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Aula Alvenaria Estrutural

alvenaria

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    December 2018
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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE SISTEMAS DE CONSTRUÇÃO PROFESSORES Henrique Dinis Eduardo Deguiara Eduardo Pereira João Luis Biscaia ALVENARIA ESTRUTURAL EM BLOCOS DE CONCRETO Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara ALVENARIA ESTRUTURAL EM BLOCOS DE CONCRETO CONSIDERAÇÕES: Denomina-se de alvenaria estrutural, qualquer parede que suporta carregamentos além do próprio peso. Podem ser de blocos de concreto e argila queimada, ou mesmo de tijolos de alvenaria de barro. Quando uma parede suporta unicamente o próprio pese, se denomina de alvenaria de vedação. Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara BLOCOS TIPOLOGIAS Resistência dos blocos fbk ≥ 4,5 MPa (parede externa com revestimento ou interna) fbk ≥ 6 MPa (parede externa sem revestimento) Espessuras A = 9 cm: somente vedação A = 14 cm: vedação ou estrutural – até 8 andares A = 19 cm: vedação ou estrutural – até 20 andares A A Meio Bloco A Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 3 ASSENTAMENTO DA 1ª. FIADA A MODULAÇÃO DA ALVENARIA É DEFINIDA A PARTIR DA 1ª FIADA DE ASSENTAMENTO DOS BLOCOS No projeto deve-se prever uma modulação que não se utiliza de blocos cortados e não se deixe arremates de correção a serem ajustados no rejuntamento Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara PADRÕES DE ASSENTAMENTO Em edificações com as paredes bem solicitadas, ou com pé-direito alto, se utiliza o padrão de juntas amarradas, ou defasadas,com o objetivo de melhorar a capacidade de resistência à flanbagem. Os padrões de juntas a prumo são utilizados Somente em alvenarias de vedação, ou em paredes estruturais pouco solicitadas, como edificações de somente um pavimento. O padrão de junta a prumo em Pé é utilizado unicamente em paredes de vedação. Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 5 JUNTAS AMARRADAS ENTRE ALVENARIAS ESTRUTURAIS A – Com juntas defasadas: pelo entrelaçamento das fiadas Só é possível executivamente para blocos com espessura de 19 cm, em decorrência da necessidade de coincidência entre largura e espessura dos blocos. Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 6 AMARRAÇÃO DAS PAREDES B – Com juntas alinhadas - para blocos de espessura de 9 cm e 14cm Utilizando grampos de aço como elemento de amarração – nestes casos os furos em que são colocados os grampos de amarração são preenchidos com Groute*. * Groute: argamassa fluida auto-adensável Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 7 JUNTAS ALINHADAS OU A PRUMO para amarração entre alvenarias estruturais com blocos de 14 cm EXEMPLO Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 8 ARMAÇÃO DA ALVENARIA - A ARMAÇÃO OCORRE EM DUAS CONDIÇÕES: 1 - PARA CINTAMENTO DAS PAREDES Para qualquer parede, utilizam-se amarrações de cintas e pilaretes, com o objetivo de evitar trincas provenientes de recalques diferenciais 2 - PARA AUMENTO DA CAPACIDADE PORTANTE DAS PAREDES Para aumentar a capacidade de carga das paredes, utilizam-se pilaretes distribuídos de forma intermitente CONFECÇÃO DOS PILARETES Introdução de armadura vertical Aplicação do graute Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 9 AMARRAÇÃO DAS PAREDES – PILARETES Todas as alvenarias estruturais contém armação, mesmo que sua função seja unicamente de amarração. A armação nos alvéolos têm duas finalidades: A – Para cintar a parede no contorno vertical. Neste caso prevê-se uma barra no alvéolo extremo, junto aos cantos. B – Para aumentar a resistência da parede. Neste caso são colocadas tantas barras quanto necessárias em alvéolos devidamente espaçados. Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 10 ARMAÇÕES DAS PAREDES - CINTAS As paredes são armadas através de cintas e pilaretes: As cintas são executadas utilizando-se de blocos canaletes, com uma barra de aço passante e preenchendo-se a canaleta formada com groute. CINTA PILARETE Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 11 FORMAÇÃO DE CINTAS DE AMARRAÇÃO As cintas são dispostas em duas posições: - Abaixo da laje, com a finalidade de distribuir os carregamentos na alvenaria e ao mesmo tempo, impedir que o concreto da laje preencha os alvéolos dos blocos. - A meia altura da parede, como cintamento efetivamente, quando o pé-direito for maior que 3,0m. Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 12 EXECUÇÃO DAS CINTAS DE AMARRAÇÃO DETALHES NOS CANTOS COM FORMAS DE MADEIRA BLOCOS CANALETE COM PLACAS DE ADAPTAÇÃO Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 13 VERGA E CONTRAVERGA O caminhamento das cargas é interrompido pelas aberturas, utilizando-se cintas sobre as aberturas (Vergas), ou abaixo das aberturas (contra-vergas), O objetivo é evitar trincas na alvenaria. Nos cantos são previstos pilaretes, como reforço, pela concentração de cargas PILARETE VERGA CONTRA-VERGA Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 14 VERGAS E CONTRA-VERGAS : EXEMPLO Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 15 ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO TIPO DE ARGAMASSA: Industrializada ou Dosada na Obra CARACTERÍSTICAS: TRABALHABILIDADE: deve ser espalhada e aderir aos blocos. BOA CONSISTÊNCIA: bloco deve ser alinhado sem esmagar a junta. RESITÊNCIA DA ARGAMASSA fak < fbk Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 16 PADRÃO DE ASSENTAMENTO DOS BLOCOS Deve ser seguido rigorosamente para garantir a homogeneidade do assentamento, espessura do rejunte e modulação. COLOCAÇÃO DA LINHA COLOCAÇÃO DA ARGAMASSA CONFERÊNCIA DO PRUMO, NÍVEL E ALINHAMENTO POSICIONAMENTO RASPAGEM DA REBARBA EXTERNA Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 17 FRESAMENTO DAS JUNTAS Tem a finalidade de dar acabamento nas juntas, podendo proporcionar arremate liso, canelado ou chanfrado. FRESADOR DE MADEIRA EM ALVENARIA APARENTE Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 18 ACABAMENTO DAS JUNTAS COM ARGAMASSA DOSADA Eventual rejuntamento com bisnaga para paredes com blocos aparentes, visando uma maior impermeabilidade no rejunte, ou da parede como um todo. Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 19 APOIO DE VIGA EM ALVENARIA ESTRUTURAL Utiliza-se de coxins, com o objetivo de distribuir cargas concentradas aplicadas sobre as alvenarias, sempre que não se prever pilaretes sob o apoio da viga. Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 20 ESTRUTURAS DE FUNDAÇÃO As fundações devem ser sempre contínuas ao longo das paredes. São de dois tipos: • Superficiais diretas: se enquadram as sapatas corridas São utilizadas sempre que os solos forem bons (boa compacidade) e as cargas médias (geralmente até 4 pavimentos no máximo) As sapatas corridas têm geralmente um largura de 50 a 80 cm e 12 cm de espessura. São executadas em concreto armado. Eventualmente quando o solo for muito bom e se tratar de um único pavimento, pode-se utilizar como fundação unicamente um lastro de concreto, apoiando-se as paredes diretamente sobre o lastro, através de uma cinta em blocos canaletes, sob as paredes. Por outro lado, se o solo for ruim e as cargas pequenas, pode-se utilizar um radier, que tem boa capacidade de distribuir as cargas no sub-solo. • Profundas: se enquadram as vigas baldrames sobre estacas espaçadas: Sempre que o solo for ruim e as cargas grandes (geralmente acima de 4 pavimentos), utiliza-se estacas cravadas distribuídas ao longo das paredes. Sobre as estacas, para apoiar as paredes, correm vigas baldrames. Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 21 ESTRUTURAS DE FUNDAÇÃO EXEMPLO DE FUNDAÇÕES DIRETAS • NO CASO, EM BLOCOS CANALETA APLICADOS DIRETAMENTE SOBRE LASTRO DE CONCRETO (PARA CARREGAMENTOS PEQUENOS E SOLO MUITO BOM) Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 22 ESTRUTURAS DE FUNDAÇÃO EXEMPLO DE FUNDAÇÕES DIRETAS NO CASO RADIER (Laje apoiada diretamente sobre o solo) ( CARREGAMENTOS PEQUENOS E SOLOS RUINS) Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 23 ESTRUTURAS DE FUNDAÇÃO EXEMPLO DE FUNDAÇÕES EM ESTACAS NO CASO VIGAS BALDRAME E ESTACAS CRAVADAS (CARREGAMENTOS GRANDES E SOLOS RUINS) Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 24 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Os conduites podem passar embutidos nas paredes (alvéolos dos blocos) ou nas lajes (no concreto). Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 25 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Para a instalação das caixas elétricas, pode-se prever blocos especiais BLOCO COM DISPOSITIVO ELÉTRICO INSTALAÇÃO DA CAIXA ELÉTRICA Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 26 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS APARENTES – UTILIZADAS EM OBRAS PROVISÓRIAS OU DE BAIXO CUSTO Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 27 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS Deve-se evitar a passagem de tubulações hidráulicas nos alvéolos dos blocos, em decorrência de um possível vazamento. Para este fim, pode-se utilizar: A – blocos especiais com ranhuras B - blocos de duas espessuras formando trilhas C - parede falsa para encobrir as tubulações: uma estrutural, com espessura de 14 ou 19 cm e outra de vedação, com 9 cm A B Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara C 28 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS Nichos verticais para passagem de tubulações ( shafts) Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 29 ESCADA O apoio das escadas nas paredes de alvenaria deve ocorrer unicamente através dos planos horizontais, ou seja, dos patamares ESCADAS COM COMPARTIMENTO NA PARTE CENTRAL Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 30 ESCADA PRÉ-FABRICADA SUSTENTADA POR ESTRUTURA METÁLICA O apoio dos perfis metálicos deve coincidir com cintas de amarração da alvenaria. Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 31 UTILIZAÇÃO DE COMPONENTES PADRONIZADOS ABERTURA COM BATENTES DE PORTAS COM BANDEIRA (para ajustar o tamanho dos batentes às aberturas) ABERTURA PARA JANELAS (as esquadrias devem obrigatoriamente se ajustar às modulações da alvenaria Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 32 TELHADO Pode-se prever platibandas em alvenaria estrutural no contorno do edifício, para encobrir e dar acabamento ao telhado. Caso se utilize lajes de concreto na cobertura, o telhado pode se apoiar diretamente sobre ela, dispensando as tradicionais tesouras. Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 33 VANTAGENS - Apresenta boa velocidade de execução, tendo em vista fatores como a modulação da alvenaria e a padronização de componentes. Não necessita de Mão de Obra especializada. Minimiza desperdícios na obra. Pode ser executada em sistema de mutirão. Não necessita de equipamentos sofisticados ou pesados na obra. DESVANTAGENS - Restrição das possibilidades de projeto – pouco versátil. Não permite modificações após a obra concluída. O projeto é complexo, pela necessidade de plena representação de suas partes. O entendimento do projeto é complexo, tornando-se anti-econômica para poucas repetições. Não se aplica a grandes áreas livres, grandes vãos ou pé-direitos altos. Perde suas vantagens de racionalização, se houver mistura de dois sistemas, como por exemplo, utilizando vigas e pilares de concreto. Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 34 REFERÊNCIAS • • • • ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland – www.abcp.org.br ABNT – NBR 10837-89 – Cálculo de Alvenaria strutural de Blocos de Concreto. REAGO. Blocos Estruturais de concreto, www.reago.com.br RAMALHO, Márcio Antônio; CORREA, M.R.S. Projeto de edifícios em Alvenaria Estrutural, PINI, São Paulo, 1ª Ed. Sistemas I - Henrique Dinis / Eduardo Deghiara 35