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2011 Simposio Tijolo Elizabeth

Solução para a redução do lixo no planeta. Mais barato, facilitando assim questões socias.

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SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ De lixo a tijolo – reconstruindo uma sociedade Elizabeth Paiva Freixo Aluna do curso de Tecnologia em Logística UNAERP-Universidade de Ribeirão Preto-Campus Guarujá [email protected] Jéssica Vital Dos Santos Aluna do curso de Tecnologia em Logística UNAERP-Universidade de Ribeirão Preto-Campus Guarujá [email protected] Evelyn Das Neves Barreto Aluna do curso de Tecnologia em Logística UNAERP-Universidade de Ribeirão Preto-Campus Guarujá [email protected] Anthony Delgado Aluno do curso de Tecnologia em Logística UNAERP-Universidade de Ribeirão Preto-Campus Guarujá [email protected] Antônio Giovane Campos Aluno do curso de Tecnologia em Logística UNAERP-Universidade de Ribeirão Preto-Campus Guarujá [email protected] Geraldo Oliveira Dos Santos Aluno do curso de Tecnologia em Logística UNAERP-Universidade de Ribeirão Preto-Campus Guarujá [email protected] Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee Resumo: O meio ambiente cada vez mais desiquilibrado pela atividade humana que esgota seus recursos naturais ganhou mais um aliado. Uma das grandes preocupações do país é a crescente produção de lixo – em media um quilo por habitante – gerando cerca de 180 mil toneladas por dia. Com base nisso qual seria a solução para acabar com o tão conhecido lixão? E como podemos diminuir um dos nossos grandes problemas sociais, a falta de moradia digna? Um pesquisador brasileiro, chamado Luiz Badejo, descobriu que com o lixo orgânico podem ser produzidas matérias-primas para a construção de moradias, dentre elas a mais importante, os tijolos, que um a um empilhados fazem parte dos sonhos de muitos brasileiros. Essa descoberta foi além da proteção ambiental, tão dita por tantos e praticada por tão poucos. Ela pretende atingir ao público mais humilde, dando-lhes possibilidade de garantir maior conforto e segurança a suas famílias, com material totalmente acessível a eles, o lixo. 1 Palavras-chave: aterros sanitários, tijolo de lixo, lixo orgânico. Seção 1- Curso de tecnologia em Logística - Meio ambiente- Segurança Sócio ambiental Apresentação: Pôster 1- Introdução Já não é absurdo dizer que dia após dia somos os causadores dos nossos problemas. No Brasil produzimos em média um quilo de lixo por habitante, lixo esse que quando não coletado, acaba sendo visto em valas, cabeceiras de rios, terrenos baldios. E o lixo coletado, será que todos sabem onde ele vai parar? Existem duas formas de enterrar o lixo: Lixão: abre-se um buraco no solo, onde se enterra o lixo e vários animais transmissores de doenças alimentam-se ali. Aterro: projeta-se uma estrutura dentro ou sobre o solo, onde se isola o lixo do ambiente a sua volta com uma cobertura diária de terra. O aterro pode ser sanitário, onde se usa um revestimento de argila para isolar o lixo do ambiente ou um aterro de resíduos sólidos urbanos, onde é usado um revestimento sintético (plástico) para isolar o lixo do ambiente. Pra qualquer um dos casos existe a necessidade de um estudo de impacto ambiental. Aqui na cidade de Guarujá, não há um aterro, por isso todo o lixo produzido e coletado é encaminhado para o Sítio das Neves, na região continental de Santos. O Sítio das Neves respeita as recomendações da CETESB e do departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais (DEPRN). Fonte: https://www.egov.santos.sp.gov.br/do/0104/2003/do17012003.pdf 2 2- Determinação Desde 1999, o administrador de empresas Luiz Badejo, iniciou pesquisas no quintal de sua casa buscando uma maneira de acabar com os resíduos sólidos produzidos nas grandes cidades brasileiras. Fonte: http://www.oeco.com.br Seus experimentos em busca da combinação perfeita para a criação de um tijolo 100% ecológico o levavam de feiras livres (em busca de restos de vegetais), a aterros, lixões e até em estações de tratamento de esgoto. Com todo esse empenho e dedicação sua criação também o levou de seu quintal para o laboratório da Universidade federal do Rio de Janeiro onde ele quebrou barreiras da ciência com a materialização de sua descoberta. Abaixo foto de tijolos produzidos com diversos tipos de lixo. 1- resto de incineração de lixo doméstico 2-restos de tijolo normal 3- feito com lodo de tratamento de esgoto 4- Compostagem e entulhos Fonte: http://www.oeco.com.br 3 2.1-Cooperativas O pesquisador já foi procurado por empresas que queriam usar sua ideia para fins comerciais, mas isto não está em seus planos, pois o que realmente faria a diferença para Badejo era poder levar sua criação para todas as cooperativas brasileiras, ajudando a tornar pessoas simples em construtores de seus lares. Ele mesmo, sem fins lucrativos já ensinou o processo para uma cooperativa localizada no Complexo do Alemão e também já treinou três expresidiários da Cooper Liberdade, mas por não ter recursos para a aquisição de equipamentos o projeto ainda não gerou renda. Segundo Badejo: “O lixo pode virar parede, construir, diminuir o déficit habitacional, gerar emprego e renda, deixar de emitir gases, tudo numa coisa só, com o reaproveitamento do resíduo que normalmente só é enterrado e gera chorume, metano, CO2, vetores de doenças, ou seja, só gera problema... Nós poderíamos abrir frentes de trabalho... Temos, hoje, mais de 12 mil aterros e lixões no país dos quais poderíamos aproveitar todo passivo enterrado e transformar em ativo, na forma de casas, por exemplo. Além disso, temos um déficit habitacional que poderia ser solucionado com a renda gerada pela atividade”. 2.2- Investimentos: Muitos em nosso país vivem em condições precárias, sem ao menos uma casa pra lhes abrigar descentemente, em favelas podemos ver casas construídas com o lixo, mas o tipo de lixo usado são caixotes de feira, restos de construções, e muitas vezes buracos são tampados com sacos de lixo e papelões. Se essa mistura pudesse chegar ao alcance de todos, as pessoas poderiam construir suas casas. Fonte: http://www.banroad.com Pesquisas como essa, em prol do meio ambiente e mais ainda dos problemas sociais deveriam ser financiadas pelo governo, mas vemos um trabalho como esse, onde um homem perdeu 15 anos com pesquisas ficando estagnado por falta de investimento e de interesse das autoridades em transformar esse projeto em um projeto social. 4 Com todas as vantagens de sua descoberta, e com todo o trabalho já feito, se houvesse investimento do governo, poderiam ser construídos novos bairros no lugar de favelas, sem contar que a destinação dos resíduos sólidos também poderia ser resolvida, mas o que parece é que nossos governantes só se interessam pelos projetos que possam tirar vantagem, não fazem nada pelo simples fato de acabar com problemas sociais e só baseiam suas atitudes no que gere lucro. Na cidade de Guarujá, estima-se que 45% da população viva em favelas. 3- Receita básica: Luiz Badejo, pesquisador do Instituto Virtual de Mudanças Global (IVIG), encontrou a solução e criou uma receita básica para tijolos, através da mistura de lixo orgânico compostado com resíduos de construção civil e cimento. O tijolo produzido com esta mistura teria o mesmo custo do tijolo de solo e cimento, entre R$ 0,42 e R$ 0,50, sendo que o tijolo de solocimento, embora tenha sido denominado ecológico, não possui restos orgânicos, ele apenas não precisa ser queimado, evitando desmatamento, pois cerca de cinco árvores são queimadas pra a produção de um milheiro dos tijolos convencionais que ainda emitem gases durante o processo de queima. Fonte: http://www.revistasustentabilidade.com.br Já o tijolo de lixo que teve seu projeto inicial reestruturado, tem as mesmas qualidades e a mesma resistência dos tijolos de solo cimento, sendo que os tijolos de lixo são produzidos com 50% de resíduos orgânicos. Contrariando toda a literatura de engenharia, ele conseguiu estabilizar os materiais, pois se acreditava que materiais orgânicos não pudessem em grandes quantidades ser misturados ao cimento e Badejo conseguiu esse feito com uma mistura perfeita dos materiais. É importante também deixar claro que todos os tipos de tijolos já produzidos pelo pesquisador, passaram por testes rigorosos para verificar se haviam neles algum perigo de contaminação, fato que foi descartado pelo Laboratório de Microbiologia da Companhia Municipal de Limpeza Urbana 5 do Rio de Janeiro (Comlurb) e foram testados pelo Laboratório de Concretos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), tendo sua qualidade garantida pelas normas da ABNT. 3.1- Processo de fabricação: Sua fórmula ainda é mantida em segredo, mas o pesquisador afirma que todos os materiais são de custo baixo, de fácil aquisição e excelente qualidade. Segue abaixo figura onde o pesquisador mostra o processo de fabricação. Fonte: http://www.oeco.com.br 4- Conclusões: O lixo utilizado para a fabricação de tijolos poderia proporcionar maior conforto se usado para diminuir a favelização, pois com ele poderiam ser construídos novos minibairros melhorando assim as condições das pessoas que habitam próximo aos lixões nos grandes centros urbanos. Além do beneficio social pode haver: 6 Redução de 20% no custo final da obra, Redução de até 50% no custo final da parede, Construção com 50% de redução de tempo, Substancial redução no desperdício de material, em especial concreto e massa de assentamento. Vamos falar então não mais como meros amantes do meio ambiente e sim como construtores experientes passando para os aspectos financeiros, onde podemos assim, ver claramente a vantagem do uso desse tijolo em uma construção. Com facilidades no momento da colocação da rede elétrica e hidráulica, seus furos possibilitam passagens de fios, canos e cabos com maior agilidade, sem contar que por serem prensados possuem suas faces lisas, dispensando o reboco e até azulejos podem ser aplicados diretamente aos tijolos. Assim sendo pode-se construir uma casa com maior rapidez e a mesma pode ficar muito bem acabada sem os acabamentos convencionais, que todos sabem levam a maior parte do valor agregado a uma obra. O material está pronto, desenvolvido, enquadrado nas normas, seu uso é mais prático, ajuda ao meio ambiente e ainda é mais barato. O que falta para que os governantes invistam neste projeto? Enquanto isso, continuamos vendo a miséria sem transformação, casas de lixo, mas não de lixo transformado em tijolo. Fechamos os olhos para o que podemos fazer, apenas pelo medo de começar. É fácil entrar em uma sociedade lucrativa, difícil é ser o pioneiro, abri-la. É fácil se projetar diante as pessoas e se tornar governante, difícil é ser diferente, sair dos padrões de corrupção e materialismo já impostos. Virou modismo entre os ricos construírem suas casas ecológicas, eles usam mármore ecológico, telhas ecológicas, torneiras e válvulas com sensores, materiais que custam bem mais do que os tradicionais, e quando algo é ecológico e custa pouco, não chega a nenhuma das camadas sócias. Referências: http://www.jornaldabaixada.com.br http://ambiente.hsw.uol.com.br http://www.revistasustentabilidade.com.br http://www.rts.org.br 7