 31 mar. 2012. CINTRA, A. G. Proteína & Energia: O Equilíbrio Fundamental. 2011. Disponível em: . Acesso em: 31 mar. 2012. EMBRAPA. Unidade de apoio, Sistema de Produção de Caprinos e Ovinos de Corte No Nordeste Brasileiro. Caprinos e ovinos de corte. ISSN 1809-1822, Versão Eletrônica. Dez, 2005. Disponível em: . Acesso em: 4 abr. 2012. Malbran Horse. Composição do produto. Disponível http://www.malbranhorse.com.br/?page=produto&tipo=ficha. Acesso em: 4. abr. 2012 em: MEYER, H. Alimentação de cavalos. 1.ed. São Paulo: Livraria varela, 1995. p. 304. MORGADO, E.; GALZERANO, L. Utilização de óleos em dietas para equinos. REDVET. Revista Eletrônica de Veterinária. Málaga, Espanha: vol. VII, núm. 10, Out., 2006. OLIVEIRA, D. E. Aspectos sobre nutrição e alimentação de equinos. PRIMIANO, F. M.. Manejo e nutrição do cavalo atleta. Cães & Gatos- petfood. 11. Ed., 2010. TORRES, A. P.; JARDIM, W. R. Criação do cavalo e outros equinos. 3. Ed. São Paulo: Nobel, 1992. TEIXEIRA, J. A. Manejo nutricional de equinos. 2010. Disponível em: . Acesso em: 31 mar. 2012.