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Aula 12 Sav

suporte avançado de vida

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Suporte Avançado de Vida Cássia Angelo Suporte Avançado de Vida (SAV) Ele se difere do suporte básico de vida (SBV) pela complexidade de suas intervenções. Enquanto no SBV utilizam-se manobras simples e que podem ser realizadas até mesmo por leigos, o SAV precisa necessariamente de equipamentos específicos e profissionais treinados É a cessação súbita da circulação sistêmica e atividade respiratória em indivíduo com expectativa de restauração da função cardiopulmonar e cerebral, não portador de moléstia crônica intratável ou em fase terminal. RCP - REANIMAÇÃO CARDIO-PULMONAR RCPC - REANIMAÇÃO CARDIO-PULMONAR CEREBRAL A importância do tempo !!! •Na PCR, a cada 1 minuto, cai 10% a chance de sua reversão. •Após 10 minutos sem nenhuma manobra, o socorro é improvável. • Com manobras eficientes, prolonga-se este tempo. •Com a desfibrilação precoce, o sucesso ocorre entre 40 a 70%. •O sucesso da desfibrilação depende crucialmente do tempo entre o início da arritmia e da administração do choque. Causas reversíveis           hipovolemia; tensão do tórax por pneumotórax; hipóxia; tamponamento cardíaco; hidrogênio (acidose); toxinas; hipo ou hipercalemia; trombose pulmonar; hipotermia; trombose coronária Qualidade da RCP • As compressões devem ser realizadas com uma força que permita o deslocamento do esterno para baixo, cerca de 5 cm, numa frequência igual ou acima de 100 por minuto. Em cada compressão, deve-se aguardar o retorno total do tórax para iniciar uma nova compressão, • Outro fator importante é minimizar ao máximo interrupções e ventilações excessivas na vítima. Deve-se também alternar o profissional que está realizando a massagem cardíaca a cada dois minutos. O que ocorre com o miocárdio com compressões torácicas ininterruptas? Perfusão Coronariana 0 25 mmHg Compressões torácicas Compressões torácicas Compressões torácicas • DC 25-30% do original • PAs: 60 - 80 Classe IIa Compressões torácicas • • • • • • • Tábua No centro do tórax Mão dominante embaixo Afundar tórax em 5 cm Retornar à posição original Frequência >100 por min Alternar o responsável pela compressão a cada 2min. Qualidade da RCP • Caso ainda não tenha uma via aérea avançada, mantenha uma relação de compressão x ventilação de 30:2, ou seja, 30 compressões torácicas para duas ventilações. • Desfibrilador externo automático Choque 200 J 360 J Terapia Medicamentosa • Quanto ao uso de medicamentos, a recomendação passou a ser pela via endovenosa (EV) ou pela via aérea avançada. • Pode-se administrar a droga pela cânula orotraqueal, como a epinefrina de 1 mg, a cada três a cinco minutos, a qual também é administrada por via EV. • A vasopressina na dose de 40 unidades pode ser administrada por via endovenosa ou intracânula, como substituta da primeira ou segunda dose de epinefrina. E na indicação de amiodarona, deve-se fazer em bolus1 de 300 mg como primeira dose e 150 mg como segunda dose, também na mesma via que as anteriores. Terapia Medicamentosa • Para administração de medicamentos, é importante ficar atento às doses solicitadas e, principalmente, à padronização dos medicamentos no carro ou maleta de emergência utilizada. • Quanto às alterações da AHA (2010) para a administração de drogas na PCR, indica-se o uso da adenosina, por ser segura e potencialmente eficaz para o tratamento e o diagnóstico inicial da taquicardia de complexo largo monomórfica regular indiferenciada. Já a atropina deixou de ser recomendada para tratamento da parada cardíaca com atividade elétrica sem pulso (AESP) ou em assistolia. Via área Avançada e Respiração • Em relação à via aérea avançada, um profissional médico treinado e habilitado deve instalar a máscara supraglótica ou realizar a intubação endotraqueal (ET), por via nasal ou oral. • Lembre-se: no SAV a via aérea avançada e a respiração ocorrem simultaneamente. A seguir você verá esses dois procedimentos separados para melhor exemplificação. Via Aérea Avançada • Via Aérea Avançada • Boa ventilação - Checagem clínica - Onda de capnografia quantitativa Capnografia mmHg • Confirmação e monitoração da intubação • Monitoração da RCP Posteriormente, deve usar a capnografia 2 (PETCO) com leitura qualitativa em forma de onda para confirmar e monitorar o posicionamento da máscara ou do tubo ET. Via área Avançada e Respiração • Se o PETCO for menor que 10 mmHg, deve-se tentar melhorar a qualidade da RCP com novo reposicionamento das mãos e força correta. As ventilações devem ser feitas de oito a dez vezes por minuto e com as compressões torácicas contínuas, não havendo necessidade de sincronização de 30 compressões torácicas para 2 ventilações (30:2). PCR com base no SAV C – Circulação (do inglês circulation) • Se a vítima ainda estiver em PCR, o profissional deve dar continuidade ao SBV. É muito importante não parar as compressões ou minimizar ao máximo as interrupções e não ventilar em excesso. • Nesta fase do SAV, deve-se realizar punção de acesso venoso periférico, preferencialmente em veia calibrosa, sendo indicado cateter 14G, 16G ou 18G. Após a administração do medicamento, deve-se aplicar no mínimo 20 ml de soro fisiológico para lavar a via e com isso garantir a entrada de todo o medicamento no organismo da vítima. Em seguida, deve-se elevar o membro puncionado para que a droga chegue o mais rápido possível ao coração. Essas ações facilitam a chegada das drogas no nível central. C – Circulação (do inglês circulation) • Caso o profissional tenha dificuldade para conseguir acesso venoso, mesmo de calibre menor, se o paciente possuir via área avançada é possível a administração das drogas via endotraqueal. • A instalação do monitor cardíaco e do oxímetro de pulso também são ações primárias e por isso fazem parte desta fase. Dessa forma, assegurar que os fios estejam conectados corretamente, tanto no aparelho como no paciente, é fator preponderante para verificar constantemente, pelo monitor, o ritmo cardíaco e a saturação de oxigênio. • Outro item importante é ter em mãos o frasco de gel condutor para casos de tratamento elétrico (desfibrilação). Circulação - Acesso • • • • Venoso ( periférico) Venoso (central) Intra-ósseos Endotraqueal ( tubo orotraqueal) A – Via aérea avançada (do inglês airway) Os dois tipos de ventilação avançada mais utilizados na urgência e emergência são a máscara supraglótica ou laríngea e a intubação endotraqueal (ET). A – Via aérea avançada (do inglês airway) MÁSCARA LARÍNGEA Resuscitation 81 (2010) 1305–1352 Imagem do site www.google.com.br A – Via aérea avançada (do inglês airway) • Intubação endotraqueal • Deve ser realizada por pessoas com treinamento • Não deve comprometer as compressões • Não deve atrasar a desfibrilação Imagem do site www.google.com.br A – Via aérea avançada (do inglês airway) COMBITUBO Imagens do site www.google.com.br A – Via aérea avançada (do inglês airway) A instalação de via aérea avançada é um procedimento invasivo de responsabilidade e executado pelo profissional médico habilitado e treinado. Para garantir uma boa oxigenação, deve-se verificar a saturação de oxigênio e também os sinais de hipóxia, como a cianose de extremidades. Se necessário, deve-se utilizar coxins para garantir melhor posicionamento das vias aéreas A – Via aérea avançada (do inglês airway) • Antes de efetuar a intubação, é necessário ofertar oxigênio com dispositivo bolsa-valva-máscara, também conhecido como ressuscitador manual, com reservatório de oxigênio a 100% e 12 a 15 l/min. • Cada tentativa de intubação deve durar no máximo 30 segundos, mantendo a oxigenação entre as tentativas. A – Via aérea avançada (do inglês airway) • Lembre-se: apesar da oferta de ventilação com uso de dispositivo bolsa-valva-máscara ocorrer antes da intubação, esse passo faz parte do B (respiração). B – Respiração (do inglês breathing) Após a instalação da via aérea avançada, deve-se instalar o capnógrafo de onda, se disponível. O tubo orotraqueal deve ser bem posicionado e preso, podendo ser fixado com cadarço ou fita adesiva, conforme o sistema de fixação padronizado na instituição. Principais causas não arrítmicas das PCR e seus possíveis tratamentos 6H • Hipovolemia: reposição volêmica • Hipóxia: O2 • Acidose (H+): BIC • Hipopotassemia: K ou Hiperpotassemia: BIC • Hipotermia: aquecer • Hipoglicemia: glicose 6T • Tamponamento: punção • PneumoTórax: punção • TEP: trombólise? • IAM (Trombo coronariano): trombólise? • Tóxicos: antagonistas • Traumas: Corrigir lesão do trauma CONDIÇÃO Hipovolemia Hipóxia DICAS MANUSEIO História ,veias do pescoço deprimidas Infusão de volume Cianose, gases sangüíneos, problemas de via aérea Ventilação Tamponamento cardíaco História(Trauma, insuficiência renal,malignidade torácica), distensão venosa; taquicardia, hipotensão, mudança p/ súbita bradicardia Pericardiocentese Pneumotórax hipertensivo História(asma,ventilador,DPOC,trauma),distensã o das veias do pescoço, desvio da traquéia Descompressão com agulha Embolia pulmonar maciça História, veias do pescoço distendidas Arteriografia pulmonar, embolectomia, trombo lítico Hipotermia História de exposição ao frio Ver algoritmo Intoxicação Bradicardia, história de ingestão, pupilas, exame neurológico Pesquisa de drogas Hipercalemia História de insuf. renal, diabetes, diálise recente, fístulas p/ diálise,medicações Cloreto de cálcio(imediato); glico-insulino terapia História de acidose responsiva a bicarbonato, insuf. renal Bicarbonato de sódio, hiperventilação História ,ECG, enzimas Ver algoritmo (tricíclicos,digoxina,bloqueadores,blo q. de canal Ca) Acidose IAM maciço Cuidados Pós PCR A vítima em pós-PCR deve ser considerada gravíssima e, portanto, transferida o mais rápido possível para uma unidade de terapia intensiva (UTI) ou equivalente. Cuidados Pós PCR Necessidade da contínua de:  monitorização cardíaca  oximetria de pulso ventilação mecânica  controle rígido de drogas infundidas:vasoativas e antiarrítmicos; sondagens nasogástrica e vesical  emprego de outras possíveis intervenções de alta complexidade realizada pela equipe multiprofissional.