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Aula De Colecistite E Colelitíase

Diferença entre a colelitíase e colecistite

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    December 2018
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Disciplina: Saúde do Adulto I Professora: Djeane Mascote Assunto: Distúrbios Biliares COLICISTITE e COLELITÍASE DISTÚRBIOS BILIARES: Diversos distúrbios afetam o sistema biliar e interferem com a drenagem normal da bile para dentro do duodeno. Esses distúrbios incluem o carcinoma que obstrui a árvore biliar e a infecção do sistema biliar. A doença da vesícula biliar com cálculos, no entanto, é o distúrbio mais comum do sistema biliar. Embora nem todas as ocorrências de infecção da vesícula biliar (colecistite) estejam relacionadas aos cálculos biliares (colelitíase), mais de 90% dos pacientes com colecistite ativa apresenta cálculos biliares. COLICISTITE: Definição: inflamação da vesícula biliar e seus condutores, podendo ser aguda ou crônica. A colecistite aguda é a inflamação da parede da vesícula biliar, comumente decorrente de um cálculo biliar localizado no ducto cístico, que causa um episódio de dor súbita de forte intensidade. Causas: Hereditariedade, Obesidade e Calculose biliar. Podem ocorrer após grandes procedimentos cirúrgicos, traumatismos, queimaduras (porque causam desequilíbrio hidroeletrolítico e queda do suprimento sanguíneo visceral). Sinais e Sintomas: Dor em quadrante superior direito; Rigidez abdominal; Náuseas; Vômito; Icterícia; Acolia; Colúria; Intolerância a alimentos gordurosos. Tratamento: Medicamentos (dissolvem os cálculos formados pelo colesterol), litotripsia, colecistectomia, dieta hipolipídica, hipercalórica, hiperproteica imediatamente após a cirurgia. Proporcionar ambiente calmo e tranqüilo; Observar, comunicar e anotar aceitação de dieta; Observar, comunicar e anotar evolução de sinais e sintomas; Cuidados pré-operatórios, se necessário. COLELITÍASE Geralmente se formam na vesícula biliar a partir de constituintes sólidos da bile e variam muito no tamanho, formato e composição. A vesícula biliar é um pequeno órgão piriforme (forma de pêra) localizado sob o fígado. A vesícula biliar armazena bile, um líquido digestivo amarelo-esverdeado produzido pelo fígado, até o sistema digestivo necessitá-lo. Os cálculos biliares são acúmulos de cristais que se depositam no interior da vesícula biliar ou nas vias biliares (condutos biliares). Quando os cálculos biliares localizam-se na vesícula biliar, a condição é denominada colelitíase. Quando eles localizam-se nas vias biliares, a condição é denominada coledocolitíase. Os cálculos biliares são mais comuns em mulheres e em certos grupos de indivíduos (p.ex., nativos americanos). Fisiopatologia: Existem dois tipos principiais de cálculos biliares: aqueles compostos predominantemente de pigmentos e aqueles compostos principalmente de colesterol. Os cálculos de pigmentos formam-se provavelmente quando os pigmentos não-conjugados na bile precipitam para formar os cálculos. O risco de desenvolvimento desses cálculos está aumentado nos pacientes com cirrose, hemólise e infecções da árvore biliar. Os cálculos de pigmentos não podem ser dissolvidos e devem ser removidos por meios cirúrgicos. O colesterol, um constituinte normal da bile, é insolúvel em água. Sua solubilidade depende dos ácidos biliares e da lecitina (fosfolipídios) na bile. Em pacientes propensos a cálculos biliares, existe uma síntese aumentada de colesterol no fígado, resultando em uma bile supersaturada com colesterol, o qual precipita para fora da bile para formar os cálculos. A bile saturada de colesterol predispõe à formação de cálculos biliares e atua como um irritante, produzindo alterações inflamatórias na vesícula biliar. A incidência de formação de cálculos biliares aumenta com a idade em consequência da secreção hepática aumentada de colesterol e da síntese diminuída de ácidos biliares. Além disso, existe risco aumentado por causa da má absorção de sais biliares em pacientes com doença GI. Manifestações Clínicas: A maioria dos cálculos biliares permanece assintomática durante longos períodos, principalmente quando eles permanecem na vesícula biliar. Raramente, no entanto, os cálculos biliares grandes podem provocar erosão gradativa da parede da vesícula biliar e podem penetrar no intestino delgado ou no intestino grosso, onde podem causar uma obstrução intestinal (oclusão íleo biliar ou íleo paralítico por cálculo biliar). Muito mais frequentemente, os cálculos biliares deixam a vesícula biliar e alojam-se nas vias biliares. Eles podem circular por esses condutos e atingir o intestino delgado sem qualquer incidente ou podem permanecer nos condutos sem obstruir o fluxo biliar ou causar sintomas. Quando os cálculos biliares causam obstrução parcial ou temporária de um ducto biliar, o indivíduo apresenta dor. A dor tende a aumentar e diminuir de intensidade (cólica). Geralmente, essa dor aumenta lentamente até atingir um platô e, em seguida, diminui gradualmente. A dor pode ser aguda e intermitente, durando até algumas horas. Diagnóstico: Radiografia abdominal; A ultrassonografia é o melhor método para se diagnosticar a presença de cálculos na vesícula biliar; A colecistografia também é eficaz; Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica; Colangiografia transepática percutânea. Tratamento: Quando cálculos na vesícula biliar causam episódios recorrentes de dor apesar das alterações da dieta, o médico pode recomendar a remoção da vesícula biliar (colecistectomia). A colecistectomia não acarreta deficiências nutricionais e não são exigidas restrições alimentares após a cirurgia. Aproximadamente 1 a 5 indivíduos em cada 1.000 submetidos à colecistectomia morrem. Durante a cirurgia, o médico pode investigar a possibilidade de cálculos nas vias biliares. A colecistectomia laparoscópica foi introduzida em 1990 e, em um período surpreendente curto, revolucionou a prática cirúrgica.